Tecnicas para Manipulacao
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SUMÁRIO
Unidade 1 ....................................................................................................................6
1. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE MANIPULAÇÃO SEGURA
DE ALIMENTOS .........................................................................................................................6
Unidade 2 .................................................................................................................20
2. O PAPEL DO MANIPULADOR DE ALIMENTOS ...............................................20
Unidade 3 .................................................................................................................27
3.CUIDADOS COM O RECEBIMENTO E ESTOCAGEM DOS ALIMENTOS
...........................................................................................................................................................27
Unidade 4 .................................................................................................................36
4. CUIDADOS COM O AMBIENTE DE TRABALHO ...............................................36
Unidade 5 ..................................................................................................................51
5 . PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS E MANUAL DE
BOAS PRÁTICAS .....................................................................................................................51
REFERÊNCIAS .........................................................................................................................54
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
Manipulação
de
alimentos
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
Introdução
As Boas Práticas na Manipulação de Alimentos são um conjunto de regras
elaboradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) através de
Resoluções de Diretoria Colegiada (RDCs) para que os alimentos que chegam à
nossa mesa sejam aptos para o nosso consumo, não gerando nenhum mal-es-
tar ou desconforto ao comensal por descuidos ou maus hábitos de higiene do
manipulador ou do ambiente no qual aquela refeição foi produzida. Este curso
tem por objetivo desenvolver as competências básicas necessárias para enten-
der e aplicar os conceitos de Técnicas para Manipulação de Alimentos de acor-
do com a legislação vigente e as necessidades individuais do estabelecimento.
As Boas Práticas na Manipulação de Alimentos ou Boas Práticas de Fabricação,
estão relacionadas tanto à qualificação do profissional de auxiliares de cozinha,
cozinheiros, confeiteiros, padeiros, chefs, garçons, maîtres, gerentes e quais-
quer outros cargos que compõem o segmento de Alimentos e Bebidas (A&B)
quanto à Técnicos em nutrição, Nutricionistas, Nutrólogos ou mesmo para es-
tudantes e pessoas curiosas com o tema. Estudaremos as legislações vigentes
RDC 216/04 e 275/02 a fim de entendermos sobre os conceitos e examinaremos
através de exemplos didáticos e práticos alternativas e soluções simples de ade-
quação de comportamentos pessoais e de espaço físico nos quais são produzi-
dos estes alimentos para o sucesso das empresas.
Então mãos à obra. Lembre-se: nunca deixe de aperfeiçoar seus conhecimen-
tos, a busca pelo conhecimento deve ser contínua.
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
UNIDADE 1
1. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE MANIPULAÇÃO SE-
GURA DE ALIMENTOS
1.1 O QUE É O ALIMENTO SEGURO – RDC 216/04
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(Anvisa).
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Riscos Físicos: São “corpos estranhos” que podem causar algum dano à
integridade física ou emocional do consumidor.
poral, etc.
Os micróbios são organismos vivos tão pequenos que só podem ser vis-
tos por meio de um equipamento com potentes lentes de aumento chamado
microscópio. Eles também são conhecidos como microrganismos. Os micróbios
são amplamente distribuídos, podendo ser encontrados no solo, na água, nas
pessoas, nos animais, nos alimentos e até flutuando no ar. Os micróbios podem
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
ser divididos nos seguintes grupos: vírus, bactérias e fungos. Por mais estranho
que pareça, a maioria dos micróbios é inofensiva, sendo que alguns são até
úteis. Os micróbios são úteis na preparação de iogurte, pão, queijos, vinho, cer-
veja, dentre outros. Alguns micróbios, chamados de deteriorantes, podem es-
tragar o alimento, que fica com cheiro e sabor desagradáveis. Outros micróbios,
quando presentes nos alimentos, podem causar doenças, sendo chamados de
prejudiciais à saúde ou patogênicos.
