Didática Das Ciências Sociais

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DIDÁTICA DA ECONOMIA

TRABALHO FINAL

Mestrado em Ensino de Economia e de


Contabilidade

André Monteiro Pires


ÍNDICE
Introdução ………………………………………………….…………………………...…… 3

O papel da interdisciplinaridade em contexto de ensino no desenvolvimento das


competências dos alunos, bem como na sua motivação………………………………... 4

Notas introdutórias …………………………………….………………………. 4


Interdisciplinaridade no ensino ……………………………………………….... 5
Relação com o mundo real ……………………………………………………... 6
Desenvolvimento de competências …………………………………………….. 7
Motivação dos alunos …………………………………………………………...8
Notas conclusivas ……………………………………………………………….9

Proposta de Ensino-Aprendizagem – Economia C 12º ano ……………………………10


Planificação anual da disciplina – Economia C – 12º ano ……………………..12
Planificação do tema 1 – crescimento e desenvolvimento – economia c – 12º
ano…………….……………………………………………………………….. 16
Plano de aula ………………………………………………………………….. 18
Recursos didáticos utilizados na aula ………………………………………….20
Teste Formativo ….…………………………………………………………….26
Teste sumativo ………………………………………………………………... 28

Bibliografia …………………………………………………………………………… 32

2
INTRODUÇÃO
O presente documento tem como objetivo o de compilar de forma organizada as
várias ideias e análises efetuadas no decorrer das aulas, bem como de todo o trabalho
efetuado no âmbito da Unidade Curricular da Didática das Ciências Sociais, integrada
no Mestrado em Ensino de Economia e de Contabilidade.
O trabalho divide-se em 3 partes após esta introdução, sendo elas descritas
doravante.
A primeira parte do trabalho diz respeito a um capítulo investigativo, com o qual
se pretende estudar, de forma breve e sintética, de que forma as práticas de
interdisciplinaridade podem ter um papel importante no desenvolvimento de
competências dos alunos, bem como na sua motivação, aliadas ao trabalho colaborativo.
Na segunda parte do trabalho é apresentada uma proposta de ensino-
aprendizagem com a qual se pretende explicar de que forma irá ser dada a matéria da
disciplina de Economia C e qual a organização das aulas e dos conteúdos
programáticos, bem como de que forma e que meios serão mobilizados no decorrer das
atividades letivas no âmbito da disciplina.
Na terceira parte do trabalho é apresentado um conjunto de planificações, planos
e recursos que se pretendem utilizar no decurso das aulas, bom como a informação
relativa a dois dos elementos de avaliação da disciplina – um teste formativo e um teste
sumativo.
Por fim, é apresentada a conclusão do trabalho, na qual se explanam os
resultados e conclusões a retirar do trabalho desenvolvido no âmbito da Unidade
Curricular de Didática das Ciências Sociais.

3
O papel da interdisciplinaridade em contexto de ensino no
desenvolvimento das competências dos alunos, bem como na sua
motivação
NOTAS INTRODUTÓRIAS
Na atualidade, a educação enfrenta desafios constantes na formação dos
indivíduos, tendo esta o objetivo de os preparar para um mundo em constante
transformação. Neste cenário, existem práticas interdisciplinares que emergem como
ferramentas poderosas para o desenvolvimento das competências dos alunos, alinhando
a aprendizagem escolar ao contexto real do mundo em que vivem. Este trabalho procura
explorar o papel que a interdisciplinaridade e a relação da atividade curricular com o
mundo real desempenham não só no desenvolvimento de competências relevantes,
como também na motivação dos alunos no processo educativo.
A interdisciplinaridade, conforme discutido por Thiesen (2008), refere-se à
integração de diferentes disciplinas por forma a que elas ultrapassem aos seus próprios
limites, colaborando e interagindo para a construção de conhecimentos significativos.
Esta abordagem, para além de enriquecer a experiência educativa, dá também
oportunidade aos alunos de conhecer e refletir sobre a complexidade do mundo fora da
sala de aula, onde os problemas não se restringem a uma única área do conhecimento,
levando-os a compreender a necessidade de estudar os assuntos de forma mais completa
e aprofundada, através da utilização do conhecimento das várias ciências e da inter-
relação que estas estabelecem entre si na análise da realidade, nomeadamente dos
fenómenos sociais – que são o objeto de estudo das ciências sociais.
A aprendizagem cooperativa, por sua vez, enfatizada por Freitas e Freitas
(2002), destaca-se como uma metodologia que promove a colaboração entre os alunos.
Esta estratégia pedagógica não só fortalece a interdisciplinaridade, como contribui para
o desenvolvimento de competências sociais, críticas para o sucesso na sociedade atual.
A motivação dos alunos é uma componente crítica no processo de aprendizagem,
pelo que é importante encontrar forma de conjugar ambas. Jesus (2008) propõe algumas
estratégias motivacionais que podem ser aplicadas, como estímulo do interesse e da
participação ativa dos alunos. A motivação dos alunos é, muitas vezes, alimentada pela
perceção da relevância do que está a ser aprendido, o que pode ser intensificado pela
experiência de aprendizagem que faz conexões claras com o mundo real. Ou seja, um
bom contributo para o aumento da motivação dos alunos, será o de fazê-los

4
compreender a utilidade prática dos conhecimentos que estão a adquirir e da
aprendizagem que estão a desenvolver.
Este trabalho visa verificar de que forma a interdisciplinaridade e a aplicação de
conhecimentos em contextos reais podem ser implementadas de forma eficaz para
melhorar as competências e a motivação dos alunos. Através da análise da literatura
pertinente, procura-se delinear práticas pedagógicas que possam ser adotadas por
educadores e professores para fomentar um ambiente de aprendizagem dinâmico,
relevante e estimulante.

1. INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO
A interdisciplinaridade no ensino é uma abordagem que promove a integração
entre diferentes áreas do conhecimento, visando uma compreensão mais holística e
aplicada da realidade. Segundo Thiesen (2008), a interdisciplinaridade serve como
movimento articulador no processo de ensino-aprendizagem, permitindo que os alunos
façam conexões entre conceitos e competências adquiridos nas diversas disciplinas,
resultando numa aprendizagem mais profunda e duradoura.
Neste contexto, as práticas interdisciplinares atuam como pontes entre o
conhecimento teórico e a sua aplicação prática. Elas estimulam a curiosidade, a pesquisa
e a inovação, e são essenciais para o desenvolvimento das competências inseridas nas
aprendizagens essenciais das diferentes disciplinas, como o pensamento crítico, a
resolução de problemas e a capacidade de aplicação do conhecimento em diferentes
situações. Ao se depararem com desafios que exigem uma abordagem interdisciplinar,
os alunos são incentivados a colaborar, a comunicar eficazmente e a serem criativos nas
suas soluções.
As práticas interdisciplinares eficazes podem incluir projetos de grupo que
exigem conhecimento e competências adquiridas em várias disciplinas, aulas temáticas
que abordam um problema global a partir de múltiplas perspetivas académicas, ou a
utilização de tecnologia para simular problemas reais cuja resolução requer soluções
integradas. Cada uma dessas estratégias contribui para um ambiente de aprendizagem
dinâmico, no qual os alunos são ativamente envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem.
A cooperação entre os alunos é também promovida no contexto da
interdisciplinaridade ao existir uma partilha de conhecimentos entre os alunos, com

5
diferentes graus de aprofundamento desse conhecimento. Ou seja, perante o estudo de
determinada temática que envolve uma abordagem interdisciplinar, um aluno que
entenda melhor os conteúdos de uma dada disciplina, poderá dar um contributo mais
significativo na abordagem da temática na ótica dessa disciplina, enquanto outro, que
perceberá melhor outra disciplina, tenderá a dar um maior contributo no estudo da
temática na ótica dessa mesma disciplina. Por outro lado, um aluno que não tenha um
conhecimento tão aprofundado especificamente numa disciplina, poderá contribuir para
a análise da questão de uma forma mais holística, e porventura, conseguir articular as
várias dimensões do seu estudo de uma forma mais eficaz. Desta forma, os diferentes
níveis de conhecimentos (e de preferências) que cada aluno tem de cada disciplina no
estudo de uma dada temática em contexto interdisciplinar, deverá ser um benefício
associado à conjugação do trabalho colaborativo com o contexto interdisciplinar no
estudo de um tema – por exemplo, num contexto de trabalho de projeto.
2. RELAÇÃO COM O MUNDO REAL
A relação da aprendizagem escolar com o mundo real é fundamental para que os
alunos percebam a relevância dos conteúdos que estão a ser lecionados. A aplicação do
conhecimento em contextos reais ajuda a solidificar a aprendizagem e a desenvolver
competências que serão utilizadas na vida adulta. A educação que ignora as conexões
com o mundo exterior corre o risco de se tornar obsoleta e desmotivante para os alunos,
para além de arriscar a uma desatualização dos conteúdos, dado o contexto dinâmico da
realidade social.
Conectar os conteúdos que estão a ser lecionados com situações reais – prática
característica da teoria curricular prática, de Pacheco (1996) aumenta a perceção de
utilidade do que está a ser aprendido. Quando os alunos veem que o conhecimento
adquirido pode ter uma aplicação prática, eles sentem-se mais motivados para aprender
e mais preparados para enfrentar desafios fora da sala de aula. Por exemplo, um projeto
na disciplina de ciências naturais que vise estudar o crescimento das plantas em
diferentes condições climatéricas, fará mais sentido e terá um maior interesse por parte
dos alunos se for algo prático, como a plantação de plantas no jardim da escola, fazendo
o estudo prático do seu crescimento. Desta forma, os alunos sentir-se-ão mais motivados
na aquisição de conhecimentos e no desenvolvimento de competências, uma vez que
estão a aplicar o conhecimento na prática, enquanto o adquirem. Para além disso, tal
projeto tem uma componente interdisciplinar importante – como o uso da matemática

6
(para medir o crescimento da planta) ou o uso da geografia (para perceber as condições
climatéricas) no contexto de um projeto de ciências naturais.
Integrar o contexto real no currículo escolar pode envolver a colaboração com
organizações locais, a realização de visitas de estudo, ou o desenvolvimento de
programas que permitam aos alunos explorar ambientes diversos, como empresas,
parques naturais ou um comércio local. Essas experiências práticas enriquecem o
processo educativo e ajudam os alunos a entenderem melhor seu papel como cidadãos
ativos e responsáveis na sociedade.
3. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS
A interdisciplinaridade e a conexão com o mundo real são pedras angulares no
desenvolvimento de competências nos alunos, transcendendo o conhecimento factual e
abraçando competências cruciais para a vida no século XXI. Estas competências
incluem a capacidade de pensar criticamente, resolver problemas complexos, comunicar
eficientemente e colaborar com os outros.
O ensino interdisciplinar, como discutido na literatura por Thiesen (2008),
estimula os alunos a estabelecer ligações entre matérias distintas, promovendo uma
compreensão mais rica e profunda de cada tema. A aprendizagem torna-se um processo
ativo, onde os alunos são encorajados a questionar, a analisar e a sintetizar informações
de diversas fontes, cultivando assim um pensamento crítico apurado e uma maior
capacidade analítica e de síntese.
Além disso, a aprendizagem cooperativa – um método enfatizado por Freitas e
Freitas (2002) – desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de
competências sociais e emocionais. Trabalho em equipa, comunicação, empatia e
negociação são apenas algumas das capacidades sociais que os alunos desenvolvem ao
aprender em grupo, através da cooperação. Essas competências são transferíveis para
qualquer contexto fora da sala de aula e são altamente valorizadas no mercado de
trabalho e na vida em sociedade.
Por fim, é essencial preparar os alunos para o mundo digital e tecnológico em
que vivem. As competências digitais, incluindo a capacidade de pesquisa online, a
avaliação da credibilidade das fontes e a utilização de ferramentas digitais para criar e
comunicar, são cada vez mais necessárias. A interdisciplinaridade, quando combinada
com tecnologia educativa, pode melhorar significativamente essas competências
digitais, preparando os alunos para os desafios e oportunidades da era digital.

