Procedimentos de Segurança para Atividades em Laboratórios SESMT USP
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PROCEDIMENTOS DE
SEGURANÇA PARA
ATIVIDADES
EM LABORATÓRIOS
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Sumário
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3
OBJETIVO ................................................................................................................................. 3
ITENS ABORDADOS ............................................................................................................... 4
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ........................................................................................ 4
RISCOS ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM LABORATÓRIOS ........................... 5
REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO: ................................................................ 6
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO . 8
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA MANUSEIO DE: BICO DE BUNSEN ................................ 11
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA MANUSEIO DE: GASES COMPRIMIDOS....................... 13
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA MANUSEIO DE: VIDRARIAS DE LABORATÓRIO ....... 16
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA MANUSEIO DE: PERFUROCORTANTES ....................... 18
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA MANUSEIO DE: NITROGÊNIO LÍQUIDO ...................... 19
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA UTILIZAÇÃO DE: PRODUTOS QUÍMICOS .................... 21
Informações gerais sobre produtos químicos ........................................................................... 21
Simbologia ................................................................................................................................ 29
Orientações para armazenamento de Produtos Químicos: ....................................................... 32
Compatibilidade de Produtos Químicos ................................................................................... 33
Descarte de Resíduos Químicos: .............................................................................................. 35
Capelas de Exaustão ................................................................................................................. 36
Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) ....................................... 38
Manipulação de Quimioterápicos Antineoplásicos .................................................................. 39
Manipulação de Anestésicos Gasosos ...................................................................................... 40
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA MANIPULAÇÃO DE: MATERIAL BIOLÓGICO .............. 43
Informações gerais sobre agentes biológicos ........................................................................... 43
Orientações gerais para manipulação de agentes biológicos .................................................... 50
Cabine de Fluxo Laminar / Cabine de Segurança Biológica .................................................... 51
Descarte de Resíduos Biológicos: ............................................................................................ 53
ORIENTAÇÕES BÁSICAS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ................................................................ 54
FINALIZAÇÃO ....................................................................................................................... 60
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INTRODUÇÃO
Desde o seu surgimento, o campo da Segurança e Saúde no Trabalho tem evoluído no sentido
de garantir, tanto a proteção do trabalhador, quanto a da continuidade do funcionamento do
processo produtivo das organizações. Recentemente, esse campo tem sofrido diversas
alterações com a introdução de ferramentas de gestão, que cada vez mais, vem garantindo no
âmbito da prática das organizações, melhores condições de trabalho e consequentemente
menores índices de acidentes e doenças no trabalho.
Eles são apresentados de forma simples, de forma a garantir que qualquer trabalhador possa
utilizá-los e está em conformidade com as exigências prevista na legislação brasileira. Cabe
ressaltar, que esses procedimentos são diretrizes gerais para um trabalho seguro e, portanto,
não são estáticos e devem reagir e se adaptarem aos determinantes da realidade.
OBJETIVO
Os Procedimentos de Segurança para Trabalho em Manutenção tem o objetivo de estabelecer
diretrizes gerais para a execução das diversas tarefas, de maneira a garantir a integridade
psicofisiológica dos funcionários, através da implantação de normas de segurança que garantam
maior segurança e, consequentemente, a diminuição dos acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais.
Além disso, eles têm o objetivo de auxiliar os funcionários, chefias e gestores da Universidade
de São Paulo na escolha dos Equipamentos de Proteção Individual requeridos nas diversas
atividades por eles desenvolvidas ou geridas.
Por fim, com a implantação destes, pretende-se cumprir e fazer cumprir os preceitos
estabelecidos pela legislação brasileira, em especial aos tópicos referentes à saúde e segurança
do trabalho.
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ITENS ABORDADOS
Este procedimento aborda os seguintes assuntos:
- Equipamentos de Laboratório
- Bico de Bunsen
- Gases Comprimidos
- Vidrarias
- Perfurocortantes
- Nitrogênio Líquido
- Produtos Químicos
- Materiais Biológicos
Telefones de Emergência
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Este procedimento foi elaborado com base nas diretrizes estabelecidas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), em especial, nas Normas Regulamentadoras (NR), Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e FUNDACENTRO.
Foram utilizadas imagens e orientações técnicas da página virtual da Revista Super Guia de
Proteção (www.superguianet.com.br/manual-de-orientacoes-tecnicas) e de diversas empresas
fabricantes e/ou comerciantes de Equipamento de Proteção Individual, disponibilizados na
internet.
