27.04.2021 Livro Cartilha para Estruturacao de Oficina Pedaggica

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................................04

1.OFICINA PEDAGÓGICA: DESCRIÇÃO CONCEITUAL.....................................................05

2. OFICINA PEDAGÓGICA: CARACTERÍSTICAS.................................................................06

3. SUGESTÕES PARA ESTRUTURAR UMA OFICINA PEDAGÓGICA...............................07

3.1 ETAPAS DA ESTRUTURAÇÃO DE UMA OFICINA PEDAGÓGICA.............................07

3.2 PLANEJAMENTO DA OFICINA PEDAGÓGICA..............................................................08

4. ORGANIZAÇÃO DA OFICINA .............................................................................................10

5. PERFIL DO MEDIADOR DA OFICINA ................................................................................16

6. TÉCNICAS ATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA OFICINA PEDAGÓGICA .....16

7. SUGESTÕES DE APORTE TEÓRICO SOBRE OFICINA PEDAGÓGICA................................17

8. SUGESTÃO DE PLANEJAMENTO DA OFICINA......................................................................18

9. SUGESTÕES DE MATERIAIS BÁSICOS PARA REALIZAÇÃO DE UMA OFICINA

PEDAGÓGICA....................................................................................................................................23

10. EXEMPLO DE ROTEIRO DE EXECUÇÃO DA OFICINA JÁ TESTADO................................24

11. SUGESTÕES DE DINÂMICAS DE GRUPO................................................................................27

12. PERFIL DO MEDIADOR DA OFICINA................................................................................29

13. EXEMPLO DE OFICINA DE MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO

AMBIENTAL.......................................................................................................................................31

REFERÊNCIAS...................................................................................................................................40

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APRESENTAÇÃO

Essa cartilha nasceu em decorrência da vivência e conhecimento prático dos docentes


(autores), bem como da necessidade de criar estratégias metodológicas que possam contribuir no
processo educativo, diante das dificuldades em promover uma ação dialética ordenada pela
interação entre teoria e prática.

Diante dessa realidade, resolvemos criar uma “Oficina Pedagógica para docentes em
formação: concepção de jogos educativos para alunos com dislexia”. A partir dessa
experiência pedagógica elaboramos a presente cartilha que tem como objetivo orientar para a
execução de oficinas no contexto educacional.

Esse material educativo traz sugestões, estratégias teóricas-práticas, metodológicas, e


dinâmicas para organizar e planejar oficinas, na perspectiva de partilhar saberes, experiências e
reflexões, baseados em um trabalho realizado como educadores há mais de vinte anos em escolas
públicas.

Está organizado em doze unidades a saber: a primeira apresenta a descrição conceitual de


oficina pedagógica; na segunda se encontram as caraterísticas fundamentais de uma oficina; a
terceira mostra sugestões para estruturar uma oficina pedagógica, descrevendo cada etapa do
planejamento; a quarta traz dicas para organizar a oficina dando ênfase a detalhes importantes
que não podem ser esquecidos no momento do planejamento, como materiais, dinâmicas e
organização do ambiente; na quinta parte encontra-se o perfil do mediador da oficina; na sexta
parte apresenta as técnicas ativas para o desenvolvimento da oficina pedagógica; a sétima parte
apresenta sugestões de aporte teórico sobre oficina pedagógica; a oitava parte descreve sugestões
de planejamento de oficina; a nona parte ressalta sugestões de materiais básicos para realização
de uma oficina pedagógica; a décima parte destaca exemplo de roteiro de execução já testado; a
décima primeira unidade refere-se a sugestões de dinâmica de grupo; a décima segunda unidade,
aborda o perfil do mediador da oficina; a décima terceira unidade finalmente, os autores
apresentam o exemplo de uma oficina de matemática na perspectiva da Educação Ambiental, com
abordagem voltada para aproveitamento dos recursos da natureza.

Prof. Dr. Fernando da Costa Ribeiro

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1 OFICINA PEDAGÓGICA: DESCRIÇÃO CONCEITUAL
Segundo Silva, Gomes e Lelis (2012), oficinas são atividades pedagógicas inovadoras,
pois provocam “excelentes resultados” que contribuem com os processos educativos, visto que
possuem como fim a elaboração de novos conhecimentos, que aplicados na prática contribuem
com a melhoria de determinada realidade.

A Oficina Pedagógica é importante estratégia metodológica por proporcionar o


desenvolvimento de uma ação didática ordenada pela interação entre teoria e prática, ou seja, a
oficina proporciona aos participantes "situações concretas e significativas, baseada no tripé: sentir-
pensar-agir, com objetivos pedagógicos” (VALLE; ARRIADA, 2012, p. 4).

Oficinas são momentos de produção de conhecimentos, que partem de uma realidade, fato
concreto que são discutidos, e o conhecimento produzido é transferido para essa realidade com o
objetivo de transformá-la (VIEIRA; VALQUIND, 2002).

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2 OFICINA PEDAGÓGICA: CARACTERÍSTICAS

Para Anastasiou e Alves (2004), a oficina pedagógica é uma estratégia metodológica que
reúne um grupo de características favoráveis a construção de novos conhecimentos como:
proporciona a reflexão, o aprender-fazendo de forma horizontal, descoberta, estimula a criação e
recriação e articula os saberes prévios aos científicos.

De acordo com Vieira e Valquind (2002), as oficinas pedagógicas possuem como


características:

• Os temas de uma oficina estão inseridos no cotidiano dos


participantes, parte de um problema real, fator que estimula os participantes a
compartilharem suas experiências com o conteúdo.

• Os participantes se envolvem na construção do conhecimento,


deixam de ser meros expectadores e passam a ser atores da aprendizagem.

• Permitem interação entre a reflexão, teoria e prática.


• Permitem avaliar os resultados e promove debates.
• Desenvolvimento da criatividade.

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3 - SUGESTÕES PARA ESTRUTURAR UMA OFICINA PEDAGÓGICA

São vários elementos que compõe o planejamento de uma oficina, os quais devem estar
articulados entre si e diretamente associados ao objetivo da oficina. Lopes et al., (2009) orienta
que antes de planejar uma Oficina é necessário que sejam encontradas respostas para as seguintes
perguntas:

3.1 ETAPAS DA ESTRUTURAÇÃO DE UMA OFICINA PEDAGÓGICA


Etapa -

Organização das ideias - Definição da questão foco, tema, objetivos, público-alvo, tempo, local,
materiais, recursos teóricos, recursos tecnológicos, possibilidades de oferta, metodologia, e
estudos sobre a temática.

