Projeto Final15.03

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 43

1

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS


UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
NÍVEL MESTRADO

MARIA RITA BACELAR LIMEIRA

CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE LIVRETO LÚDICO EDUCATIVO PARA


PACIENTES PEDIÁTRICOS EM SITUAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA: EXPERIÊNCIA
UTILIZANDO QUADRINHOS

SANTA INÊS - MA
2023
MARIA RITA BACELAR LIMEIRA

CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE LIVRETO LÚDICO EDUCATIVO PARA


PACIENTES PEDIÁTRICOS EM SITUAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA: EXPERIÊNCIA
UTILIZANDO QUADRINHOS

Projeto de Pesquisa ou Qualificação


apresentado(a) como requisito parcial para
obtenção do título de Mestre, pelo Programa
de Pós-Graduação em Enfermagem da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(UNISINOS).

Orientador(a): Dra. Rafaela Schaefer


Coorientadora: Patrícia Treviso

SANTA INÊS – MA
2023
RESUMO

O período de hospitalização é permeado por diversas emoções negativas, tais como


preocupação, medo, ansiedade, desconforto, impotência e angústia. Neste cenário,
o enfermeiro está em uma posição ideal para propiciar à criança e sua família as
orientações. O objetivo desse trabalho é construir um livreto lúdico educativo para
pacientes pediátricos em situação pré-operatória. Trata-se de um estudo
metodológico com caráter qualitativo para construção e validação de uma tecnologia
educacional: um livreto lúdico educativo para pacientes pediátricos em situação pré-
operatória, atendidos no Hospital Macrorregional Tomás Martins (HMTM), localizado
na cidade de Santa Inês, no Maranhão. A pesquisa será realizada em três etapas:
(1) pesquisa bibliográfica que será realizado uma busca nas bases de dados: Scielo,
Pubmed, BVS e Google Acadêmico, utilizando as palavras-chave: Histórias em
quadrinhos; Promoção da saúde; Saúde; Educação; Comunicação e Cirurgias
pediátricas; (2) construção do livreto lúdico educativo; e (3) validação por experts,
que serão enfermeiros e médicos (cirurgiões e anestesiologistas), selecionados por
conveniência. A realização do estudo seguirá o que preconiza a Resolução n°466,
de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, que se aplica a
pesquisas que não intervenham diretamente ao corpo humano. O projeto de
pesquisa será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade
do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Após a aprovação do projeto de pesquisa
pelo CEP da universidade, dá-se a coleta de dados.

Palavras-chaves: Histórias em quadrinhos; Promoção da saúde; Saúde; Educação;


Comunicação e Cirurgias pediátricas.
ABSTRACT

The hospitalization period is permeated by several negative emotions, such as worry,


fear, anxiety, discomfort, helplessness and anguish. In this scenario, the nurse is in
an ideal position to provide guidance to the child and their family. The objective of
this work is to create an educational booklet for pediatric patients in the preoperative
situation. This is a qualitative methodological study for the construction and validation
of an educational technology: an educational booklet for pediatric patients in pre-
operative situations. Research will be carried out in three stages: (1) bibliographical
research that will be carried out in the databases Scielo, Pubmed, VHL and Google
Scholar, using the keywords Comic books, Health promotion, Health, Education,
Communication and pediatric surgeries; (2) construction of the booklet; and (3)
validation by experts, who will be nurses and doctors (surgeons and
anesthesiologists), selected for convenience. The study will be carried out in
accordance with Resolution No. 466, of December 12, 2012, of the National Health
Council, which applies to research that does not directly affect the human body. The
research project will be submitted to the Research Ethics Committee (CEP) of the
University of Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). After approval of the research
project by the university's CEP, data collection takes place.

Keywords: Comic books; Health promotion; Health; Education; Communication and


pediatric surgeries.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- Hospital Macrorregional Tomás Martins 20


FIGURA 2- Etapas do estudo 22
LISTA DE SILGAS

BVS Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde


CC Centro Cirúrgico
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
HMTM Hospital Macrorregional Tomás Martins
HQ Histórias em Quadrinhos
SRPA Sala de Recuperação pós-anestésica
SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem
SAEP Sistematização da Assistência em Enfermagem Perioperatória
SCIELO Scientific Electronic Library Online
UBS Unidade Básica de Saúde
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UTI Unidade de Terapia Intensiva
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 8
1.1 TEMA 10
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA 11
1.3 PROBLEMA 11
1.4 OBJETIVOS 11
1.4.1 Objetivo geral 11
1.4.2 Objetivos específicos 11
1.5 JUSTIFICATIVA 11
2 MARCO CONCEITUAL 13
2.1 A ENFERMAGEM PERIOPERATORIA E O CUIDADO À CRIANÇA 13
2. 2 EDUCAÇÃO EM SAÚDE 14
2.3 UTILIZAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO TECNOLOGIA
EDUCACIONAL PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE 16
3 METODOLOGIA 19
3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO 19
3.2 CENÁRIO DO ESTUDO 19
3.3 ETAPAS 20
3.4 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 22
4 CRONOGRAMA 24
5 ORÇAMENTO 25
REFERÊNCIAS 26
APÊNDICE 1 29
APÊNDICE 2 31
82

1 INTRODUÇÃO

A hospitalização é considerada um processo difícil na vida de qualquer ser


humano. Isso deve-se a relação saúde-doença vivenciada pelo homem, associada
ao cenário hospitalar (BROERING; CREPALDI, 2011). O período de hospitalização é
permeado por diversas emoções negativas, tais como preocupação, medo,
ansiedade, desconforto, impotência e angústia. Esses sentimentos são
potencializados quando é uma criança hospitalizada, pois o adoecimento da criança
é uma situação que modifica e impacta na dinâmica familiar, sendo permeado por
dúvidas e incertezas (COSTA et al., 2019; LIMA et al., 2019; BAZZAN et al., 2020).
Ao abordarmos este acontecimento na vida de uma criança, inúmeros fatores
estão envolvidos, dentre eles o sentimento provocado pelo desconhecido. A
hospitalização traz como experiência para a criança uma bagagem de ocorrências
negativas, dentre elas a ansiedade, o medo e a insegurança. Estes fatores
estressantes acarretam respostas potencializadas aos sentimentos vividos, que são
expressos por meio de choro, raiva e até agressões (JANSEN et al., 2010).
A presença dos pais é uma das únicas fontes de segurança em caso de
internação hospitalar de uma criança, visto que essa se traduz em experiência difícil
para a criança, o que gera ansiedade pela exposição da mesma a um ambiente
estressante, onde o apoio para o enfrentamento destes sentimentos depende do
hospital e dos pais (FAQUINELLO; COLLET, 2003). O cuidar é a base do processo
de atuação da equipe de enfermagem, os enfermeiros que assistem a esses clientes
têm o desafio de encontrar significados e respostas aos questionamentos do
processo de viver, adoecer, curar e morrer e de implantar medidas para promover a
vida ou aliviar o sofrimento (GARGIULO et al., 2007).
No que tange ao período pré-operatório, a equipe de enfermagem tem como
objetivo principal preparar o paciente, passar as informações necessárias para que a
família tenha reconhecimento da necessidade da cirurgia até a chegada do paciente
ao centro cirúrgico (RODRIGUES et al., 2021). Frisando que os cuidados ofertados
ao cliente nos períodos pré-operatório, trans e pós-operatório determinam a
qualidade da assistência prestada e a recuperação do cliente submetido ao
procedimento cirúrgico (LADDEN,1997).
92

Os cuidados pré-operatórios da equipe de enfermagem podem reduzir a


ansiedade, comportamentos negativos e inadequados, e serem eficazes para reduzir
a ansiedade dos pais que são os intercessores das crianças e os maiores aliados da
equipe de saúde no atendimento a esta clientela (GALVÃO, 2002; PINHO, 2002). É
normal que os familiares tenham consigo receios e dúvidas ao saber que a criança
será submetida a um procedimento invasivo. Além disso, nesse momento o
enfermeiro realiza uma avaliação das condições do paciente, obtendo informações
com o intuito de diminuir seus medos e inseguranças, promovendo qualidade no
atendimento para os próximos andamentos cirúrgicos (NASCIMENTO et al., 2023).
A partir disto deve-se perceber a necessidade de uma humanização no
cuidado com o paciente, no sentido de um tratamento do mesmo como pessoa com
sentimentos e fragilidades, não apenas tratá-lo como uma simples pessoa que irá se
submeter à um procedimento cirúrgico. Humanizar os cuidados envolve respeitar a
individualidade do ser humano e construir “um espaço concreto nas instituições de
saúde, que legitime o humano das pessoas envolvidas” (PESSENI, 2004, p.10).
Os cuidados de enfermagem basais para oportunizar uma experiência
hospitalar positiva, e ajudar a lidarem com a ansiedade antes da cirurgia (PANELLA,
2016; MALLEY et al., 2015).
Em uma pesquisa de caráter exploratório e descritivo (BROERING;
CREPALDI, 2018), foi possível reconhecer que a incipiência de informações sobre a
doença e a cirurgia suscitaram sentimentos negativos nos familiares e nas crianças.
Assim, é indiscutível a necessidade da comunicação efetiva entre a equipe de
saúde, os cuidadores e a criança hospitalizada. Isso porque, havendo uma
preparação, os pacientes e familiares sentem-se mais seguros quanto aos
procedimentos, compreendem a situação e colaboram com o processo, almejando a
recuperação da saúde da criança (COSTA et al., 2019; BROERING; CREPALDI,
2018).
O acesso a informações consideráveis antes da admissão pode preparar o
paciente, trazendo benefícios, conforto e resultados positivos na redução da
ansiedade e no preparo para internação (HEALY, 2013). Pessoas que
compreendem sobre situações com potencial estressor possuem maior controle
cognitivo e emocional, reduzindo assim as chances de desencadearem altos níveis
de estresse.
102

Andrade (2011, p. 32), ao discorrer sobre as tecnologias educacionais para


orientação dos pacientes, deixa claro que, “atualmente, enfermeiros têm se dedicado
à construção de novas metodologias tecnológicas, que são utilizadas para facilitar a
prática da profissão e as ações de assistência junto aos pacientes”. Fica evidente a
importância da criação e utilização desses métodos para facilitar a educação em
saúde e auxiliar na autonomia dos pacientes.
Ainda sobre a temática, Andrade (2011, p. 36) comenta que:
Cabe à enfermagem direcionar sua prática na busca contínua
de novos saberes, assim como no desenvolvimento de meios
facilitadores para sua atuação tanto na assistência como na
educação em saúde, vislumbrando amplitude de sua ação e
maior alcance no que se refere aos benefícios direcionados à
sua clientela.