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Laboratório de ensino e pesquisa se define como o local construído com a finalidade de realizar
experimentos em diversas áreas, sendo estes denominados Físicos, Químicos, Biológicos ou
Bioquímicos.
Acidentes: Cortes com equipamentos e vidrarias, perfurações, queimaduras por fontes de calor
e respingos de nitrogênio líquido, asfixia, explosões e incêndios (armazenamento inadequado de
produtos químicos), etc.
Tendo em vista os riscos apresentados, cuidados devem ser tomados para garantir a segurança
e, consequentemente, a eliminação ou diminuição dos acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais.
Por este motivo, foram desenvolvidos procedimentos de segurança relacionados aos potenciais
riscos envolvidos em cada atividade, e que deverão ser mantidos em todos os locais onde são
realizadas as atividades.
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É obrigatório o uso de: jaleco longo de algodão fechado sobre a roupa, calçado fechado,
cabelos compridos presos e de calça comprida nos trabalhos realizados nos laboratórios,
além da utilização de todos os EPIs recomendados no Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA);
O jaleco deve ser utilizado somente nas áreas do Laboratório ou Salas de apoio;
Todo laboratório ou Sala de apoio (sala de lavagem, estoque, biotério, etc.) deverá ter um
responsável, cujo contato (telefone) deverá ser fixado na porta do local;
Quando o laboratório estiver vazio, deve permanecer trancado. Isto se aplica não somente
ao período noturno, mas também durante o dia, quando não houver nenhum servidor ou
docente responsável no seu interior;
Mantenha sempre alguém da vigilância avisado quando trabalhar à noite ou nos finais de
semana para que os mesmos visitem periodicamente o local;
Bolsas, roupas, celulares ou qualquer material não pertinente ao trabalho deverão ser
mantidos em locais próprios (armários) e não devem ser colocados sobre as bancadas;
Informe-se sobre os tipos e usos de extintores de incêndio, bem como a localização dos
mesmos;
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Leia sempre o manual de Instruções antes de utilizar um equipamento pela primeira vez;
É proibido o uso de lentes de contato no laboratório, pois, estas podem ser danificadas por
vapores de solventes;
Não é permitido colocar nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos;
Lixo comum, lixo biológico, vidros quebrados e materiais perfuro-cortantes deve ser
acondicionados em recipientes separados;
Frascos vazios de solventes e reagentes devem ser limpos e enviados para descarte;
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Não ligue chapas ou mantas de aquecimento que tenham resíduos aderidos sobre a sua
superfície.
Muflas:
Não tente remover ou introduzir material na mufla sem utilizar pinças e EPIs adequados.
Estufas:
Não abra a porta da estufa de modo brusco quando a mesa estiver aquecida.
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Autoclaves:
Forno de Micro-ondas:
Ao colocar soluções, meios de cultura ou água para aquecer, certifique-se que a tampa do
recipiente esteja entreaberta, pois qualquer material quando aquecido cria pressão se
estiver totalmente fechado, trazendo risco de explosão.
Banho-Maria
Homogeneizadores:
Os homogeneizadores de alta velocidade devem ser testados antes com água ou azul de
metileno, para certificar o fechamento hermético;
Antes de abrir os frascos, deixar em repouso no mínimo por 1 minuto para que o aerossol
se assente. Redobrar os cuidados caso haja formação de espuma ou bolhas.
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Centrífugas:
Após o uso, desinfetar todo o conjunto e após, passar pano umedecido em água.
Agitadores
Manipulação de material
Utilizar as luvas somente ao fim que
Luva térmica para frio em baixas temperaturas
se destina e no setor de trabalho.
(freezer, gelo seco).
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Deverá ser designado um ou mais responsáveis pela conferência das instalações de gás
GLP, aberturas e fechamentos dos registros;
Todos os usuários deverão ser treinados quanto aos riscos presentes na manipulação dos
Bicos de Bunsen;
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OXIGÊNIO: Seu risco principal é o fato de ser altamente reativo com gases inflamáveis e pelo
fato de ser essencial no processo de combustão.
ARGÔNIO: O argônio é um gás asfixiante, inerte e não inflamável. Seu risco principal está no
fato de que também desloca o oxigênio em áreas fechadas ou confinadas, causando uma
atmosfera deficiente de oxigênio.