2ª Etapa - Realização da oficina - Organização do ambiente (limpeza, decoração, som,


iluminação, climatização), testagem dos equipamentos, dinâmica de boas-vindas, apresentação do
tema e objetivos, socialização de experiências (conhecimento prévio), estudos sobre o tema,
debates, produção – estimulo para o desenvolvimento da criatividade, socialização das produções
e feedback.

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3ª Etapa de Avaliação - Conhecer o que os participantes acharam da oficina referente aos
aspectos: metodologia, tempo, recursos, conteúdo e aprendizagens.

3.2 - PLANEJAMENTO DA OFICINA PEDAGÓGICA


Como toda ação educativa, a oficina pedagógica requer um planejamento, sendo assim a
seguir são apresentados tópicos para o planejamento e no Apêndice C apresentamos um exemplo
de Planejamento de Oficina Pedagógica.

1. Questão-foco e Tema
✓ Observar a realidade e identificar qual a situação que precisa ser melhorada ou
resolvida. Momento para definir o tema de acordo com a problemática levantada.

2. Objetivos - O que é esperado?


✓ Listar os propósitos da oficina: os resultados esperados devem responder ou
resolver a questão foco.

3. Público-alvo - Para quem a Oficina será ofertada?


✓ Definir quais serão os participantes da oficina. O público-alvo deve ser os sujeitos
que estão envolvidos com a questão foco.

4. Número de Participantes
✓ Sugere-se que a oficina tenha no máximo 18 participantes, pois essa quantidade
de pessoas facilita a interação e a participação ativa de todos (LOPES, 2009).

✓ O número de participantes pode variar de acordo com o local e demanda, podendo


ficar a critério do organizador, pois entende-se que este deve ter condições de
conduzir as atividades com maior número de participantes.

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5. Estratégias Metodológicas
✓ Momento para listar quais as atividades que se pretende desenvolver e de que
maneira serão desenvolvidas.

✓ Criar um roteiro para a execução da oficina. Exemplo: pensar em técnicas para


leitura dos textos, para discussões, para organização dos grupos, etc.

✓ A metodologia deve levar em consideração as características do público-alvo,


como: grupo de profissionais, áreas de interesse, possíveis dificuldades, vantagens
e desvantagens de cada técnica.

✓ Evitar excesso de atividades e focar em ações capazes de provocar o debate,


interação, análise e criação.

6. Carga-horária
✓ Detalhar o tempo necessário para realização de cada atividade, para que as
temáticas sejam devidamente abordadas.

✓ Durante a execução da Oficina é interessante, que seja informado aos participantes


o tempo previsto para cada tarefa.

7. Referências bibliográficas
✓ O mediador da oficina deve realizar vasta pesquisa e estudos sobre o tema que
será abordado. Deve listar textos, documentários, livros, vídeo-aulas ou filmes
que melhor sustentam teoricamente o tema. Citar no planejamento os materiais
teóricos selecionados.

8. Recursos tecnológicos
✓ De acordo com a definição das estratégias metodológicas, o ministrante deverá
providenciar todos os equipamentos que irá utilizar, tais como: computador, caixa
de som, projetor de slides, máquina fotográfica, impressora, etc.

9. Seleção dos materiais


✓ Fazer uma ´revisão de materiais e quantidade que será necessário para a parte
prática da oficina.

✓ Lembrar de listar os materiais necessários para o desenvolvimento de dinâmicas e


para o funcionamento de todos os equipamentos que serão utilizados.

10. Avaliação - No planejamento deve ser explicado como a oficina será avaliada.
11. Local - É importante indicar o local onde será realizada a oficina.

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12. Divulgação da oficina - Descrever no planejamento como será feita a divulgação.

4- ORGANIZAÇÃO DA OFICINA

Ao organizar uma oficina pedagógica é importante dar atenção a detalhes como o


ambiente, os materiais, teste dos equipamentos que serão utilizados, dinâmicas para o
desenvolvimento da oficina, avaliação e divulgação. Um planejamento bem estruturado,
conteúdos bem escolhidos e estudados, serão essenciais para o sucesso da oficina. Ressalta-se que
falhas nesse processo irão interferir diretamente no desenvolvimento da oficina.

a) MATERIAIS: Lembrando que as oficinas pedagógicas trabalham teoria e prática,


então, para fazer a prática acontecer, sugere-se que seja feito um Checklist de materiais de insumo,
para garantir que as produções não sejam prejudicadas por falta de materiais, bem como para
evitar a compra de materiais desnecessários e garantir o que é essencial.

✓ Slides1 para apresentar o tema durante a oficina - Se o mediador optar em fazer


uso de slides para dinamizar o estudo sobre a temática abordada na oficina, deve
atentar para o desenho dos slides. Fazer uma apresentação atrativa, com aparência
adequada para leitura com letras grandes, poucas informações escritas, organizar
por tópicos, utilizando imagens.

✓ Descrever no planejamento os materiais de acordo com a proposta da oficina. Por


exemplo, se a oficina se propõe a construir cartilhas artesanais é importante listar
tudo o que for necessário para confecção das cartilhas.

✓ É imprescindível que sejam providenciados os mais variados materiais para


garantir as produções conforme o planejado. No dia da Oficina todos os materiais
devem ficar disponíveis para escolha dos participantes.

1
Disponível nos sites:
https://blog.mettzer.com/apresentacao-de-slides-normas-abnt https://pt.slideshare.net/patriciaedersonmlynarczuk/normas-
abnt

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✓ O mediador deve escolher se vai ofertar todos os materiais para a realização da
parte prática ou se vai solicitá-los aos participantes. Se optar pela segunda opção,
é necessário que sejam solicitados no ato da inscrição ou enviar as listas de
materiais por e-mails aos participantes.

✓ Material para estudos - Se a intenção da oficina é identificar os conhecimentos


prévios dos participantes sobre a temática, o material de estudo deverá ser
disponibilizado com antecedência no ato da inscrição ou enviados através de redes
sociais. Os materiais teóricos devem ser revisados e amplamente explorados pelo
ministrante da oficina, para que tenha domínio teórico do tema abordado e possa
ajudar os participantes a compreendê-lo.

✓ Recursos Tecnológicos - Se for necessário o uso de equipamentos eletrônicos, os


mesmos devem ser testados antes da realização, sugere-se testá-los no local onde
a ação será realizada. Assim, será possível providenciar tudo o que for necessário
para o funcionamento dos equipamentos como: extensões e cabos de áudio, vídeo
e força compatíveis aos equipamentos selecionados.

