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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

JONAS VIANA BERNARDINI

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO NR 12 EM UM TORNO MECÂNICO UNIVERSAL

TUBARÃO
2019
JONAS VIANA BERNARDINI

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO NR 12 EM UM TORNO MECÂNICO UNIVERSAL

Monografia apresentada ao Curso de


Especialização em Ciências da
Linguagem da Universidade do Sul de
Santa Catarina como requisito parcial à
obtenção do título de Especialista em
Ciências da Linguagem.

Orientador Ms. José Humberto Dias de Toledo

TUBARÃO
2019
JONAS VIANA BERNARDINI

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO NR 12 EM UM TORNO MECÂNICO UNIVERSAL

Esta Monografia foi julgada adequada à


obtenção do título de Especialista em
Ciências da Linguagem e aprovada em
sua forma final pelo Curso de
Especialização em Ciências da
Linguagem da Universidade do Sul de
Santa Catarina.

Tubarão, 03 de julho de 2019

______________________________________________________
Professor e orientador Ms. José Humberto Dias de Toledo
Universidade do Sul de Santa Catarina
.
RESUMO

Os equipamentos industriais são grandes causadores de acidente, e para buscar


oferecer ambiente de trabalho que garanta a saúde e a integridade dos
trabalhadores, este estudo tem por objetivo a análise de um torno mecânico, a fim de
identificar os riscos que a máquina apresenta. Catalogados os riscos de acidente,
com base na norma regulamentadora doze, propor melhorias que reduzam ou
possam eliminá-los. Foi utilizado o método Hazard Rating Number (HRN) para
avaliar os riscos encontrados e poder classificar em aceitável ou não aceitável.
Finalizando a pesquisa, se identificou à possibilidade de adequação do equipamento
a legislação, deixa-lo mais seguro para o trabalhador e garantir que seu
funcionamento não será prejudicado. Foi feito ainda um levantamento do
investimento para a melhoria e quais os possíveis acessórios que deveriam ser
agregados a máquina. Para finalizar a pesquisa, foi apresentado uma simulação de
multa para os itens não conformes a norma.

Palavras-chave: Torno mecânico, Norma regulamentadora doze, Riscos de


acidente.
ABSTRACT

The industrial equipment is great cause of accident, and in order to offer a work
environment that guarantees the health and the integrity of the workers, this study
aims at the analysis of a lathe in order to identify the risks that the machine presents.
Once the accident risks, based on regulatory standard twelve, have been proposed,
propose improvements that reduce or can eliminate them. The Hazard Rating
Number (HRN) method was used to evaluate the risks found and to be able to
classify as acceptable or not acceptable. At the end of the research, it was identified
the possibility of adapting the equipment to legislation, making it safer for the worker
and ensuring that its operation will not be impaired. A survey was also made of the
investment for improvement and what possible accessories should be added to the
machine. To finalize the research, a fine simulation was presented for items not
conforming to the standard.

Key words: Mechanical lathe, Regulatory standard twelve, Accident risks.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Gráfico número de acidentes em metalúrgica por estado em 2017. ........... 9


Figura 2 - Categoria de risco ..................................................................................... 21
Figura 3 - Requisitos por categoria. .......................................................................... 21
Figura 4 - Representação dos movimentos no processo de torneamento ................ 23
Figura 5 - Torno mecânico ........................................................................................ 24
Figura 6 - Exemplo de proteção fixa. ......................................................................... 25
Figura 7 - Exemplo de proteção móvel ...................................................................... 26
Figura 8 - Óculos de proteção ................................................................................... 27
Figura 9 - Calçado de segurança com biqueira protetora ......................................... 27
Figura 10 - Creme protetor para as mãos - Grupo III (resistente a água e óleo) ....... 27
Figura 11 - Rede de segurança para cabelos, quando necessário. .......................... 28
Figura 12 - Protetor auricular..................................................................................... 28
Figura 13 - Gráfico número de conformidade da máquina com NR-12 ..................... 29
Figura 14 - Esboço das faces do Torno Mecânico, vista superior. ............................ 30
Figura 15 - Face frontal ............................................................................................. 30
Figura 16 - Risco 1 .................................................................................................... 31
Figura 17 - Categoria risco 1 ..................................................................................... 32
Figura 18 - Fuso ........................................................................................................ 33
Figura 19 - Categoria risco 2 ..................................................................................... 33
Figura 20 - Porta ferramenta, risco 3. ........................................................................ 34
Figura 21 - Categoria risco 3 ..................................................................................... 35
Figura 22 - Categoria risco 4 ..................................................................................... 35
Figura 23 - ponta eixo árvore .................................................................................... 36
Figura 24 - Categoria risco 5 ..................................................................................... 37
Figura 25 - Proteção móvel ....................................................................................... 38
Figura 26 - Risco 6 .................................................................................................... 39
Figura 27 - Ponta do fuso .......................................................................................... 40
Figura 28 - Categoria risco 7 ..................................................................................... 41
Figura 29 - Ponta do fuso .......................................................................................... 42
Figura 30 - Categoria risco 8 ..................................................................................... 42
Figura 31 - Chave de intertravamento ....................................................................... 44
Figura 32 - Proposta proteção para placa do torno. .................................................. 44
Figura 33 - Proposta proteção do fuso ...................................................................... 45
Figura 34 - Proteção carro longitudinal ..................................................................... 46
Figura 35 - Proposta proteção eixo árvore. ............................................................... 47
Figura 36 - Proposta painel elétrico. .......................................................................... 48
LISTA DE QUADROS

Tabela 1 - Probabilidade de ocorrência de estar em contato com o risco ................. 19


Tabela 2 - Frequência de exposição ao risco ............................................................ 19
Tabela 3 - Grau de severidade do dano .................................................................... 19
Tabela 4 - Número de pessoas exposta ao risco ...................................................... 20
Tabela 5 - Classificação do risco............................................................................... 20
Tabela 6 - Classificação do risco 1............................................................................ 32
Tabela 7 - Classificação do risco 2............................................................................ 34
Tabela 8 - Classificação do risco 3............................................................................ 35
Tabela 9 - Classificação do risco 4............................................................................ 36
Tabela 10 - Classificação do risco 5.......................................................................... 38
Tabela 11 - Classificação do risco 6.......................................................................... 40
Tabela 12 - Classificação do risco 7.......................................................................... 41
Tabela 13 - Classificação do risco 8.......................................................................... 43
Tabela 14 - Reclassificação do risco 1 ...................................................................... 45
Tabela 15 - reclassificação do risco 2 ....................................................................... 45
Tabela 16 - reclassificação do risco 3 e 4 ................................................................. 46
Tabela 17 - reclassificação do risco 5 e 6 ................................................................. 47
Tabela 18 - reclassificação do risco 7 ....................................................................... 48
Tabela 19 - reclassificação do risco 8 ....................................................................... 49
Tabela 20 - Orçamento para adequação NR-12 ....................................................... 50
Tabela 21 - Penalidade à não conformidades NR-12................................................ 50
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
1.1.TEMA E DELIMITAÇÃO ...................................................................................... 10
1.2.PROBLEMA DA PESQUISA ............................................................................... 10
1.3.JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 10
1.4.OBJETIVOS ........................................................................................................ 11
1.4.1.OBJETIVO GERAL........................................................................................... 11
1.4.2.OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................. 11
1.5.METODOLOGIA .................................................................................................. 11
1.6.ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................ 12
2.SEGURANÇA NO TRABALHO ............................................................................. 13
2.1.NR-12 .................................................................................................................. 13
2.2.GESTÃO DE RISCOS ......................................................................................... 17
2.2.1.HRN (Hazard Rating Number).......................................................................... 18
2.2.2.CATEGORIA DE RISCO SEGUNDO NBR-14153 ........................................... 20
2.3.TORNO MECÂNICO ........................................................................................... 23
2.3.1.ELEMENTOS DE UM TORNO MECÂNICO UNIVERSAL ............................... 24
2.3.2.MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) PARA TORNO MECÂNICO. ... 25
2.3.3.EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) TORNO MECÂNICO ....... 27
3.RESULTADOS ....................................................................................................... 29
3.1.AVALIAÇÃO RISCOS ......................................................................................... 29
3.1.1.NÃO CONFORMIDADES ................................................................................. 29
3.1.1.1.FACE FRONTAL ........................................................................................... 30
3.1.1.2.FACE LATERAL ESQUERDA ....................................................................... 36
3.1.1.3.FACE LATERAL DIREITA ............................................................................. 40
3.1.1.4.FACE TRASEIRA .......................................................................................... 41
3.2.PROPOSTAS DE ADEQUAÇÕES ...................................................................... 43
3.2.1.ORÇAMENTO PARA ADEQUAÇÃO................................................................ 49
3.2.2.PENALIDADES LEGAIS DE NÃO CONFORMIDADE ..................................... 50
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 52
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53
ANEXOS ................................................................................................................... 55
ANEXO A - Roteiro para avaliação de risco em máquina. ................................... 56
9

1. INTRODUÇÃO

Quando se pensa em máquinas, logo vem a mente algo que facilite o


trabalho e de agilidade em fabricação. As empresas muitas vezes se deslumbram
com o que muitos equipamentos podem fazer, e buscam explorar ao máximo de sua
capacidade querendo cada vez mais lucro. O reflexo disso é o descaso com a
segurança, sendo que ela deveria ser a principal preocupação dos gestores na
indústria.
No Brasil, segundo Previdência Social (2019), os acidentes em
metalúrgicas, no ano de 2017, foram de 6155 casos registrados. E uma análise por
estado, é possível verificar que Santa Catarina lidera o ranking, apresentando mais
de 30% dos acidentes, como pode ser observado no figura 1.