7
4. MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS
A motivação é um componente vital na educação, determinando em grande parte
o sucesso ou o fracasso dos alunos no seu sucesso académico 1. Jesus (2008) ilustra a
importância de estratégias motivacionais na educação, destacando como a motivação
intrínseca e extrínseca pode ser cultivada num ambiente de aprendizagem
interdisciplinar e conectado com o mundo real.
A interdisciplinaridade pode aumentar a motivação ao tornar a aprendizagem
mais relevante e interessante. Quando os alunos veem o valor prático do que estão a
aprender e a sua aplicação em múltiplos contextos, tendem a envolver-se mais
profundamente na matéria. Além disso, estratégias que permitem aos alunos algum grau
de escolha e autonomia nos seus projetos de aprendizagem podem aumentar a
motivação, oferecendo-lhes uma sensação de controlo na sua aprendizagem.
Por outro lado, conectar a aprendizagem com o mundo real pode fortalecer a
motivação extrínseca. Por exemplo, projetos que têm um impacto tangível na
comunidade ou que envolvem colaborações com profissionais e empresas locais podem
inspirar os alunos a trabalhar com mais afinco e a aplicar-se mais completamente no seu
trabalho.
Casos práticos2 mostram que quando os alunos estão motivados, eles não só
alcançam um desempenho académico mais elevado, como desenvolvem uma relação
mais positiva com a escola e com o processo de aprendizagem em si. Portanto, os
professores devem esforçar-se por incorporar elementos interdisciplinares e conexões
com a realidade nas suas práticas pedagógicas, como forma de aumentar a motivação
dos alunos, promover um envolvimento mais significativo na aprendizagem e dar a
conhecer as diferentes visões de estudo dos assuntos que estão a ser aprendidos.

1
O Sucesso académico é um conceito muito lato e não existe uma definição única e universal para o
definir. Neste caso, a sua aferição pode ser materializada nas avaliações ou na prestação do aluno nos
trabalhos e durante as aulas, com toda a subjetividade inerente a essa conceção de “prestação”
2
Exemplo de caso prático: https://www.edutopia.org/video/integrated-studies-sustainability-and-cross-
curricular-connections

8
NOTAS CONCLUSIVAS
As evidências que nos oferece a literatura e as análises apresentadas reforçam a
tese de que as práticas pedagógicas de interdisciplinaridade não apenas enriquecem o
currículo escolar, como também preparam os alunos para enfrentar desafios complexos
e multifacetados do mundo contemporâneo.
A interdisciplinaridade, conforme discutido por Thiesen (2008), e a
aprendizagem cooperativa, enfatizada por Freitas e Freitas (2002), demonstram ser
estratégias eficazes para fomentar competências essenciais como pensamento crítico,
resolução de problemas e colaboração. Além disso, a motivação dos alunos, essencial
para o seu envolvimento e sucesso académico, é significativamente influenciada pela
relevância prática e aplicação do conhecimento, como destacado por Jesus (2008).
A implementação de práticas interdisciplinares e a conexão com o mundo real
exigem um esforço consciente por parte dos professores, para repensar e adaptar
métodos de ensino. É necessário um compromisso com a inovação pedagógica e uma
disposição para experimentar abordagens que possam inicialmente parecer desafiadoras.
Para avançar, recomenda-se uma integração mais profunda de estratégias
interdisciplinares e experiências de aprendizagem baseadas no mundo real em todos os
níveis de ensino. Futuras investigações poderiam focar-se na avaliação de longo prazo
do impacto dessas práticas na trajetória de vida dos alunos e na sua adaptação ao
mercado de trabalho.
Em conclusão, a interdisciplinaridade e a relação com o mundo real são
componentes indispensáveis de uma educação que visa não apenas a transmissão de
conhecimento, mas também o desenvolvimento integral dos alunos como aprendizes ao
longo da vida, cidadãos integrados e responsáveis e profissionais competentes. As
escolas que abraçam essas práticas não só aumentam a motivação dos seus alunos, como
também lhes fornece as ferramentas necessárias para se adaptarem e viverem
comummente num mundo em rápida evolução.

9
PROPOSTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM
ECONOMIA C – 12º ANO

Pretende-se com este documento a criação de uma proposta de ensino-


aprendizagem referente à disciplina de Economia C, de 12º ano, de uma turma do curso
científico-humanístico de Ciências Socioeconómicas.
A presente proposta apresenta-se dividida em cinco partes: 1) Planificação anual
da disciplina (longo prazo); 2) Planificação de um dos módulos da disciplina (médio
prazo); 3) Plano de uma das aulas da disciplina; 4) Recursos didáticos a utilizar no
decorrer das aulas da disciplina e 5) informação relativa a dois elementos de avaliação:
um teste formativo e um teste sumativo
Na primeira parte, referente à planificação anual da disciplina, apresentar-se-á a
organização dos conteúdos a serem lecionados, tendo como base as Aprendizagens
Essenciais para a disciplina de Economia C, em vigor no ano de 2023. Esta planificação
anual visa a garantia de existência de um plano de longo prazo no qual esteja explanada
a forma como irá decorrer a lecionação da disciplina, integrando os temas, conteúdos e
aprendizagens essenciais emanados pela Direção Geral de Educação juntamente com o
número de aulas ou o tempo que se estima necessário investir em cada tema, bem como
os elementos de avaliação que se pretendem utilizar, segundo a sua natureza (formativa
ou sumativa), por forma a aferir o conhecimento dos alunos, de forma contínua,
proporcional e justa.
Na Segunda parte, referente à planificação da disciplina por Tema, apresentar-se-
á a organização dos conteúdos a serem lecionados, tendo como base as Aprendizagens
Essenciais para a disciplina de Economia C, em vigor no ano de 2023, relativas ao tema
1 – Crescimento e Desenvolvimento. Esta planificação temática visa a garantia de
existência de um plano de médio prazo no qual esteja explanada a forma como irá
decorrer a lecionação dos conteúdos relativos ao primeiro capítulo (tema) da disciplina,
integrando os temas, conteúdos e aprendizagens essenciais emanados pela Direção
Geral de Educação juntamente com o número de aulas ou o tempo que se estima
necessário investir em cada tema, bem como os elementos de avaliação que se
pretendem utilizar, segundo a sua natureza (formativa ou sumativa), por forma a aferir o
conhecimento dos alunos, de forma contínua, proporcional e justa.