Como todo ser vivo, as bactérias requerem certas condições para viver e
reproduzir-se, quando conhecemos quais são essas condições e de que manei-
ra podemos atuar sobre estas, podemos evitar que as bactérias se reproduzam.
Embora as bactérias possam chegar aos alimentos, só podem reproduzir quan-
do facilitarmos as condições necessárias. Por exemplo, deixando-os muito tem-
po à temperatura ambiente. Vamos apresentar alguns fatores que favorecem a
reprodução de bactérias.
Água: Assim como para o homem, a água é necessária para a vida das bac-
térias; razão pela qual, alimentos como o leite, a maionese, os cremes que têm
uma combinação alta da água e de nutrientes resultam em meios ideais que
facilitam a reprodução das bactérias. Já os alimentos secos, não o favorecem
como são o caso do leite em pó, macarrão, cereais, ovos desidratados e outros.
São muito habituais os acidentes nesta etapa, razão pela qual está proi-
bido o armazenamento dos mesmos juntos. Em outros casos inseticidas enva-
silhados em frascos de vidros podem quebrar-se e cair diretamente sob os ali-
mentos contaminando-os.
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seas, vômitos e mal-estar geral podem durar entre um a sete dias. Alimentos
contaminados com fezes de animais, em especial ovos, frangos, carne bovina
ou qualquer alimento incluindo frutas e vegetais. Também são fontes as pes-
soas que não lavam as mãos com água e sabão antes de tocar os alimentos, ou
são portadores sadios: eles aparentam estar sadios e não têm sintomas, mas
eliminam bactérias pelas fezes (chamados portadores assintomáticos). Outra
fonte importante são as fezes dos animais de estimação, já que as pessoas ao
os tocar podem contaminar suas mãos com Salmonela. Também pode ser fonte
a água contaminada com matéria fecal de aves, insetos, etc.
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UNIDADE 2
2. O PAPEL DO MANIPULADOR DE ALIMENTOS
2.1 QUEM É O MANIPULADOR DE ALIMENTOS
Além disso alguns cuidados com o uniforme devem ser tomados, por
exemplo: O uniforme deve ser usado somente na área de preparo dos alimen-
tos; troque seu uniforme diariamente, pois ele deve estar sempre limpo e con-
servado. O uniforme pode servir de transporte de micróbios patogênicos para
o interior da área de preparo dos alimentos, contaminando-os. Retire brincos,
pulseiras, anéis, aliança, colares, relógio e maquiagem Os adornos pessoais acu-
mulam sujeira e micróbios, além de poderem cair nos alimentos.
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Preste atenção para não fumar, comer, tossir, espirrar, cantar, assoviar,
falar demais ou mexer em dinheiro durante o preparo de alimentos. Como a
grande quantidade de micróbios patogênicos é encontrada na boca, no nariz
e nos ouvidos, fumar, tossir, espirrar, cantar, assoviar ou até falar demais po-
dem contaminar os alimentos. Se estiver doente ou com cortes e feridas, não
manipule os alimentos. Faça sempre os exames periódicos de saúde. A pessoa
doente (com diarreia, vômito, gripe, dor de garganta ou conjuntivite) apresenta
um alto número de micróbios patogênicos em seu corpo que pode facilmen-
te contaminar os alimentos. Os machucados como cortes, feridas e arranhões
também têm um alto número de micróbios patogênicos.