Figura 1 - Gráfico número de acidentes em metalúrgica por estado em 2017.

Fonte: O autor (2019).

Com o intuito de diminuir os acidentes, o Ministério do Trabalho e


Emprego (MTE) criou as normas regulamentadoras destinadas à saúde e segurança
do trabalhador. Atualmente existem 36 normas regulamentadoras tratando de várias
áreas, buscando melhorar o ambiente de trabalho. Entres estas, está a NR-12,
10

voltada para adequação de máquinas e equipamentos, estabelecendo medidas


preventivas a operação e manutenção, buscando evitar acidentes.
Portanto, com embasamento na NR-12, foram identificados os possíveis
riscos de um torno mecânico e quais as medidas poderiam ser tomadas a fim de
diminuir ou eliminá-los.

1.1. TEMA E DELIMITAÇÃO

O presente tema foi proposto com a intenção de aplicar a Norma


Regulamentadora Décima Segunda em um torno mecânico.

1.2. PROBLEMA DA PESQUISA

O torno mecânico universal é uma máquina de usinagem que consiste em


confeccionar peças a partir da remoção de material. É um equipamento que
apresenta muita força, por ser capaz de cortar materiais de alta resistência, como
aço e outros materiais não ferrosos.
A usinagem (processo que o torno executa) se popularizou com o
surgimento das máquinas convencionais, como torno mecânico e fresadoras,
máquinas resistentes e se dada a devida manutenção, pode se perpetuar por alguns
anos. Sendo assim, ainda hoje, é possível encontrar nas empresas de pequeno
porte equipamentos com mais de 20 anos de idade, da era em que a preocupação
com segurança não era fundamental. Analisando algumas máquinas é possível
observar muitas partes móveis expostas e com fácil acesso ao corpo.
Assim sendo, o operador é a parte mais afetada, pois encontra-se em
contato direto com o equipamento se expondo ao perigo constantemente, correndo o
risco de ter partes do corpo ou vestimentas presas a elementos móveis da máquina.
Esse risco é tão assustador, que é comum as empresas que possuem equipamentos
antigos terem histórico de acidentes desta naturalidade.
Diante da ocorrência desses acidentes em empresas de usinagem o
problema da pesquisa é: A implantação da Norma Regulamentadora 12 em um torno
mecânico reduz a probabilidade de acidente ocupacional?

1.3. JUSTIFICATIVA
11

Por anos a indústria pouco se preocupava com acidentes, sendo assim,


estes equipamentos possuíam poucas proteções. As máquinas operatrizes de
usinagem são equipamentos com potencial causadores de acidente, principalmente
quando apresenta partes móveis exposta.
Hoje com a preocupação com a saúde e segurança do trabalhador,
surgiram periféricos que protegem o operador na máquina. Portanto à resistência
dos trabalhadores em utilizar esses elementos de proteção e a tentativa de burlar é
comum. Mas, o fato mais preocupante, são com os equipamentos antigos que não
estão adequados as novas regras.
Desta forma, faz-se o estudo com o intuito de apontar os perigos que o
operador de um torno mecânico está sujeito e propor melhorias ao equipamento,
diminuindo ou eliminando, assim, os riscos de acidentes.

1.4. OBJETIVOS

1.4.1. OBJETIVO GERAL

Esse estudo tem como objetivo geral analisar um torno mecânico


universal e identificar as não conformidades com a Norma Regulamentadora 12 e
propor melhorias para o mesmo, tornando-o assim mais seguro.

1.4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

- Identificar as não conformidades do torno mecânico universal com a NR-12


- Propor melhorias para a máquina analisada.
- Estimar investimento para adequação da maquina a NR-12.

1.5. METODOLOGIA

Esse estudo se classifica como pesquisa-ação, em função de seu


procedimento realizado para a resolução de um problema. Segundo TRIPP (2005),
essa pesquisa se dá por planejar, implementar, descrever e avaliar a mudança na
sua prática, aprendendo mais, no decorrer do processo da própria investigação.
12

Então, iniciou-se a pesquisa com o estudo na NR-12, esta que trata da


segurança em máquinas e equipamentos. Foram destacados os pontos que se
aplicaria a segurança em tornos mecânicos para, futuramente, comparar com a
máquina analisada e identificar as não conformidades.
Na sequência se teve a necessidade de conhecer o funcionamento e o
processo que o torno universal executa, identificando todas as partes móveis para
posteriormente poder caracterizar os locais com perigo de acidentes.
Foi realizado ainda uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos a fim de
fundamentar o estudo com teorias de outros autores.
Finalizando o trabalho com a análise das não conformidades com a NR-
12, e quantificando os pontos mais críticos de acordo com o método HRN (Hazard
Rating Number), Número de Avaliação de Perigos.

1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho foi dividido em três capítulos que abrange todo assunto de
a cerca do tema. O primeiro capitulo abordará a introdução da pesquisa, especificará
o tema e o delimitará. Será justificado e o porque se pretende realizar este trabalho.
O capítulo seguinte fundamentará a pesquisa com citações de autores renomados
na engenharia de Segurança do trabalho. iniciando com uma breve explicação sobre
segurança do trabalho , apresentando a Norma regulamentadora 12, levantando
seus principais tópicos e apresentado os que se aplica ao equipamento estudo. Na
sequencia apresentando o gerenciamento de risco com as ferramentas para
qualificar os perigos encontrados na maquina. Finalizando com a analise dos
resultados, que será explicará passo a passo como será realizada a análise. E
apresentando uma estimativa de valor para adequação e possível penalidade para a
negligência.
13

2. SEGURANÇA NO TRABALHO

Visando aumentar os lucros, muitas empresas buscam expansão na


produtividade com o menor gasto. E com a concorrência dos produtos importados
cada vez maior, as pequenas empresas ficam incapazes de investir em
equipamentos modernos. Com baixo recurso financeiro, a “cultura” é redução de
investimento em segurança para os trabalhadores.
Na ocorrência de um acidente, a análise está centrada no fator técnico ou
humano, em caráter ideológico por atribuir a culpa da ocorrência ao próprio
trabalhador. (PIZZATTO; GARBIN; AMADEL,2004).
Porém, o melhor método não é buscar culpados, e sim evitar acidentes. A
solução seria criar a cultura de prevenção que envolva tanto empregado quanto
empregador. Ambos devem paralelamente, com a mesma preocupação, sanar
situações de vulnerabilidade evitando riscos.
Com o pressuposto, surgem as Normas Regulamentadoras, segundo o
ENIT (2019), elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) adotando o
sistema tripartite paritário por grupos e comissões compostas por representantes do
governo, empregadores e de empregados.
Esta pesquisa será realizada em uma ferramentaria, especificamente em
uma máquina operatriz conhecida como torno mecânico. Buscando esse enfoque, a
norma que se aplica é a NR-12, que será tratado no próximo tópico.

2.1. NR-12

Sabe-se que o ser humano comete erros e isso pode ocorrer


inconscientemente. Porém quando se está operando equipamentos nocivos a
acidente isso se torna perigoso. Com essa preocupação surgem dispositivos a fim
de garantir a segurança após haver uma falha humana.
Querendo normalizar estes dispositivos, surge a NR-12 que é definida
como segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, ela impõem medidas
preventivas a serem adotadas pelas empresas com relação a instalação, operação e
manutenção de máquinas e equipamentos. Como afirma a Norma Regulamentadora
(NR-12: 12.1):
14

Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas,


princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a
integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a
prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de
utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua
fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer
título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do
disposto nas demais Normas Regulamentadoras.

