Resumos Biologia 4ºteste
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Modelo autogénico:
Considera que as estruturas e os organelos das células eucarióticas resultaram de
invaginações sucessivas da membrana celular em células procarióticas
ancestrais.
Inicialmente estas invaginações englobaram o DNA e formaram um núcleo.
Ao longo do tempo, especializações sucessivas da membrana deram origem a um
sistema endomembranar.
Essas invaginações deram origem a compartimentos membranares, com especialização
funcional, que estão na origem dos organelos.
Há a construção de pares/compartimentos com funções diferentes.
Os organelos celulares e o núcleo teriam o mesmo material genético.
Modelo endossimbiótico:
Os organelos celulares resultaram de ligações de simbiose entre um hospedeiro e
uma célula menor, sem haver invaginações.
Sistemas de classificação:
As classificações podem ter um carácter:
Prático: como as que dividem os cogumelos em comestíveis e não comestíveis
Racional: procuram traduzir de forma objetiva a realidade biológica dos
diferentes grupos de seres vivos.
Dentro das racionais temos:
Artificiais (poucas características, desta forma ignoram-se todas as outras
característica dos organismos, acabando por reunior, geralmente devido à sua
evidência);
Naturais (maior número de características possíveis).
Perspetiva histórica:
Remontam a Aristóteles (animais) e o seu discípulo Teofrasto (plantas).
Regras de nomenclatura:
O 1º termo refere-se ao género, sendo escrito com inicial maiúscula;
O 2º termo, escrito com inicial minúscula, constitui o epíteto ou restritivo
específico, que identifica a espécie dentro do género.
A designação deve ser sublinhada;
O nome da espécie pode ser completada com o nome do autor, ou a sua
abreviatura, podendo ainda ser acompanhada da data da sua primeira
identificação.
Nota: se o primeiro nome for diferente e o segundo igual, isso não significada nada: são
completamente diferentes um do outro.
Protista:
Seres eucariontes, onde a maior parte são unicelulares, mas podem ser
multicelulares (mas com baixo grau de diferenciação nos tecidos);
Heterotróficos por ingestão, por absorção ou autotróficos;
Podem ser produtores, consumidores, decompositores;
Tem as algas.
Existem na maioria dos locais que contêm água, incluindo habitats terrestres
suficientemente húmidos.
Nota: se for unicelular é protista.
Fungi:
Seres vivos eucariontes maioritariamente multicelulares (baixo grau de
diferenciação) mas as leveduras são unicelulares;
Heterotróficos por absorção;
Decompositores
Tem os fungos (os fungos multicelulares são constituídos por hifas).
Plantae:
Seres vivos eucariontes vegetais multicelulares com elevado grau de
diferenciação;
Autotróficos fotossintéticos;
Produtores.
Animalia:
Seres vivos eucariontes animais multicelulares com elevado grau de
diferenciação;
Heterotróficos por ingestão;
Consumidores.
Cria-se uma categoria taxonómica superior ao reino, o domínio, tendo sido proposta a
divisão dos seres vivos em 3 domínios:
Eukarya: todos os eucariontes; (protista, fungi, plantae, animália)
Archaebacteria (archaea), do qual fazem parte os procariontes conhecidos
como arqueas;
Eubacteria (atualmente bactéria), onde se integram as bactérias.
As arqueas, a nível celular, são mais parecidas com os eucarióticos do que com as
bactérias.
Geologia:
Rochas sedimentares:
Origem:
Resultam da deposição de materiais provenientes de rochas preexistentes, da
precipitação química de substâncias dissolvidas nas águas ou da transformação de restos
de seres vivos.
Formam-se na superfície terrestre ou na sua proximidade.
Sedimentogénese:
Meteorização;
Erosão;
Transporte;
Sedimentação.
Diagénese
Compactação;
Cimentação.
Meteorização:
É o conjunto de fenómenos que leva à alteração das características iniciais das
rochas, por ação de processos físicos ou químicos.
Nota:
Meteorização vs erosão:
Os processos de meteorização alteram as características primárias das rochas. A erosão
corresponde ao conjunto de processos físicos, que permitem remover os materiais
resultantes da meteorização.
As rochas e os minerais que as constituem são estáveis nas condições de pressão e
temperatura em que se formaram. Quando as rochas afloram, ficam expostas a um
ambiente diferente, tornando-se progressivamente mais instáveis.
A meteorização física e química podem ocorrer em simultâneo.
Meteorização física:
Ação do gelo (crioclastia): a água que penetra nas fraturas forma o gelo, ao congelar,
aumenta de volume nas fendas, afastando/alargando-as. Rochas fissuradas desagregam-
se com maior facilidade.
Ação dos seres vivos (bioclastia): Ex: crescimento das raízes das árvores em fraturas
das rochas e ação de pequenos animais, através da escavação ou da deslocação.
Meteorização química:
Nestas reações químicas com a água, alguns minerais são convertidos noutros mais
estáveis nas novas condições ambientes: minerais de neoformação.
Os minerais mais antigos transformam-se, deixam de estar ligados aos minerais
estáveis, o que leva à desagregação da rocha.
Dissolução:
Ocorre a reação dos minerais com a água ou com um ácido. A ligação entre os
diferentes iões é quebrada e os iões livres ficam dissolvidos numa solução. Há uma
interação entre as cargas da água e dos minerais.