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
Por outro lado, existem hábitos indesejáveis, sendo eles: Tirar o gorro, ou
tocar o nariz, a boca, o cabelo, ter as orelhas descobertas, ou tocar espinhas,
ferimentos, queimaduras ou curativos, devido à possibilidade de propagação
de bactérias aos alimentos em preparação. Se tiver que fazê-lo, lave imediata-
mente as mãos; fumar, comer, mastigar chiclete, beber ou cuspir nas áreas de
preparação de alimentos. Estes são hábitos inadmissíveis; usar unhas longas
ou com esmalte, pois escondem germes e podem desprender partículas no
alimento; usar anéis, pulseiras, brincos, relógios ou outros elementos que além
de “esconder” bactérias, podem cair nos alimentos ou em utensílios, sem que
se dê conta, o que, além de causar um problema de saúde ao consumidor, po-
dem causar acidentes de trabalho. Manipular alimentos ou ingredientes com as
mãos em vez de usar utensílios; utilizar a vestimenta como pano para limpar-se
ou secar-se; Ir ao banheiro com a roupa de trabalho. É muito fácil que a roupa
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
Por fim, existem requisitos para os visitantes, sendo que as pessoas que
visitam os locais de preparo dos alimentos, em particular as áreas de processo,
deverão estar vestidas de acordo com o aconselhado para o pessoal manipula-
dor e também deverão cumprir as mesmas disposições de higiene pessoal sina-
lizadas nesta seção.
Você lava as mãos corretamente? Para lavagem correta das mãos siga os
seguintes passos:
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UNIDADE 3
3.CUIDADOS COM O RECEBIMENTO E ESTOCAGEM
DOS ALIMENTOS
3.1 O FLUXO DAS COMPRAS
chegar a uma temperatura próxima a zero grau, ou do frango que deve chegar
a cerca de dois graus.
É necessária uma inspeção rápida, mas muito completa nessa etapa, ela-
borando-se um registro baseado nos critérios para aceitar ou não as matérias-
-primas. De preferência, as matérias primas devem ser recebidas em horas do
dia em que a temperatura ambiente sejam mais brandas e o seu descarrega-
mento deverá realizar-se o mais rápido possível. Toda matéria-prima que vem
do local de produção embalada em materiais como papelão, madeira, vime ou
tela, deve ser transferida para recipientes próprios do estabelecimento, como
por exemplo: caixas plásticas (cubas) ou de outro material de limpeza fácil, evi-
tando a introdução de contaminação externa no local.
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
3. Verifique as características como odor, cor, sabor, aroma e textura que cor-
respondam a todos os tipos de produto.
tando a multiplicação das bactérias. A proteção dos alimentos para evitar este
tipo de contaminações, também é aplicada quando não existem equipamentos
separados para alimentos crus e alimentos cozidos. Nesse caso, é aconselhado
colocar a carne crua, o frango ou o peixe separado dos alimentos cozidos ou
prontos para consumo, ou senão, debaixo destes para evitar gotejamento dos
alimentos crus sobre os já preparados. A ordem em que se devem colocar é a
seguinte, de cima para baixo: alimentos prontos para consumo, peixes inteiros,
cortes inteiros de carne ou porco, carne ou peixe moído, frango inteiro e/ou
moído, para evitar contaminações por gotejamento.
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
A embalagem é uma importante proteção dos alimentos, portanto, pro- dutos com
embalagens defeituosas podem apresentar micróbios patogênicos, parasitas ou
substâncias tóxicas. As embalagens podem contaminar os alimen- tos se não forem
limpas antes de abertas. Verifique cuidadosamente a condi- ção dos alimentos que
entram na sua cozinha! Produtos com prazo de validade vencido não devem ser
utilizados no preparo de alimentos.
2) Lave em água corrente vegetais folhosos (alface, escarola, rúcula, agrião, etc.)