De acordo com FIRJAN (2019), esta Norma Regulamentadora foi


construída de forma tripartite, com a participação ativa de representantes do
governo, dos trabalhadores e dos empregadores e, da mesma forma, foi aprovada
por consenso em duas instâncias, uma pela própria Comissão que discutiu a norma,
e outra pela Comissão Tripartite Paritária Permanente – CTPP – em nível nacional.
Porém esta norma não se aplica apenas a dispositivos, e sim ao estado
geral do equipamento, sendo este novo ou usado, nacional ou importado. A NR-12
deve ser aplicada em todas as fases de vida da máquina, ou seja: transporte,
montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção,
desativação e desmonte.
A NR-12 (2014) impõe que é obrigação do empregador adotar medidas
de proteção para o trabalhador, e essas medidas deverão ser adotadas na seguinte
ordem de prioridades:
 Primeiro: medida de proteção coletiva (EPC)
 Segundo: medida administrativa ou de organização do trabalho.
 E por ultimo: medida de proteção individual (EPI)
A norma também estipula deveres aos trabalhadores como pode ser
notado no item 12.5 (NR-12):

a) cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de


operação, alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção,
transporte, desativação, desmonte e descarte das máquinas e
equipamentos;
b) não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou
dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que
possa colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros;
c) comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de
segurança foi removido, danificado ou se perdeu sua função;
d) participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às
exigências/requisitos descritos nesta Norma;
e) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas
nesta Norma.
15

Os demais tópicos desta Norma Regulamentadora, detalha cada medida


de proteção que deve ser utilizada a favor da segurança. Listados abaixo:
- Arranjo físico e instalação NR-12 (12.6 á 12.13) - Define áreas de
circulação e acessos com demarcações. Áreas ao redor de máquinas com espaço
que garanta a segurança de operação e manutenção. Qualidade do piso, bem como
o estado de limpeza e as características. Organização de ferramentas.
- Instalação e dispositivos elétricos NR-12 (12.14 á 12.23) - Neste tópico a
norma afirma que o projeto deverá seguir as orientações previstas na NR-10, bem
como ser aterrada, blindagem das instalações em contato com água ou agentes
corrosivos. A proibição de chaves geral como dispositivo de partida e parada e a
existência de partes energizadas expostas.
- Dispositivos de partida, acionamento e parada NR-12 (12.24 á 12.37) -
Estes devem ser projetados de forma que se localize em zona segura, que possa ser
desligado por outra pessoa em caso de emergência e não possa ser burlado. Não
poderá ser automático. Recomenda-se a utilização de comando bimanual,
garantindo que as mãos do operador esteja fora da zona de perigo.
- Sistemas de segurança NR-12(12.38 á 12.55.1) - As zonas de perigo
das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança,
caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança
interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.
- Dispositivos de parada de emergência NR-12(12.56 á 12.63.1) - Exceto
as máquinas manuais e as máquinas autopropelidas, todas as outras devem ser
equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência. Estes devem ser
posicionados em locais de fácil acesso e visualização pelos operadores em seus
postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente
desobstruídos e em perfeito estado de funcionamento.
- Meios de acesso permanentes NR-12(12.64 á 12.76.1) - As máquinas e
equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e seguros a todos
os seus pontos de operação. Consideram-se meios de acesso: elevadores, rampas,
passarelas, plataformas ou escadas de degraus.
- Componentes pressurizados NR-12(12.77 á 12.84.1) - Quando houver
risco de impactos mecânicos e outros agentes agressivos, devem ser adotadas
medidas de proteção em mangueiras, tubulações e demais componentes
16

pressurizados. E ainda ser protegidos de forma que se houver ruptura e vazamento


de fluidos não ocasionem acidentes.
- Transportadores de materiais NR-12(12.85 á 12.93.1) - Os movimentos
perigosos dos transportadores contínuos de materiais, quando estiver com altura
inferior a 2,70m do piso e haja circulação de pessoas devem ser protegidos,
especialmente nos pontos de esmagamento, agarramento e aprisionamento
formados pelas esteiras, correias, roletes, acoplamentos, freios, roldanas,
amostradores, volantes, tambores, engrenagens, cremalheiras, correntes, guias,
alinhadores, região do estiramento e contrapeso e outras partes móveis acessíveis
durante a operação normal.
- Aspectos ergonômicos NR-12(12.94 á 12.105) - As máquinas e
equipamentos devem ser projetados, construídos e operados levando em
consideração a necessidade de adaptação das condições de trabalho, às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza dos trabalhos a
executar, oferecendo condições de conforto e segurança no trabalho, para isso,
essa norma remete a NR-17, que abrange com mais detalhes este aspecto.
- Riscos adicionais NR-12(12.06 á 12.110) - Devem ser adotadas medidas
de controle dos riscos adicionais provenientes da emissão ou liberação de agentes
químicos, físicos e biológicos pelas máquinas e equipamentos, com prioridade à sua
eliminação.
- Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos NR-12(12.11 á
12.115) - Os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e
corretiva determinada pelo fabricante. Devem ser executadas por profissionais
capacitados e para isso precisa ser adotado bloqueio mecânico e elétrico dos
sistemas de retenção com trava mecânica.
- Sinalização - NR-12(12.116 á 12.124) - As máquinas e equipamentos,
bem como as instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de
segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão
expostos, as instruções de operação e manutenção e outras informações
necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores. Estes
avisos devem ser escritos na língua portuguesa - Brasil e legível.
- Manuais NR-12(12.125 á 12.129) - Devem possuir manual de instruções
fornecido pelo fabricante ou importador, com informações relativas à segurança em
todas as fases de utilização. Necessariamente escrito na língua portuguesa - Brasil,
17

de forma legível, objetivo e de fácil compreensão. Precisa estar disponível a todos os


usuários.
- Procedimentos de trabalho e segurança NR-12(12.130 á 12.132). - A fim
de complementar a segurança, devem ser elaborados procedimentos de trabalho e
segurança específicos, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, a
partir da análise de risco.
- Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão, cessão a
qualquer título e exposição NR-12(12.133 á 12.134) - O projeto deve levar em conta
a segurança intrínseca em toda a vida do equipamento, por meio das referências
técnicas indicadas nesta Norma, a serem observadas para garantir a saúde e a
integridade física dos trabalhadores. Fica proibido a fabricação, importação,
comercialização, leilão, locação de máquinas que não atendam esta NR.
- Capacitação NR-12(12.135 á 12.147) - A operação e manutenção em
máquinas e equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores habilitados. Estes
devem receber capacitação antes que o trabalhador assuma a sua função
ministrada por profissionais qualificados.
- Outros requisitos específicos de segurança NR-12(12.148 á 12.152) - As
ferramentas e materiais utilizados nas intervenções em máquinas e equipamentos
devem ser adequados às operações realizadas. Fica proibido o porte de ferramentas
manuais em bolsos ou locais não apropriados a essa finalidade.
- Disposições finais - NR-12(12.153 á 12.156) - O empregador deve
manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por
tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta baixa, elaborado
por profissional qualificado ou legalmente habilitado.
Esta norma ainda contempla doze anexos, que se aplicam a cada tipo
específico de máquina, nenhum destes anexos contempla o torno mecânico, logo,
não serão tratados neste estudo.
O próximo capítulo tratará do gerenciamento dos riscos em indústria.

2.2. GESTÃO DE RISCOS

A gestão dos riscos se dá em dois momentos, primeiro a apreciação do


risco e na sequência a redução do risco. Isso de forma continua, ou seja, após as
18

correções na máquina se analisa o risco novamente a fim de garantir que o


equipamento está seguro.
Para identificar possíveis riscos, deve-se fazer uma análise detalhada do
equipamento e listar os perigos existentes, avaliar os riscos associados. Para cada
risco, deve ser feito um estudo completo, identificar os fenômenos de perigo, aplicar
os procedimentos de eliminação ou redução destes riscos.
Segundo NBR 12100 (5.1)

A análise de risco oferece informações necessárias para a avaliação dos


riscos, a qual permite que se façam os julgamentos quanto a necessidade
ou não de redução dos mesmos. Estes julgamentos devem ser suportados
por uma estimativa de risco qualitativa ou, quando apropriado, quantitativa,
associado aos perigos presentes na máquina.

A análise do risco consiste ainda em verificar a severidade e a


probabilidade de ocorrência para estabelecer uma prioridade de ação. Utilizar-se-á o
método de HRN (Hazard Rating Number) que apresentará a gravidade da ocorrência
de um dano, isso abordado no tópico seguinte.