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b) AMBIENTE: Deve ser observado o acesso, iluminação, limpeza, acústica, mobiliário e
se o espaço comporta confortavelmente o número esperado de participantes.
✓ O ambiente deve ser escolhido partindo do princípio de que todos os
participantes poderão ter acesso, ficarão bem acomodados, terão espaço
para trabalharem em grupos e para se locomoverem com facilidade, bem
como não haverá incômodos de ruídos externos.

✓ Placas que indicam o local exato da oficina devem ser confeccionadas para
facilitar a identificação do local onde será realizada a oficina.

✓ Deve ser feita a ambientação, para tornar o espaço aconchegante. Se for


possível, é interessante expor no local imagens relacionados ao tema da
oficina, palavras de estímulo, boas-vindas com os nomes dos
participantes, bem como criar um clima agradável com música ambiente
para despertar o sentimento de pertencimento no grupo e fazer fluir a
interação.

✓ Observar se as instalações elétricas do local estão funcionando.


✓ Verificar a acessibilidade do espaço e evitar locais com barreiras
arquitetônicas.

c) DINÂMICAS DE GRUPO: De acordo com Silva (2008), dinâmicas de grupo são ações
interativas e de curta duração, direcionadas para promover um ambiente mais natural
possível de caráter lúdico ou desafiador, tem por objetivo motivar, relaxar, integrar,
desinibir, divertir, refletir, avaliar, aprender, apresentar e promover aprendizagem
colaborativa.

d) AVALIAÇÃO: Proporcionar um momento descontraído para que os participantes


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possam expressar suas impressões sobre a oficina, bem como fazer críticas e dar sugestões. Esse
momento é a hora de identificar se a oficina alcançou seus objetivos, pode acontecer de forma
individual ou coletiva, verbal, cênica ou gráfica (VILAÇA; CASTRO, 2013). Sugestões de itens
que podem ser avaliados:

✓ Objetivos - Alcançou os objetivos propostos?


✓ Tema - A temática abordada retrata a realidade?
✓ Conteúdo - Foi bem explorado, explicado e debatido?
✓ Ambiente - Houve clima favorável a aprendizagem? O local foi adequado para o
desenvolvimento de todas as tarefas?

✓ Recursos Materiais - Foi ofertado material suficiente e adequado para a realização


das atividades práticas?

✓ Comunicação - A comunicação entre mediador e participantes e entre grupos foi


propicia ao diálogo, teve clareza deixando fluir a compreensão das mensagens?

✓ Mediador - Manteve a organização do trabalho? Respeitou as diferenças? Estimulou


a participação de todos nas atividades? Teve domínio do conteúdo?

✓ Produções/resultados - Os produtos elaborados foram criativos? As produções


estavam relacionadas aos problemas?

✓ Tempo - O tempo programado para execução da oficina foi suficiente para realização
de tudo que foi planejado? A distribuição do tempo por atividades foi adequada?

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O mediador deve ficar atento para a forma de registrar as respostas dos participantes em
relação as suas considerações sobre a oficina, pois estas respostas são importantes fontes de dados,
principalmente se o mediador tem interesse em utilizar a oficina como fonte de pesquisa.
Vilaça e Castro (2013), apresentam sugestões de técnicas para avaliar uma oficina:

✓ Através da expressão corporal ou teatro - Solicitar aos grupos que criem uma
encenação de 1 a 2 minutos para demonstrarem o que acharam da oficina. O
mediador poderá distribuir os tópicos da avaliação por grupo ou deixar à vontade
para que cada grupo avalie o tópico que achar importante

✓ Através de desenhos, por grupo ou individual - Solicitar aos participantes que


desenhem algo que represente seu sentimento em relação a oficina, depois deixar livre
para quem quiser se manifestar e possa explicar seu desenho. Para melhor compreensão
do desenho, o mediador, deve solicitar que o participante escreva em poucas linhas o que
o desenho significa.

✓ Através do formulário – perguntas e respostas de múltipla escolha.

e) DIVULGAÇÃO DA OFICINA
Organizar cartazes criativos que despertem a atenção e o interesse em participar da oficina.
É interessante fazer a divulgação utilizando Cartazes impressos e online postados nas redes
sociais. A escolha do meio de divulgação deve ser feita de acordo com as características do
público-alvo e da localidade. O cartaz deve conter as seguintes informações:

✓ Instituição que vai realizar a Oficina


✓ Nome da Oficina
✓ Local, Data e Horário de realização da Oficina
✓ Ministrante
✓ Local e Período de inscrição
Exemplo de cartaz:

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Fonte: elaborado pelos autores (2019)

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5 - PERFIL DO MEDIADOR DA OFICINA
Para Lopes et. al., (2009), o coordenador de uma oficina pedagógica deve reunir um
conjunto de características favoráveis a interação dos participantes e (re) construção de
conhecimentos como:

De acordo com Vilaça e Castro (p.5, 2013) “Um único método de aprendizagem, portanto,
não permite que todos estejam à vontade ou que sejam produtivos nele. Assim, o papel do
facilitador é valorizar a diversidade dos participantes e atender uma variedade de preferências
de aprendizagem (visual, auditivo, tátil/sinestésico) “

6- TÉCNICAS ATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE OFICNA PEDAGÓGICA

De acordo com Vilaça e Castro (2013), a metodologia de oficina tem seu diferencial em
relação a uma aula ou uma palestra, no que concerne a sua dinâmica, pois na oficina existe o que
os autores denominam de fluxo continuo de interatividade, que são as atividades que
proporcionam a aprendizagem de forma participativa, ou seja, são técnicas que estimulam a
participação nas atividades inseridas na oficina. Os autores apresentam os seguintes métodos para
fluxo contínuo de interatividade que devem ser realizados no decorrer das oficinas:

a) Palestra - Momento com tempo previamente estabelecido, onde acontece a


abordagem do problema e temática da oficina. Deve ser informal e permitir intervenções dos
participantes.