Na prática da educação em saúde, a tecnologia educacional deve ser


utilizada de modo a favorecer a participação dos sujeitos no processo educativo,
contribuindo para a construção da cidadania e o aumento da autonomia dos
envolvidos. Tanto na educação quanto na saúde, os educadores devem
compreender as tecnologias como meios facilitadores dos processos de construção
do conhecimento, numa perspectiva criativa, transformadora e crítica (LIMA et al.,
2018).
Uma estratégia que vem ganhando espaço na prática da educação em saúde
é o uso de Histórias em Quadrinhos (HQ) para compartilhar conhecimento. As HQ
são caracterizadas como metodologias ativas, considerada uma das tecnologias
educacionais leve e acessível, que utiliza de recursos gráficos e interpretação de
texto. Na enfermagem pode ser utilizada tanto na sua formação quanto para a sua
atividade profissional, através das relações pessoais e educativas, como exemplo,
acolhimento, empoderamento, e promoção de autonomia, vínculos e acesso,
auxiliando na aprendizagem das pessoas, no seu bem-estar e entendimento
(PRADO et al., 2017).

1.1 TEMA

Pacientes pediátricos em situação pré-operatória.


112

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Tecnologia educacional para pacientes pediátricos em situação pré-operatória.

1.3 PROBLEMA

Diante deste contexto elencou-se a seguinte questão de pesquisa: Quais os


elementos que devem constar em um livreto lúdico educativo para pacientes
pediátricos em situação pré-operatória?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo geral

● Construir um livreto lúdico educativo para pacientes pediátricos em

situação pré-operatória.

1.4.2 Objetivos específicos

● Descrever as principais orientações pré-operatórias, para crianças de

05 a 09 anos, com base na literatura.

● Validar um livreto lúdico educativo para pacientes pediátricos em

situação pré-operatória com experts.

1.5 JUSTIFICATIVA

O interesse acerca do tema surgiu da experiência da pesquisadora, como


enfermeira há 14 anos, sendo pelo menos 10 anos na assistência direta ao setor de
centro cirúrgico em hospitais de referência no estado do Maranhão.
O estudo justifica-se, também, pela relevância no desenvolvimento, validação
e implementação de tecnologia educacional nessa área, considerando a lacuna de
122

produtos deste tipo que podem contribuir para transmitir segurança ao paciente
pediátrico, repercutindo em questões de qualidade do cuidado.
Sendo assim, crianças podem se beneficiar de programas de ações
educativas baseadas na disponibilização de informação, uma vez que é comum que
sejam submetidas a procedimentos cirúrgicos, por exemplo, sem compreensão
suficiente e/ou com informações nem sempre verdadeiras e devido à dificuldade da
comunicação da equipe de enfermagem com as crianças (KUSHNIR et al., 2015). Li
et al. (2007) afirmam que a transmissão de informação aos pacientes pediátricos é
uma das principais técnicas preparatórias.
Para Borges (2021) é muito importante que seja realizada uma comunicação
apropriada do enfermeiro com o paciente pediátrico, a qual começa no pré-
operatório e continua até a alta da sala de recuperação pós-anestésica ou outra
área. Através dessa conversa serão repassadas todas as informações necessárias
para que o paciente e a família não fiquem com dúvida acerca da cirurgia.
Após conhecer as diversas faces da criança em situação perioperatória, viu-
se a necessidade da criação de um material que fosse de fácil acesso e
entendimento para os pais/acompanhantes e também para a criança, visto que a
mesma será a principal “afetada” pelo procedimento cirúrgico. De modo a apresentar
ao paciente as etapas a serem vivenciadas em um procedimento cirúrgico, visando
mitigar o estresse relacionado ao procedimento cirúrgico.
132

2 MARCO CONCEITUAL

2.1 A ENFERMAGEM PERIOPERATORIA E O CUIDADO À CRIANÇA

A enfermagem perioperatória tem como objetivo o cuidado ao paciente


cirúrgico e sua família, ou seja, desenvolver a assistência de enfermagem nos
períodos pré, trans e pós-operatórios (OLIVEIRA; MENDONÇA, 2014). O trabalho
do enfermeiro no período perioperatório tem como objetivo aumentar a segurança e
autoestima do paciente, estabelecer interação, reduzir ansiedade, garantir
segurança física, controlar assepsia, monitorizar condições fisiológicas e
psicológicas, diminuir a morbimortalidade e realizar atividades em conjunto com a
equipe multidisciplinar (GOMES et al., 2021).
Na assistência de enfermagem perioperatória, o enfermeiro tem como foco o
paciente cirúrgico e sua família, com os objetivos de ajudá-los a compreender seu
problema de saúde, a preparar-se para o tratamento anestésico-cirúrgico e suas
consequências, e a utilizar seus mecanismos de defesa fisiológicos e psicológicos
durante este período (FENGLER; MEDEIROS, 2020). Devendo ser realizada no
sentido de minimizar os riscos e as possíveis complicações relacionadas ao
procedimento anestésico-cirúrgico e a hospitalização (OLIVEIRA; MENDONÇA,
2014).
Na assistência de enfermagem utiliza-se diversas ferramentas próprias que
ajudam a desenvolver os cuidados de forma efetiva, sistematizada e planejada,
como a realização da Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE) e
dentro do Centro Cirúrgico (CC) a realização da Sistematização da Assistência em
Enfermagem Perioperatória (SAEP) (MARTINS; DALL’AGNOL, 2016). Nessa linha
de pensamento, a SAE atua no sentido de conduzir e organizar o trabalho da equipe
de enfermagem conforme os recursos humanos, instrumentos e método, facilitando
o trabalho do enfermeiro. Ainda, tem sua definição no planejamento e ordenação da
execução das atividades com enfoque coletivo e individual e de caráter privativo do
enfermeiro (PENEDO; SPIRI, 2014).
Conhecer como o cuidado de enfermagem é realizado no período
perioperatório permite compreender a maneira pela qual essa prática se desenvolve,
evidenciar os aspectos relevantes para promover a qualidade do cuidado e
identificar possíveis lacunas (GUIDO et al., 2014).
142

A hospitalização por si só, constitui um fator de estresse na vida de uma


criança, devido à ruptura dos seus padrões normais de vida e à particularidade dos
mecanismos de defesa reduzidos para enfrentar experiências adversas (SANDERS,
2014). A cirurgia é um acontecimento associado à hospitalização, que pode provocar
estresse devido ao medo do desconhecido, perda de controle e ausência de
familiaridade com o ambiente (HEALY, 2013; DIONIGI et al., 2014).
A equipe de enfermagem possui papel importante durante o período de
internação da criança e durante o perioperatório, visando proporcionar conforto e
segurança não somente a criança, mas a seus familiares, minimizando assim os
riscos existentes devido à vulnerabilidade física e psicológica que estes se
encontram, através de uma assistência individualizada e humanizada para cada um
(GOMES et al., 2021).
Dentre os profissionais de saúde, o enfermeiro desempenha um papel
fundamental no procedimento cirúrgico, realizando planejamentos e diagnósticos de
enfermagem para garantir que a cirurgia seja bem-sucedida, assim como buscando
prevenir o acontecimento de intercorrências capazes de agravar o estado clínico do
paciente (POTTER; PERRY, 2018).
Além disso, Hockenberry e Wilson (2014) destacam a importância de o
enfermeiro dominar protocolos como o de monitorização dos sinais vitais e de
manutenção da integridade de cateteres pós-operatório. Diante disso Reis et al.
(2016) orientam que o profissional de enfermagem, quando diante do paciente
pediátrico, deve ampliar suas ações para além da semiotécnica, com objetivo de
garantir a segurança e a proteção tanto do paciente, quanto de sua família.