2.2.1. HRN (Hazard Rating Number)

HRN é uma ferramenta usada para classificar um risco, de raro a extremo,


com base em fatores preestabelecidos. Método usado e reconhecido mundialmente
na análise de riscos de máquinas e pode ser adaptado a qualquer avaliação de
análise de risco. Este método é normatizado pela ABNT NBR ISO 12100:2013.
Os parâmetros utilizados por este método é dado pela equação 1:

𝐻𝑅𝑁 = 𝐿𝑂. 𝐹𝐸. 𝐷𝑃𝐻. 𝑁𝑃 ...(1)

Onde:
LO = probabilidade de ocorrência de estar em contato com o risco;
FE = frequência de exposição ao risco
DPH = grau de severidade do dano
NP = número de pessoas exposta ao risco.
19

Os parâmetros e variáveis que cada um representa estão listados e


quantificados nas tabelas a seguir:

Tabela 1 - Probabilidade de ocorrência de estar em contato com o risco


Probabilidade de ocorrência LO

Quase impossível Pode ocorrer em circunstâncias extremas 0,033

Altamente impossível Mas pode ocorrer 1

Improvável Embora concebível 1,5

Possível Mas não usual 2


Alguma chance Pode acontecer 5

Provável Sem surpresas 8


Muito provável Esperado 10
Certeza Sem dúvida 15
Fonte: pinto

Tabela 2 - Frequência de exposição ao risco


Frequência de exposição FE
Anualmente 0,5
Mensalmente 1
Semanalmente 1,5

Diariamente 2,5

Em termo de horas 4
Constantemente 5

Fonte: pinto

Tabela 3 - Grau de severidade do dano


Grau da possível lesão DPH
Arranhão / escoriação 0,1
Dilaceração /corte/enfermidade leve 0,5
Fratura leve de osso-dedo das mãos/ dedo dos pés 1
Fratura grave de ossos - mão/ braço/ perna 2
Perda de 1 ou 2 dedos das mãos/ dedos dos pés 4
Amputação de perna/ mão, perda parcial da audição ou visão 8
Amputação 2 pernas/ mãos, perda parcial audição/ visão ambos ouvidos/ mãos 10
Enfermidade permanente ou crítica 12
Fatalidade 15
Fonte: pinto
20

Tabela 4 - Número de pessoas exposta ao risco


Número de pessoas NP
1-2 pessoas 1
3-7 pessoas 2
8-15 pessoas 4
16-50 pessoas 8
Mais do que 50 pessoas 12
Fonte: pinto

Com o tratamento desses valores, analisar na tabela de classificação a


ação que deverá ser tomada.

Tabela 5 - Classificação do risco


HRN Risco Descrição Ação
0-1 Raro Apresenta um nível de risco muito pequeno Nenhuma ação
requerida

1-5 Baixo Apresenta um nível de risco a ser avaliado Nenhuma ação


requerida

5 -50 Atenção Apresenta risco em potencial Necessária ação de


melhoria

50-500 Alto Oferece possível risco, necessitam medidas de Necessária ação de


controle de segurança urgentemente melhoria

>500 Inaceitável É inaceitável manter a operação do equipamento Necessária ação de


na situação que se encontra melhoria

Fonte: pinto

Para cada ponto de perigo na máquina devera ser feito uma analise
desta e identificar as melhorias mais urgentes a serem feitas, evitando assim,
prejuízos a vida dos trabalhadores.
Após esta análise, e identificado a necessidade de medida de proteção,
será identificado em que categoria o risco se inclui segundo o método estipulado
pela norma NBR-14153, apresentada no próximo tópico.

2.2.2. CATEGORIA DE RISCO SEGUNDO NBR-14153


21

Partindo da interpretação da norma, levantou-se os riscos existentes e a


partir da NBR-14153, anexo B, foi feito a seleção da categoria de segurança da
máquina, como mostra a figura 2.

Figura 2 - Categoria de risco

Fonte: ABNT-NBR14153 - Segurança de máquinas.

Onde:
S Severidade do ferimento:
 S1 Ferimento leve (normalmente reversível)
 S2 Ferimento sério (normalmente irreversível) incluindo morte
F Frequência e/ou tempo de exposição ao perigo
 F1 Raro a relativamente frequente e/ou baixo tempo de exposição
 F2 Frequente a contínuo e/ou tempo de exposição longo
P Possibilidade de evitar o perigo
 P1 Possível sob condições específicas
 P2 Quase nunca possível

Com resultado aos requisitos de segurança por categoria, figura 3:

Figura 3 - Requisitos por categoria.


22

Fonte: ABNT-NBR14153- Segurança de máquinas.

Em resumo a figura 3 pode-se afirmar que:


- Categoria B, não tem medidas específicas para a segurança, mas
constitui a base para as outras categorias.
23

- Categoria 1, é destinada a prevenção de falhas, caracteriza-se pela


seleção de componentes, a ocorrência de um defeito pode perder a função de
segurança, porém com baixa probabilidade.
- Categoria 2, 3 e 4, caracteriza-se principalmente pela estrutura de
controle, se a falha não pode ser evitada, deve ser detectada e tomada as medidas
adequadas.

2.3. TORNO MECÂNICO

O torno mecânico é considerado o equipamento mais antigo entre as


máquinas operatrizes, sendo ainda encontrado nos layout de muitas indústrias,
mesmo nas mais sofisticadas ele ainda tem o seu lugar. Por ser uma máquina
versátil e que necessita pouca habilidade, se torna um elemento fundamental para
serviços não seriados.
O princípio de funcionamento do torno mecânico é simples, o elemento a
ser usinado, que pode ser um material ferroso ou não (aço, alumínio, polímeros,
madeira e etc..), é fixado a um eixo da máquina e este apresenta movimento circular.
Uma ferramenta de corte é fixada em um suporte da máquina e este suporte realiza
movimento linear em dois sentidos, longitudinal e transversal. Com estes
movimentos, o operador é capaz de realizar peças cilíndricas de diversos
comprimentos e diâmetros. Este processo é exemplificado na figura 4.

Figura 4 - Representação dos movimentos no processo de torneamento

Fonte: Souza.
24

2.3.1. ELEMENTOS DE UM TORNO MECÂNICO UNIVERSAL

Com o avanço das indústrias, cresceu a concorrência. Ouve-se então a


necessidade de aumentar a produtividade, começou assim a evolução das
máquinas, surgindo diversos tipos de tornos mecânicos, embora com o mesmo
princípio de funcionamento. Entre os diversos tipos se destacam o torno universal, o
torno revólver, torno copiador, torno vertical, torno automático e torno CNC. Esta
pesquisa tem como foco o torno mecânico universal, que é o que apresenta a maior
versatilidade de operações.
O torno mecânico universal pode ser encontrado em diversos
comprimentos e alturas dependendo da necessidade do elemento a ser usinado. A
figura 5 apresenta os principais elementos da máquina estudada.

Figura 5 - Torno mecânico

Fonte: Eduardo Carlos.

Entre os diversos componentes que podem conter em um torno mecânico


pode-se destacar:
25

- O cabeçote fixo, que é onde está localizado o eixo árvore e caixa de


transmissão de RPM (rotação por minuto).
- Eixo árvore, é o que apresenta a rotação, geralmente é fixado a ele uma
placa para prender a peça.
- Guias, também conhecido como barramento, é onde se desloca o carro
longitudinal e o cabeçote móvel. Este carro pode se mover manualmente ou de
forma automática, movido a partir de fusos.
- Cabeçote móvel, eixo utilizado para apoio de peças compridas. Pode ser
utilizado para realizar furações.
- Carro longitudinal, elemento móvel que se desloca no sentido
longitudinal. Nele é fixo o carro transversal.
- Carro transversal, elemento móvel que se desloca no sentido
transversal. Nele é fixo o porta ferramentas.
Este equipamento é considerado um equipamento básico para a
usinagem, sendo operado por apenas um trabalhador. Sua produtividade é baixa se
comparado às máquina com comando numérico, mas por ser simples de operar,
ainda hoje é utilizado para peças não seriadas e baixas produções.
A operação desta máquina é simples porém exige experiência. Além do
treinamento é necessário conhecer os equipamentos de proteção. No próximo tópico
serão abordados os EPCs.

2.3.2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) PARA TORNO MECÂNICO.

Segundo o item 12.38 de NR-12 (1978), "As zonas de perigo das


máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados
por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, que
garantam proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores."
As proteções fixas devem ser aparafusadas ou soldadas, de forma a
garantir a difícil remoção, garantindo que o operador não alcance a zona de perigo.
A figura 6 apresenta um exemplo de proteção fixa em torno mecânico.

Figura 6 - Exemplo de proteção fixa.


26

Fonte: TECHNO SAFE

As proteções móveis podem ser abertas sem o uso de ferramenta,


segunda NR-12 item 12.41b, porém ligadas por elementos mecânicos à estrutura da
máquina e deve ser associada a dispositivos de intertravamento.
A figura 7 apresenta um exemplo de proteção móvel.

