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A anamnese fisioterapêutica em gestantes é uma parte crucial da avaliação inicial realizada

por fisioterapeutas especializados em saúde materno-fetal. Aqui está uma visão geral dos
aspectos principais envolvidos:

Histórico médico: Isso inclui informações sobre a saúde prévia da gestante, como condições
médicas pré-existentes (como diabetes, hipertensão, distúrbios cardíacos), histórico de
cirurgias anteriores, problemas ortopédicos ou musculoesqueléticos e histórico de gestações
anteriores.

Histórico obstétrico: Este inclui informações sobre a gestação atual, incluindo idade
gestacional, número de gestações anteriores, partos prévios (vaginal ou cesárea), abortos
prévios, complicações durante gestações anteriores e problemas durante o parto.

Histórico familiar: Questões sobre histórico familiar de doenças genéticas, condições médicas
crônicas ou problemas durante a gestação podem ser relevantes para determinar o risco para a
gestante.

Sintomas atuais: A fisioterapeuta irá perguntar sobre os sintomas atuais da gestante, como dor
lombar, dor pélvica, incontinência urinária, inchaço nas pernas, entre outros. Detalhes sobre a
intensidade, frequência e duração dos sintomas são importantes para o diagnóstico e
planejamento do tratamento.

Atividade física e estilo de vida: Questões sobre nível de atividade física, postura no trabalho,
atividades diárias e prática de exercícios físicos durante a gestação são importantes para
entender o contexto em que os sintomas ocorrem e para orientar o manejo da gestante.

Avaliação postural e biomecânica: A avaliação da postura da gestante é fundamental para


identificar desalinhamentos biomecânicos que podem contribuir para os sintomas relatados.
Isso pode incluir observação da postura estática e análise da marcha.
Exames complementares: Dependendo dos sintomas apresentados pela gestante, exames
complementares como ultrassonografia, radiografia, ressonância magnética ou exames de
sangue podem ser solicitados para auxiliar no diagnóstico.

É importante que a anamnese seja realizada de forma completa e detalhada para garantir um
diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado às necessidades individuais da
gestante

Durante a gestação, várias condições médicas podem surgir ou se agravar devido às


mudanças fisiológicas no corpo da mulher. Aqui estão algumas das principais patologias que
podem afetar as gestantes:
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia: Caracterizada por pressão arterial elevada, proteína na urina e, em
casos graves, convulsões. É uma das principais complicações da gravidez e pode ser
potencialmente fatal se não for tratada adequadamente.

Diabetes gestacional: Condição na qual a glicose no sangue aumenta durante a gestação,


podendo levar a complicações para a mãe e o bebê, como macrossomia fetal (bebê grande),
hipoglicemia neonatal e aumento do risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Anemia: Muitas mulheres grávidas apresentam anemia devido ao aumento do volume


sanguíneo e às demandas crescentes de ferro pelo feto. A anemia pode causar fadiga, falta de
ar e aumentar o risco de parto prematuro.

Infecções urinárias: As gestantes têm um risco aumentado de infecções do trato urinário


devido à compressão da bexiga pelo útero em crescimento, o que pode dificultar o
esvaziamento completo da bexiga.

Doença cardíaca pré-existente: Condições cardíacas prévias, como cardiopatia congênita ou


valvulopatias, podem se agravar durante a gestação devido ao aumento do volume sanguíneo
e às demandas cardíacas aumentadas.

Hipertensão arterial crônica: Mulheres com hipertensão arterial prévia têm um risco
aumentado de complicações durante a gestação, como pré-eclâmpsia, parto prematuro e
restrição do crescimento fetal.

Distúrbios da tireoide: Distúrbios da tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo,


podem afetar a gravidez e o desenvolvimento fetal se não forem controlados adequadamente.

Depressão e ansiedade: A gestação pode desencadear ou agravar problemas de saúde mental,


como depressão e ansiedade, devido a mudanças hormonais e estresse emocional.

Essas são apenas algumas das principais patologias que podem afetar as gestantes. É
importante que as mulheres grávidas recebam cuidados pré-natais adequados e sejam
monitoradas de perto por profissionais de saúde para identificar e tratar precocemente
qualquer condição médica que possa surgir durante a gestação.