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b) Discussões conduzidas - Exercício de debates a partir de questões direcionadas
pelo mediador da oficina. Os questionamentos devem levar os participantes a refletirem sobre a
realidade em questão comparando ou associação com os conhecimentos científicos apresentados.

c) Atividades em grupo - O mediador deve propor aos grupos desafios, atividades


lúdicas, reflexões, contato com teorias, deve criar meios para que os participantes possam se
envolver com o tema, identificar problemas, discutir situações, expor opiniões e apresentar
sugestões.

d) Estudo de caso - Momento em que o mediador da oficina apresenta o problema


vivenciado pelos participantes, para que eles possam analisar ou criticar a realidade em foco,
dessa maneira o mediador estará estimulando e realizando a principal característica das oficinas
pedagógicas, que é a interação entre teoria e prática.

e) Discussão em dupla é outra possibilidade que os autores apresentam para que de


maneira dinâmica os sujeitos da oficina possam discutir, socializar e aprender de forma mais ativa
os conceitos apresentados na oficina.

7- SUGESTÕES DE APORTE TEÓRICO SOBRE OFICINA PEDAGÓGICA

A vivência prática dos acadêmicos com experiências didático-pedagógicas concretas,


aumenta a possibilidade de se promover uma formação ampla e abrangente que responde às
necessidades e dificuldades que aparecem em sala de aula. Na oficina pedagógica temos a
oportunidade de criar, recriar, repensar e inovar dinâmicas e ações pedagógicas no coletivo.

A oficina pedagógica possibilita a ação investigativa e socializadora pragmática que


fomenta a indissociabilidade entre a teoria e a prática. Nessa perspectiva docentes, acadêmicos e
demais participantes da oficina, tem a oportunidade de uma forma ou de outra, de apresentar ideias
e contribuir, compartilhando seus saberes e conhecimentos.
Para ANDER EGG, “Uma oficina é uma prática iluminada pela teoria, com a qual adquire
a capacidade de aplicar conhecimentos teóricos e de dar às ações uma perspectiva e significação
que transcende enquanto ato concreto”. (1991, p. 36)

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Exemplos de alguns Teóricos que Fundamentam uma Oficina Pedagógica:

Fonte: elaborado pelos autores (2019)

8- SUGESTÃO DE PLANEJAMENTO DA OFICINA

O planejamento a seguir foi elaborado para a realização da “Oficina Pedagógica para


docentes em formação: Concepção de jogos educativos para alunos disléxicos”, apresenta
como produto educacional ações metodologias, estratégias teóricas-práticas e dinâmicas para
organizar e planejar oficinas, na perspectiva de socializar saberes, experiências e reflexões,
baseados no trabalho desenvolvido há mais de vinte anos em escolas públicas pelos educadores,
autores dessa obra.

PLANEJAMENTO DA OFICINA

1. Identificação
✓ Oficina Pedagógica para docentes em formação: Concepção de jogos educativos para
alunos disléxicos.
✓ Mediadores: Fernando da Costa Ribeiro e Shirley dos Santos Silva
✓ Carga Horária: Presencial - 4h A distância – mínimo de 10h.

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✓ Público-Alvo: Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia, da Universidade
Federal do Pará - UFPA e acadêmicos de Licenciatura em História da Universidade
Federal do Amapá - UNIFAP.

2. Cronograma
A Oficina será realizada em etapas, períodos e locais diferentes, por este motivo foi criado
um cronograma:

ESTUDOS REALIZAÇÃO
LOCAL INSCRIÇÕES
A DISTÂNCIA DA OFICINA
Universidade 10 a 18 de 22 a 29 de 30 de outubro de
Federal do outubro de 2018 outubro de 2018 2018
Amapá
Universidade 20 a 27 de 02 a 10 de 11 de dezembro
Federal do Pará dezembro de dezembro de de 2018
2018 2018

3. Público-Alvo

Acadêmicos do curso de licenciatura de Pedagogia da Universidade Federal do Pará e


Acadêmicos do curso de licenciatura em História da Universidade Federal do Amapá.

4. Local de realização

UNIFAP – Laboratório de Pedagogia


UFPA – Instituto de Educação - ICED Sala de aula do Curso de Pedagogia
5. Objetivos

5.1 Geral
Desenvolver a metodologia de oficina pedagógica com acadêmicos dos cursos de
licenciatura em Pedagogia e História, a fim de possibilitar uma ação educativa que articula teoria
e prática.

5.2 Específicos

✓ Testar e validar a oficina pedagógica como sugestão metodológica para cursos de


licenciatura;

✓ Proporcionar aos participantes da oficina, situações significativas de aprendizagem


através de métodos ativos como estudos prévios, debates e atividades práticas
colaborativas, análise da realidade e da troca de experiências;

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✓ Confeccionar jogos educativos voltados para o uso com alunos disléxicos.

6. Metodologia
6.1 Etapas do Desenvolvimento da Oficina:

A divulgação da Oficina foi realizada através de redes sociais e foram colocados cartazes
nas universidades. As inscrições foram feitas através de um formulário online, acessado através
da leitura do QR indicado no cartaz ou através do e-mail disponibilizado. Em relação aos materiais
para estudos prévios foram enviados para os e-mails indicados no ato da inscrição.

A testagem da Oficina foi a o momento da execução, onde foram realizadas todas as


atividades descritas no roteiro de execução. Nesse momento, ocorreu também a validação, no
final da Oficina os participantes foram convidados a preencherem o formulário de validação, que
teve como objetivo analisar a oficina em seu caráter didático, sua utilidade para a formação inicial
de docentes ou em outros contextos como metodologia de ensino.

6.2 Ações metodológicas

As atividades realizadas na Oficina foram divididas em dois grupos: atividades a distância


(estudos prévios) e presencial (realização da oficina).

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6.2.1 Atividades a distância

• Estudos prévios dos temas através de materiais online;


• Validação, análise da oficina.

6.2.2 Atividades presenciais

✓ Dinâmica de grupo para interação e introdução da temática.


✓ Palestra sobre os temas jogos e dislexia, a seguir, realização de debate dirigido tendo como
base os materiais online enviados aos participantes para estudos prévios e relato de
experiências associando teoria e prática;

✓ Dinâmica para Organização dos grupos;


✓ Atividade em grupo: Identificação e discussão dos problemas que rodeiam a vida escolar
dos alunos com dislexia, troca de experiências e construção de ideias;

✓ Atividade em grupo: Confecção dos Jogos;


✓ Socialização das produções;
✓ Feedback - Mediador comenta a importância de cada jogo criado e suas possibilidades de
adaptações. Colocações das análises dos participantes.

✓ Validação da oficina.

7. Conteúdos

✓ Oficina pedagógica como recurso metodológico na formação inicial de docentes; ✓


Conceito e características de dislexia;
✓ Jogos educativos, importância e caracterização.