Figura 7 - Exemplo de proteção móvel

Fonte: SIMON
27

Estes elementos, segunda NR-12 item 12.39d, "devem ser instalados nas
máquinas de modo que não possam ser neutralizados ou burlados."

2.3.3. EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) PARA TORNO


MECÂNICO

Após todos os recursos das medidas de proteção coletiva e medidas


administrativas do trabalho se esgotarem e mesmo assim não for possível tornar o
ambiente seguro, a NR-12 permite a adoção de medidas de proteção individual.
Porém em torno mecânico, deve se tomar alguns cuidados para não utilizar
equipamentos que ao invés de proteger irá colocar em risco a vida do trabalhador,
como por exemplo a luva ou guarda-pó que tendem a se prender a elementos
rotativos, provocando o puxamento. Abaixo alguns EPIs que podem ser utilizado em
torno mecânico:
Figura 8 - Óculos de proteção

Fonte: OLIVEIRA

Figura 9 - Calçado de segurança com biqueira protetora

Fonte: OLIVEIRA

Figura 10 - Creme protetor para as mãos - Grupo III (resistente a água e óleo)
28

Fonte: OLIVEIRA

Figura 11 - Rede de segurança para cabelos, quando necessário.

Fonte: OLIVEIRA

Figura 12 - Protetor auricular

Fonte: OLIVEIRA

Lembrando que, segunda a NR-6, o EPI só pode ser utilizado com a


indicação do certificado de aprovação - CA, dentro da validade. O mesmo deve ser
fornecido pelo empregador de forma gratuita.
29

3. RESULTADOS

3.1. AVALIAÇÃO RISCOS

A avaliação dos riscos começou com uma análise minuciosa da máquina,


com base na NR-12. Para tornar mais produtiva a verificação dos itens na empresa,
foi desenvolvido um roteiro de avaliação de máquina, disponível no anexo A. Com
este foi possível identificar as não conformidades e quantificar em "conforme", "não
conforme" e "não aplicável". No roteiro foram avaliados um total de 18 itens e destes
8 não estão conformes, melhor representado na figura 13.

Figura 13 - Gráfico número de conformidade da máquina com NR-12

24%
29%
Conforme

Não Conforme

Não Aplicável

47%

Fonte: O autor (2019).

No próximo tópico será feito a avaliação das não conformidades da


máquina. A fim de facilitar, a análise será realizada por faces de observação.

3.1.1. NÃO CONFORMIDADES

Conforme mencionado anteriormente, a avaliação da máquina será por


face de observação, de acordo com:
- Face frontal: onde o operador atua e onde está o painel de comando;
- Face traseira: oposta à face frontal
- Face lateral esquerda: situada à esquerda de quem esta à face frontal
30

- Face lateral direita: situada à direita de quem esta a face frontal.


A figura 14 ilustra como isso ocorre na máquina em uma vista superior.

Figura 14 - Esboço das faces do Torno Mecânico, vista superior.

Fonte: O autor (2019).

Levantaram-se todas as evidencias de riscos referenciados na NR-12, e


na sequência utilizando o método de categorização de risco apresentado pela NBR-
14153, com isso foi possível identificar em que categoria o risco se enquadra.
Para classificar o risco, foi utilizado o método HRN, que classificou os
riscos de raro a inaceitável.
No próximo tópico será feito a análise dos riscos na face frontal.

3.1.1.1. FACE FRONTAL

Analisando a face frontal do torno mecânico, figura 15, logo se identifica


os pontos de maior risco como sendo:

Figura 15 - Face frontal


31

Fonte: O autor (2019).

RISCO 1. Placa, pois é onde se executa o trabalho, com alta força e com
elevado rotação.

Figura 16 - Risco 1

Fonte: O autor (2019).

Ao analisar o risco 1, placa do torno, e aplicando a categorização do risco


consegue-se apresentar o seguinte estudo, figura 17:
32

Figura 17 - Categoria risco 1

Fonte: O autor (2019).

Onde:
- S2 = Lesão irreversível
- F2 = Frequência alta de exposição ao perigo
- P2 = impossibilidade de parada de máquina durante o ciclo.
Resultando em categoria de risco 4

Para quantificar e classificar o risco 1 utilizou-se a metodologia HRN. Ver


tabela 6.
Tabela 6 - Classificação do risco 1
Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Provável 8
FE = frequência de exposição Diariamente 2,5
DPH = grau de severidade Amputação de perna/mão 8
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 160
Classificação Alto
Fonte: O autor (2019).

Com esses resultados, percebe-se que o risco 1 necessita medidas de


controle de segurança urgentemente.

RISCO 2: Fuso, figura 18, que embora estando mais abaixo, ainda assim
está exposto ao livre contato do operador.
33

Figura 18 - Fuso

Fonte: O autor (2019).

Ao analisar o risco 2, e aplicando a categorização do risco encontramos,


figura 19.

Figura 19 - Categoria risco 2

Fonte: O autor (2019).

Onde:
- S2 = Lesão irreversível
- F2 = Frequência alta de exposição ao perigo
- P2 = impossibilidade de parada de máquina durante o ciclo.
34

Resultando em categoria de risco 4

Para quantificar e classificar o risco 2, utilizou a metodologia HRN. Ver


tabela 7.
Tabela 7 - Classificação do risco 2
Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Provável 8
FE = frequência de exposição Diariamente 2,5
DPH = grau de severidade Amputação de perna/mão 8
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 160
Classificação Alto
Fonte: O autor (2019).

Com esses resultados, percebe-se que o risco 2 necessita medidas de


controle de segurança urgentemente.
RISCO 3, porta ferramentas. Ver figura 20, risco de esmagamento,
rompimento de membros.

Figura 20 - Porta ferramenta, risco 3.

Fonte: O autor (2019).


35

Aplicando a categorização do risco se chegou ao presente estudo, figura


21.

Figura 21 - Categoria risco 3

Fonte: O autor (2019).

Onde:
- S2 = Lesão irreversível
- F1 = Raro a relativamente frequente e/ou baixo tempo de exposição
- P1 = Possível sob condições específicas
Resultando em categoria de risco 2

Para quantificar e classificar o risco 3, utilizou a metodologia HRN. Ver


tabela 8.
Tabela 8 - Classificação do risco 3
Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Mas não usual 2
FE = frequência de exposição Diariamente 2,5
DPH = grau de severidade Perda de 1 ou 2 dedos das mãos 4
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 20
Classificação Atenção - Apresenta risco em potencial
Fonte: O autor (2019).

Com esses resultados é possível identificar que apresenta risco em


potencial, necessária ação de melhoria.
RISCO 4 - Partículas lançadas ao operador pelo contato da ferramenta de
corte com a peça. Aplicando a categorização do risco temos, figura 22.

Figura 22 - Categoria risco 4


36

Fonte: O autor (2019).

Onde:
- S2 = Lesão irreversível
- F1 = Raro a relativamente frequente e/ou baixo tempo de exposição
- P1 = Possível sob condições específicas
Resultando em categoria de risco 2

Fez-se a avaliação e classificação conforme tabela 9:

Tabela 9 - Classificação do risco 4


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Provável 8
FE = frequência de exposição Constantemente 5
DPH = grau de severidade Fratura grave de ossos- mão/braço 2
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 80
Classificação Alto - Oferece possível risco
Fonte: O autor (2019).

Oferece possível risco, necessitam medidas de controle de segurança


urgentemente. Chance de se machucar com partículas voláteis.

3.1.1.2. FACE LATERAL ESQUERDA

RISCO 5: Ponta do eixo árvore, figura 23, que apresenta movimento de


rotação, com risco de puxamento.

Figura 23 - ponta eixo árvore


37

Fonte: O autor (2019).

Ao analisar o risco 5, ponta eixo árvore e aplicando a categorização do


risco se chegou ao presente estudo, figura 24.

Figura 24 - Categoria risco 5

Fonte: O autor (2019).

Onde:
- S2 = Lesão irreversível
- F2 = Frequência alta de exposição ao perigo
38

- P2 = impossibilidade de parada de máquina durante o ciclo.


Resultando em categoria de risco 4

Para quantificar e classificar o risco 5, utilizou a metodologia HRN. Ver


tabela 10.
Tabela 10 - Classificação do risco 5
Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Provável 8
FE = frequência de exposição Diariamente 2,5
DPH = grau de severidade Amputação de perna/mão 8
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 160
Classificação Alto
Fonte: O autor (2019).

Oferece possível risco, necessitam medidas de controle de segurança


urgentemente.