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A fisioterapia desempenha um papel importante no manejo das disfunções


musculoesqueléticas e outros problemas de saúde que podem afetar as gestantes. Aqui estão
algumas das maneiras pelas quais a fisioterapia pode atuar:

Alívio da dor: A fisioterapia pode ajudar a aliviar dores musculares, lombares e pélvicas
comuns durante a gestação por meio de técnicas como terapia manual, exercícios
terapêuticos, alongamentos e modalidades físicas como calor, frio e eletroterapia.
Fortalecimento muscular: O fortalecimento muscular é importante para suportar o aumento
de peso durante a gestação e para prevenir ou tratar problemas como dor lombar e pélvica. A
fisioterapia pode prescrever exercícios específicos para fortalecer os músculos do core, da
pelve e das costas.

Melhora da postura: A gestação pode causar alterações na postura devido ao aumento do peso
abdominal e das alterações biomecânicas. A fisioterapia pode fornecer orientações sobre
postura adequada e exercícios para fortalecer os músculos que suportam uma postura correta.

Tratamento de disfunções do assoalho pélvico: Problemas como incontinência urinária,


prolapsos pélvicos e disfunções sexuais são comuns durante a gestação e no pós-parto. A
fisioterapia pode incluir exercícios específicos do assoalho pélvico, biofeedback e
estimulação elétrica para fortalecer e reabilitar esses músculos.

Preparação para o parto: A fisioterapia pode fornecer técnicas de respiração, relaxamento e


posicionamento para ajudar as gestantes a se prepararem para o trabalho de parto e para
melhorar a eficiência das contrações durante o parto.

Reabilitação pós-parto: Após o parto, a fisioterapia pode ajudar na recuperação muscular,


fortalecimento do assoalho pélvico e realinhamento postural, além de tratar problemas como
diástase dos músculos abdominais e cicatrização de episiotomias ou lacerações perineais.

Educação e aconselhamento: A fisioterapia pode fornecer orientações sobre atividade física


segura durante a gestação, posturas ergonômicas no trabalho e em casa, técnicas de
levantamento seguro e cuidados com o corpo durante a gravidez e no pós-parto.

É importante que as intervenções de fisioterapia sejam adaptadas às necessidades individuais


de cada gestante, levando em consideração sua condição médica, estágio da gestação e
objetivos de tratamento específicos. Um fisioterapeuta especializado em saúde materno-fetal
pode desenvolver um plano de tratamento personalizado para cada gestante, visando melhorar
sua qualidade de vida e bem-estar durante a gestação e no pós-parto.

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Caso Clínico 1: Dor lombar durante a gestação. uma gestante de 32 semanas de gestação
relata dor lombar intensa, especialmente após períodos prolongados em pé ou sentada. Ela
busca ajuda para aliviar a dor e melhorar sua qualidade de vida durante a gestação.

R: Avaliação postural, fortalecimento dos músculos do core e da região lombar, técnicas de


relaxamento muscular, orientações sobre postura correta e uso de suporte lombar durante
atividades que exacerbem a dor.

 Yoga ou Pilates pré-natal


 Massagem terapêutica: Ensine técnicas simples de massagem que a gestante pode
realizar sozinha ou com a ajuda de um parceiro para aliviar a tensão muscular na
região lombar. Isso pode incluir movimentos suaves de amassamento, deslizamento e
pressão em pontos de tensão específicos.
 Alongamentos suaves: Oriente a gestante a realizar alongamentos suaves dos
músculos da região lombar, como flexão do quadril e inclinações pélvicas, mantendo
cada alongamento por cerca de 20-30 segundos e respirando profundamente durante o
alongamento para promover relaxamento.
 Respiração diafragmática: Instrua a gestante a deitar-se confortavelmente de lado ou
em uma posição semi-inclinada e a respirar profundamente, enchendo o abdômen e
expandindo as costelas durante a inspiração e liberando o ar lentamente durante a
expiração

Caso Clínico 2: Diástase dos músculos abdominais Uma gestante de 28 semanas de gestação
nota uma separação significativa dos músculos abdominais, causando desconforto e fraqueza
na região abdominal. Ela está preocupada com o impacto dessa condição em sua gravidez e
busca orientação.