10
A Terceira parte diz respeito à planificação de uma aula de Economia C, na qual
será lecionada matéria relativamente ao Tema 1 da disciplina, procurando apresentar-se
um roteiro da aula, integrando os objetivos da mesma, com as competências que se
espera que os alunos desenvolvam na aula, apresentando-se também as atividades que
irão ser realizadas ao longo da aula, as metodologias utilizadas pelo professor no âmbito
da forma como lecionada a matéria (se de forma expositiva, dinâmica ou que tipo de
estratégias utiliza), apresentando-se ainda a componente avaliativa, por forma a
perceber de que modo irá o professor avaliar a matéria lecionada e que tipo de avaliação
será feita (de caracter formativo, sumativo ou ambas). Estarão também apresentados os
recursos utilizados, bem como o sumário da aula em questão e da aula anterior.
Na quarta parte serão apresentados os recursos e materiais, tanto físicos como
digitais, utilizados na aula da terceira parte.
Na quinta parte serão apresentados dois elementos de avaliação que poderiam
ser formas de avaliar o primeiro Tema da matéria de Economia. Trata-se de um teste
formativo e de um teste sumativo, estando também apresentados os critérios de correção
do último.

11
PLANIFICAÇÃO ANUAL DA DISCIPLINA – ECONOMIA C – 12º ANO
TEMAS CONTEÚDOS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS AÇÕES, Nº Horas p/ AVALIAÇÃO
(horas/ tema) (Conhecimentos, capacidades e ESTRATÉGIAS E subtema
Calendário atitudes) MÉTODOS Total: 150h
- (1.1) - Distinguir crescimento económico de O capítulo 1, tratando-se (1.1) – 3 h (1)
Desenvolvimento desenvolvimento, relacionando-os e de um capítulo
Avaliação formativa/sumativa:
Económico: Conceitos reconhecendo que o crescimento económico introdutório, apresenta
e dimensões é um meio para alcançar o desenvolvimento um carácter de maior (10% da nota final)
abertura no que diz
(1.2) – 3 h - Texto de opinião em formato
- Identificar indicadores de respeito à sua
de artigo, entre 2 a 3 páginas, a
(1) - (1.2) Papel do desenvolvimento, evidenciando as suas organização, pela análise
realizar em período extra-aula,
Estado no limitações das Aprendizagens
Crescimento e com auxílio do professor, sobre
desenvolvimento Essenciais, pelo que os
Desenvolvimento um dos 3 temas (1.1; 1.2 e 1.3)
Económico e social: - Explicar as fontes do crescimento conhecimentos,
(8 aulas) investimento público económico, características e dinâmicas capacidades e atitudes Entrega: Última aula do mês de
consagrados nas mesmas, (1.3) – 3 h
outubro
(12 horas) respeitantes a este
- Relacionar o crescimento económico
capítulo, se dissolvem Possibilidade de alargamento
- (1.3) Papel do moderno com as alterações ocorridas na
nos 4 subcapítulos que se do prazo de entrega
Estado no organização económica das sociedades
Outubro desenvolvimento decidiu introduzir (1.1 a
desenvolvidas OU
Económico e social: 1.4), dando assim
abertura ao professor e - Trabalho investigativo,
Políticas - Caraterizar os ciclos de crescimento
alunos para um método individual ou a pares, tendo
redistributivas, Justiça económico e as suas fases
de ensino-aprendizagem como ponto de partida análise
fiscal e análise de
mais personalizado e (1.4) – 3 h reflexiva do vídeo visualizado
indicadores - Aplicar os indicadores de desenvolvimento
autónomo na 3ª aula e dados relativos às
económicos para avaliar o nível de desenvolvimento de
desigualdade e pobreza de
diferentes países
Portugal, a recolher e tratar
pelos alunos. Trabalho a
- (1.4) Política - Justificar situações de crescimento realizar em sala, na primeira
industrial e económico sem desenvolvimento hora de cada aula das próximas
competitividade
3 semanas. Documento entre 5
10 páginas