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Nunca usar óleo lubrificante em válvulas redutoras dos cilindros de gás comprimido, pois há
risco de incêndio e explosão;
Fazer testes de vazamento com solução de sabão, toda vez que forem instaladas válvulas
redutoras em cilindros de gás comprimido;
Não abrir a válvula principal sem antes se certificar de que a válvula redutora está fechada;
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Não use escovas muito gastas para evitar que a parte metálica risque o vidro;
Use bastão com proteção plástico ou de borracha para evitar riscos ou trincar o interior do
recipiente de vidro;
Coloque todo o material de vidro inservível no local identificado para este fim;
Para evitar quebras durante a fixação de material de vidro a suportes, não permita contato
direto metal-vidro e não utilize força excessiva para apertar os grampos;
Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta. Use, sempre que possível
uma tela para dispersão de calor sobre a chama;
Utilize anteparo de borracha na pia de lavagem para evitar bater a vidraria que está sendo
lavada;
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Atividades onde há
Avental em trevira contato com produtos Utilizar somente ao fim que se destina e no
impermeável químicos, biológicos e setor de trabalho.
umidade.
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Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, entre outros), mesmo que
estéril, deve ser desprezado em recipientes específicos, resistente à punctura, que atenda
a norma da ABNT (NBR 12809:2013);
Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser preenchidos acima do
limite de 2/3 de sua capacidade total.
O transporte do recipiente de descarte de perfuro deve ser realizado pelas alças existentes.
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O manuseio dos cilindros deve ser feito em locais abertos ou bem ventilados e fora da área
de passagem;
Caso o cilindro necessite ser mantido em local onde não há ventilação constante, adequada
e suficiente (ex.: interior do Laboratório), é imprescindível a instalação de indicadores de
oxigênio, também conhecidos como oxímetros com alarme, utilizados para medir a
concentração de oxigênio na atmosfera;
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Atividades de
Utilizar somente ao fim que se destina e
Protetor facial em enchimento de cilindros
nos locais de realização das atividades
policarbonato onde há risco de
citadas.
respingos
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Muitos aldeídos são líquidos voláteis e inflamáveis. São irritantes da pele, dos olhos e do trato
respiratório e, dentre eles, estacam-se o formaldeído, que é altamente irritante dos olhos,
garganta e sistema respiratório. Pode causar dermatite e desenvolver alergias, levando à
congestão nasal e asma pelo contato em pequenas quantidades.
A Acrilamida é uma das mais tóxicas desse grupo, causa doença incomum ao sistema nervoso,
os sintomas iniciais são fadiga, sonolência e tremores nos dedos, exposição ulterior leva à perda
do equilíbrio e dificuldade de andar, a exposição pode resultar da inalação da poeira ou
absorção da pele, é também um forte irritante da pele.
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A maioria dessas substâncias tem ótimas propriedades solventes e são muito voláteis. Nos
laboratórios utiliza-se o clorofórmio que é um anestésico muito conhecido, porém o seu uso
médico foi diminuído porque pode causar lesão no fígado. Exposições prolongadas ou a altas
concentrações pode provocar lesão nos rins. O odor só é percebido em concentrações 4 a 6
vezes mais que o limite legal de exposição. O clorofórmio é irritante dos olhos e das vias
respiratórias.
Cetonas: Acetonas
Em geral parecem ter baixa toxicidade, acima do limite de tolerância têm efeito narcótico e a
inalação do vapor pode causar sonolência e tontura, são irritantes dos olhos e do trato
respiratório superior, pela sua capacidade de dissolver gorduras, fazem com que a pele
descame ou rache. Exposição prolongada causa irritação crônica dos pulmões e possivelmente
enfisema.
O éter comumente utilizado como anestésico é o éter etílico, pode ressecar a pele e causar
dermatite. Em exposições acima do limite de tolerância causa irritação do nariz e garganta, e
também perda do apetite, tontura excitação e depois sonolência.
Os ácidos em geral são fortemente irritantes ao trato respiratório, contudo grave lesão pulmonar
(edema pulmonar) pode resultar de breves exposições a altas concentrações, no caso dos
ácidos clorídrico e sulfúrico exposições moderadamente altas do gás podem causar erosão dos
dentes, úlceras da boca e gengivas e perfuração do septo nasal; o ácido nítrico, além dos
sintomas já descritos, é extremamente corrosivo à pele, aos olhos e às membranas mucosas.
