Desgaste em Ferramentas de Máquinas Agrícolas
Desgaste em Ferramentas de Máquinas Agrícolas
Desgaste em Ferramentas de Máquinas Agrícolas
LONDRINA
2019
WILLIAN DE ALMEIDA LUZ
LONDRINA
2019
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Londrina
TERMO DE APROVAÇÃO
__________________________________
Claudia Santos Fiuza Lima
Profª. Orientadora
___________________________________
Haustin Stelmastchuk Vieira
Membro titular
___________________________________
Janaína Fracaro de Souza Gonçalves
Membro titular
The influence and need for mechanization in the field has been increasing year by year
and a concern of the farming community is the premature wear of the tools; as their
fracture renders the machine unusable and corrective maintenance is required,
resulting in lost productivity. With the advent of industry 4.0, all sectors are forcing
themselves to change and agribusiness is no different: new technologies are deployed,
new professional skills are required and new trends are observed. Given the criticality
of this subject, this paper aims to conduct a bibliographic research on the new trends
of the studies that are being conducted by the scientific community on the topic
addressed, evaluating them from a critical point of view.
LISTA DE ABREVIATURAS
Profª. Professora
Drª. Doutora
ha Hectare
µm Nanômetro
mm Milímetro
cm Centímetro
m Metro
min Minuto
h Hora
g Grama
Cr Cromo
Mo Molibdênio
Ni Níquel
Si Silício
Mn Manganês
C Carbono
HRC Rockwell C
LISTA DE SIGLAS
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................13
1.1 OBJETIVO GERAL ...........................................................................................14
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................15
1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................15
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................16
1.4 DESGASTE ......................................................................................................16
1.5 MÁQUINAS DE PREPARO DO SOLO .............................................................19
1.6 ADUBADORAS .................................................................................................21
1.6.1 Adubadoras por Precipitação ..........................................................................22
1.6.2 Semeadora-Adubadora por Depósito .............................................................23
1.7 MÁQUINAS COLHEDORAS DE GRÃOS .........................................................24
1.7.1 Classificação das Colhedoras .........................................................................24
2 METODOLOGIA ...................................................................................................27
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS TRABALHOS............................................29
3.1 MÁQUINAS DE PREPARO DO SOLO .............................................................29
3.1.1 Arados ............................................................................................................29
3.1.2 Escarificadores ...............................................................................................33
3.2 ADUBADORAS .................................................................................................35
3.2.1 Adubadoras por Precipitação ..........................................................................35
3.2.2 Semeadora-Adubadora por Depósito .............................................................37
3.3 COLHEDORAS .................................................................................................39
4 DISCUSSÃO DOS TRABALHOS ........................................................................41
5 CONCLUSÃO .......................................................................................................43
REFERÊNCIAS .......................................................................................................44
13
1 INTRODUÇÃO
Levantar quais os enfoques dos estudos que estão sendo realizados para o
desgaste em máquinas agrícolas;
Realizar o estudo bibliográfico, indicando a influência do desgaste nas
ferramentas;
Discutir como estes estudos podem ser aplicados no campo e qual o retorno
esperado.
1.3 JUSTIFICATIVA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.4 DESGASTE
Figura 4 – Escarificador
Fonte: Baldan 2019.
Figura 5 – Subsolador
Fonte: Mec-Rul 2019
21
1.6 ADUBADORAS
De acordo com Siqueira & Casão Jr (2004), uma semeadora deve realizar o
corte da palha, abrir os sulcos, depositar fertilizantes e sementes corretamente
dosados, cobrir com solo e palha e compactar o solo. A Figura 7 ilustra uma destas
máquinas.
Figura 7 - Semeadora-adubadora
Fonte: adaptado de Embrapa
2 METODOLOGIA
3.1.1 Arados
massa por revolução, notou-se que para baixas velocidades a taxa de desgaste
aumentou exponencialmente, enquanto que para média e alta esse incremento foi
linear, como indicado no Gráfico 2 (B).
Gráfico 2 - Perda de massa em função do tempo (A) e em função do número de revoluções (B),
para rotações de 141, 171 e 201 rpm
Fonte: Adaptado de Pérez (2010)
Figura 12 - Diferentes tipos de arados rotativos utilizados no estudo: (A) Grade (B) Enxada
Rotativa de Trator (C) Enxada Rotativa de Motor Próprio
Fonte: Adaptado de González (2007)
31
Nos ensaios de laboratório foi utilizada a mesma máquina que Pérez (2010)
com areia de sílica apresentando granulometria AFS 50-70 para verificar o desgaste
das lâminas. Para limpar os corpos de prova foi utilizado banho ultrassônico e
secagem com ar quente. A avaliação do desgaste foi feita a partir da perda de massa
das amostras; levando em consideração o tempo de trabalho efetivo, visto que na
grade o contato com o solo é constante e nas enxadas é intermitente.
Os testes de campo indicaram um baixo nível de desgaste na enxada de motor
próprio quando comparados aos arados acoplados no trator, de acordo com o autor,
isso ocorre devido à profundidade de trabalho e nível de consumo de energia;
enquanto que no laboratório os valores obtidos foram semelhantes, o que era
esperado, já que os materiais eram os mesmos.
Os corpos de prova apresentaram deformação plástica na aresta de corte,
devido ao contato com o solo que possui características abrasivas, além disso
comprovou-se a característica dúctil do material, uma vez que não foram observadas
fraturas frágeis.
O autor concluiu que o teste conforme indica a norma ASTM G65 é bom para
caracterizar e determinar o material a ser utilizado, contudo ele não é representativo
para avaliar diferentes mecanismos, pois o modo de trabalho gera grande influência
no desgaste.