12
(2) - (2.1) Globalização - Distinguir e explicar os conceitos de (2.1): (2.1) – 15 h (2)
económica, financeira mundialização e de globalização
A globalização e Método de ensino Avaliação sumativa:
e cultural
a regionalização - Distinguir os diferentes fluxos de capital expositivo, com recurso
(10% da nota final)
económica destacando o IDE e analisar a sua evolução a PowerPoint, nas
primeiras 6 aulas - Grelhas de observação nas
(26 aulas) - Caracterizar os diferentes movimentos da
quais são apontadas as
população e analisar a sua evolução a nível Análise escrita e oral de
(39 horas) intervenções dos alunos, no
mundial dados pesquisados pelos
âmbito das análises efetuadas
alunos relativos à
- Explicar o papel das empresas em aula, considerando: número
globalização e fluxos de
Novembro transnacionais (ETN) na globalização da de intervenções, qualidade das
capital nas 4 aulas
economia intervenções, capacidade
+ seguintes
argumentativa e uso de
- Explicar os fatores que estão na base da
Dezembro terminologia económica
globalização financeira referir aqueles que
+ estão na base da globalização cultural
Janeiro - Relacionar aculturação com globalização Avaliação formativa:
económica (2.2) – 12 h
(2.2) + (2.3) - Documentos escritos com
- Explicar em que consiste a polarização das 6h– análise dos dados ou textos
- (2.2) Impactos da Método de ensino
trocas mundiais, relacionando-a com a exposição providenciados
globalização nos expositivo, com recurso
posição dos países desenvolvidos e com a
países em a PowerPoint, nas + Pretende-se fomentar a
dos países em desenvolvimento
desenvolvimento primeiras 8 aulas capacidade escrita com rigor
- Relacionar a estrutura e o peso do 6 h – Análise científico, a capacidade
Análise escrita e oral de escrita + oral
comércio externo dos países em analítica e a organização de
artigos sobre a ascensão dos artigos
desenvolvimento com a sua inserção nas ideias, bem como a
económica da China no
trocas internacionais referenciação.
contexto globalizacional
- Distinguir diferentes formas de integração nas 4 aulas seguintes (2.3) – 12h Esta avaliação formativa
- (2.3) Regionalização económica e exemplificar pretende ainda preparar o aluno
económica Análise escrita e oral de 6h – exposição para a realização do trabalho
- Relacionar a crescente formação de blocos vídeos explicativos sobre
+ final da disciplina
económicos regionais com o fenómeno da a regionalização
globalização (regionalização económica económica do mundo 6h – Análise
mundial) visionados em aula nas 4 escrita + oral
aulas seguintes

13
- Problematizar a necessidade de dos vídeos
regulamentação da economia mundial,
evidenciando o papel das instituições
internacionais na gestão política e
económica mundial
- (3.1) Estruturas - Relacionar a melhoria do nível de vida, (3.1): (3.1) – 18 h (3)
demográficas associada ao progresso tecnológico, com o
(3) Método de ensino 9h – exposição Avaliação sumativa:
crescimento demográfico
expositivo, com recurso
O + (10% da nota final)
- Relacionar o nível de desenvolvimento dos a PowerPoint, nas
desenvolvimento
países com a sua estrutura demográfica primeiras 6 aulas 9h – Análise - Grelhas de observação nas
e a utilização dos
escrita + oral quais são apontadas as
recursos - Avaliar as consequências económicas Divisão da turma por
dos dados intervenções dos alunos, no
decorrentes da questão demográfica, grupos para análise de
(26 aulas) âmbito das análises efetuadas
nomeadamente, dos fluxos migratórios e do dados relativamente a
em aula, considerando: número
(39 horas) envelhecimento populacional pirâmides etárias de
de intervenções, qualidade das
países desenvolvidos e
- Explicar consequências ecológicas do intervenções, capacidade
em desenvolvimento,
- (3.2) Custos crescimento económico moderno e da argumentativa e uso de
Fevereiro tabelas e gráficos sobre
ecológicos utilização indiscriminada dos recursos terminologia económica
envelhecimento da
+ população e saldo
- Problematizar os padrões culturais,
Março nomeadamente os de consumo e os estilos migratório nas 6 aulas
Avaliação formativa/sumativa:
de vida, como fontes de degradação seguintes
+ ambiental (10% da nota final)
(3.2):
Abril - Explicar o conceito e os benefícios da (3.2) – 21 h - Documentos escritos com
Método de ensino
economia circular análise dos dados ou textos
expositivo, com recurso 9h – exposição providenciados
- Explicar de que forma a degradação a PowerPoint, nas
ambiental constitui um obstáculo ao primeiras 6 aulas + Pretende-se fomentar a
desenvolvimento 9h – Pesquisa capacidade escrita com rigor
Pesquisa individual sobre
de dados e científico, a capacidade
- Explicar em que medida as externalidades, cimeira do clima, COP
conceitos e analítica e a organização de
os bens públicos, os bens comuns e os 26 e Curva de Cuznets,
escrita de ideias, bem como a
direitos de propriedade impõem limitações com objetivo de
texto referenciação.
ao funcionamento regular da economia realização de texto que
englobe os 3 conceitos + Esta avaliação formativa
- Avaliar soluções possíveis para os
para breve apresentação, pretende ainda preparar o aluno
problemas ecológicos no quadro do

14
funcionamento regular das economias, nas 8 aulas seguintes 3h– para a realização do trabalho
problematizando formas de intervenção do Apresentações final da disciplina
Estado e/ou de organizações supranacionais individuais
Avaliação sumativa:
na resolução de problemas ambientais dos textos
(10% da nota final)
Apresentações individuais dos
textos
- (4.1) - Explicitar o conceito de direitos humanos O capítulo 4, tratando-se (4.1) – 3 h Trabalho Final
Conceptualização e de um capítulo
(4) - Explicar as características dos direitos 2 aulas (Trabalho Prático)
problematização dos finalizador, apresenta um
humanos (universalidade, indivisibilidade, expositivas
Direitos humanos na carácter de maior O trabalho apresenta uma
interdependência e inalienabilidade)
ótica das dinâmicas abertura no que diz componente formativa – é feito
O
sociais e geográficas - Caracterizar as diferentes gerações de respeito à sua na aula, com o
desenvolvimento (4.2) – 3 h
direitos humanos, reconhecendo a organização, pela análise acompanhamento do professor
e os Direitos - (4.2) O papel
necessidade de um entendimento integrado das Aprendizagens 2 aulas e uma componente sumativa –
Humanos institucional dos
dos direitos das diferentes gerações Essenciais, pelo que os expositivas tem uma ponderação de 50% da
estados e das
(11 aulas) conhecimentos, nota final da disciplina
organizações - Problematizar a universalidade dos direitos
capacidades e atitudes
(16,5 horas) Internacionais na humanos face à diversidade cultural das (25% trabalho + 25%
consagrados nas mesmas, (4.3) – 3 h
defesa ou violação dos sociedades apresentação)
respeitantes a este
direitos humanos face 2 aulas
- Relacionar Economia com Justiça Social; capítulo, se dissolvem O trabalho individual ou a pares
Maio às violações dos expositivas
Cidadania; Ecologia e Desenvolvimento e nos 3 subcapítulos que se
mesmos Procura-se que na realização do
+ Direitos humanos – Desenvolvimento decidiu introduzir (4.1 a
4.3), dando assim trabalho o aluno desenvolva
- (4.3) Os direitos Humano Sustentável e Desenvolvimento
½ Junho abertura ao professor e Trabalho – todas as ACPA e aprofunde o
humanos no contexto como Liberdade
alunos para um método 7,5 h estudo de uma das temáticas
das lutas e
de ensino-aprendizagem dos conteúdos do programa,
movimentos sociais: Aulas:
mais personalizado e fazendo a sua problematização
luta climática, direitos
autónomo 3 + 2 (apres.) à luz dos Direitos Humanos
das minorias,
erradicação da ÚLTIMA Pretende-se que o aluno
pobreza e outros AULA: 1 aula estabeleça relações
enquadrados nos ODS (AUTO- interdisciplinares na realização
da ONU AVALIAÇÃO) do trabalho