RISCO 6 - De acordo com o item 12.41b da NR-12, a proteção móvel


pode ser aberta sem o uso de ferramentas, porém, deve se associar à dispositivos
de intertravamento, não sendo identificado o mesmo na máquina, ver figura 25,
caracterizando risco.

Figura 25 - Proteção móvel


39

Fonte: O autor (2019).

Figura 26 apresenta classificação do risco.

Figura 26 - Risco 6

Fonte: O autor (2019).

Onde:
- S2 = Lesão irreversível
- F2 =Frequente a contínuo e/ou tempo de exposição longo
- P1 = Possível sob condições específicas
Resultando em categoria de risco 3
40

Fez se a avaliação HRN conforme tabela 11:

Tabela 11 - Classificação do risco 6


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Possível 2
FE = frequência de exposição Diariamente 2,5
DPH = grau de severidade Perda de 1 ou 2 dedos das mãos/dedos 4
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 20
Classificação Atenção - Apresenta risco em potencial
Fonte: O autor (2019).
Oferece possível risco, necessitam medidas de controle de segurança.

3.1.1.3. FACE LATERAL DIREITA

RISCO 7: Ponta do fuso, figura 27, que apresenta rotação e está livre
para contato com o operador.
Figura 27 - Ponta do fuso

Fonte: O autor (2019).


Ao analisar o risco 7 e aplicando a categorização do risco temos o
presente estudo, figura 28.
41

Figura 28 - Categoria risco 7

Fonte: O autor (2019).

Onde:
- S2 = Lesão irreversível
- F2 = Frequência alta de exposição ao perigo
- P2 = impossibilidade de parada de máquina durante o ciclo.
Resultando em categoria de risco 4

Para quantificar e classificar o risco 7, utilizou a metodologia HRN. Ver


tabela 12.

Tabela 12 - Classificação do risco 7


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Provável 8
FE = frequência de exposição Diariamente 2,5
DPH = grau de severidade Amputação de perna/mão 8
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 160
Classificação Alto
Fonte: O autor (2019).

Oferece possível risco, necessitam medidas de controle de segurança


urgentemente.

3.1.1.4. FACE TRASEIRA


42

RISCO 8 - De acordo com o item 12.18 da NR-12, as zonas de acesso


aos painéis elétricos, devem ser mantidas, permanentemente, fechadas
impossibilitando acesso de pessoas não habilitadas. Painel elétrico figura 29:

Figura 29 - Ponta do fuso

Fonte: O autor (2019).

Ao analisar o risco 8 e aplicando a categorização do risco se chegou ao


presente estudo, figura 30
Figura 30 - Categoria risco 8
43

Fonte: O autor (2019).

Onde:
- S2 = Lesão irreversível
- F2 =Frequente a contínuo e/ou tempo de exposição longo
- P1 = Possível sob condições específicas
Resultando em categoria de risco 3

Fez se a avaliação HRN conforme tabela 13:

Tabela 13 - Classificação do risco 8


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Possível 2
FE = frequência de exposição Diariamente 2,5
DPH = grau de severidade Perda de 1 ou 2 dedos das mãos/dedos 4
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 20
Classificação Atenção - Apresenta risco em potencial
Fonte: O autor (2019).

Oferece possível risco, necessitam medidas de controle de segurança.

3.2. PROPOSTAS DE ADEQUAÇÕES

No tópico anterior se observou que a máquina apresenta alguns riscos


potenciais a acidentes. Embora aplicando o método HRN, não classificou nenhum
risco como inaceitável, exigindo a interdição do equipamento, mas para os perigos
encontrados, a ferramenta mostrou que devem ser tomadas medidas de correção
com urgência.
Neste tópico será feito as proposta para a adequação do torno mecânico,
e na sequência uma nova avaliação do risco a fim de verificar sua eficácia.
A análise se iniciará pelo estudo do risco 1, a placa do torno. Para esse
recomenda-se utilizar proteção móvel com sistema de intertravamento, figura 31,
onde a proteção móvel só possa ser liberada com a paralisação da máquina. Essa
deverá envolver toda a placa, como mostra a figura 32.
44

Figura 31 - Chave de intertravamento

Fonte: WEG (2019)

Figura 32 - Proposta proteção para placa do torno.

Fonte: TECHNO SAFE

Como esse risco está na categoria 4, o dispositivo tem que garantir que a
máquina não será acionada com a placa desprotegida. De acordo com o item 12.36b
da NR-12, esse componente que compõem a interface de proteção deve operar em
extrabaixa tensão de até 25VCA.
Para verificar a eficácia desta proposta, foi realizada, novamente, a
classificação do risco 1, porém agora com as proteções. Ver tabela 14:
45

Tabela 14 - Reclassificação do risco 1


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Altamente improvável 1
FE = frequência de exposição Anualmente 0,5
DPH = grau de severidade Perda de 1 ou 2 dedos das mãos/dedos 4
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 2
Classificação Baixo - nenhuma ação requerida
Fonte: O autor (2019).

O RISCO 2 mostrou que os fusos necessitam medidas de controle de


segurança urgentemente. Sendo assim, a proposta é a utilização de uma proteção
fixa que envolve toda a barra, de acordo com a figura 33:

Figura 33 - Proposta proteção do fuso

Fonte: TECHNO SAFE


Para verificar a eficácia desta proteção, será analisado novamente o HRN
do risco 2, tabela 15:
Tabela 15 - reclassificação do risco 2
Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Altamente improvável 1
FE = frequência de exposição Anualmente 0,5
DPH = grau de severidade Fratura leve de osso-dedo das mãos 1
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 0,5
Classificação Raro - nenhuma ação requerida
46

Fonte: O autor (2019).

Os RISCOS 3 e 4, serão controlados a partir de uma proteção fixa


semelhante a figura 34. Esta deverá ser fixada ao carro principal, assim
acompanhará o movimento do mesmo, protegendo o contato do operador ao carro
tranversal do torno, a ferramenta e também o protegerá contra partículas e
arremesso acidental de peça ou ferramenta. Esta proteção precisará ser garantida a
partir de equipamento de intertravamento, de acordo com a figura 31, comentada
anteriormente no risco 1.

Figura 34 - Proteção carro longitudinal

Fonte: TECHNO SAFE


Aplicando a proposta da proteção do carro longitudinal, pode-se fazer a
avaliação do risco conforme a tabela 16:

Tabela 16 - reclassificação do risco 3 e 4


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Altamente improvável 1
FE = frequência de exposição Anualmente 0,5
DPH = grau de severidade Fratura leve de osso-dedo das mãos 0,5
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 0,25
Classificação Raro - nenhuma ação requerida
Fonte: O autor (2019).
47

Para os riscos 5 e 6, é sugerido à substituição da proteção móvel por uma


em que proteja as engrenagens e a ponta do eixo árvore. Essa proteção também
precisará de um sistema de intertravamento que não permita o funcionamento da
máquina com a proteção aberta. Semelhante à figura 35. Assim a ponta do eixo
árvore deixará de ficar exposta.

Figura 35 - Proposta proteção eixo árvore.

Fonte: Simon

Aplicando a proposta da proteção do eixo árvore, pode-se fazer a


avaliação do risco conforme a tabela 17:

Tabela 17 - reclassificação do risco 5 e 6


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Altamente improvável 1
FE = frequência de exposição Anualmente 0,5
DPH = grau de severidade Fratura leve de osso-dedo das mãos 0,5
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 0,25
Classificação Raro - nenhuma ação requerida
Fonte: O autor (2019).

Paras o risco 7, é sugerido desenvolver uma proteção fixa, aparafusada a


estrutura da máquina, de forma à proteger o operador ou terceiros da ponta do fuso.
48

Deve ser fixada de forma que a remoção só poderá ser feita com o auxilio de
ferramentas específicas. Semelhante à figura 35.
Aplicando a proposta da proteção, pode-se fazer a avaliação do risco
conforme a tabela 18:

Tabela 18 - reclassificação do risco 7


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Quase impossível 0,033
FE = frequência de exposição Anualmente 0,5
DPH = grau de severidade Fratura leve de osso-dedo das mãos 0,1
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 0,00165
Classificação Raro - nenhuma ação requerida
Fonte: O autor (2019).

Para o risco 8, a proposta é colocar uma fechadura semelhante a figura


36, já que no item 12.18 da NR-12 enfoca na necessidade de se manter as portas
dos painéis de energia fechados e com restrição ao acesso à pessoas não
habilitadas.
Figura 36 - Proposta painel elétrico.