8. Recursos Materiais

8.1 Materiais de insumo - Tesouras, papéis coloridos, pincéis diversas cores, cola branca, cola
de isopor, gravuras diversas, lápis de cor, régua, papel A4, papel collorset, furador de papel,
grampeador, fita adesiva, botões coloridos, EVA coloridos, estilete, cartolinas diversas cores,
papel cartão diversas cores, barbante, canudinhos, palitos de picolé, copinhos descartáveis,
botões coloridos, tampinhas de garrafas de refrigerante, dados, réguas, alfabeto móvel (de
papel) e etiquetas coloridas.

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8.2 Recursos Tecnológicos - Computadores, impressora, caixa de som, tabletes e smartphones
com internet.

8.3 Materiais para estudos prévios

INDICAÇÕES PARA ESTUDOS PRÉVIOS


TIPO DE TÍTULO AUTORES / PRODUÇÃO
MATERIAL
Filme Como Estrela na Terra Roteiro de Amole Gupte,
lançado em 2007.
Vídeo-aula O que é dislexia? Publicado em 10/Jun/2016, por
Neuro Saber.
Texto 1 Como interagir com o BORBA, Ana Luiza;
disléxico em sala de aula. BRAGGIO, Mário Ângelo.
Postado em 28 setembro, 2016
por ABD.
Texto 2 Jogando com a história: Sabrina Fabiola Hüther, 2016.
diferentes possibilidades
de aprendizagem.
Texto 3 Jogos Educativos Na SANTOS, Rafaela
Dislexia. Correia dos;
SANTOS, Crisóstomo Antônio
dos; SILVA, Márcia Monteiro
da/ ALVES, Wilávia Ferreira.
Revista Científica – Editora
Realize.
2014.
Fonte: elaborado pelos autores (2019)

9. Validação
A execução da Oficina fez parte do processo de validação. Para esse processo foi definido
a uso da técnica Painel de Especialistas. Os participantes (acadêmicos e professores que
acompanharam as oficinas) fizeram o papel de especialistas, por terem vivenciado cada etapa do
desenvolvimento da Oficina, sendo assim, foram os sujeitos mais indicados para analisarem o
produto nas dimensões: didática, utilidade e metodologia.
O formulário foi dividido em três partes que fazem referência às dimensões didática,
utilidade e metodologia. Para validação foi utilizado formulário impresso, cada participante teve
a oportunidade de analisar a oficina observando a forma como foi conduzida, a importância dessa
metodologia para o processo de ensino-aprendizagem e a relevância dos conteúdos abordados.

10. Resultados Alcançados


De acordo com o propósito da Oficina, após a conclusão de todas as etapas de execução e
análise do formulário de validação, concluiu-se que a “Oficina para docentes em formação:

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concepção de jogos educativos para alunos com dislexia”, contribuiu com a formação dos
participantes nos seguintes sentidos:

✓ Compreenderam que oficina pedagógica é uma estratégia metodológica que proporciona


o desenvolvimento de uma ação didática ordenada pela interação entre teoria e prática e
proporciona situações significativas de aprendizagem baseada no sentir, pensar e agir;

✓ Compreenderam o conceito de dislexia para que tenham condições de identificar as (ou


algumas) características que indicam que o aluno possa ser disléxico e assim adequar suas
práticas pedagógicas.

✓ Se sentiram estimulados a pesquisarem sobre experiências pedagógicas que consideram


os jogos didáticos como um importante recurso para o desenvolvimento da aprendizagem
do aluno com dislexia.

✓ Utilizaram seu potencial criativo para criar jogos didáticos que favoreçam a aprendizagem
dos alunos com dislexia, nas diversas áreas da ciência.

Após a análise dos formulários de validação e dos relatos dos participantes no decorrer da
oficina, conclui-se que os resultados esperados foram alcançados.

9- SUGESTÕES DE MATERIAIS BÁSICOS PARA REALIZAÇÃO DE UMA OFICINA


PEDAGÓGICA

A referida lista foi elaborada para a realização da “Oficina Pedagógica para docentes
em formação: Concepção de jogos educativos para alunos disléxicos”, apresenta como
produto educacional ações metodologias, estratégias teóricas-práticas e dinâmicas para organizar
e planejar oficinas, na perspectiva de socializar saberes, experiências e reflexões.

MATERIAIS
05 jogos de pincel atômico 05 cartelas de alfabeto
05 caixas de lápis de cor 05 cartelas de números
05 caixas de giz de cera 05 cartelas de sílabas
05 réguas 10 imagens de animais
01 pacote de papel a4 com 100 10 imagens de figuras humanas
folhas
01 bloco de etiquetas autocolante 05 tubos pequenos de cola branca
05 borrachas 02 rolos de fita autocolante
transparente
05 apontadores de lápis 02 rolos de fita dupla face
20 folhas de papel cartão 02 tubos de cola de isopor
20 folhas de papel colorset 01 pistola de cola quente
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05 cartolinas brancas 05 bastões de cola de silicone
05 folhas de papel craft 01 grampeador e 01 caixa de
grampo
05 cartelas de alfabeto 05 cartelas de alfabeto
05 cartelas de números 05 cartelas de números
05 cartelas de sílabas 05 cartelas de sílabas
05 jogos de pincel atômico 10 imagens de animais
05 tubos pequenos de cola branca 01 caixa de clips médio
20 lápis preto nº 02 06 folhas de EVA – uma de cada
cor.
15 Tesouras com ponta 50 copinhos de café – descartáveis
arredondada
10 tubos pequenos de cola colorida 01 rolo de barbante
05 cartelas de sílabas Um computador
10 imagens de animais Um projetor de imagens
10 imagens de figuras humanas Uma caixa de som
10 botões coloridos do mesmo Uma impressora
tamanho
10 tampinhas de refrigerante Uma extensão
emborrachadas
01 pacote de palito de picolé Cabo de áudio
10 unidades de pratinhos Cabo HDMI ou USB
descartáveis

10- EXEMPLO DE ROTEIRO DE EXECUÇÃO DA OFICINA JÁ TESTADO


Esse Roteiro foi elaborado para a execução da “Oficina Pedagógica para docentes em
formação: Concepção de jogos educativos para alunos com dislexia”, apresenta como produto
educacional ações metodologias, estratégias teóricas-práticas e dinâmicas para organizar e
planejar oficinas, na perspectiva de socializar saberes, experiências e reflexões.