Sais: Cloreto de amônio, cianeto de potássio, cálcio, magnésio, lítio, manganês, potássio, zinco,
ferro, carbonato de cálcio, citrato de chumbo, sódio duodecil sulfato, fosfato de cálcio, iodeto de
sódio, nitrato de chumbo, sulfato de cobre, acetonitrila e brometo de etídio.
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O BROMETO DE ETÍDIO: quando aquecido emite fumos tóxicos e é mutagênico, pois intercala em
duplas hélices de DNA e RNA. Deve ser manipulado em área específica, com equipamentos e
utensílios próprios para evitar contaminação dos outros equipamentos do Laboratório.
Informações sobre o álcool etílico: A intoxicação pelo álcool etílico ocorre apenas a níveis muito
altos, em contato prolongado com a pele pode torná-la seca e produzir uma dermatite.
Informações sobre o álcool metílico: Estudos feitos mostram que exposições a concentrações do
vapor cerca de um quarto do limite de tolerância não revelaram efeitos tóxicos visíveis, se for
ingerido, afeta o sistema nervoso. Deve ser usado em áreas ventiladas para manter a baixa
concentração do vapor.
O hidróxido de sódio também conhecido como soda cáustica, é um hidróxido cáustico, altamente
corrosivo e pode produzir queimaduras, cicatrizes e cegueira devido à sua elevada reatividade.
O composto químico hidróxido de potássio, também conhecido como potassa cáustica é um
hidróxido cáustico e se apresenta-se como um sólido branco, relativamente translúcido e em
escamas finas praticamente incolor. Sua agregação está sempre em estado sólido. Se for
ingerido, pode causar danos permanentes, inclusive a morte.
Os óxidos constituem um grande grupo na química, pois a maioria dos elementos químicos
formam óxidos. O peróxido de hidrogênio que, em solução aquosa, é conhecido comercialmente
como água oxigenada, é um líquido viscoso e poderoso oxidante. É incolor à temperatura
ambiente e apresenta característico sabor amargo. O peróxido de hidrogênio é instável e quando
perturbado, rapidamente se decompõe em oxigênio e água com liberação de calor. Embora não
seja inflamável, é poderoso agente oxidante que pode sofrer combustão espontânea em contato
com matéria orgânica ou alguns metais como o cobre ou o bronze.
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Na sua maioria, os aldeídos são líquidos e são obtidos a partir dos álcoois correspondentes, por
oxidação moderada, ou a partir dos ácidos carboxílicos, por redução. O aldeído mais conhecido
é o metanal, também é chamado de aldeído fórmico ou formaldeído. É um gás incolor, com
cheiro muito forte e irritante. Em geral, é usado como solução aquosa, contendo 40% de aldeído
fórmico, e esta solução é chamada de formol ou formalina.
Fenóis: Fenol
O fenol é um derivado do benzeno, facilmente absorvido pela pele, a absorção maciça pode
afetar tanto o sistema nervoso central quanto o circulatório, a depressão do sistema nervoso
pode ser tão grande que os sinais nervosos enviados pelo cérebro para o resto do corpo são tão
fracos que a respiração também é enfraquecida podendo a vítima morrer de insuficiência
respiratória. Na intoxicação aguda podem aparecer zumbido nos ouvidos, tremores e
convulsões, o sistema circulatório é seriamente afetado. O fenol também é corrosivo da pele.
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Desta forma, os Laboratórios que utilizam Benzeno em suas atividades deverão seguir na
íntegra o que estabelece a Norma Regulamentadora 15 (NR15) em seu anexo 13-A - Benzeno,
disponível abaixo.
Benzeno
1. O presente Anexo tem como objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos de
prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador, visto
tratar-se de um produto comprovadamente cancerígeno.
2. O presente Anexo se aplica a todas as empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam
ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais de volume e
aquelas por elas contratadas, no que couber.
2.1. O presente Anexo não se aplica às atividades de armazenamento, transporte, distribuição, venda e
uso de combustíveis derivados de petróleo.
3. Fica proibida a utilização do benzeno, a partir de 01 de janeiro de 1997, para qualquer emprego,
exceto nas indústrias e laboratórios que:
a) o produzem;
b) o utilizem em processos de síntese química;
c) o empreguem em combustíveis derivados de petróleo;
d) o empreguem em trabalhos de análise ou investigação realizados em laboratório, quando não for
possível sua substituição.