2. 2 EDUCAÇÃO EM SAÚDE

A tecnologia educacional do cuidado refere-se a um conjunto sistemático de


conhecimentos que torna possível planejar, executar, controlar e acompanhar um
processo educacional. Nas últimas décadas, a enfermagem tem vivenciado uma
transformação e aumento de seu processo de trabalho, acarretando a incorporação
de novas tecnologias e ampliação das possibilidades nos campos de trabalho. Esse
processo é complexo e conduz a novas demandas na profissão, que geram a
necessidade de constante atualização por parte dos enfermeiros (SALVADOR et al.,
2012).
152

A prática educativa é caracterizada como um conjunto de ações planejadas


em âmbito social, organizadas e operacionalizadas em espaços intersubjetivos, com
a finalidade de criar oportunidades de ensino e aprendizagem (MARQUES;
CARVALHO, 2016).
O enfermeiro, como educador em saúde, deve se apropriar dos materiais
educativos visando proporcionar uma educação em saúde baseada nos princípios
da promoção da saúde (MARIANO, 2010). A educação pré-operatória de crianças e
familiares, abordando aspectos do impacto nas atividades diárias e nas relações
interpessoais, embora ainda pouco explorada, quando realizada pode trazer
resultados significativos para a dimensão psicossocial no período pós-operatório,
visto que o impacto na dimensão psicossocial para a criança submetida a um
estoma cirúrgico é grande (DAVID et al., 2020).
O crescente uso de materiais educativos como recursos na educação em
saúde tem assumido um papel importante no processo de ensino-aprendizagem,
principalmente na intervenção terapêutica das doenças (ALTUNTAS et al., 2012;
ALBUQUERQUE, 2016). A finalidade da educação na saúde é estimular a mudança
de comportamento da pessoa com relação às medidas de autocuidado e promover a
adesão aos cuidados recebidos (MARIANO, 2010; ALBUQUERQUE; 2016).
O exercício da enfermagem envolve o uso constante de tecnologias oriundas
de conhecimento específico da profissão. Deve-se também estabelecer a relação
paciente/enfermeiro para facilitar uma abordagem mais assertiva. Conceitua-se
como tecnologia em saúde educacional um conjunto sistemático de conhecimentos
que viabilizem o planejamento, execução, controle e acompanhamento,
contemplando todo o processo educativo em saúde, seja de forma formal ou
informal, que se concretiza pela construção de artefatos ou equipamentos (SILVA;
FERREIRA, 2021).
As tecnologias provenientes do ato de cuidar são baseadas no conhecimento
técnico e científico, do examinar com olhos atentos o cotidiano e na assistência ao
bem-estar do paciente que recebe o cuidado, com o objetivo de traçar terapêuticas e
processos de trabalho, constituindo-se, assim, instrumentos para a realização das
ações de promoção à saúde (MERHYB; FEUERWERKER, 2016). Destaca-se que
as tecnologias adquirem um papel importante na educação em saúde, na medida
em que são facilitadoras para a compreensão e assimilação de conteúdos e
162

constituem um objeto de consulta da família e criança para o cuidado (MONTEIRO


et al., 2018).
O processo de educar em saúde deve ser dinâmico e utilizar diversas
estratégias para transferir o conhecimento ao paciente e/ou familiar, orientações,
esclarecer dúvidas, e/ou promover adaptação a atual condição de saúde do
paciente, contribuindo para o autocuidado e para a qualidade de vida. Para tornar
isso possível, são necessários diversos recursos didáticos e tecnológicos, e
compreensão de que seus propósitos se adaptarão conforme mudanças no
paradigma no conceito de saúde, bem como na própria percepção desse conceito
pelo usuário do serviço de saúde (COSTA et al., 2020).
Os grupos de tecnologias utilizados na saúde nos processos de interação
entre trabalhador de saúde e usuários são divididos em três: o primeiro está
relacionado à propedêutica e aos procedimentos, que são as tecnologias duras; o
segundo é voltado para os saberes, que são as tecnologias leves-duras; e o terceiro
está voltado para as relações entre trabalhador e usuário, que são as tecnologias
leves (MERHYB; FEUERWERKER, 2016).

2.3 UTILIZAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO TECNOLOGIA


EDUCACIONAL PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE

A promoção da saúde diz respeito a um conjunto de estratégias e modos de


gerar saúde que visa atender às necessidades sociais de saúde, assim como
garantir a melhoria da qualidade de vida da população, no âmbito coletivo e
individual, considerando o processo de educação em saúde como meio estratégico
para seu alcance efetivo (MALTA et al., 2018). E quando se trata promoção da
saúde no âmbito pediátrico, é de extrema importância utilizar estratégias que
prendam a atenção das crianças.
Dentre as principais metodologias ativas usadas no processo de educação
em saúde, destacam-se as rodas de conversa, palestras nas quais o público seja
convidado a interagir com os palestrantes, dramatizações, uso de fantoches no
contexto infantil e cartilhas (BRAVO; PAIXÃO, 2012).
O uso do lúdico é a melhor forma de transmissão de conhecimentos; auxilia
no interesse, motivação, engajamento, avaliação e fixação do conteúdo
apresentado. O aprendizado ocorre dentro do ‘mundo’ da criança, das
coisas que lhes são naturais e importantes de fazer, que respeitam as
172

características próprias da idade seus interesses e esquemas de raciocínio


próprio (RAMPASO et al., 2011, p. 784).

Uma estratégia que vem ganhando espaço na prática da educação em saúde


é o uso de Histórias em Quadrinhos (HQ) para compartilhar conhecimento. As HQ
são caracterizadas como metodologias ativas, considerada uma das tecnologias
educacionais leve e acessível, que utiliza de recursos gráficos e interpretação de
texto. Na enfermagem pode ser utilizada tanto na sua formação quanto para a sua
atividade profissional, através das relações pessoais e educativas, como exemplo,
acolhimento, empoderamento, e promoção de autonomia, vínculos e acesso,
auxiliando na aprendizagem das pessoas, no seu bem-estar e entendimento
(PRADO et al., 2017).
Um exemplo disso é um estudo de campo realizado por Nobre et al. (2020),
que teve como objetivo difundir conhecimento que incentive a realização de esporte
e a prática de atividades físicas por meio de HQ. O primeiro passo para a execução
do projeto, foi realizado a seleção dos gibis que melhor se adequavam ao que os
extensionistas pretendiam propagar, tanto em qualidade quanto em temática, no
acervo de HQs que já haviam sido previamente confeccionados por alunos do curso
de medicina na disciplina de “Atividade Física na Promoção à Saúde”, com
temáticas envolvendo a estreita relação entre esporte, atividade física e saúde. E
foram utilizados os gibis aos quais o professor teve os direitos autorais concedidos
pelos discentes para posteriores usos com outras finalidades cientificas.
O projeto teve duração de 5 semanas, e ao chegar à UBS, havia inicialmente
uma apresentação aos pacientes e perguntava-se a eles se estavam dispostos a
participar da atividade proposta. Em seguida, foram aplicadas algumas perguntas e
posteriormente as HQs selecionadas eram distribuídas na forma impressa para a
população presente na unidade de saúde. Com posterior reaplicação do mesmo
questionário, com o intuito de poder comparar com as respostas anteriores, e assim
verificar se houve algum incremento no entendimento da importância da prática de
esporte, ou qualquer outra atividade física, por parte da comunidade (NOBRE et al.,
2020).
Os resultados observados nesse projeto evidenciaram que houve
aprendizagem e adoções de atividades físicas por parte dos pacientes. Concluindo
que HQs são veículos de comunicação simples e recreativos, serve como incentivo
182

a profissionais da saúde para a adoção de projetos semelhantes (NOBRE et al.,


2020).
Partindo desse princípio, as HQ são uma alternativa a ser avaliada neste
aspecto, visto que são desenhos dispostos em uma sequência lógica de maneira a
dar certa dinâmica e movimentação, com o objetivo de contar uma história qualquer
ou expressar uma ideia. Mesmo que a intenção das HQ seja proporcionar uma
leitura agradável para os momentos de ócio, esse produto cultural pode ser
empregado com outras finalidades, como por exemplo: a educação e promoção à
saúde (PRADO et al., 2017).
192

3 METODOLOGIA

3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo metodológico com caráter qualitativo para construção


e validação de uma tecnologia educacional: um livreto lúdico educativo para
pacientes pediátricos em situação pré-operatória. A pesquisa metodológica tem
como foco processos de produção, testagem e/ou validação, bem como
aperfeiçoamento de diferentes dispositivos e, também, estratégias metodológicas
(TEXEIRA, 2019).
A pesquisa qualitativa é de natureza ontológica, refere-se ao ser desse modo
de abordar a constituição de conhecimentos sobre assuntos sociais e educacionais.
Para oferecer uma resposta possível (e não a resposta), se faz referência a uma
ampla gama de perspectivas, modalidades, abordagens, metodologias, desenhos e
técnicas utilizadas no planejamento, condução e avaliação de estudos, indagações
ou investigações interessadas em descrever, interpretar, compreender, entender ou
superar situações sociais ou educacionais consideradas problemáticas pelos atores
sociais que são seus protagonistas ou que, por alguma razão, eles têm interesse em
abordar tais situações num sentido investigativo, pois, o escopo da pesquisa
qualitativa é amplo e variado (GONZÁLEZ, 2020).

3.2 CENÁRIO DO ESTUDO

O livreto lúdico educativo será futuramente utilizado como uma tecnologia


educativa na orientação pré-operatória de pacientes pediátricos atendidos no
hospital Macrorregional Tomás Martins, localizado na cidade de Santa Inês, no
Maranhão.
O Hospital Macrorregional Tomás Martins (Figura 1), localizado na cidade de
Santa Inês - Maranhão, conta com 120 leitos, distribuídos em clínica médica, clínica
cirurgia, clínica cirurgia ortopedia, clínica obstetrícia, UTI adulto e UTI neonatal. O
hospital realiza em trono de 400 cirurgias mês, sendo 60 delas pediátricas. O centro
cirúrgico é composto por 04 salas de cirurgia, 01 recuperação pós-anestésica (RPA)
que contém 03 leitos. A equipe de enfermagem é composta por 12 enfermeiros, 40
202

técnicos de enfermagem, 02 auxiliares administrativos, 03 auxiliares de farmácia, 04


auxiliares de serviços gerais. Por plantão ficam 02 cirurgiões gerais, 02 obstetras, 01
ortopedista, sendo que os cirurgiões pediátricos estão no hospital a cada 15 dias
para realizar as cirurgias.