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ROTEIRO DE EXECUÇÃO DA OFICINA
OFICINA PEDAGÓGICA PARA DOCENTES EM FORMAÇÃO:
CONCEPÇÃO DE JOGOS EDUCATIVOS PARA ALUNOS DISLÉXICOS
Mediadores: Fernando da Costa Ribeiro e Shirley dos Santos Silva
Local: Universidade Federal do Amapá e Universidade Federal do Pará
Período/ Estudos Prévios: Testagem/Presencial:
UNIFAP: de 22/10 a 29/10/2018 UNIFAP - 30/10/2018
UFPA: de 02/12 a 10/12/2018 UFPA - 11/12/2018
Horário: UNIFAP: 14h às 18h e UFPA: 14h às 18h
Carga Horária: 4h
SUGESTÕES DE TEMPO
ESTRATÉGIAS
AÇÕES POR ATIVIDADE
METODOLÓGICAS
INICIO TÉRMINO TOTAL
1º MOMENTO – ESTUDOS PRÉVIOS
Estudo individual, tendo como base
Estudos a Tempo determinado por cada teórica os textos, vídeo-aula e
distância participante filme. Material enviado para o e-
mail dos inscritos na oficina.
2º MOMENTO – EXECUÇÃO DA OFICINA
Acolhimento: Realização da dinâmica:
Dinâmica de 14h00 14h10 10min
interação PROFESSOR E ALUNO

Esclarecimentos
sobre a Distribuição de texto com o
motivação e os objetivo da oficina, orientações
objetivos da sobre o desenvolvimento do
Oficina; 14h10 14h15 05min
trabalho e o cronograma. Leitura
Apresentar a espontânea e explicação do
dinâmica de mediador.
trabalho.
3º MOMENTO – ATIVIDADE TEÓRICA
Técnica: Palestra com ênfase na
Estudo teórico questão-foco. Perguntas baseadas
14h15 15h00 45min
sobre a temática nos materiais enviadas para
estudo. Troca de experiências –

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relatos da vivência dos
participantes com o problema.
Organização dos
15h00 15h05 05min Dinâmica das cartas coloridas
grupos
INTERVALO – 15h00 às 15h10
4º MOMENTO – ATIVIDADE PRÁTICA E COLETIVA
Orientações
Explicação sobre o que deve ser
sobre a atividade 15h10 15h15 05min
realizado nos grupos.
prática
Discussões para decidir qual o jogo
que iria produzir. Elaboração da
Discussões de Estrutura do Jogo: nome, objetivo,
ideias para regras.
produção de
Construção do jogo.
recursos 15h15 17h00 1h45min
adequados para Mediador orienta cada grupo sobre
resolução do a construção para intervir no
problema. problema; Mediador deve atender
os grupos, sempre que for
chamado.
5º - MOMENTO – SOCIALIZAÇÃO DOS JOGOS
As apresentações deverão
responder as seguintes
perguntas:
Socialização das • O que construímos?
17h00 17h30 30min
produções
• Qual o objetivo da construção?
Cada grupo terá no máximo 5min.
para apresentação.

6º MOMENTO – FEEDBACK
Mediador destaca os pontos
relevantes do trabalho
Feedback do desenvolvido; Sugestões e elogios
17h30 17h40 10min
mediador para cada grupo.
Incentivo para colocar em prática
Feedback dos Avaliação do grupo: O que este
17h40 17h50 10min
participantes momento significou?

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Cada participante responde, em
uma etiqueta, com uma palavra ou
desenho e cola no quadro.
7º MOMENTO – VALIDAÇÃO DA OFICINA
Preenchimento
do formulário de Preenchimento do Formulário de
17h50 18h00 10min
validação da validação.
Oficina.

11- SUGESTÕES DE DINÂMICAS DE GRUPO

Para selecionar as dinâmicas que serão utilizadas na Oficina, é importante que sejam
consultados referenciais que apresentem diversas opções de dinâmicas de grupo para as variadas
situações, bem como seus respectivos objetivos e desenvolvimento. Assim apresentamos duas
sugestões de livros que sustentam o desenvolvimento de dinâmicas e apresentam inúmeras
sugestões:

Livro 1: Oficina de ideias – Manual de Dinâmicas, 2003.


Coordenação e Organização: Luiza Cromack

Livro 2: Dinâmicas de grupo como fator educacional e social nas aulas de educação
física escolar, 2014.

Autor: Antônio Carlos Pereira Disponível em:


http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/
2014/2014_uem_edfis_pdp_carlos_alberto_pereira.pdf

Exemplos de Dinâmicas que foram utilizadas na “Oficina Pedagógica para docentes


em formação: Concepção de jogos educativos para alunos disléxicos”, realizada como produto
educacional para organizar e planejar essa oficina, na perspectiva de socializar saberes,
experiências e reflexões, baseados no trabalho desenvolvido em escolas públicas pelos
educadores autores dessa obra.

1. Dinâmica de interação e para abordagem inicial do tema da oficina


a) Nome da dinâmica: Professor e Aluno

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b) Materiais: colar feito de barbante e papel cartão. 15 colares escrito ALUNO e 15 escrito
PROFESSOR, Caixa de som e microfone. Se o espaço for pequeno com poucos
participantes não há necessidade do microfone.

c) Desenvolvimento:
O mediador coloca um colar em cada participante. Uns vão receber o colar ALUNO e outros
o colar de PROFESSOR. São distribuídos panfletos com a letra da música SER DIFERENTE É
NORMAL de Gilberto e Preta Gil. Os participantes são convidados a circularem dançando pela
sala. O mediador informa que os participantes que tem o colar ALUNO, deve segurar na mão
daquele que tem o colar PROFESSOR e quem estiver mais próximo. Assim, se formam os pares.
A seguir, o mediador vai dando os seguintes comandos: ✓ Professor olhe para o seu aluno e lhe
diga como você está feliz de tê-lo como aluno e de um abraço de boas-vindas em seu aluno;

✓ Aluno, diga seu nome para seu professor e pergunte o nome dele. Pergunte ao
professor o que ele espera de você.

✓ Professor, convide seu aluno para passear na sala, cante junto com ele, diga que
tipo de professor você pretende ser.

✓ Aluno, diga para seu professor que você tem dislexia. Explique para ele suas
dificuldades.

✓ Professor: pergunte ao seu aluno como você vai trabalhar com ele. Diga que você
pretende criar jogos para ajudá-lo.

✓ Aluno: agradeça seu professor e procure outro professor para você. Neste momento
formam novas duplas.

✓ Aluno, pergunte ao seu professor se ele sabe o que é dislexia.