Trabalho prático Avaliação Sumativa: 50%

15
PLANIFICAÇÃO DO TEMA 1 – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO – ECONOMIA C – 12º ANO
TEMAS CONTEÚDOS Tempo APRENDIZAGENS ESSENCIAIS AÇÕES, ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO
(horas/ tema) (Conhecimentos, capacidades e E MÉTODOS
Calendário atitudes)
1ª AULA Apresentações dos 40 minutos O capítulo 1, tratando-se de um (1)
alunos e professor capítulo introdutório, apresenta
(90 minutos) Avaliação
um carácter de maior abertura
Apresentação do formativa/sumativa:
(1ª semana de 20 minutos no que diz respeito à sua
programa da disciplina
setembro) organização, pela análise das (10% da nota final)
Apresentação e Aprendizagens Essenciais, pelo
- Texto de opinião em
negociação do método 20 minutos que os conhecimentos,
formato de artigo, entre 2 a 3
de avaliação capacidades e atitudes
páginas, a realizar em
consagrados nas mesmas,
período extra-aula, com
respeitantes a este capítulo, se
auxílio do professor, sobre
2ª e 3ª AULAS - (1.1) - Distinguir crescimento económico de dissolvem nos 4 subcapítulos
(1.1) um dos 3 temas (1.1; 1.2 e
Desenvolvimento desenvolvimento, relacionando-os e que se decidiu introduzir (1.1 a
(90 minutos) 1.3)
Económico: Conceitos 2 aulas reconhecendo que o crescimento 1.4), dando assim abertura ao
(2ª semana de e dimensões económico é um meio para alcançar o professor e alunos para um Entrega: Última aula do mês
3 horas método de ensino-aprendizagem de outubro
setembro) desenvolvimento
mais personalizado e autónomo
Possibilidade de
- Identificar indicadores de Aulas dadas com recurso a alargamento do prazo de
desenvolvimento, evidenciando as suas PowerPoint, vídeos de fontes entrega
limitações como a ONU; Euronews e RTP
OU
Últimos 30 minutos de cada
aula: - Trabalho investigativo,
- (1.2) Papel do - Explicar as fontes do crescimento individual ou a pares, tendo
4ª e 5ª AULAS (1.2)
Estado no económico, características e dinâmicas No final da apresentação de como ponto de partida
(90 minutos) desenvolvimento 2 aulas cada subcapítulo solicitar aos análise reflexiva do vídeo
Económico e social: - Relacionar o crescimento económico alunos comentários, dúvidas e visualizado na 3ª aula e
(3ª semana de 3 horas
investimento público moderno com as alterações ocorridas na propostas de debate, com o dados relativos às
setembro)
organização económica das sociedades intuito de fazer uma revisão dos desigualdade e pobreza de
desenvolvidas conteúdos lecionados Portugal, a recolher e tratar

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- Caraterizar os ciclos de crescimento Solicitar aos alunos que tragam pelos alunos. Trabalho a
económico e as suas fases notícias e/ou artigos que se realizar em sala, na primeira
relacionem com o tema hora de cada aula das
desenvolvido nas aulas, por próximas 3 semanas.
- Aplicar os indicadores de forma a incentiva ao debate e Documento entre 5 10
6ª e 7ª AULAS - (1.3) Papel do (1.3)
desenvolvimento para avaliar o nível de análise da realidade social à luz páginas
Estado no
(90 minutos) 2 aulas desenvolvimento de diferentes países dos conteúdos programáticos
desenvolvimento
Económico e social: 3 horas Breve explicação relativamente
- Justificar situações de crescimento
Políticas aos TPCs e avaliações a realizar
económico sem desenvolvimento
redistributivas, Justiça relativos ao tema
fiscal e análise de
indicadores
económicos

(1.4) - Problematizar a necessidade de


8ª e 9ª AULAS - (1.4) Política
regulamentação da economia mundial,
industrial e 2 aulas
(90 minutos) evidenciando o papel das instituições
competitividade
3 horas internacionais na gestão política e
económica mundial

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RECURSOS DIDÁTICOS UTILIZADOS NA AULA
Na terceira aula de Economia C foram utilizados os seguintes recursos:
- Recursos digitais:
* PowerPoint feito pelo professor;
* Vídeo sobre pobreza e políticas públicas de combate à pobreza, integrado no
PowerPoint;
* Artigo científico “O MODELO DE WELFARE DA EUROPA DO SUL
Reflexões sobre a utilidade do conceito” de Pedro Adão e Silva, como
bibliografia de leitura obrigatória para TPC
* Artigo “Desigualdades e Pobreza: O falhanço do Neoliberalismo” de André
Pires, como bibliografia de leitura facultativa para TPC
- Recursos físicos:
* Manual da disciplina
* Computador
* Grelhas de observação
* Jornal – para, no caso de existir tempo, utilizar algum artigo ou notícia como
meio de debate, relacionado com o tema da aula
POWERPOINT UTILIZADO NA AULA:

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O vídeo visualizado em aula pode ser acedido através do seguinte link:
Trabalho Individual.pptx

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TESTE FORMATIVO
O primeiro teste da disciplina de Economia C terá 4 questões de resposta de
desenvolvimento, não tendo um carácter sumativo, mas sim formativo, com o objetivo
de avaliar as dificuldades e incompreensões dos alunos, bem como de incentivar o
desenvolvimento de competências, como a escrita de textos, o espírito crítico e a
capacidade analítica.
O teste apresenta a seguinte estrutura:
O teste é realizado com consulta do manual escolar e dos PowerPoints utilizados pelo
professor nas aulas.
Tempo de realização: 60 minutos + 30 minutos de compensação
Procure responder a cada uma das questões utilizando no máximo 500 palavras
1. Dê uma definição para o conceito de crescimento económico, e uma definição
para o conceito de desenvolvimento económico. De seguida procure estabelecer
uma ligação entre os dois conceitos. Pode dar exemplos de casos reais, se achar
pertinente.

2. Identifique alguns indicadores relativos ao desenvolvimento, explicando a sua


importância no estudo do desenvolvimento económico dos países

3. Procure relacionar as funções que o Estado assume na economia, bem como o


seu papel enquanto agente económico, com as causas do desenvolvimento e as
formas de o promover

4. Caracterize o desenvolvimento económico português comparativamente com o


desenvolvimento económico dos restantes países da UE, utilizando indicadores
de desenvolvimento falados nas aulas.

As primeiras 3 questões apresentam um caracter mais objetivo, pretendendo-se que


os alunos mobilizem, de forma direcionada e concreta, conceitos dados nas aulas, e que
desenvolvam a capacidade de escrita e sintetização de ideias relacionadas com o
crescimento e desenvolvimento, as suas dinâmicas e os indicadores usados para os
estudar
A última questão apresenta um carácter mais aberto, com a qual se pretende dar uma
maior liberdade ao aluno para fazer uma análise da realidade da economia Portuguesa à
luz da sua perceção, mas aliando a sua visão subjetiva aos conceitos e indicadores
objetivos e concretos aprendidos. Pretende-se, com esta questão, que o aluno
desenvolva competências como o espírito crítico e analítico, mas também a capacidade
de utilizar instrumentos de análise económica e social para sustentar ou refutar ideias
económicas e sociais sobre o crescimento e o desenvolvimento.
A avaliação será efetuada sobretudo sob a forma de feedback, tendo o professor
a responsabilidade de ler os textos e, fazendo algumas anotações e observações, dar

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feedback aos alunos relativamente às suas respostas, evidenciando falhas e pontos a
melhorar, como também todas as virtudes e exemplos a seguir.
Na aula seguinte ao teste formativo, aquando da sua entrega, o professor pede
aos alunos que em cada questão obtiveram uma melhor performance, para lerem a sua
resposta à questão.

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TESTE SUMATIVO
O primeiro teste sumativo da disciplina de Economia C terá 4 questões de
resposta de desenvolvimento, tendo um carácter sumativo com o objetivo de avaliar as
aprendizagens dos alunos, bem como o desenvolvimento das suas competências
específicas.
O teste apresenta a seguinte estrutura:
O teste é realizado com consulta do manual escolar e dos PowerPoints utilizados pelo
professor nas aulas.
Tempo de realização: 60 minutos + 30 minutos de compensação
Procure responder a cada uma das questões utilizando no máximo 500 palavras
1. Num pequeno texto de até 500 palavras, procure estabelecer uma relação entre
crescimento e desenvolvimento económicos, fazendo a sua distinção e
evidenciando as suas interdependências

2. Num pequeno texto de até 500 palavras, explique o conceito de Índice de


Desenvolvimento Humano, explicando a sua natureza, enquanto indicador que
mede o nível de desenvolvimento, e relacione-o com outros indicadores
qualitativos e quantitativos, evidenciando a sua importância no estudo do
desenvolvimento.

3. Num pequeno texto de até 500 palavras, procure explicar o papel do Estado na
garantia do desenvolvimento económico e o seu papel no estímulo ao
crescimento económico dos países, apresentando duas visões distintas de como
deve o Estado intervir na economia. Dê a sua opinião.

4. Faça uma análise geral da economia portuguesa quanto ao seu crescimento e


desenvolvimento, procurando mobilizar os conceitos aprendidos nas aulas,
nomeadamente indicadores de desenvolvimento ou outros que considere
relevantes.

À semelhança do teste formativo, que servirá também como uma preparação para o
teste sumativo, as primeiras 3 questões apresentam um caracter mais objetivo,
pretendendo-se que os alunos mobilizem, de forma direcionada e concreta, conceitos
aprendidos nas aulas, e que desenvolvam a capacidade de escreverem e sintetizaram as
ideias relacionadas com o crescimento e desenvolvimento, as suas dinâmicas e os
indicadores usados para os estudar
A última questão apresenta um carácter mais aberto, com a qual se pretende dar uma
maior liberdade ao aluno para fazer uma análise da realidade da economia portuguesa à
luz da sua perceção, mas aliando a sua visão subjetiva aos conceitos e indicadores
objetivos e concretos aprendidos. Pretende-se, com esta questão, que o aluno
desenvolva competências como o espírito crítico e analítico, mas também a capacidade