Fonte: CATU
Com a adequação da porta, pode-se fazer a avaliação do risco conforme
a tabela 19:
49

Tabela 19 - reclassificação do risco 8


Fatores Classificação Valor HRN
LO = probabilidade de ocorrência Quase impossível 0,033
FE = frequência de exposição Anualmente 0,5
DPH = grau de severidade Fratura leve de osso-dedo das mãos 0,1
NP = número de pessoas 1-2 pessoas 1
Valor do HRN 0,00165
Classificação Raro - nenhuma ação requerida
Fonte: O autor (2019).

Com essa adequação, tem-se uma redução significativa para o risco,


tornando-o aceitável conforme metodologia.
Finalizando a adequação, ainda será necessário corrigir alguns itens
como:
 As áreas de circulação e acessos com demarcações ao redor de
máquinas com espaço de 1,2m de acordo com a NR-12, que garanta a
segurança de operação e manutenção;
 Confecção de manual de operação;
 Verificar medição de ruídos a partir de dosímetro a fim de verificar se os
valores não ultrapassam os limites de tolerância estipulado pela NR-15,
anexo 1;
 Análise ergonômica por um ergonomista que possa utilizar as ferramentas
adequadas;
 Criar procedimentos de trabalho e segurança;
 Criar inventário de trabalho com identificação por tipo, capacidade,
sistemas de segurança e localização em planta baixa.

3.2.1. ORÇAMENTO PARA ADEQUAÇÃO

Após todas as medidas de adequação serem apontadas, é interessante


apresentar uma simulação do investimento necessário para eliminar os riscos na
máquina. Importante enfatizar que os valores levantados será uma previsão,
baseado em valores para a data deste trabalho, podendo haver algumas variações
no momento da compra.
50

Tabela 20 - Orçamento para adequação NR-12

Descrição Modelo Marca Qtd Valor Total


Chave de intertravamento de segurança CISC-PI22AE WEG 3 R$ 767,00 R$ 2.301,00
Atuador chave segurança intertravamento ACIS WEG 3 R$ 60,00 R$ 180,00
Fechadura lingueta PAINEL ELETRICO SOPRANO 1 R$ 32,00 R$ 32,00
Visor de proteção contra cavacos PTO 12/045 TECHNO SAFE 1 R$ 2.548,80 R$ 2.548,80
Proteção da placa PTO 03/300 TECHNO SAFE 1 R$ 3.036,00 R$ 3.036,00
Proteção cobre fuso PTO 01/300 TECHNO SAFE 1 R$ 1.766,40 R$ 1.766,40
Interruptor de posição Z/T 235 SCHMERSAL 2 R$ 59,00 R$ 118,00
Faixas amarelas 50mm 3M 1 R$ 249,90 R$ 249,90
Proteção ponta fuso NÃO COMERCIAL 1 R$ 800,00 R$ 800,00
Eng. de segurança do trabalho 24 R$ 150,00 R$ 3.600,00
Técnico manutenção 16 R$ 30,00 R$ 480,00
R$ 15.111,20
Fonte: O autor (2019).

3.2.2. PENALIDADES LEGAIS DE NÃO CONFORMIDADE

Quando houver fiscalização em uma empresa, o fiscal poderá aplicar


multa pelas não conformidades à legislação. Essas penalidades são reguladas pela
NR-28, onde apresenta tabelas com valores em BTN e varia de acordo com a
quantidade de empregados. Para cada item, de cada norma, apresenta uma faixa
entre máximo e mínimo que o agente fiscalizador optará de acordo como a
gravidade.
Na tabela 10, está sendo apresentado uma estimativa de valores de multa
para o equipamento estudado, considerando o valor mínimo do quadro de multas da
NR-28, com referência as condições em que a máquina se encontra. Considerando
o BTN (Bônus Tesouro Nacional) como sendo R$1,7173
Tabela 21 - Penalidade à não conformidades NR-12

Item não Multa mínima do Multa mínima do Item não Multa mínima do Multa mínima do
conforme item (BTN) item (R$) conforme item (BTN) item (R$)
12.6.1 2498,9 R$ 4.291,36 12.116 1664,6 R$ 1.664,60
12.6.2 3333,2 R$ 5.724,10 12.116.3 1664,6 R$ 2.858,62
12.7 2498,9 R$ 4.291,36 12.117 1664,6 R$ 2.858,62
12.7 830,3 R$ 1.425,87 12.119.1 830,3 R$ 1.425,87
12.8.1 1664,6 R$ 2.858,62 12.120 830,3 R$ 1.425,87
12.1 830,3 R$ 1.425,87 12.122 1664,6 R$ 2.858,62
12.14 2498,9 R$ 4.291,36 12.124 830,3 R$ 1.425,87
51

12.18 1664,6 R$ 2.858,62 12.124 830,3 R$ 1.425,87


12.37 1664,6 R$ 2.858,62 12.125 1664,6 R$ 2.858,62
12.38 3333,2 R$ 5.724,10 12.126 830,3 R$ 1.425,87
12.39 3333,2 R$ 5.724,10 12.127 830,3 R$ 1.425,87
12.40 3333,2 R$ 5.724,10 12.129 830,3 R$ 1.425,87
12.41 3333,2 R$ 5.724,10 12.130 2498,9 R$ 4.291,36
12.43 3333,2 R$ 5.724,10 12.131 2498,9 R$ 4.291,36
12.44 2498,9 R$ 4.291,36 12.132 1664,6 R$ 2.858,62
12.45 2498,9 R$ 4.291,36 12.132 1664,6 R$ 2.858,62
12.46 2498,9 R$ 4.291,36 12.136 2498,9 R$ 4.291,36
12.47 3333,2 R$ 5.724,10 12.137 3333,2 R$ 5.724,10
12.48 3333,2 R$ 5.724,10 12.139 830,3 R$ 1.425,87
12.49 2498,9 R$ 4.291,36 12.141 830,3 R$ 1.425,87
12.54 3333,2 R$ 5.724,10 12.142 830,3 R$ 1.425,87
12.55 1664,6 R$ 2.858,62 12.143 830,3 R$ 1.425,87
12.98 1664,6 R$ 2.858,62 12.145 1664,6 R$ 2.858,62
12.112 1664,6 R$ 3.778,64 12.153 1664,6 R$ 2.858,62
12.112.1 1664,6 R$ 3.778,64 12.154 830,3 R$ 1.425,87

TOTAL UFIR 96578,8 R$ 164.660,76


Fonte: O autor (2019).
52

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente o cenário de acidentes em usinagem é muito alto, exigindo a


adoção de medidas de prevenção e proteção da integridade do trabalhador. Com a
ideia de diminuir os riscos à segurança do operador de máquina, se fez a pesquisa
sobre a NR-12, focada em torno mecânico universal.
Percebeu-se, que os Torneiros Mecânicos (operadores de torno
mecânico), estão expostos a riscos elevados sendo físico e de acidente que podem
levar a amputações ou morte, exigindo assim medidas de segurança eficazes para a
proteção do profissional.
A analise dos dados resultou em um equipamento potencialmente
causador de acidentes, com elementos móveis expostos gerando risco de
puxamento de parte do corpo do operador. Além da falta de avisos de perigo e quais
os EPIs necessários para operar.
Apoiado na Norma Regulamentadora dose possibilitou traçar as possíveis
alterações para tornar o equipamento seguro. Identificar os riscos e desenvolver
proteções móveis e fixas com os sistemas de intertravamento necessário.
Para poder apresentar a pesquisa a gerência da empresa, levantou-se o
investimento para adequação da máquina à NR-12, com os elementos eletrônicos e
mão de obra.
Finalizando a pesquisa, foi realizado uma estimativa de multa baseado na
NR-28, para uma possível fiscalização da NR-12.
Comparando os valores da adequação com a multa pela infração, se
percebeu que a regularização fica em menos de 8%. Ou seja, a empresa está
gerando passivo de mais de 160 mil reais.
Observando que estes valores são estimados, pois a multa depende da
rigorosidade do fiscal e o orçamento varia de acordo com o fornecedor dos
equipamentos.
53

REFERÊNCIAS

Previdência Social. Base de dados histórico de acidentes do trabalho. Disponível


em: <http://www3.dataprev.gov.br/scripts10i>. Acesso em 15/05/2019.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 12 - Segurança no trabalho em


Máquinas e Equipamentos. Brasília, 2018. Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-seude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normalizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em: 20 jun. 2019.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 - equipamento de proteção


individual - EPI. Brasília, 2018. Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-seude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normalizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em: 20 jun. 2019.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 28 - Fiscalização e Penalidades.


Brasília, 2017. Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-seude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normalizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em: 20 jun. 2019.

CATU. Chaves e tecnologia em segurança. Disponível em:


<www.catuchaveiro.com.br/Chave-Triangulo-Painel-Eletrico-Soprano> Acesso em:
10 jun. 2019.