3.1. (Revogado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
3.2. As empresas que utilizam benzeno em atividades que não as identificadas nas alíneas do item 3 e
que apresentem inviabilidade técnica ou econômica de sua substituição deverão comprová-la quando
da elaboração do Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno - PPEOB.
3.3. (Revogado pela Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011)
4. As empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam benzeno e suas
misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais de volume devem cadastrar seus
estabelecimentos no DSST. (Alterado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
4.1. Para o cadastramento previsto no item 4, a empresa deverá apresentar ao DSST as seguintes
informações:
(Alterado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
a) identificação da empresa (nome, endereço, CGC, ramo de atividade e Classificação Nacional de
Atividade Econômica - CNAE);
b) número de trabalhadores por estabelecimento;
c) nome das empresas Fabricantes de benzeno, quando for o caso;
d) utilização a que se destina o benzeno;
e) quantidade média de processamento mensal;
f) documento-base do PPEOB. (Inserida pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
4.1.1 Somente serão cadastradas as instalações concluídas e aptas a operar. (Inserido pela Portaria
SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
4.1.2 Para o cadastramento de empresas e instituições que utilizam benzeno apenas em seus
laboratórios, processos de análise ou pesquisa, quando não for possível a sua substituição, a
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solicitação deve ser acompanhada de declaração assinada pelos responsáveis legal e técnico da
empresa ou instituição, com justificativa sobre a inviabilidade da substituição. (Alterado pela Portaria
SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011)
4.1.2.1 O PPEOB do laboratório de empresas ou instituições enquadradas no subitem 4.1.2 deve ser
mantido à disposição da fiscalização no local de trabalho, não sendo necessário o seu
encaminhamento para o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST. (Alterado pela
Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011)
4.2. A comprovação de cadastramento deverá ser apresentada quando da aquisição do benzeno junto
ao Fabricantes.
4.3. As Fabricantes de benzeno só poderão comercializar o produto para empresas cadastradas.
4.4. As empresas constantes deverão manter, por 10 (dez) anos, uma relação atualizada das empresas
por elas contratadas que atuem nas áreas incluídas na caracterização prevista no PPEOB, contendo:
- identificação da contratada;
- período de contratação;
- atividade desenvolvida;
- número de trabalhadores.
4.5. O cadastramento da empresa ou instituição poderá ser suspenso em caso de infração à legislação
do benzeno, de acordo com os procedimentos previstos em portaria específica. (Alterado pela Portaria
SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
4.6. As alterações de instalações que impliquem modificação na utilização a que se destina o benzeno
e a quantidade média de processamento mensal devem ser informadas ao DSST, para fins de
atualização dos dados de cadastramento da empresa. (Alterado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de
janeiro de 2011)
5. As empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam benzeno em suas
misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais do volume devem apresentar ao DSST o
documento-base do PPEOB, juntamente com as informações previstas no subitem 4.1. (Alterado pela
Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
5.1. (Revogado pela Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011)
5.2. O PPEOB, elaborado pela empresa, deve representar o mais elevado grau de compromisso de
sua diretoria com os princípios e diretrizes da prevenção da exposição dos trabalhadores ao benzeno
devendo:
a) ser formalizado através de ato administrativo oficial do ocupante do cargo gerencial mais elevado;
b) ter indicação de um responsável pelo Programa que responderá pelo mesmo junto aos órgãos
públicos, às representações dos trabalhadores específicas para o benzeno e ao sindicato profissional
da categoria.
5.3. No PPEOB deverão estar relacionados os empregados responsáveis pela sua execução, com
suas respectivas atribuições e competências.
5.4. O conteúdo do PPEOB deve ser aquele estabelecido pela Norma Regulamentadora n.º 9 -
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, com a redação dada pela Portaria n.º 25, de 29.12.94,
acrescido de:
- caracterização das instalações contendo benzeno ou misturas que o contenham em concentração
maior do que 1% (um por cento) em volume;
- avaliação das concentrações de benzeno para verificação da exposição ocupacional e vigilância do
ambiente de trabalho segundo a Instrução Normativa - IN n.º 01;
- ações de vigilância à saúde dos trabalhadores próprios e de terceiros, segundo a Instrução Normativa
- IN n.º 02;
- descrição do cumprimento das determinações da Portaria e acordos coletivos referentes ao benzeno;
- procedimentos para o arquivamento dos resultados de avaliações ambientais previstas na IN n.º 01
por 40 (quarenta) anos;
- adequação da proteção respiratória ao disposto na Instrução Normativa n.º 01, de 11.4.94;
- definição dos procedimentos operacionais de manutenção, atividades de apoio e medidas de
organização do trabalho necessárias para a prevenção da exposição ocupacional ao benzeno. Nos
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Simbologia
Os símbolos servem para transmitir informações sobre os perigos físicos, para a saúde e para o
meio ambiente.