Figura 1- Hospital Macrorregional Tomás Martins (HMTM).

Fonte: Autora (2023)

3.3 ETAPAS

O estudo será realizado em três etapas (Figura 2).


Etapa 1: A primeira etapa consiste na pesquisa bibliográfica, para localização
de estudos relevantes, que respondem à pergunta de pesquisa: Quais os elementos
que devem constar em um livreto lúdico educativo para pacientes pediátricos em
situação pré-operatória?
Será realizado uma busca nas bases de dados: Scielo, Pubmed, BVS e
Google Acadêmico, utilizando as palavras-chave: Histórias em quadrinhos; Lúdico;
Pré-operatório; Pediatria; Ambiente hospitalar; Promoção da saúde; Saúde;
Educação; Comunicação e Cirurgias pediátricas. Os critérios de inclusão serão:
estudos primários publicados em inglês e em português, dos últimos 5 anos, com
informações sobre o envolvimento do lúdico no ambiente hospitalar para o público
da pediatria. Serão excluídos estudos que não se encaixam na temática. Os estudos
serão pré-selecionados segundo os critérios de inclusão e exclusão e de acordo com
as estratégias de funcionamento e busca de cada base de dados. Depois, serão
analisados quanto ao potencial de participação, avaliando o atendimento a questão
da pesquisa, bem como o tipo de investigação, objetivos, amostra, método,
desfechos, resultados e conclusão.
212

Também serão utilizados documentos do Hospital Macrorregional Tomás


Martins, localizado na cidade de Santa Inês – Maranhão, relacionados com o tema
da pesquisa.

Etapa 2: Consiste na construção do livreto lúdico educativo com base na


pesquisa bibliográfica, e na experiência da autora enquanto enfermeira em um
centro cirúrgico pediátrico. A etapa de construção do livreto terá a preocupação de
manter o conteúdo completo, simples, objetivo e não extenuante para o
entendimento da criança, visto que matérias extensas se tronam cansativas e de
difícil compreensão. Após a elaboração contextual, será realizada a confecção das
ilustrações, com a escolha de personagens que irão compor o livreto educativo. A
criação das ilustrações será realizada por um profissional ilustrador, que será
responsável pelas animações, elementos gráficos, montagem, entre outras.

Etapa 3: Nesta etapa será realizada a validação do livreto por experts, que
refere-se ao profissional que aprimorou o conhecimento e as habilidades no tema do
instrumento em decorrência do exercício profissional, ou seja, o perito é o
profissional que adquiriu o domínio de diferentes dimensões de seu saber e fazer ao
exercer sua profissão, ao qual cabe analisar a correção, coerência e adequação do
conteúdo.
Para a validação do livreto educativo os experts serão enfermeiros e médicos
(cirurgiões e anestesiologistas), selecionados por conveniência. Para compor esse
grupo, os profissionais devem possuir no mínimo dois anos de formação e pelo
menos um dos seguintes critérios: experiência na assistência da cirurgia infantil ou
ser especialista (lato-sensu e/ou stricto sensu).
Optou-se pela validação por concordância, com uma amostra composta de
seis a vinte participantes, à luz dos preceitos de Pasquali (2010). A análise dos
dados respectivos á validação do livreto lúdico educativo para pacientes em situação
pré-operatória ocorrerá de forma estatística. O cálculo será realizado com base no
índice de validação de conteúdo (IVC), que irá mensurar a proporção de
concordância dos experts sobre cada aspecto do documento norteador. É indicado
um IVC mínimo de 70% (0,070) ou 80% (0,80). Para realização desse cálculo, é
utilizada a escala Likert de concordância, com pontuação de 1 a 4.
222

Os experts serão convidados a participar da etapa de validação do livreto


lúdico educativo via e-mail, com envio do TCLE (APÊNDICE A), livreto lúcido
educativo e o questionário de validação (APÊNDICE B). Na mensagem, será
definido o prazo limite de uma semana para retorno do questionário de validação.

Figura SEQ Figura \* ARABIC 2 – Etapas do estudo


.
Etapa 1
Pesquisa
bibliográfica

Etapa 2 Etapa 3
Construção do Validação por
livreto expert
Fonte: Autora (2023)

3.4 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

A realização do estudo seguirá o que preconiza a Resolução n°466, de 12 de


dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, que se aplica a pesquisas que
não intervenham diretamente ao corpo humano. O projeto de pesquisa será
submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade do Vale do Rio
dos Sinos (UNISINOS). Após a aprovação do projeto de pesquisa pelo CEP da
universidade, dá-se a coleta de dados.
Os dados da pesquisa em humanos serão considerados a ética em pesquisa
que implica o respeito pela dignidade humana e a proteção devida aos participantes
das pesquisas científicas envolvendo seres humanos com consciente e livre do
participante de acordo com a resolução 510/16 do Conselho Nacional de Saúde. No
entanto, serão preservados aspectos éticos referentes a citação de autores (inserir a
legislação de direito autoral) e rigor com a idéia, conceitos e qualquer forma de
conteúdo intelectual em relação à similaridade dos textos descritos nesse trabalho,
respeitando e zelando pela veracidade e legitimidade das informações.
232

Serão preservados aspectos éticos referentes a citação de autores de acordo


com a Legislação ei 9610/98 Lei dos Direitos Autorais (LDA) e abrange tanto o
direito do autor, propriamente dito, quanto os direitos conexos, que se referem aos
direitos dos intérpretes e rigor com a ideia, conceitos e qualquer forma de conteúdo
intelectual em relação à similaridade dos textos descritos nesse trabalho,
respeitando e zelando pela veracidade e legitimidade das informações.
242

4 RESULTADOS

4.1 Etapa 1: Pesquisa bibliográfica

Foram procurados artigos nas bases de dados, que investigassem a inserção


do lúdico no contexto hospitalar para pacientes pediátricos, no quadro 1 será
apresentado características importantes à respeito dos estudos encontrados.

QUADRO 1 - Distribuição dos artigos quanto ao autor/ano, objetivo do estudo, metodologia,


principais resultados relacionados ao tema e informações para o livreto.
Autor/Ano Objetivos Método Resultados Informações para o
livreto
Januário, Compreender o Estudo descritivo com Os resultados indicam que o A interação com atividades
2020. significado do abordagem qualitativa. uso de dispositivos lúdicos lúdicas pela equipe de
Brinquedo no hospital é reconhecido enfermagem é crucial no
Terapêutico para a como uma atividade cuidado infantil,
equipe de separada das especialmente durante os
enfermagem no responsabilidades da equipe procedimentos dolorosos e
cuidado de de enfermagem. Isso no espaço da
enfermagem na destaca a importância de brinquedoteca. Este
hospitalização mais pesquisas sobre seu espaço proporciona
pediátrica. papel e a melhor forma de experiências positivas,
implementá-los. Os facilitando atividades
profissionais de enfermagem lúdicas, brincadeiras e
precisam de mais comunicação. Os
capacitação, especialmente profissionais reconhecem
para utilizar esses o impacto negativo da
dispositivos de forma hospitalização infantil nas
otimizada durante a emoções da criança e de
hospitalização pediátrica, seus familiares, buscando
reconhecendo sua formas de mitigar esse
importância no cuidado sofrimento, incluindo o uso
infantil. de brincadeiras e
brinquedos no hospital,
visando também o bem-
estar da própria equipe de
saúde.
Borges; Demonstrar a Trata-se de uma Os resultados deste estudo O Espaço Lúdico ofereceu
Oliveira, importância do pesquisa com apresentaram de forma não apenas relaxamento e
2020. espaço abordagem qualitativa. positiva a eficácia do diversão, mas também
lúdico para ambiente lúdico em promoveu interações entre
crianças comparação com aqueles acompanhantes e
hospitalizadas. que não dispõem desse crianças. Reconhece-se a
recurso. Adicionalmente, foi importância de
observada a relação entre o proporcionar momentos de
uso de tecnologias no distração e relaxamento
contexto hospitalar. Está para crianças e seus
claro que a utilização do familiares no contexto
Espaço Lúdico beneficia hospitalar (já que esse
significativamente o bem- pode ser um ambiente
estar das crianças angustiante para ambos),
hospitalizadas, contribuindo criando um ambiente
para o seu conforto durante seguro e agradável. Este
252