R: Avaliação da diástase e orientações sobre exercícios de fortalecimento do core, exercícios


de respiração diafragmática, instruções sobre como evitar atividades que aumentem a pressão
intra-abdominal.

Caso Clínico 3: Incontinência urinária Uma gestante no terceiro trimestre de gravidez relata
episódios de perda de urina ao tossir, espirrar ou fazer esforço físico. Ela está preocupada
com a incontinência e busca tratamento para melhorar a função do assoalho pélvico.

R: Avaliação do assoalho pélvico, exercícios de contração e relaxamento dos músculos do


assoalho pélvico (exercícios de Kegel), orientações sobre hábitos miccionais saudáveis,
biofeedback eletromiográfico.

 eletrodos são colocados na região perineal (próxima ao ânus) e/ou intravaginal (para
mulheres) ou no períneo (para homens), dependendo do tipo de incontinência e das
necessidades individuais da paciente.
 A paciente é instruída a realizar os exercícios de contração dos músculos do assoalho
pélvico (exercícios de Kegel), enquanto observa o feedback fornecido pelo
equipamento de biofeedback.
 Durante a contração muscular, a paciente pode visualizar em um monitor ou ouvir
através de sons emitidos pelo equipamento como está a atividade muscular. Isso
permite que ela ajuste a intensidade e a duração da contração para otimizar o
desempenho dos exercícios.
 Ajustes e orientações: Com base no feedback fornecido pelo equipamento, o
fisioterapeuta faz ajustes nos exercícios, orienta a paciente sobre a técnica correta de
contração e fornece dicas para melhorar o controle dos músculos do assoalho pélvico.
 Prática regular: A paciente é encorajada a praticar os exercícios de biofeedback
regularmente em casa, seguindo as orientações do fisioterapeuta

 Beber líquidos adequados:


 Urinar quando sentir vontade:
 Esvaziar completamente a bexiga:
 Adotar uma postura adequada: Ao urinar, sente-se ou agache-se em uma posição que
permita relaxar completamente os músculos do assoalho pélvico e esvaziar a bexiga
sem esforço excessivo.
 Evitar fazer força excessiva: Evite fazer força excessiva ao urinar, pois isso pode
causar danos aos músculos do assoalho pélvico e aumentar o risco de prolapso
 Praticar uma boa higiene pessoal: Após urinar, limpe-se da frente para trás para evitar
a contaminação da uretra com bactérias do ânus
 Cuidar da saúde intestinal: Evite a constipação, pois a pressão excessiva sobre a
região pélvica pode afetar o funcionamento da bexiga e contribuir para problemas
urinários.
 Realizar exercícios do assoalho pélvico: Pratique regularmente exercícios de
fortalecimento e coordenação dos músculos do assoalho pélvico, como os exercícios
de Kegel
 Limitar o consumo de substâncias irritantes: Evite alimentos e bebidas que possam
irritar a bexiga, como cafeína, álcool, alimentos picantes
 Manter um peso saudável: O excesso de peso pode colocar pressão adicional sobre a
bexiga e os músculos do assoalho pélvico, aumentando o risco de incontinência
urinária.

Caso Clínico 4: Caso Clínico 4: Dor pélvica Uma gestante de 20 semanas de gestação
apresenta dor intensa na região pélvica, especialmente ao caminhar, subir escadas ou virar na
cama. Ela procura alívio da dor e estratégias para melhorar sua mobilidade.

R: R: Avaliação dos músculos do assoalho pélvico, exercícios de fortalecimento e


coordenação dos músculos pélvicos, técnicas de relaxamento, uso de cintas de suporte
pélvico, educação sobre atividades que devem ser evitadas.

Contração do assoalho pélvico (exercícios de Kegel): Peça para ela manter a contração por 5
a 10 segundos, evitando prender a respiração, e depois relaxar completamente por outros 5 a
10 segundos. Recomende de 10 a 15 repetições, realizadas de 3 a 4 vezes ao dia.
Elevação pélvica (Bridge): Recomende de 10 a 15 repetições, realizadas de 2 a 3 vezes ao
dia.

Exercício da borboleta:

Peça à gestante para sentar-se com as solas dos pés juntas, deixando os joelhos caírem para os
lados.