ENIT. Escola Nacional Da Inspeção Do Trabalho. SSt - NR - Português.


<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-seude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normalizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em: 20 jun. 2019.

EDUARDO. Carlos, Tornearia. Técnico em eletromecânica. Escola técnica SENAI.

FIRJAN. Segurança de máquinas e equipamentos de trabalho. Disponível em:


<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf>. Acesso
em: 10 maio 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICA. NBR ISO 12100:2013


Segurança de Máquinas - Principio de seleção de categoria de risco.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICA. NBR 14153 Segurança de


Máquinas - Partes do sistema de comando relacionados à segurança.

PIZZATTO, Eduardo; GARBIN, Cléa Adas Saliba; AMADEI, Magno. Perfil dos
acidentes de trabalho ocorridos no município de Araçatuba-SP nos anos de
2000 e 2001. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, Araçatuba-sp, p.57-62.

OLIVEIRA, Andréia. Tornearia mecânica - Riscos e procedimentos de


segurança. Disponível em: <http://hsttornearia.blogspot.com/?m=1>. Acesso em 16
maio 2019.
54

SILVA. Alessandro de, FIGUEIRAS. Araujo. Mais de 55mil trabalhadores


sofreram acidentes com máquinas em 2013. Disponível em:
<www.reporterbrasil.org.br> Acesso em: 23 maio 2019

SIMON, Alex. Adequação de máquinas. Laudo técnico de máquinas. 2015

Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. disponível em:


<www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr12.htm> Acesso em: 23 maio 2019.

SOUSA. Dr. André João de. Processos de fabricação por usinagem. Universidade
federal do rio grande do sul 2011.

TRIPP. David, Pesquisa-ação: Uma introdução metodológica. Universidade de


Murdoch. São Paulo 2005.

PINTO. João Baptista Beck Métodos de Apreciação de Riscos de Máquinas e


Equipamentos Usados no Brasil. Outubro de 2014, Brasília -DF. Disponível em:
<www.fundacentro.gov.br> Acesso em: 19 maio 2019.

WEG. Catálogo de Produtos. 2017. Disponível, <www.weg.net> acesso em 01 jun


2019
55

ANEXOS
56

ANEXO A - Roteiro para avaliação de risco em máquina.

1 - Dados da máquina:

Tipo/modelo Torno Mecânico Ano fabricação 2006


Capacidade Ø400mmx1500mm Fabricante Clever
Data 30/05/2019 N° de funcionários 1
Responsável pelo local

2 - Arranjo físico e instalação NR-12 (12.6 á 12,13). Áreas de circulação e acessos


com demarcações. Áreas ao redor de máquinas com espaço que garanta a
segurança de operação e manutenção. Qualidade do piso, bem como o estado de
limpeza e as características. Organização de ferramentas.

( ) Conforme ( x ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
Não possui demarcação ao redor da máquina. Área ao redor da máquina menor que
1,2m .

3 - Instalação e dispositivos elétricos NR-12 (12.14 á 12,23).


Projeto deverá seguir as orientações previstas na NR-10, bem como ser aterrada,
blindagem das instalações em contato com água ou agentes corrosivos. A proibição
de chaves geral como dispositivo de partida e parada e a existência de partes
energizadas expostas.

( x ) Conforme ( ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4 - Dispositivos de acionamento, partida e parada NR-12 (12.24 á 12.37).


57

Devem ser projetados de forma que se localizem em zona segura. Que possa ser
desligado por outra pessoa em caso de emergência e não tenha chances de ser
burlado. Não poderá ser automático. Recomenda a utilização de comando bimanual,
de forma a garantir que as mãos do operador estejam fora da zona de perigo.

( x ) Conforme ( ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5 - Sistemas de segurança. NR-12(12.38 á 12.55.1).


As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de
segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de
segurança interligados que garantam a proteção, à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.

( ) Conforme ( x ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
Partes móveis expostas, com risco de enroscar partes do corpo do trabalhador.
_______________________________________________________________

6 - Dispositivos de parada de emergência NR-12(12.56 á 12.63.1).


Exceto as máquinas manuais, as máquinas autopropelidas, todas as outras devem
ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência. Estes devem
ser posicionados em locais de fácil acesso e visualização pelos operadores em seus
postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente
desobstruídos e em perfeito estado de funcionamento.

( x) Conforme ( ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7 - Meios de acesso permanentes NR-12(12.64 á 12.76.1).
58

As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e


seguros a todos os seus pontos de operação. Consideram-se meios de acesso
elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou escadas de degraus.

( ) Conforme ( ) Não conforme (x ) Não Aplicável


Observação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8 - Componentes pressurizados NR-12(12.77 á 12.84.1).
Quando houver risco de impactos mecânicos e outros agentes agressivos, devem
ser adotadas medidas de proteção em mangueiras, tubulações e demais
componentes pressurizados. E ainda ser protegidos de forma que se houver ruptura
e vazamento de fluidos não ocasionem acidentes.

( ) Conforme ( ) Não conforme ( x ) Não Aplicável


Observação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9 - Transportadores de materiais. NR-12(12.85 á 12.93.1).
Os movimentos perigosos dos transportadores contínuos de materiais, quando
estiver com altura inferior a 2,70m do piso e haja circulação de pessoas devem ser
protegidos, especialmente nos pontos de esmagamento, agarramento e
aprisionamento formados pelas esteiras, correias, roletes, acoplamentos, freios,
roldanas, amostradores, volantes, tambores, engrenagens, cremalheiras, correntes,
guias, alinhadores, região do estiramento e contrapeso e outras partes móveis
acessíveis durante a operação normal.

( ) Conforme ( ) Não conforme ( x ) Não Aplicável


Observação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

10 - Aspectos ergonômicos. NR-12(12.94 á 12.105)


59

As máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e operados


levando em consideração a necessidade de adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza dos trabalhos a
executar, oferecendo condições de conforto e segurança no trabalho, para isso essa
norma remete a NR-17, que abrange com mais detalhes este aspecto.

( x ) Conforme ( ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

11 - Riscos adicionais. NR-12(12.06 á 12.110).


Devem ser adotadas medidas de controle dos riscos adicionais provenientes da
emissão ou liberação de agentes químicos, físicos e biológicos pelas máquinas e
equipamentos, com prioridade à sua eliminação.

( ) Conforme ( ) Não conforme ( x ) Não Aplicável


Observação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

12 - Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos NR-12(12.11 á 12.115).


Os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e corretiva,
determinada pelo fabricante. Devem ser executadas por profissionais capacitados.
Para isso deve ser adotado bloqueio mecânico e elétrico, sistemas de retenção com
trava mecânica.

( ) Conforme ( x ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
A manutenção é apenas corretiva, e geralmente realizada pelo operador .
_______________________________________________________________

13 - Sinalização. NR-12(12.116 á 12.124).


60

As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram,


devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros
sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e
outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos
trabalhadores. Estes avisos devem ser escritos na língua portuguesa - Brasil e
legível.

( ) Conforme ( x ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
Falta sinalização .
_______________________________________________________________

14 - Manuais NR-12(12.125 á 12.129).


Devem possuir manual de instruções fornecido pelo fabricante ou importador, com
informações relativas à segurança em todas as fases de utilização. Necessita ser
escrito na língua portuguesa - Brasil, de forma legível, objetivo e de fácil
compreensão. Precisa estar disponível a todos os usuários.

( ) Conforme ( x ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
Não possui manual .
_______________________________________________________________

15 - Procedimentos de trabalho e segurança. NR-12(12.130 á 12.132).


De modo a complementar a segurança, devem ser elaborados procedimentos de
trabalho e segurança específicos, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a
passo, a partir da análise de risco.

( ) Conforme ( x ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
Não possui procedimento de trabalho .
_______________________________________________________________
61

16 - Capacitação. NR-12(12.135 á 12.147).


A operação, manutenção em máquinas e equipamentos devem ser realizadas por
trabalhadores habilitados. Estes devem receber capacitação antes que o trabalhador
assuma a sua função, ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados.

( ) Conforme ( x ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
O funcionário é capacitado para a função, porém não recebe reciclagem. ____
_______________________________________________________________

17 - Outros requisitos específicos de segurança. NR-12(12.148 á 12.152).


As ferramentas e materiais utilizados nas intervenções em máquinas e
equipamentos devem ser adequados às operações realizadas. Fica proibido o porte
de ferramentas manuais em bolsos ou locais não apropriados a essa finalidade.

( x ) Conforme ( ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

18 - Disposições finais. NR-12(12.153 á 12.156).


O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos com
identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta
baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado.

( ) Conforme ( x ) Não conforme ( ) Não Aplicável


Observação:
Não possui inventário.
___________________________________________________________________

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