o período de internação. espaço reforça o direito


das crianças de brincar e
sonhar, mesmo em
situações difíceis de
saúde, e pode transformar
seu estado emocional,
trazendo alegria, paz e até
contribuindo para sua
recuperação.
Sanches; Descrever a Pesquisa de caráter Os resultados indicaram que A grande maioria dos
Vargas; importância da transversal, todos os entrevistados participantes reconhece a
Diniz, 2021. atividade lúdica quantitativo e concordaram que o importância das
sob a ótica descritivo. envolvimento em atividades abordagens lúdicas no
dos profissionais lúdicas contribui para a cuidado infantil, mesmo
da saúde na adesão da criança ao sem treinamento formal.
humanização do tratamento, resultando em Eles observam que a
atendimento uma melhora geral em seu brinquedoterapia pode
pediátrico e em quadro clínico. Isso sugere ajudar a mitigar os efeitos
sua formação que a abordagem lúdica negativos da
acadêmica. com a criança é instintiva hospitalização na criança
para profissionais que lidam e melhorar sua adesão ao
com público infantil, mesmo tratamento.
na ausência de treinamento
técnico específico.
Silva et al., Descrever a Estudo de natureza Diante das informações A implementação de
2021. percepção dos exploratória, descritiva apresentadas, torna-se atividades lúdicas no
enfermeiros e qualitativa. evidente que, de acordo ambiente hospitalar é de
quanto ao uso do com a percepção dos extrema importância, pois
lúdico como entrevistados, o aspecto ajuda a mitigar os
recurso terapêutico lúdico é compreendido como impactos negativos da
no tratamento de uma estratégia que promove hospitalização na
crianças a distração e o população infantil, além de
hospitalizadas. entretenimento da criança propiciar um ambiente
em seu ambiente, mais comunicativo entre
permitindo que ela se afaste equipe, criança e até
de experiências mesmo entre a familia. A
desagradáveis por meio de brincadeira facilita uma
brincadeiras, jogos e objetos interação satisfatória entre
com os quais se identifica. o profissional de saúde e a
Além disso, essa prática criança, promovendo uma
oferece à criança a comunicação eficaz entre
oportunidade de a realidade e o mundo
desenvolver sua criatividade imaginário.
através de estímulos tanto
motores quanto perceptivos.
Soeiro; Analisar os Estudo de abordagem De acordo com os Os achados destacam a
Vasconcelo obstáculos qualitativa, exploratória resultados da pesquisa, foi relevância da colaboração
s; Silva, enfrentados pelos e decritiva. possível identificar que a entre diferentes áreas de
2022. médicos maioria dos participantes atuação e da integração
intensivistas ao descreveu a comunicação de princípios éticos na
comunicar notícias de notícias ruins como um formação, não apenas do
negativas. processo emocionalmente ponto de vista profissional,
desafiador para os médicos. mas também humanitário.
No contexto das crianças Há uma crescente
internadas em UTI, participação das crianças
destacou-se a importância nas decisões que
da relação com a família, envolvem sua vida e
que exige o uso de tratamento, o que ressalta
habilidades pessoais e a importância de
interpessoais para gerenciar atividades lúdicas na
262

as expectativas dos pais, comunicação, permitindo


especialmente em situações uma interação mais eficaz
em que o tratamento e participativa.
curativo não é viável.
Beserra, Analisar as Pesquisa de caráter Os resultados indicaram que Observa-se que, apesar
2024. concepções qualitativo, descritivo e as visões dos residentes de dos desafios enfrentados
sociais dos exploratório. enfermagem sobre o na prestação de
enfermeiros aspecto lúdico no cuidado assistência, a
residentes em um pediátrico destacam a conscientização e a
hospital terciário relevância da compreensão implementação de
de assistência do mundo infantil, da abordagens lúdicas podem
pediátrica em integração de elementos contribuir para a criação
relação ao aspecto lúdicos e de uma de um ambiente de
lúdico no contexto comunicação adequada. cuidado mais inclusivo e
do cuidado de individualizado,
crianças com especialmente na
condições crônicas comunicação com as
complexas de crianças.
saúde.
Cardoso et Relatar as práticas Trata-se de relato de No Hospital, atividades As atividades lúdicas e a
al., 2020 lúdicas, experiência, a partir lúdicas foram realizadas interação com as crianças
vivenciadas pelos das atividades lúdicas para crianças aguardando são essenciais para
acadêmicos de desenvolvidas com cirurgia, incluindo leitura de promover a reabilitação
enfermagem crianças, na sala de histórias, caracterização emocional e física antes
realizadas com espera do bloco com pinturas e adereços, de procedimentos
crianças no cirúrgico pediátrico de jogos educativos e de cirúrgicos pediátricos.
período pré- um Hospital. tabuleiro. O projeto Para lidar com a
operatório no "HumanizaSus" promoveu ansiedade pré-operatória,
centro cirúrgico essas atividades semanais é crucial desenvolver
pediátrico. de quatro horas pela manhã, atividades lúdicas como
resultando em interações parte do atendimento
positivas entre crianças e hospitalar. A equipe de
acadêmicos, criando um enfermagem deve possuir
ambiente alegre e recursos para proporcionar
confortável. experiências positivas e
construir vínculos de
confiança com as
crianças, priorizando as
relações interpessoais
durante o período
hospitalar.
Molina et Explorar e Estudo qualitativo A falta de informação sobre Fornecer informações
al., 2023 descrever como as descritivo utilizando o processo cirúrgico pode adequadas para crianças
enfermeiras entrevistas causar ansiedade elevada em situações pré-
perioperatórias semiestruturadas e durante a indução operatórias desempenha
avaliam e observação anestésica em crianças. É um papel crucial na
interpretam o participante das rotinas importante fornecer redução da ansiedade e
comportamento da diárias. informações adequadas à na promoção da
criança antes de idade e evitar palavras que cooperação durante a
entrar na sala de causem estresse, ansiedade indução anestésica. Ao
cirurgia, ou medo. Estratégias não oferecer explicações
identificando as farmacológicas, como claras e adaptadas à
estratégias que brincadeiras com a máscara idade, além de evitar
utilizam para facial e distração, são linguagem que possa
minimizar a eficazes para reduzir a gerar medo ou estresse,
ansiedade e as ansiedade pré-operatória e os profissionais de saúde
propostas de promover a cooperação podem ajudar a criança a
melhoria. durante a indução se sentir mais confiante e
anestésica. participativa no processo
cirúrgico. Além disso, a
272

implementação de
estratégias não
farmacológicas, como
brincadeiras e distrações,
contribui para um
ambiente mais positivo e
confortável, facilitando a
experiência da criança no
hospital.
Carvalho; Identificar as Trata-se de uma Os resultados destacam a Os recursos lúdicos são
Silva, 2023 evidências revisão integrativa da importância do brincar na eficazes em diversas fases
disponíveis na literatura, conduzida hospitalização pediátrica, do processo médico,
literatura acerca com base pois promove a socialização, incluindo procedimentos
das atividades na estrutura reabilitação, bem-estar e diagnósticos, tratamento e
lúdicas como metodológica checklist aceitação do tratamento. O recuperação. Eles têm
promotoras de Preferred Reporting brincar também contribui impacto tanto físico quanto
qualidade de vida Items for Systematic significativamente para emocional, reduzindo
em crianças Reviews and Meta- humanizar a assistência, sentimentos negativos
hospitalizadas. Analyses promover autonomia, como dor, ansiedade,
(PRISMA) desenvolver habilidades medo e tristeza,
físicas, processar emoções, especialmente em
estimular cognição e situações de tratamentos
fomentar a afetividade e prolongados,
socialização, permitindo que hospitalizações extensas e
a criança se sinta parte ativa procedimentos invasivos.
do processo de saúde e
doença.

Santiago; Identificar a Trata-se de um estudo Para realizar o cuidado O lúdico, sendo uma
Medeiros, importância de qualitativo, descritivo. lúdico é necessário prática que usa o ato de
2020 um ambiente Foram entrevistados estabelecer uma ligação por brincar para envolver-se
lúdico na 16 componentes das meio de comunicação verbal no mundo infantil, com
assistência de quatro equipes de e lúdica com esta criança. brincadeiras,
pacientes enfermagem que Sendo o cuidado a essência descontração, músicas, o
hospitalizados em atuam no setor de da Enfermagem, cabe aos que faz parte da criança
pediatria internação pediátrica. cuidadores estarem abertos em seu pleno
A análise e para uma interação com o desenvolvimento, pode
interpretação dos paciente, com o objetivo de amenizar os traumas e
dados qualitativos resgatar o cuidado integral, medos causados pela
foram realizadas pela inserindo aos saberes hospitalização. Uma
análise de conteúdo, a científicos o respeito, abordagem aos pacientes
partir da categorização carinho, criatividade e o pediátricos de forma lúdica
dos dados, através da lúdico. Todos os é a principal forma para a
ordenação, profissionais percebem que criação de vínculo entre
classificação e análise as crianças ficam mais equipe e o paciente, o que
final dos dados alegres e descontraídas pode facilitar todo o
pesquisados. quando se atende de uma processo de cura da
forma mais leve e voltada ao criança, e no seu
mundo infantil. restabelecimento físico e
emocional.

Teodoro; Apontar os tipos Trata-se de uma Pesquisadores citam como Os trabalhos lúdicos
Carlúcio; de recursos revisão integrativa da emoções apresentadas podem ser empregados
Vador, lúdicos disponíveis literatura, descritiva, pelas crianças com sucesso de modo a
2021 para a socialização com abordagem hospitalizadas a ansiedade, criar um ambiente menos
da criança nesse qualiquantitativa, de o medo, a hostil na visão do cliente,
ambiente, artigos nacionais e agressividade, a culpa e a evitando limitação em sua
descrevendo a internacionais, no preocupação relacionada a recuperação, garantindo o
282

função período de 2020 a separação do âmbito social essencial para


do enfermeiro bem 2021, e objetos pessoais, além de socialização e adaptação
como sua equipe e utilizando como ocasionar enurese, positiva.
elaborar uma descritores: alterações de humor e
história ilustrada Adaptação; pesadelos, reações que
(gibi/HQ) Enfermagem; surgem a curto ou a longo
Socialização; Pediatria; prazo, como estresse,
Hospitalização; insegurança, dor e questões
Ansiedade. de perturbação
psicológica.