Instrua-a a contrair os músculos do assoalho pélvico e, em seguida, abrir e fechar os joelhos,


como se estivesse batendo asas de uma borboleta.

Ela deve manter uma postura ereta e a respiração regular durante o exercício.

Recomende de 10 a 15 repetições, realizadas de 2 a 3 vezes ao dia.

Caso Clínico 5: Edema nas pernas e tornozelos Uma gestante de 34 semanas de gestação
apresenta inchaço significativo nas pernas e tornozelos, causando desconforto e dificuldade
de mobilidade. Ela busca maneiras de reduzir o edema e melhorar o desconforto.

R: Orientações sobre exercícios de mobilização e elevação das pernas, uso de meias de


compressão, drenagem linfática manual, orientações sobre hidratação adequada e controle do
consumo de sal.

Caso Clínico 6: Desconforto respiratório uma gestante de 30 semanas de gestação relata


dificuldade para respirar profundamente e sensação de falta de ar, especialmente ao deitar-se.
Ela busca orientações para melhorar sua respiração e conforto respiratório.

R: Avaliação da função respiratória, exercícios de respiração diafragmática e costal, técnicas


de expansão pulmonar, exercícios de fortalecimento dos músculos respiratórios, orientações
sobre postura adequada para otimizar a mecânica respiratória.

Caso Clínico 7: Dor cervical e cefaleia Uma gestante de 25 semanas de gestação apresenta
dor persistente no pescoço e cefaleia tensional, interferindo em suas atividades diárias. Ela
busca tratamento para aliviar a dor e melhorar sua qualidade de vida.

R: Avaliação postural, exercícios de fortalecimento dos músculos cervicais e escapulares,


alongamento dos músculos do pescoço, técnicas de relaxamento, orientações sobre postura
adequada durante atividades sedentárias.
 Elevação de ombros: Instrua-a a elevar os ombros em direção às orelhas, mantendo os
braços retos, e depois abaixá-los suavemente.
 Recomende de 10 a 15 repetições, realizadas lentamente,
 Retração escapular:
 Peça à gestante para sentar-se ou ficar em pé com os braços ao lado do corpo. instrua-
a a retrair as escápulas, puxando-as para trás e para baixo, como se estivesse tentando
juntar as omoplatas. Recomende de 10 a 15 repetições, mantendo a posição por alguns
segundos em cada repetição
 Encolhimento de ombros com faixa elástica:
 Peça à gestante para segurar uma extremidade de uma faixa elástica com ambas as
mãos, mantendo os braços estendidos à frente na altura dos ombros.
 Instrua-a a encolher os ombros para cima e para trás, contra a resistência da faixa
elástica, mantendo os braços retos.
 Recomende de 10 a 15 repetições

Caso Clínico 8: Síndrome do túnel do carpo Uma gestante de 22 semanas de gestação relata
dormência e formigamento nas mãos, especialmente durante a noite. Ela busca maneiras de
aliviar os sintomas e melhorar sua função manual.

R: Avaliação da postura, orientações sobre ergonomia no trabalho e em atividades diárias,


exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos do punho e da mão, uso de talas
noturnas.

Caso Clínico 9: Ansiedade e estresse Uma gestante de 18 semanas de gestação apresenta


sintomas de ansiedade e estresse, relacionados às preocupações com a gravidez e ao
ajustamento às mudanças físicas e emocionais. Ela busca apoio emocional e estratégias de
coping.

 R: Aconselhamento individual: Encaminhar a gestante para aconselhamento


individual com um psicólogo ou terapeuta especializado em saúde mental perinatal.
 Grupos de apoio:
 Técnicas de relaxamento: Ensinar técnicas de relaxamento, como respiração profunda,
meditação
 Exercícios físicos suaves: Recomendar exercícios físicos suaves, como caminhadas,
ioga pré-natal
 Educação sobre a gravidez: Fornecer informações detalhadas sobre o
desenvolvimento fetal, mudanças físicas e emocionais durante a gravidez
 Estabelecimento de rotinas saudáveis:

Caso Clínico 10: Preparação para o parto Uma gestante de 36 semanas de gestação busca
orientações sobre exercícios e técnicas de relaxamento para prepará-la para o trabalho de
parto e melhorar sua experiência durante o parto.

R: Exercícios de alongamento e fortalecimento:

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