✓ Professor diga para seu aluno o que você pretende fazer hoje para ajudá-lo
futuramente.

✓ Professor e Aluno se despeçam e digam uma mensagem de incentivo uns para os


outros.

✓ Mediador encerra a dinâmica pedindo que todos cantem juntos a música SER
DIFERENTE É NORMAL. Em seguida, o mediador pergunta o que os
participantes acharam da dinâmica. Logo a seguir dá início a apresentação do tema
se reportando aos comandos da dinâmica.

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2- Dinâmica para formação de Grupos
a) Materiais: 30 cartas de papel cartão: 5 cartas de cada cor.
b) Desenvolvimento
- As cartas são colocadas em uma caixa e cada participante tira uma.
- Os grupos serão formados seguindo a sequência abaixo:

- A sequência para formação do grupo só é revelada após os


participantes terem tirado as fichas da caixa.

- Não poderá ter no grupo, participantes com fichas da mesma cor.

12- PERFIL DO MEDIADOR DA OFICINA

De acordo com Campos e Macedo (2011), o mediador de uma oficina pedagógica deve
apresentar postura que enfatiza os seguintes aspectos: A intencionalidade; A transcendência e O
significado.

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1. INTENCIONALIDADE: É a intervenção do educador (mediador) para garantir
os resultados propostos conforme o planejado. O mediador da oficina deve ter total gerencia para
a organização do ambiente, os materiais e recursos, coerentes com o propósito da oficina. Deve
estimular os participantes a manter o foco. É imprescindível que o mediador mantenha uma
postura que contempla as diferenças de aprendizagens.

2. A TRANSCENDÊNCIA: É compreendida como expansão dos conteúdos e


conhecimentos obtidos na oficina para aplicação em dado contexto real. O mediador deve dar
exemplos e incentivar que as construções realizadas oficina devem ser utilizadas para resolução
de problemas identificado em situação real.

3. O SIGNIFICADO: As atividades desenvolvidas na oficina devem ser


significativas, capazes de estimular a cooperação, argumentação, respeito, investigação, análise e
capazes de incentivar o participante de ser multiplicador dessas ações pedagógicas.

O perfil do coordenador de uma oficina pedagógica deve reunir um elenco de fatores que
favoreçam a interação dos participantes com o propósito de (re) construir conhecimentos, saberes,
experiências e vivencias, a saber:

✓ O mediador deve ter domínio do conteúdo abordado na oficina, para que possa
enriquecer o processo de formação.

✓ Ter habilidade para trabalhar em grupo, ou seja, precisa saber ouvir, saber conter as
emoções e angustias, saber se colocar no lugar do outro e respeitar as diferenças.

✓ Estimular e manter a interação do grupo.

✓ Ter boa comunicação

✓ Ser verdadeiro, enfrentar e discutir a realidade.


✓ Senso de humor, o coordenador pode descontrair o grupo, ser flexível sem prejudicar ou
perder o foco da oficina.
✓ Ter capacidade para usufruir dos relatos de experiências e vivências emitidas pelos
participantes da oficina a fim de associa-las aos estudos para enriquecer o trabalho e a
compreensão do tema.

30
13. EXEMPLO DE OFICINA DE MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

Esta oficina descreve uma experiência de ensino da matemática, na Escola Bosque do


Amapá – Módulo Regional do Bailique, tendo como tema a Educação Ambiental, com
abordagem voltada para aproveitamento dos recursos da natureza e materiais recicláveis do
Arquipélago do Bailique.

A Escola Bosque do Amapá está instalada na Vila Progresso, na Ilha do Marinheiro,


situada no Rio Amazonas, a Leste do estado do Amapá, distante a aproximadamente 184Km
da capital Macapá. É uma Escola de Educação Básica, que foi concebida com o propósito de
adotar como referência no seu fazer pedagógico as bases conceituais políticas, metodológicas
e filosóficas da Educação Ambiental.

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OFICINA DE MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

1 – IDENTIFICAÇÃO

Ação: Oficina de Matemática na perspectiva da Educação Ambiental

Local: Escola Bosque Modulo Regional do Bailique.

Produção/Coordenação: Fernando da Costa Ribeiro

Ministrante: Fernando da Costa Ribeiro e Shirley dos Santos Silva

Período: 17 a 19 de janeiro de 2001.

Carga Horária: 12h

Professores de 1º a 4º série e alunos do 3º ano do magistério.

Fonte: www.arionauruscartus.com.br, 2021.

2 – OBJETIVO

Elaboração de uma proposta para o ensino de educação matemática com abordagem


voltada para aproveitamento dos recursos da natureza e materiais recicláveis do Arquipélago
do Bailique.
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3 – CONTEÚDOS ABORDADOS

RESPONSÁVEL
ORDEM CONTEÚDOS
MINISTRANTE

1. Educação ambienta (EA) no


contexto escolar.
#Conceito de EA
#Legislação EA na Escola Prof. Fernando da Costa
1º DIA
#Papel do professor na EA Ribeiro
2. O planeta é a casa de todos.
# EA e o trabalho coletivo
# Interdisciplinaridade

Fonte: www.arionauruscartus.com.br, 2021.

33
RESPONSÁVEL
ORDEM CONTEÚDOS
MINISTRANTE

Recursos didáticos: materiais da


natureza e materiais para reciclar.
# Planejamento Prof. Fernando da Costa
2º DIA
# Reciclagem: conceitos, Ribeiro
vantagens e possibilidades.
# Atividades criativas

Fonte: www.arionauruscartus.com.br, 2021.

34
RESPONSÁVEL
ORDEM CONTEÚDOS
MINISTRANTE

3º DIA Avaliação: conceito, finalidade e Prof. Fernando da Costa Ribeiro


aspectos/critérios socioambientais.
4º DIA Retorno para Macapá

Fonte: www.arionauruscartus.com.br, 2021.

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4 – AÇÕES METODOLÓGICAS

A oficina será desenvolvida em três etapas: estudos teóricos, práticas e avaliação.

1º DIA – 17/01/2001

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

HORÁRIOS MONITORES AÇÕES METODOLÓGICAS

08h00 às
Profa. Shirley S. Silva Acolhimento: dinâmica de boas-vindas.
08h10

Relatos de experiências: levantamento do


conhecimento prévio dos participantes a
08h10 às
Profa. Shirley S. Silva respeito do ensino da matemática na
08h30
perspectiva da educação ambiental.

Dinâmica: narrativas espontâneas.