Góis; Elaborar um livreto O estudo tratou-se de Foi possível observar que há O uso de histórias infantis
Araújo, lúdico educativo uma proposta lacunas em relação à como intervenção de
2020 para crianças de 8 interventiva. aplicabilidade de recursos cuidado pode ocorrer em
a 10 anos, de Primeiramente, foi lúdicos na sala de espera diferentes situações e
ambos os sexos, realizada a pediátrica. A escolha pelo cenários, pois valoriza e
possibilitando a sistematização do livreto educativo impresso estimula vínculos, reduz
ressignificação do referencial se deu devido à lacuna de ansiedade das crianças e
medo e promoção teórico através de material lúdico educativo familiares, estimula a
do bem estar buscas ativas com a informativo voltado para o participação no cuidado e
enquanto utilização de ambulatório pediátrico e por promove educação em
aguardam a descritores. O passo perceber a necessidade de saúde, configurando-se
consulta na sala seguinte foi a desenvolver estratégias como importante recurso
de espera produção textual, lúdicas para os diversos para promover
ambulatorial. pensado numa cenários hospitalares, a humanização no
linguagem clara para o fim de facilitar a atendimento à criança em
público alvo. Em comunicação com as sala de espera
seguida, realizou-se a crianças acerca do seu ambulatorial pediátrica.
diagramação do processo de saúde-doença.
livreto por uma
profissional de design.

Sousa; Explorar o Abordagem qualitativa. Os resultados apresentam Esta abordagem é


Brondani, envolvimento da que a criança foi encorajada considerada fundamental
2023. criança nos a participar dos cuidados na UTIP, pois proporciona
cuidados de através da expressão livre e às crianças em estado
enfermagem da exploração da situação delicado de saúde a
através de uma clínica de maneira adequada oportunidade de participar,
abordagem lúdica à sua idade. A utilização de se comunicar por meio das
na Unidade de quadrinhos demonstrou ser leituras, expressar suas
Terapia Intensiva uma ferramenta tecnológica necessidades e fazer
Pediátrica. que permite brincar, educar perguntas sobre si
e cuidar, pois combina mesmas. O direito à
elementos lúdicos e participação e ao
educativos capazes de atuar conhecimento sobre sua
nessas três esferas, o que própria condição é
influenciou positivamente garantido à criança
uma comunicação mais hospitalizada.
eficaz entre paciente e
equipe.
Fonte: Dados da pesquisa (2023)

DISCUSSÃO
292

O estudo realizado por Januário (2020) evidenciou que cuidar de crianças


hospitalizadas é uma tarefa complexa, e repleta de desafios emocionais. No entanto,
os enfermeiros reconhecem os benefícios do uso de atividades lúdicas, como jogos,
música, pinturas, entre outras, no desenvolvimento integral e no bem-estar desse
público. Além disso, a autora destaca que a presença de brinquedos durante a
internação hospitalar é vista como fundamental para aumentar a alegria, melhorar o
humor e promover a atividade física dos pacientes pediátricos.
Assim como apresentado por Borges e Oliveira (2020), o ato de brincar é uma
parte intrínseca do desenvolvimento infantil e está diretamente ligado ao bem-estar
da criança. Através de jogos e atividades lúdicas, ela explora e compreende o
mundo ao seu redor, expressando sua imaginação e explorando diferentes papeis
sociais no universo infantil. Torna-se fundamental reconhecer a importância da
ludicidade, e garantir que ela seja sempre valorizada no contexto de um atendimento
pediátrico humanizado.
Para tornar a experiência da criança no contexto de internação menos
impactante, é importante promover uma boa interação entre a equipe de saúde e as
crianças, além de incluir essas atividades recreativas durante a permanência no
hospital (Januário, 2020; Borges; Oliveira, 2020). A partir do que as autoras expõem,
nota-se o quão a atividade lúdica no contexto hospitalar impacta de modo
significativo a vida de crianças que estão passando por questões de saúde,
podendo, portanto, a abordagem lúdica proporcionar uma melhor qualidade no bem
estar tanto desses pacientes, quanto de seus familiare que também se sentem
angustiados.
Corroborando o estudo de Sanches, Vargas e Diniz (2021), há uma
concordância dos participantes de sua pesquisa no que se refere ao envolvimento
de pacientes pediátricos, no que se trata de atividades recreativas. Pois de acordo
com os autores essas atividades que se apresentam em uma perspectiva de
ludicidade auxiliam na aderência da criança ao tratamento, resultando em uma
melhora significativa do seu estado clínico global.
O brincar é essencial para o desenvolvimento infantil, sendo especialmente
importante em ambientes hospitalares. A introdução de atividades lúdicas no
tratamento pediátrico resulta em melhorias clínicas significativas e contribui para a
recuperação das crianças. Além disso, essa abordagem promove uma comunicação
mais eficaz entre as crianças e a equipe de saúde, permitindo uma expressão mais
302

natural de seus sentimentos (Januário, 2020; Borges; Oliveira, 2020; Sanches;


Vargas; Diniz, 2021).
Segundo Silva et al., (2021), o emprego de meios lúdicos, estimula à
criatividade e emerge como um desdobramento particularmente benéfico, pois incita
o indivíduo a enxergar o mundo de maneira mais simplificada, ao mesmo tempo que
o engaja em questões mais intrincadas, como o período de internação hospitalar.
Além disso, de acordo com os autores, o uso de atividades lúdicas pode
facilitar a comunicação de notícias difíceis ou procedimentos médicos para as
crianças, tornando esses momentos menos assustadores e mais compreensíveis.
Ao incorporar elementos lúdicos, os profissionais de saúde podem abordar temas
sensíveis de forma mais suave e acessível, promovendo uma interação mais
positiva e acolhedora durante o processo de tratamento (Silva et al., 2021).
Corroborando o estudo de Soeiro, Vasconcelos e Silva (2021), a
comunicação de notícias, que muitas vezes são desagradáveis no ambiente
pediátrico é igualmente significativa, especialmente devido à natureza e
peculiaridades das intervenções realizadas pela equipe, que podem criar uma
atmosfera percebida como ameaçadora e adversa pela criança. A partir disso, os
autores complementam que surge a necessidade de um aprimoramento frente às
competências comunicativas dos profissionais no contexto pediátrico. Incorporar
abordagens lúdicas pode desempenhar um papel fundamental na superação dessas
barreiras comunicativas, oferecendo uma via alternativa para facilitar o diálogo com
a criança, promover um ambiente mais acolhedor e facilitar a compreensão de
informações delicadas.
. Apesar dos inúmeros desafios inerentes à assistência, o reconhecimento e a
implementação de estratégias lúdicas podem enriquecer a qualidade do ambiente de
cuidado, sobretudo no contexto delicado da comunicação de notícias adversas. É
crucial que os profissionais reconheçam que a ausência de uma comunicação
adequada pode agravar o sofrimento das crianças, que percebem as mudanças
decorrentes de sua condição de saúde, bem como as alterações na rotina e no
tratamento (Beserra, 2024; Soeiro; Vasconcelos; silva, 2022).
Nesse sentido, torna-se fundamental que os profissionais de saúde
desenvolvam abordagens significativas, empáticas e adaptadas às necessidades
emocionais e cognitivas das crianças, destacando-se a relevância do uso de
estratégias lúdicas. Essas estratégias não apenas facilitam a comunicação com os
312

pacientes, mas também auxiliam as crianças a lidar de forma mais saudável com as
informações recebidas.
Portanto, Beserra (2024), apresenta que a ludicidade pode ser útil tanto na
comunicação entre a equipe e o paciente-família, quanto na adesão de tratamentos
geradores de sentimentos como medo, ansiedade, e estresse para os pacientes
pediátricos. A atividade recreativa auxilia na diminuição dos fatores estressantes
durante a permanência no hospital, proporcionando à criança um estado de maior
alegria e oferecendo condições mais favoráveis para sua recuperação. Além dos
benefícios já mencionados, a prática do lúdico no contexto hospitalar também facilita
a aceitação por parte da criança do tratamento prescrito e auxilia na realização de
procedimentos que possam ser considerados estressantes e dolorosos.
No estudo conduzido por Cardoso et al. (2020), durante as intervenções
vivenciadas por acadêmicos de enfermagem que envolveram a leitura de histórias
infantis, jogos educativos e revistas em quadrinhos, observou-se uma significativa
interação das crianças, transformando o ambiente em um espaço alegre e
confortável. Isso ressalta a importância das atividades lúdicas no processo
terapêutico, proporcionando não apenas reabilitação emocional e física, mas
também redução da ansiedade.
Ao envolver os acadêmicos de enfermagem em intervenções como a leitura
de histórias infantis, jogos educativos e revistas em quadrinhos, as crianças
demonstraram uma significativa interação, transformando o ambiente em um espaço
alegre e confortável. Isso enfatiza a importância das atividades lúdicas não apenas
como formas de entretenimento, mas como parte essencial do processo terapêutico
(Cardoso et al., 2020). Além de proporcionar momentos de diversão, essas
atividades contribuem para a reabilitação emocional e física das crianças, bem como
para a redução da ansiedade, criando assim um ambiente mais favorável ao
processo de recuperação
Em contraste, Molina et al. (2023) utilizaram um método qualitativo descritivo
para investigar como enfermeiros pré-operatórios interpretam o comportamento das
crianças antes da cirurgia, identificando estratégias para minimizar a ansiedade. As
crianças frequentemente demonstram ansiedade e medo devido à falta de
informação sobre o procedimento cirúrgico, o que pode ser um grande estressor.
Esses resultados reforçam a necessidade de abordagens que visem a redução da
ansiedade pré-operatória em crianças.
322