folha a folha, e frutas e legumes um a um;
4) Enxaguar em água corrente vegetais folhosos folha a folha, e frutas e legu- mes
um a um;
5) Fazer o corte dos alimentos para a montagem dos pratos com as mãos e
utensílios bem lavados;
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UNIDADE 4
4. CUIDADOS COM O AMBIENTE DE TRABALHO
4.1 MATERIAIS PERMITIDOS NA COZINHA
Sobre o uso da esponja devemos estar atentos a algumas dicas: não dei-
xar a esponja de louça dentro da pia, nem mergulhada em água e/ou detergen-
te; Higienizá-la ao final do expediente, deixando-a secar naturalmente; Descar-
tá-la no máximo após uma semana de uso, ou antes, se necessário. Além disso,
não devemos deixar sabão dentro de recipiente com água nem baldinho de lixo
sobre a pia; Não usar escovas, esponjas ou similares de metal, lã, palha de aço,
madeira, amianto e materiais rugosos e porosos; Não reaproveitar embalagens
de produtos de limpeza; Não utilizar panos de pia, puxando a água com um
pequeno rodo plástico. Manter separados os panos de louça e limpeza. Os pa-
nos de limpeza de banheiros e piso devem ficar fora da área de manipulação de
alimentos. Secar as mãos com papel toalha, e não em pano de prato ou avental.
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
Algumas dessas BPF devem ser conhecidas pelo manipulador e terão va-
riações dependendo da complexidade do estabelecimento, podendo incluir:
Localização do local de preparo e ao redor: Os princípios básicos para prevenir
a contaminação dos alimentos, indicam que o ao redor seja afastado de depósi-
tos de lixo, correntes das águas servidas, lugares de produção de tóxicos e ou-
tras fontes de contaminação.
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Este setor deve incluir: pias para lavagem das mãos devidamente equipa-
das com serviço permanente de água quente e fria, sabão e desinfetante, esco-
va para unhas, toalhas descartáveis ou secadores de ar; recipientes para lixo, na
medida do possível com tampa basculante ou acionada por pedal. É desejável
que as pias tenham sistemas para ativar o fluxo da água com o uso do joelho,
do pé, braço, ou por sensores eletrônicos.
Quando for possível, esta área deve incluir chuveiros para uso do pessoal.
Fornecimento e qualidade da água e do gelo: A disponibilidade da água deve ser
suficiente para satisfazer a demanda tanto para o uso na lavagem e preparação
de alimentos, como para as tarefas de limpeza e desinfecção. Sua procedência
deve ser da rede pública, ou se for o caso, ser tratada no lugar para torná-la se-
gura, levando em consideração que a água não tratada só poderá ser utilizada
em equipamentos de frio e produção de vapor, nunca e contato com os alimen-
tos ou para apagar incêndios. O gelo deve ser preparado a partir de água potá-
vel e uma vez fabricado, será mantido com muito cuidado em sua manipulação
para evitar a contaminação por recipientes, utensílios ou as mãos do manipula-
dor. É frequente a manipulação indevida do gelo, permitindo seu contato com o
solo, tirando-o com as mãos ou com utensílios sujos, práticas que sempre de-
vem ser evitadas pelo manipulador.
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A cozinha deve ter lixeiras de fácil limpeza, com tampa e pedal. Retire
sempre o lixo para fora da área de preparo de alimentos em sacos bem fecha-
dos. Após o manuseio do lixo, deve-se lavar as mãos. O lixo, além de atrair in-
setos e outros animais para a área de preparo dos alimentos, é um meio ideal
para a multiplicação de micróbios patogênicos.
Como evitar as pragas urbanas: As portas não devem ter frestas em baixo,
quanto mais vedado melhor. Sempre trocar cerâmicas soltas, fofas, quebradas.
Tapar com argamassa por exemplo os buracos que tiverem nas paredes. Fazer
lavagem geral do ambiente de trabalho, de forma periódica. Higienizar bem os
equipamentos sempre antes e após os usos. Ter o cuidado com os armários,
fazer a limpeza periódica. Retirar o lixo da cozinha de forma periódica.
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ram alimentos tem muita relação com as condições estruturais, com a forma de
armazenar; retirar os refugos do lugar e tratamentos eficazes de limpeza e de-
sinfecção. Com isso, todas as medidas que o manipulador tenha a seu alcance,
são de grande ajuda para o controle desse problema. Em estabelecimentos de
certa complexidade, o controle de pragas é confiado a empresas especializadas,
mas a vigilância por parte do manipulador sempre se deve considerar como o
primeiro passo para um melhor controle, junto com medidas complementares
como a aplicação de químicos. A tendência para o controle das pragas é para o
uso de medidas preventivas da sua proliferação no estabelecimento, no lugar
de medidas de controle com uso de substâncias químicas tóxicas.
