Princípios Gerais Do Diagnóstico Psicopatológico

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Princípios Gerais do

Diagnóstico
Psicopatológico
Disciplina: Psicopatologia I
Prof. Roger Machado
A OBSERVAÇÃO PSICOPATOLÓGICA

◼ Qual deve ser a postura do profissional diante


da necessidade de avaliação psicopatológica?

Ele precisa aprender a fazer, decriptar, desconstruir,


analisar atomisticamente, cada sequência
condutal e pouco a pouco ir ligando-a a estruturas
mais amplas, psicopatológicas, psicológicas e,
finalmente, nosográficas (a estruturas do sintoma
dentro do entendimento de uma doença
específica).
A OBSERVAÇÃO PSICOPATOLÓGICA
◼ É importante que saibamos recolher os dados,
aprofundá-los, interpretá-los objetiva e diretamente,
sem teoria, sem categoria, utilizando-nos apenas da
“empatização” que temos com o paciente.
◼ Nossa carga conceitual nos impede de voltar às
pequenas seqüências tão fundamentais para a prática
psicopatológica: “Muita fumaça teórica esconde pouco
fogo clínico”.
◼ Em clínica psicopatológica devemos fugir do
preciosismo acadêmico e encarar os fatos da
realidade.
◼ O papel do psicopatólogo é saber “captar” as
estruturas doentes que se rigidificam.
O DIAGNÓSTICO PSICOPATOLÓGICO
◼ Há, no processo diagnóstico, uma relação dialética
permanente entre o particular, individual e o geral,
universal.
◼ Os diagnósticos são ideias, fundamentais para o
trabalho científico, para o conhecimento do mundo,
mas não objetos reais e concretos.
◼ Três grupos de fenômenos quanto à
possibilidade de classificação: 1. Encontrados
em todos os seres humanos; 2. Encontrados em
algumas pessoas, mas não em outras; 3.
Encontrados em apenas um ser humano em
particular.
O DIAGNÓSTICO PSICOPATOLÓGICO
◼ A legitimidade do diagnóstico sustenta-
se:
- No aprofundamento do conhecimento do indivíduo e
das entidades nosológicas;
- No avanço da ciência;
- Na antevisão de um prognóstico;
- No estabelecimento de ações terapêuticas e
preventivas;
- Na comunicação mais precisa entre profissionais e
pesquisadores.
ASPECTOS PARTICULARES DO
DIAGNÓSTICO
1. Baseado preponderantemente nos dados clínicos;
2. Não é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos
etiológicos supostos pelo entrevistador;
3. Deve-se manter duas linhas de raciocínio clínico: diagnóstica
(descrição evolutiva e atual dos sintomas) e etiológica;
4. Não existem sinais e sintomas psicopatológicos totalmente
específicos de determinado transtorno.
5. O diagnóstico é, em inúmeros casos, apenas possível com a
observação do curso da doença;
6. Deve ser sempre pluridimensional;
7. Quanto ao procedimento diagnóstico: confiabilidade;
validade, sensibilidade e especificidade.

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