Os estudos conduzidos por Carvalho e Silva (2023) e Santiago e Medeiros


(2020) convergem em destacar a relevância das atividades lúdicas no contexto
hospitalar pediátrico. Enquanto Carvalho e Silva focaram no impacto positivo dessas
atividades na qualidade de vida das crianças, observando uma redução significativa
nos sentimentos adversos durante procedimentos hospitalares, Santiago e Medeiros
ressaltaram a importância de um ambiente lúdico para amenizar os traumas
associados à hospitalização. Ambos os estudos enfatizaram a necessidade de criar
um ambiente mais acolhedor e menos hostil para facilitar a adaptação das crianças
ao contexto hospitalar, evidenciando assim a importância das intervenções lúdicas
para promover o bem-estar físico e emocional dos pacientes pediátricos
hospitalizados.
Além disso, destaca-se a necessidade de criar um ambiente hospitalar mais
acolhedor e menos intimidante, onde as crianças possam se adaptar mais
facilmente. Essa análise ressalta a relevância das intervenções lúdicas não apenas
para o entretenimento, mas como uma parte crucial do cuidado pediátrico, visando
não só o bem-estar físico, mas também o emocional das crianças hospitalizadas
(Carvalho; Silva, 2023; Santiago; Medeiros, 2022).
Teodoro, Carlúcio e Vador (2021) abordaram a importância dos trabalhos
lúdicos na gestão emocional e socialização de crianças hospitalizadas. Suas
observações destacaram as emoções comuns, como ansiedade e medo,
enfrentadas pelas crianças durante a hospitalização, enfatizando o papel das
intervenções lúdicas na criação de um ambiente mais acolhedor e na promoção da
adaptação.
Góis e Araújo (2020) destacam em seu estudo a importância da prática lúdica
nos ambientes hospitalares pediátricos, destacando a necessidade de recursos
adequados para sua implementação. Os autores destacam a importância vital da
prática lúdica como uma ferramenta fundamental nos ambientes hospitalares
destinados ao público infantil.
Ao enfatizar a necessidade de recursos adequados para sua implementação
eficaz, os autores sublinham a relevância de criar ambientes hospitalares que
possam oferecer oportunidades de entretenimento, aprendizado e expressão para
as crianças, contribuindo não apenas para sua recuperação física, mas também
para seu bem-estar emocional durante a internação. (Goes; Araujo, 2020). Essa
ênfase na prática lúdica como um componente essencial da experiência hospitalar
332

infantil ressalta a importância de abordagens holísticas e centradas no paciente para


garantir um cuidado pediátrico de qualidade.
Corroborando o estudo de Souza e Brondani (2023), as atividades recreativas
promovidas pela equipe de Enfermagem proporcionam à criança uma forma de
expressão, pois através do ato de brincar, ela comunica aspectos sobre si mesma e
sobre a situação em que se encontra, gradualmente moldando sua realidade. A
utilização de recursos que interferem na experiência do tratamento, como jogos e
literatura de histórias em quadrinho, com o propósito de fornecer informações,
entreter, estabelecer vínculos e criar confiança com os profissionais, são elementos
que enriquecem a assistência prestada pelos enfermeiros e contribuem para
humanizar o cuidado, além de incentivar a participação ativa da criança no processo
terapêutico.
Essa modalidade de abordagem é considerada significativa na Unidade de
Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP), pois viabiliza a participação ativa de crianças
em situações de saúde delicada, permitindo-lhes expressar suas experiências,
necessidades e dúvidas por meio dos métodos lúdicos e também da leitura (Souza;
Brondani, 2023).
Em síntese, os estudos revisados evidenciam a importância das intervenções
lúdicas no contexto hospitalar pediátrico, não apenas para mitigar a ansiedade e o
medo, mas também para promover o bem-estar físico, emocional e social das
crianças. É fundamental que profissionais de saúde considerem tais abordagens
como parte integrante do cuidado holístico oferecido às crianças hospitalizadas.
342

5 CRONOGRAMA

Quadro 1: Cronograma de atividades para desenvolvimento do Livreto-educativo


para pacientes pediátricos em situação pré-operatória, do curso de Enfermagem
nível mestrado, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, SÃO
LEOPOLDO – RS -2023.
Mês/Ano
ATIVIDADES Out-Jan/23
Jan- Abr/24 Maio-Ago/24
e 24

Qualificação do projeto X

Revisão Bibliográfica X X

Análise dos dados X X

Construção do livreto X

Validação por experts X X


Finalização da redação da X
dissertação
Defesa mestrado X
352

5 ORÇAMENTO

Para alcançar os objetivos deste estudo, segue abaixo a proposta


orçamentária desta pesquisa, que será de inteira responsabilidade da pesquisadora.

Tabela 1: Materiais e valores para elaboração do Livreto-educativo para pacientes


pediátricos em situação pré-operatória, do curso de Enfermagem nível mestrado, da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, SÃO LEOPOLDO – RS -2023.
ITEM CUSTO
Resma de papel A4 R$ 125,00
Tinta para cartucho R$ 200,00
Normatização e correção da língua R$ 350,00
portuguesa
Revisão ABNT R$ 350,00
Tradução para Inglês R$ 30,00
Profissional ilustrado R$ 2.000,00
TOTAL R$ 3.055,00
362

REFERÊNCIAS

BAZZAN et al. O processo de adaptação familiar à hospitalização infantil em


Unidade de Terapia Intensiva. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 54,
p. e03614, 2020.

BORGES, Karen Rocha. Identificação dos diagnósticos e intervenções de


enfermagem em recuperação pós-anestésica segundo a teoria das necessidades
humanas básicas. 2020. 63 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em
Enfermagem) - Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Alagoas, Maceió,
2021.

BORGES, Gabriele da Silva; OLIVEIRA, Rafaela Bramatti. A importância do espaço lúdico no


ambiente hospitalar. FAG JOURNAL OF HEALTH (FJH), v. 2, n. 4, p. 461-465, 2020.

BESERRA, Rayane Alves. Representações sociais de residentes de enfermagem pediátrica


sobre o lúdico no contexto do cuidado da criança com condições crônicas complexas de
saúde. 2024. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Residência em Saúde em
Enfermagem Pediátrica) - Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do
Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2024.

COLUCI et al. Construção de instrumentos de medida na área da saúde. Ciência &


Saúde Coletiva. v. 20, n. 3, p. 925-936, 2015.

COSTA et al. Sentimentos gerados na família pela internação hospitalar da criança.


Journal of Nursing and Health / Faculdade de Enfermagem UFPEL, v. 9, n. 2, p.
1–12, 2019.

FAQUINELLO, P.; COLLET, N. Vínculo afetivo mãe/criança na unidade de


alojamento conjunto pediátrico. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v.
24, n. 3, p. 294-304, dez. 2003.

FENGLER; MEDEIROS. Sistematização da assistência de enfermagem no período


perioperatório: análise de registros. Revista SOBECC, v. 25, n. 1, p. 50-7, 2020.

GALVÃO, C. M. A prática baseada em evidências: uma contribuição para a


melhoria da assistência de enfermagem perioperatória. 2002.

GARGIULO et al. Vivenciando o cotidiano do cuidado na percepção de enfermeiras


oncológicas. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v.16, n. 4, p. 696-702, 2007.

GOMES et al. Sistematização da assistência de enfermagem (SAE) no período


perioperatório: um relato de experiência. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13,
n. 1, p. e5598-e5598, 2021.

GONZÁLEZ, Fredy Enrique. Reflexões sobre alguns conceitos da pesquisa


qualitativa. Revista Pesquisa Qualitativa, v. 8, n. 17, p. 155-183, 2020.
372

HEALY, K. A descriptive survey of the information needs of parents of children


admitted for same day surgery. Journal of Pediatric Nursing, v. 28, n. 2, p. 179-
185, 2013.

JANSEN et al. Benefícios da utilização do brinquedo durante o cuidado de


enfermagem prestado à criança hospitalizada. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre,
v 31, nº 2, p. 247- 253. Jun. 2010.

JANUÁRIO, Jéssyca Karen Campos et al. O significado do brinquedo terapêutico para a


equipe de enfermagem na hospitalização pediátrica. 2020.

KUSHNIR et al. Threat perception, anxiety and noncompliance with preoperative


fasting instructions among mothers of children attending elective same day surgery.
Journal of Pediatric Surgery, v. 50, p. 869-874, 2015.

LADDEN, S. C. Conceitos Básicos de Enfermagem Perioperatória. In: MEEKER, M.


H; ROTHROCK, J. C. Alexander: cuidados de enfermagem ao paciente
cirúrgico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. cap 1, p. 3-5, 1997.

LI et al. Psychoeducational preparation of children for surgery: the importance of


parental involvement. Patient Education and Counseling; v. 65, n. 1, p. 34-41,
2007.

MACIEL, M. E. D. Educação em saúde: conceitos e propósitos. Cogitare Enferm,


Curitiba, v. 14, n. 4, p. 773-776, out./dez. 2009.

MALLEY et al. The Role of the nurse and the preoperative assessment in patient
transitions. AORN J.; v. 6, n. 4, p. 181, 2015.

MARTINS; DALL’AGNOL, Clarice Maria. Centro cirúrgico: desafios e estratégias do


enfermeiro nas atividades gerenciais. Rev Gaúcha Enferm. v. 37, n. 4, p. 1-9, 2016.