Nota: a maioria dos minerais é praticamente insolúvel em água. Para que a dissolução
aconteça é necessária a presença de ácidos que libertando H+, aumentam o poder
solvente da água, intensificando a dissolução.
Carbonatação:
As rochas calcárias são formadas por calcite, um mineral constituído por carbonato de
cálcio.
A água acidificada reage com o carbonato de cálcio: carbonatação (dissolução do
carbonato de cálcio).
Neste processo, formam-se produtos solúveis (cálcio e hidrogenocarbonato) que são
removidos em solução.
Os minerais de sílica e argila, insolúveis, ficam no local, originando depósitos
avermelhados, devido á presença de óxido de ferro: terra rossa.
Modelado cársico:
Acontece em áreas calcárias.
Os calcários encontram-se bastante fissurados, em resultado de reações de carbonatação
que alargam as fraturas provocadas inicialmente pela meteorização física, dando origem
a um relevo sulcado denominado lapiás.
A água infiltra-se com facilidade pelas fraturas, provocando a dissolução do calcário e a
formação de estruturas e cavidades, como os algares e as grutas.
Hidrólise:
Substituição dos catiões da estrutura de um mineral pelos iões de hidrogénio. Estes iões
podem vir da água ou de um ácido.
Esta reação leva à formação de novos e diferentes minerais.
Até á formação do ácido carbónico, o processo é igual ao da dissolução, pois
quanto mais ácida a água, mais possui iões H+.
Caulinização:
Meteorização química do feldspato de potássio, formando novos mineras: caulinite
(minerais de neoformação).
Os iões H+ presentes na água reagem com o feldspato levando à substituição do ião K+
pelo H+.
O feldspato de potássio reage com a água acidificada, perde o potássio, fica com
o hidrogénio, formando-se um mineral com novas propriedades: caulinite.
Oxidação:
Ocorre quando uma substância perde eletrões para outra.
Uma das reações de oxidação ocorre em minerais ricos em ferro. Em contacto com o ar,
o ferro cede eletrões ao oxigénio, ficando oxidado e originando óxido de ferro, como a
hematite.
É intensificado pela presença de água.
Na redução ocorre um ganho de eletrões.
Tem de haver oxigénio.
Com minerais que tenham ferro.
Os minerais são diferentes pelo que há minerais de neoformação.
Hidratação:
Combinação química de minerais com a água (hidratação) ou a sua remoção de outros
(desidratação).
No caso da hidratação, ocorre um aumento de volume que facilita a desintegração das
rochas por ação da hidrólise. (uma molécula de água quebra uma ou mais ligações
químicas).
Pode haver a desidratação do gesso para formar anidrite e o contrário.
Erosão:
Processo de remoção de fragmentos e de solutos da rocha originária, causado por
agentes como a água e o vento.
Há o arrancamento e separação dos fragmentos da rocha-mãe.
Os principais agentes erosivos são o vento e a água.
As águas das chuvas são responsáveis pela formação de sulcos profundos nos
solos: ravinas, principalmente quando os solos são desprovidos de vegetação.
Caos de blocos:
Amontoados de bolas graníticas espalhadas pelas encostas dos maciços graníticos,
resultantes da separação de blocos pelas zonas de diáclases e posterior arredondamento
das arestas e vértices.
A erosão remove da rocha as partes mais alteradas.
Transporte:
Corresponde ao deslocamento dos materiais resultantes da erosão.
Como agentes de transporte, temos principalmente a água e o vento, mas também os
seres vivos, o gelo e a gravidade.
Quanto mais denso o detrito, menor o transporte.
Ao longo do transporte, os detritos sofrem arredondamento e granotriagem.
À medida que a energia do agente de transporte vai variando, ocorre uma seleção dos
detritos em função do seu peso e tamanho, um processo designado por granotriagem
(granosseleção).
Diagénese:
Consiste na conversão de sedimentos soltos em rochas sedimentares
consolidadas.
A continuidade da sedimentação leva a que os sedimentos mais antigos sejam cobertos
pelos mais recentes e sofram afundamento. Os sedimentos fiam assim sujeitos a um
aumento de pressão e temperatura, que possibilita a litificação ou diagénese do
depósito sedimentar.
Compactação:
Os sedimentos são sucessivamente comprimidos por ação dos novos sedimentos que
sobre eles se vão depositando.
Assim, os materiais subjacentes são sujeitos a um aumento de pressão, o que vai
provocar a expulsão da água (desidratação) que existe entre eles e a diminuição da sua
porosidade, com consequente diminuição do seu volume e aumento da densidade.
Cimentação:
A redução do teor de água favorece a precipitação de substâncias em solução ou
suspensão nos interstícios do depósito sedimentar.
Essas substâncias, como a sílica, o carbonato de cálcio e óxido de ferro, atuam como um
cimento natural, ligando os sedimentos originando rochas sedimentares.
Argilas: argilitos
Areias: arenitos
Balastros: conglomerados
Recristalização:
Alguns minerais alteram as suas estruturas cristalinas. Este fenómeno ocorre devido a
alterações das condições de pressão, temperatura, circulação da água e outros fluidos,
onde estão dissolvidos certos iões.