08h30 às Palestra: Educação ambiental no contexto


Prof. Fernando Ribeiro
09h30 escolar.

09h30 às
Intervalo / Lanche
09h45

Estudos Teóricos

Tema – O planeta é a casa de todos. Estudo


09h45 às
Prof. Fernando Ribeiro realizado em grupos com cinco componentes,
10h20
organizados pela cor das pulseiras que os
participantes receberam.

10h20 às Apresentação dos grupos, comparando o texto


Colocações dos grupos
10h40 com a realidade do Bailique.

Montagem do painel O QUE


APRENDEMOS? Dinâmica: cada grupo
10h40 às escreve em um cartão qual a aprendizagem
Profa. Shirley S. Silva
12:00 mais significativa durante o primeiro dia da
oficina. Os cartões são colados em um mural
que estará disponível na sala.

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2º DIA – 18/01/2001
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
HORÁRIOS MONITORES AÇÕES METODOLÓGICAS

08h00 às
Profa. Shirley S. Silva Acolhimento: brincadeira o tatu e o caçador.
08h15

Atividade prática: construção da lista dos


recursos da natureza disponíveis no Bailique
08h15 às
Profa. Shirley S. Silva que podem ser utilizados na sala de aula para
08h30
o ensino da matemática.

Socialização das ideias.

Estudo teórico através de vídeos sobre


08h30 às
Prof. Fernando Ribeiro recursos didáticos construídos com materiais
09h00
da natureza para o ensino da matemática.

09h00 às
Intervalo / Lanche
09h15

Atividade prática em grupo


#Confecção de um material para o ensino de
conteúdos matemáticos utilizando recursos
naturais.
a) Escolha do conteúdo
b) Escolha do tipo de material que será
09h15 às Profa. Shirley S. Silva confeccionado.
12h00 c) Confecção do material
Prof. Fernando Ribeiro
Preenchimento da ficha de identificação do
material confeccionado: Para quê (ensinar que
conteúdo)? Com quê (recursos utilizados)?
Como utilizar (regras)? Com quem
(alunos/série)?

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3º DIA – 19/01/2001
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
HORÁRIOS MONITORES AÇÕES METODOLÓGICAS

08h00 às
Profa. Shirley S. Silva Acolhimento: dinâmica aluno e professor.
08h20

Debate sobre avaliação.


Conteúdo: Avaliação: conceito, finalidade e
aspectos.
08h20 às # Cada grupo recebe um cartão com uma
Prof. Fernando Ribeiro
09h15 afirmação ou uma pergunta sobre avaliação.
Cada grupo terá que eleger um representante
para defender, contestar ou responder a
questão.
# O monitor da oficina será o juiz que vai
complementar as ideias colocadas pelo grupo.
09h15 às
Intervalo / Lanche
09h30

Atividade em grupo – AVALIAÇÃO NA


PRÁTICA.
1. Os grupos vão trocar os materiais
09h30 às Prof. Fernando Ribeiro confeccionados. Um grupo vai avaliar o
11h00 material do outro grupo.
Profa. Shirley S. Silva
2. Cada grupo irá testar o material que
recebeu, vai avaliar de acordo com os
critérios que estabelecerem e vai apresentar
sua avaliação e sugestões para todos os
participantes.

Avaliação da Oficina: atividade coletiva.


11h00 às Atividade sem a presença
Em um formulário, o grupo todo vai sinalizar
11h20 dos monitores.
com palavras ou imagens, seu grau de
satisfação com a oficina. Nesse momento, não
haverá interferência/presença dos monitores.

38
Prof. Fernando Ribeiro Encerramento com:
11h20às 12:00
Profa. Shirley S. Silva • Apresentação cultural
• Distribuição de brindes
• Almoço

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REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, L.G. C; ALVES, L. P. Processos de ensinagem na universidade.


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Sistêmica, v. 14, n. 1, p. 3-14, 2012. Site: https://periodicos.furg.br/redsis/article/view/2514.
Acesso em: 31/Mar/2018.

CAMPOS, M. C.R. M. MACEDO, L. Desenvolvimento da Função Mediadora do Professor


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Educacional, pag. 211-220. Volume 15, número 2, julho/dezembro de 2011. São Paulo - SP.
FIALHO, N, N. Os jogos pedagógicos como ferramenta de ensino. 2008. disponível em:
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LOPES, J. M. C.; CURRA, L. C. Dias; FERNANDES, C. L. C.; MATTOS, L.F. C. Manual da


oficina para capacitar preceptores em medicina de família e comunidade. Porto Alegre:
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LUZ, M. A. P. C. Dislexia-dificuldades específicas nos processamentos da linguagem. São
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JUNIOR, W. E. F.; OLIVEIRA, A. C. G. Oficinas Pedagógicas: Uma Proposta para a


Reflexão e a Formação de Professores. Relatos de sala de aula, Vol. 37, N° 2, p. 125-133,
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MOITA, F.M.G.S. C. ANDRADE, F.C.B. O Saber de mão em mão: A Oficina Pedagógica


como dispositivo para a formação docente e a construção do conhecimento na Escola Pública.
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REIGOTA, Marcos. Meio Ambiente e Representação Social. São Paulo: Cortez, 1995.

_______. A floresta e a escola: por uma educação ambiental pós -moderna. São Paulo, Cortez, 1999.

_______. Fundamentos Teóricos para a Educação Ambiental Popular. INEP Em Aberto. Brasília,
ano 10, n° 49, jan. /mar. 1991, p. 03-14.

40
SILVA, J.A.P. O Uso de Dinâmicas de Grupo em Sala de Aula. Um Instrumento de
Aprendizagem Experiencial Esquecido ou Ainda Incompreendido? Revista Saber Científico,
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SILVA, P. A. S.; GOMES, R. de J.; LELIS, D. A. de J. A importância das oficinas pedagógicas


na construção do conhecimento cartográfico: novas proposições metodológicas para o ensino
de geografia. Grupo de Estudos e Pesquisas, Educação e Contemporaneidade, São Cristóvão,
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importanciadasoficinas-pedagogicas-na. Acesso em: 10/jan/ 2018.

VIEIRA, Elaine; VALQUIND, Lea. Oficinas de ensino: O quê? Por quê? Como? 4. ed. Porto
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VILAÇA, G. D. V. CASTRO, M.F. Processo de Formação Orientações para Ações de


ATER. Diretoria de Extensão Rural – DER, Departamento De Educação Profissional – DEED,
Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária. Recife-PE: 2013.

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