MERHY; FEUERWERKER. Novo olhar sobre as tecnologias de saúde: uma


necessidade contemporânea. v. 1, p. 59-72, 2016.

MOIX, J. Preparación psicológica para la cirurgia en pediatria. Archivos de


Pediatria, v. 47, n. 4, p. 211-217, 1996.

NASCIMENTO et al. A importância dos cuidados de enfermagem no período pré-


operatório. Revista Eletrônica Multidisciplinar de Investigação Científica, v. 2, n.
3, 2023.

OLIVEIRA et al. Brinquedo Terapêutico na Assistência à Criança: percepção de


enfermeiros das unidades pediátricas de um hospital universitário. Rev. Soc. Bras.
Enferm. Ped., v. 15, n. 1, p. 21-30, 2015.

OLIVEIRA; MENDONÇA. Análise da visita pré-operatória de enfermagem: revisão


integrativa. Rev Sobecc. v. 19, n. 3, p. 164-72, 2014.
382

PANELLA, J. J. Preoperative Care of Children; Strategies From a Child Life


Perspective. AORN Journal.; v. 104, n. 1, p. 11-22, 2016.

PESSINI L. Humanização da dor e do sofrimento humanos na área da saúde. In:


PESSINI L, Bertachini L, organizadores. Humanização e cuidados paliativos. São
Paulo (SP): Loyola; 2004. p. 12-30, 2004.

PINHO, A.namaria Moreira. Qualidade total em enfermagem no centro cirúrgico.


Cultura Médica, 2002.

POTTER; PERRY. Fundamentos de enfermagem. ed. 9, p.1253- 1281, 2018.

RAMPASO et al. Teatro de fantoche como estratégia de ensino: relato da vivência.


Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 64, n. 4, p. 733-735, ago. 2011.

REIS et al. O significado da segurança do paciente cirúrgico pediátrico para a equipe


de enfermagem. Cogitare Enfermagem, v. 21, n. 5, 2016.

RODRIGUES et al. Assistência da consulta de enfermagem no período pré-


operatório e sua influência no pós-operatório em pacientes de cirurgia eletiva. In:

SANCHES, Giovana Cugini; VARGAS, Maria Victória Penteado; DINIZ, João Carlos. A AÇÃO
LÚDICA NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR INFANTIL SOB A PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS
DA SAÚDE. Brazilian Medical Students, v. 5, n. 8, 2021.

SCHNEIDER; MEDEIROS. Criança hospitalizada e o impacto emocional gerado nos


pais. Unoesc & Ciência – ACHS, Joaçaba, v 2, nº 2, p. 140 - 154, Jul-Dez. 2011.

SILVA, Jocelle de Araújo et al. O lúdico como recurso terapêutico no tratamento de crianças
hospitalizadas: percepção dos enfermeiros. Enfermagem em Foco, v. 12, n. 2, 2021.

SOARES, S. S. S. (org.). Enfermagem: processos, práticas e recursos. 2 ed.


Ponta Grossa - PR: Atena. p.49 - 63. 2021.

SOEIRO, Ana Cristina Vidigal; VASCONCELOS, Victor César Souza; SILVA, José Antonio
Cordero da. Desafios na comunicação de más notícias em unidade de terapia intensiva
pediátrica. Revista Bioética, v. 30, p. 45-53, 2022.

SOUSA, Nayara Araujo; BRONDANI, Jeanine Porto. O uso de história em quadrinhos no


cuidado à criança na unidade de terapia intensiva pediátrica. Cogitare Enfermagem, v. 28,
p. e91055, 2023.

TEIXEIRA, E. Interfaces participativas na pesquisa metodológica para as


investigações em enfermagem. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 9, p. e1,
2019.

TORRES et al. O processo de elaboração de cartilhas para orientação do


autocuidado no programa educativo em Diabetes. Revista Brasileira de
Enfermagem, v. 62, n. 2, p. 312-316. 2009.
392

VERGUEIRO, W.; RAMOS, P. (Orgs.). Quadrinhos na educação: da rejeição à


prática. São Paulo: Contexto, 2009.

APÊNDICE 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) PARA JUÍZES-


EXPERTS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) TÍTULO DO
PROJETO: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM LIVRETO EDUCATIVO PARA
PACIENTES EM SITUAÇAO PRÉ- OPERATÓRIA: EXPERIÊNCIA ULTILIZANDO
QUADRINHOS.
MESTRANDA: Maria Rita Bacelar Limeira
ORIENTADORA: Prof.ª Dr.ª Rafaela Schaefer
Você está sendo convidado a participar da pesquisa CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO
DE UM LIVRETO EDUCATIVO PARA PACIENTES EM SITUAÇAO PRÉ-
OPERATÓRIA. Esta pesquisa está vinculada ao Mestrado Profissional em
Enfermagem do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade do
Vale do Rio do Sinos (PPGENF-UNISINOS) e será desenvolvida pela mestranda
Maria Rita Bacelar Limeira, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Rafaela Schaefer. O
estudo tem como objetivo geral Construir um Livreto educativo para pacientes em
situação pré-operatória. Sua participação ocorrerá na etapa de validação do Livreto
402

Educativo para pacientes em situação pré-operatória. Após o recebimento do e-mail


com o TCLE assinado, será enviado um segundo e-mail com dois anexos: uma
versão do projeto e um questionário de validação. O seu tempo de participação
levará em média 20 minutos para analisar a cartilha e preencher o formulário. Na
mensagem, será enviado o prazo limite para retorno do formulário. A análise dos
dados respectivos à validação do Livreto educativo para pacientes em situação pré-
operatória ocorrerá de forma estatística. O cálculo será realizado com base no índice
de validação de conteúdo (IVC), que irá mensurar a proporção de concordância dos
juízes sobre cada aspecto do documento norteador. É indicado um IVC mínimo de
70% (0,70) ou 80% (0,80). Para a realização desse cálculo, é utilizada a escala
Likert de concordância, com pontuações de 1 a 4. A pesquisa compreende riscos
mínimos aos participantes, relacionados a possível desconforto ou cansaço em
responder o questionário de validação. Os benefícios de participar do estudo
compreende a oportunidade de participação nas atividades que envolvem a
validação do livreto educativo para pacientes pediátricos em situação pré operatória,
promovendo a integralidade do cuidado, melhorando o entendimento e aceitação
das crianças e familiares ou responsável que são submetidas da procedimentos
cirúrgicos. Será assegurada assistência durante todo o processo, bem como o livre
acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o projeto e a tudo
o que se queira saber antes, durante e após a participação na equipe. Você poderá
solicitar informações sobre a pesquisa por meio do contato com as pesquisadoras:
enfermeira Maria Rita Bacelar Limeira, telefone (98) 98242.4388, e-mail
[email protected]; Prof.ª Dr.ª Rafaela Schaefer, telefone (51) 98126-1988,
e-mail raschaefer@unisinos.

Eu, __________________________________________________, recebi as


informações e aceito participar da pesquisa descrita acima.
______________________, ___ de__________ de 2023.

____________________________________________________________
Nome e assinatura do participante

____________________________________________________________
Mestranda Maria Rita Bacelar Limeira | Pesquisadora responsável
412

APÊNDICE 2

QUESTIONÁRIO DE VALIDAÇÃO PARA JUÍZES-EXPERTS

Data:____/____/_____
Parte 1 – PERFIL DOS JUÍZES-EXPERTS
Pseudônimo:______________________ Idade:_________
Sexo: F ( ) M ( ) OUTROS:______________
Área de formação: ____________________________________________________
Tempo de formação: __________________________________________________
Cargo na instituição: __________________________________________________
Tempo de trabalho: ___________________________________________________
Titulação: Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( )
Especificar a área: ____________________________________________________
Parte 2 – INSTRUÇÕES
Leia minuciosamente a cartilha. Em seguida, aplique o instrumento, marcando um X
nos números que estão à frente de cada afirmação. Dê a sua opinião de acordo com
a valoração que melhor represente o grau em cada critério abaixo.

Com relação ao conteúdo técnico do livreto educativo, você diria:


422

( ) 1 - Totalmente adequado
( ) 2 - Adequado
( ) 3 - Parcialmente adequado
Motivo da sua escolha_______________________________________________
( ) 4- Inadequado
Motivo da sua escolha_______________________________________________

Com relação à adequação do conteúdo para a faixa etária (5 a 9 anos) do livreto


educativo, você diria:
( ) 1 - Totalmente adequado
( ) 2 - Adequado
( ) 3 - Parcialmente adequado
Motivo da sua escolha_______________________________________________
( ) 4- Inadequado
Motivo da sua escolha_______________________________________________

Com relação às ilustrações do livreto educativo, você diria:


( ) 1 - Totalmente adequado
( ) 2 - Adequado
( ) 3 - Parcialmente adequado
Motivo da sua escolha_______________________________________________
( ) 4- Inadequado
Motivo da sua escolha_______________________________________________

Com relação ao enredo da história em quadrinhos do livreto educativo, você diria:


( ) 1 - Totalmente adequado
( ) 2 - Adequado
( ) 3 - Parcialmente adequado
Motivo da sua escolha_______________________________________________
( ) 4- Inadequado
Motivo da sua escolha_______________________________________________
432

Para as opções 3 ou 4, descreva o motivo de sua escolha no espaço destinado após


o item. Não existem respostas certas ou erradas. O que importa é a sua opinião. Por
favor, responda a todos os itens.

Obrigada pela sua participação!

Você também pode gostar