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de utilizar instrumentos de análise económica e social para sustentar ou refutar ideias
económicas e sociais sobre o crescimento e o desenvolvimento.
A avaliação será quantitativa, apresentando-se a nota do teste numa escala de 0 a
20 valores. Cada uma das questões tem uma ponderação de 5 valores. A avaliação das
questões será feita em concordância com os seguintes critérios:
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DO TESTE SUMATIVO:
Questão 1:
O aluno consegue…
a) estabelecer uma relação clara entre crescimento e desenvolvimento
b) fazer a distinção entre ambos os conceitos
c) identificar as duas correntes teóricas relativas à relação entre crescimento e
desenvolvimento ((neo)liberal ou neoclássica e crítica)
d) explicar de forma sucinta cada uma das correntes teóricas, explanando que na
primeira, o crescimento é condição necessária e suficiente e na segunda é apenas
condição necessária do mesmo
Nota: o aluno pode não utilizar os termos “condição necessária” e “condição
suficiente”, mas deve dar a entender, mesmo que por outras palavras, essa
relação
Se satisfeitas todas as alíneas e o aluno utilizou terminologia económica, construção
frásica com concordância, não entrou em contradição e apresenta um pensamento claro
e estruturado: 5 Valores
Se satisfeitas todas as alíneas, mas o aluno não utilizou terminologia económica,
construção frásica com concordância, entrou em contradição e apresenta um
pensamento claro e estruturado: 4 Valores
Se satisfeitas apenas 3 alíneas: 3 valores
Se satisfeitas apenas 2 alíneas: 2 valores
Se satisfeita apenas 1 alínea: 1 valor

Questão 2:
O aluno consegue…
a) dar uma definição de IDH
b) identificar outros (pelo menos 3) indicadores de medição de desenvolvimento
(mesmo aqueles que integram o IDH)
c) identificar a natureza do IDH como qualitativo ou quantitativo
d) explicar a importância que os indicadores têm para o estudo do desenvolvimento
Se satisfeitas todas as alíneas e o aluno utilizou terminologia económica, construção
frásica com concordância, não entrou em contradição e apresenta um pensamento claro
e estruturado: 5 Valores

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Se satisfeitas todas as alíneas, mas o aluno não utilizou terminologia económica,
construção frásica com concordância, entrou em contradição e apresenta um
pensamento claro e estruturado: 4 Valores
Se satisfeitas apenas 3 alíneas: 3 valores
Se satisfeitas apenas 2 alíneas: 2 valores
Se satisfeita apenas 1 alínea: 1 valor

Questão 3:
O aluno consegue…
a) Explicar o papel do Estado enquanto agente económico relevante para o
desenvolvimento económico, nomeadamente na ação interventiva que exerce no
âmbito das políticas públicas (falar sobre redistribuição do rendimento, política
industrial e outros conceitos igualmente relevantes)
b) Explicar o papel do Estado enquanto agente económico relevante para o
crescimento económico, nomeadamente na ação interventiva que exerce no
âmbito das políticas públicas (política fiscal, política de rendimentos, política
orçamental, entre outros)
c) Apresentar visões distintas relativamente à intervenção do estado na economia,
explicando a diferença entre as correntes mais liberais que acreditam numa baixa
intervenção do Estado na economia e as correntes mais intervencionistas que
reconhecem a necessidade de uma maior intervenção do Estado na economia
d) Apresentar e fundamentar a sua opinião relativamente a um ou mais pontos
mencionados acima (papel do estado no crescimento ou desenvolvimento ou as
diferentes correntes que se posicionam diferentes formas quanto à sua
intervenção)
Se satisfeitas todas as alíneas e o aluno utilizou terminologia económica, construção
frásica com concordância, não entrou em contradição e apresenta um pensamento claro
e estruturado: 5 Valores;
Se satisfeitas todas as alíneas, mas o aluno não utilizou terminologia económica,
construção frásica com concordância, entrou em contradição e apresenta um
pensamento claro e estruturado: 4 Valores;
Se satisfeitas apenas 3 alíneas: 3 valores;
Se satisfeitas apenas 2 alíneas: 2 valores;
Se satisfeita apenas 1 alínea: 1 valor

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Questão 4:
O aluno consegue…
a) O aluno apresenta uma análise organizada e estruturada, sem entrar em
contradição
b) apresentando pontos positivos e negativos na evolução da economia portuguesa.
c) Estabelece relação entre indicadores, estatísticas ou dados que conheça da
economia portuguesa e o nível de desenvolvimento português.
d) Faz uma apreciação crítica da evolução da economia portuguesa à luz dos dados
apresentados.
Se satisfeitas todas as alíneas e o aluno utilizou terminologia económica, construção
frásica com concordância, não entrou em contradição e apresenta um pensamento claro
e estruturado: 5 Valores;
Se satisfeitas todas as alíneas, mas o aluno não utilizou terminologia económica,
construção frásica com concordância, entrou em contradição e apresenta um
pensamento claro e estruturado: 4 Valores;
Se satisfeitas apenas 3 alíneas: 3 valores;
Se satisfeitas apenas 2 alíneas: 2 valores;
Se satisfeita apenas 1 alínea: 1 valor
Nota: apesar da subjetividade inerente a qualquer uma das questões,
nomeadamente à última, o professor deve procurar valorizar todos os pontos positivos
que o aluno conseguiu demonstrar, nomeadamente o que diz respeito à demonstração de
capacidade analítica, crítica, de escrita de texto e de relacionar os diferentes conceitos
aprendidos na construção do texto com a realidade social e económica.
Em caso de dúvida na atribuição de classificação em cada questão, o professor
deve decidir pela opção que não prejudique o aluno, dando a cotação com valor
superior, entre os dois valores pelos quais está indeciso.

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BIBLIOGRAFIA
Brito Pacheco, J. A. (1996). Currículo: teoria e práxis.
Essenciais, A. (2018). Economia A. Lisboa: República Portuguesa-Educação.
Jesus, S. N. D. (2008). Estratégias para motivar os alunos. Educação. Porto Alegre, 21-
29.
Freitas, L. S Freitas, C. (2002). Aprendizagem Cooperativa. Porto. Edições ASA
Thiesen, J. D. S. (2008). A interdisciplinaridade como um movimento articulador no
processo ensino-aprendizagem. Revista brasileira de educação, 13, 545-554.
Guinote, P. (2016). Educação e liberdade de escolha. Fundação Francisco Manuel dos
Santos.
Martins, G. D. O., et al. (2017). Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória.
Ministério da Educação

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