Oxidantes
Gases sob pressão
Peróxidos orgânicos
Carcinógeno
Inflamáveis
Sensibilizante para a
Auto-reativos
respiração
Pirofóricos
Toxicidade para a reprodução
Auto-aquecíveis
Toxicidade sistémica para
Emite gás inflamável
órgão-alvo
Explosivos
Perigoso para o meio
Reativos
ambiente
Peróxidos orgânicos
Irritante
Toxicidade aguda severa Sensibilizante dérmico
Toxicidade aguda (perigoso)
Corrosivo
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Todos os frascos contendo soluções ou reagentes devem ser rotulados com o nome do
produto, a data de aquisição ou preparação, validade e responsável pela solução;
Não é permitido deixar frascos contendo solventes inflamáveis (acetona, álcool, éter, etc.)
próximos de chamas;
Não é aconselhável testar um produto químico pelo odor, porém caso seja necessário, não
coloque o frasco sob o nariz. Desloque suavemente com a mão, para a sua direção, os
vapores que se desprendem do frasco;
Não é aconselhável guardar reagentes químicos por períodos de tempo muitos longos por
risco de perder suas propriedades físico-químicas;
Materiais que não estejam sendo utilizados devem ser descartados o mais rápido possível,
seguindo as orientações de descarte da Instituição;
Abra os frascos o mais longe possível do rosto e evite aspirar ar naquele exato momento;
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Caso seja líquido inflamável, não acender luz ou outras fontes de ignição;
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O local de armazenamento deve ser amplo, ventilado e, sempre que possível, com sistema
de exaustão dimensionado de acordo com os tipos e quantidade de produtos estocados;
Os reagentes compatíveis devem ser estocados separados por famílias, com distância de,
no mínimo, 50 cm entre elas;
Produtos químicos não identificados, sem prazo de validade ou com prazo de validade
vencido devem ser descartados adequadamente;
Produtos corrosivos, ácidos e bases devem ser armazenados nas prateleiras mais baixas,
próximas ao chão;
Evitar armazenar qualquer tipo de produto químico em prateleiras altas e de difícil acesso;
As prateleiras para estoque devem ser apropriadas para conter os frascos de reagentes e
serem feitas de material resistente aos produtos químicos a serem guardados;
É aconselhável que as prateleiras possuam uma borda ou algo equivalente que evite que os
frascos escorreguem das prateleiras;
Os frascos de vidro de reagentes químicos pesando mais de 500g devem ser armazenados
em prateleiras mais baixas;
Não estocar reagentes químicos diretamente sob a luz solar ou próximo a fontes de calor;
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Recomenda-se a utilização de pelo menos três armários onde as substâncias possam ser
separadas por espécie química e afastados da parte operacional do laboratório, evitando-se
contato frequente dos laboratoristas com substâncias puras e possíveis intoxicações, ou ainda
acidentes com lesões graves, sendo:
Armário para substâncias sólidas e líquidas não inflamáveis (mas corrosivas). Os sólidos devem
ser colocados em prateleiras superiores, e os ácidos nas inferiores. Esta disposição impede que
os vapores ácidos entrem em contato com os sólidos e possam causar reações indesejáveis,
podendo dar origem a incêndio e explosões.
Armário para venenos (cianetos, compostos de arsênico, etc.), que deve ser mantido fechado à
chave, a qual deve ficar em poder do responsável do laboratório.
Os produtos podem ser agrupados de forma generalizada, nas seguintes categorias: inflamável,
tóxico, explosivo, agente oxidante, corrosivo e substâncias sensíveis à água, sendo:
Inflamáveis: devem ser conhecidas informações como, ponto de ebulição, ponto de fulgor,
explosividade, temperatura de auto-ignição, produtos resultantes de combustão, e agentes
extintores de incêndio. Grandes quantidades de líquidos inflamáveis devem ser armazenadas
respeitando-se as recomendações preconizadas por lei para a construção de um depósito
adequado.