Preparar um alimento com segurança também tem suas regras. Nas cozi-
nhas domésticas o preparo costuma ser bem mais simples, pois tudo é feito e
consumido praticamente no mesmo dia. Já nas cozinhas industriais o preparo
torna-se uma verdadeira produção, muitas vezes com várias etapas a serem
cumpridas em momentos diferentes. Chamamos de pré-preparo as atividades
de higienizar, cortar, descascar, picar, catar ou selecionar, congelar e desconge-
lar, dessalgar, temperar, misturar, bater ou amassar os alimentos.
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Os balcões e bufês devem ser protegidos para que os clientes não conta-
minem os alimentos enquanto se servem. Como a boca e a garganta contém
grande quantidade de micróbios, por meio da saliva os clientes podem conta-
minar os alimentos prontos, enquanto se servem. Os funcionários responsáveis
por servir o alimento devem estar sempre com as mãos lavadas. Os funcioná-
rios que manipulam o alimento (mesmo com guardanapos, pegadores e talhe-
res) não podem pegar em dinheiro.
Assim que termina o cozimento de um alimento que não será consumido na hora,
ele deve ser resfriado. Não espere os alimentos esfriarem em tempera- tura
ambiente para baixar sua temperatura, pois os microrganismos podem ini- ciar sua
multiplicação, potencializando os riscos de deterioração e de doenças de origem
alimentar, como já foi explicado. Para que o resfriamento aconteça
o mais rapidamente possível, é necessário que a geladeira, a câmara de resfria-
mento ou o freezer estejam em perfeitas condições de uso e com temperatura
inferior a 5°C. Alguns equipamentos já vêm com termostato indicando a tempe-
ratura.
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de que foi bem cozido. Deve-se evitar o consumo de carnes mal passadas. Se a
técnica utilizada for a fritura, a qualidade do óleo ou gordura é um fator funda-
mental.
A temperatura do óleo não deve ultrapassar 180°C, pois acima desse valor
as gorduras tornam-se saturadas e são prejudiciais ao nosso organismo. Por
esse motivo, o óleo não deve ser reutilizado. Use somente a quantidade neces-
sária para evitar desperdícios. Durante a fritura observe a ocorrência de altera-
ções como formação de espuma, fumaça, escurecimento ou cheiro de gordura
queimada. Se isso acontecer, descarte o óleo, substituindo-o por outro.
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TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
ser efetuado no refrigerador até que a temperatura atinja uns 5 graus centí-
grados. O descongelamento à temperatura ambiente, que se pratica em alguns
estabelecimentos, não é recomendável, pois pode permitir a multiplicação de
microrganismos que se encontrem na parte externa do produto.
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UNIDADE 5
5 . PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZA-
DOS E MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
5.1 CONCEITO DE POPs
1 Stolarski, Márcia Cristina, et al., org. Procedimento operacional padronizado / organizadores Márcia Cristina Stolarski; Andréa Bruginski
Dorigo ; Fernanda Brzezinski da Cunha [e] Stela de Oliveira. - Curitiba : SEED–PR., 2015. – 1v. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.
pr.gov.br/arquivos/File/alimenatacao_escolar/pops_2016.pdf
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REFERÊNCIAS
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em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, 06 nov. 2002.
ESPÍRITO SANTO. Manual de Boas Práticas para Manipulação de Alimentos nas Unidades Es-
colares do Município de Vila Velha e Procedimentos Operacionais Padronizados. 2012.
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RIBEIRO, C.G. Doenças transmitidas por alimentos. Curitiba, 19 set. 2014. Aula proferida na
Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Comunicação verbal.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Vigilância Sanitária. Portaria CVS 18,
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