Aulin et al. (2016) avaliou o desgaste e o efeito da autoafiação em lâminas de
arados, para quatro diferentes tipos de acabamento superficial: tratamento térmico
volumétrico, tratamento térmico a laser, soldagem por indução e soldagem a laser. Os
estudos foram realizados no campo experimental e no laboratório da Universidade
Técnica Estadual de Kirovograd (Ucrânia).
O teste de laboratório foi utilizado para verificar o desgaste das lâminas de
aço 45, por meio da perda de massa. A Figura 13 ilustra o mecanismo do equipamento
utilizado.
32
3.1.2 Escarificadores
Figura 14 - Vista posterior de uma ponteira inicialmente (A), após a primeira área (B) e após a
segunda área (C)
Fonte: BOLZANI, ATÍLIO et al. (2007)
3.2 ADUBADORAS
Figura 16 - Palhetas em estudo de diferentes materiais: aço inoxidável, revestida com solda e
original 1020, respectivamente
Fonte: adaptado de Zuffo e da Silva (2017)
Ferreira (2008) analisou uma alternativa técnica para aumentar a vida útil, por
meio da diminuição do desgaste, das hastes sulcadoras contidas em semeadoras-
adubadoras. Para isso, foi proposta uma adição de soldagem em locais estratégicos.
O autor realizou procedimentos laboratoriais padronizados, afim de
caracterizar o solo da região onde foi feito o experimento, analisando textura, teor de
água e densidade. Chegou-se à conclusão de que o solo é franco-arenoso altamente
compactado.
Para as ponteiras, foram utilizados cinco revestimentos duros, variando a
direção do cordão de solda, além do original. Para a solda, foram utilizadas diferentes
combinações de dois tipos de eletrodo revestido e um arame tubular. A Figura 17
indica os seis tipos de ponteira utilizados.
3.3 COLHEDORAS
Para amenizar tal fator e aumentar a vida útil das ferramentas, Ferreira (2008)
propôs utilizar diferentes configurações de revestimentos de solda nas hastes
sulcadoras de uma semeadora. Em seu estudo, foi realizada uma análise de custo e
benefício, onde foi verificado que o eletrodo revestido B apresentou bons resultados
e um custo baixo, sendo o ideal para a aplicação, dentre as opções em questão. Foi
verificado também que a direção dos cordões de solda não interfere no desgaste.
Os estudos realizados nas máquinas de colheita, realizados por Cassia,
Marcelo Tufaile et al. (2014), foram focados na qualidade do corte da cana-de-açúcar.
Os autores destacaram que todas as amostras estavam dentro dos parâmetros
aceitáveis e que a altura de corte não varia com o desgaste. Contudo, as ferramentas
que apresentaram maior desgaste geraram menos danos à cana-de-açúcar colhida e
os autores não evidenciaram tal peculiaridade.
A questão anterior pode ser explicada pelo efeito de autoafiação, que foi o
foco do estudo realizado Aulin et al. (2016). O autor fez o acompanhamento do raio
de curvatura das arestas de corte em diferentes níveis de desgaste, para diferentes
acabamentos superficiais. Foi constatado que o desgaste ocorreu de tal forma, que a
aresta de corte apresentou uma recuperação do coeficiente de mudança de forma, ou
seja, a lâmina foi afiada pelo próprio processo. Essa recuperação foi mais acentuada
para o acabamento superficial de soldagem por indução, contudo o melhor
desempenho foi o acabamento por soldagem a laser, pois ele apresentou uma queda
menor do coeficiente de mudança de forma e ao final do estudo, o raio de curvatura
estava mais próximo do inicial.
Apesar da grande produção acadêmica em análises das ferramentas que
estão em contato direto com o solo ou com a matéria prima, no caso das colhedoras,
há pouquíssimo estudo em cima das máquinas que realizam adubação a lanço, área
que pode ser explorada futuramente. O único trabalho encontrado foi o desenvolvido
por Zuffo e da Silva (2017), onde foi verificado que caso seja utilizado um material
diferente nas palhetas, sua vida útil pode ser incrementada e que diferentes tipos de
fertilizantes podem gerar diferentes níveis de desgaste.
43
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AULIN, Victor et al. Improving of the wear resistance of working parts agricultural
machinery by the implementation of the effect of self-sharpening. 2016.
BROZEK, Milan et al. Wear resistance of multi-layer overlays. In: 11th International
Scientific Conference: Engineering for rural development, Jelgava, Latvia, 24-25
May, 2012. Latvia University of Agriculture, 2012. p. 210-215.
45
CASSIAI, Marcelo Tufaile et al. Desgaste das facas do corte basal na qualidade da
colheita mecanizada de cana-de-açúcar. Ciência Rural, v. 44, n. 6, p. 987-993, 2014.
DEERE&COMPANY. Disponível em
<http://salesmanual.deere.com/sales/salesmanual/images/BR/pt/combines_headers/
combines/9070sts_threshing_13.jpg> Acessado em 02 de outubro de 2019.
FERREIRA, Mauro Fernando; DOS REIS, Ângelo Vieira; MACHADO, Antônio Lilles
Tavares. Utilização de revestimento soldado para o aumento da vida útil de
sulcadores em semeadoras adubadoras. Revista Brasileira de Engenharia e
Sustentabilidade, v. 2, n. 2, p. 39-44, 2016.
MORAES, Luiz Brenner et al. Ed única. Editora universitária UFPEL, p.33, 1996.
47
STETTER, J. (1993). “Trends in the future development of pest and weed control: a
industrial point view.” Regulatory Toxicology and Pharmacology 17(3): 346-370.
VEIGA, José Eli. Metamorfoses da política agrícola dos Estados Unidos. São Paulo:
Annablume, 1994.