Agentes tóxicos: A quantidade dos produtos químicos tóxicos deve ser o mínimo necessário.
As substâncias tóxicas não devem ser colocadas no mesmo local que líquidos inflamáveis.
Devem estar em local seco, fresco e bem ventilado.
Agentes oxidantes: não devem ser armazenados na mesma área com qualquer combustível,
composto orgânicos, agente desidratantes ou agentes redutores. Qualquer respingo na área de
armazenagem deve ser limpo imediatamente.
Produtos químicos corrosivos: muitos ácidos e álcalis são corrosivos devendo ser observado
o recipiente de armazenagem. Devem ser armazenados em área fria, seca e bem ventilada, com
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Produtos sensíveis à água: alguns produtos reagem com a água tais como, potássio, sódio,
hidretos metálicos, ou ainda catalizadores de polimerização como alquil alumínio.
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De acordo com a Legislação Ambiental, os resíduos químicos líquidos devem ser descartados
conforme parâmetros estabelecidos pela resolução CONAMA nº 357/2005 e os resíduos
sólidos devem obedecer a NBR ISO 10.004/2004.
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Capelas de Exaustão
As capelas dos laboratórios servem para conter e trabalhar com reações que utilizem ou
produzam vapores tóxicos, irritantes ou inflamáveis, mantendo o laboratório livre de tais
componentes. A capela fornece uma barreira física entre o servidor/aluno e a reação química.
A capela deve possuir revestimento interno resistente aos produtos com os quais se vai
operar;
A capela deve possuir sistema de exaustão com potência suficiente para promover a
exaustão dos gases leves e dos gases pesados;
Se a capela for utilizada para trabalho com produtos inflamáveis ou explosivos, deve possuir
interruptores à prova de explosão;
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A capela de exaustão deve ser utilizada sempre que efetuar uma reação ou manipular
reagentes que liberem vapores;
As capelas devem ser verificadas antes de cada utilização (no mínimo uma vez por mês)
para assegurar-se que a exaustão esta funcionando apropriadamente. Antes da utilização,
assegurar-se que o fluxo de ar esteja adequado;
Nunca inicie um trabalho que exige aquecimento sem antes remover os produtos
inflamáveis da capela;
As capelas não devem ser utilizadas como local de estoque de reagentes. Isto pode
interferir com o fluxo de ar em seu interior e, além disso, provocar riscos adicionais às
reações e processos efetuados no interior da capela que podem provocar reação sem
controle;
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A FISPQ é um documento que contém informações sobre misturas e substâncias químicas que
possui informações essenciais sobre os riscos inerentes aos produtos. As instruções de
elaboração e modelo de FISPQ no Brasil são definidas pela norma ABNT NBR14725 - Parte 4.
A FISPQ possui 16 seções obrigatórias onde são encontradas informações sobre: limite de
exposição; descarte; identificação dos perigos; como minimizar os riscos; se o produto é
classificado como perigoso para o transporte, recomendações de emergência (incêndio,
ingestão, derramamento ou vazamento, etc), entre outros.
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A área de preparação deve dispor, no mínimo de: vestiário de barreira com dupla câmara;
sala de preparo dos quimioterápicos; local destinado para as atividades administrativas; local
de armazenamento exclusivo para estocagem;
A sala de preparo deve ser dotada de Cabine de Segurança Biológica Classe II B2 e deve
ser avaliado o local e posicionamento para evitar a formação de turbulência aérea;
O vestiário deve dispor de pia e material para lavar e secar as mãos; lava olhos; chuveiro de
emergência; EPIs; vestimentas para uso e reposição; armários para guarda de pertences e
recipientes para descarte de vestimentas usadas;
Todos os servidores envolvidos devem lavar as mãos antes e após a retirada das luvas;
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Servidoras gestante deverão ser afastadas das atividades em que haja possibilidade de
exposição à anestésicos gasosos;
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A Biossegurança tem por objetivo evitar e/ou minimizar os riscos de se contrair enfermidades em
ambientes de trabalho ou situação de risco.
Os níveis são designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao pessoal
do laboratório, meio ambiente e à comunidade, sendo:
Classe de Risco I: Escasso risco individual e comunitário. O Microrganismo tem pouca
probabilidade de provocar enfermidades humanas ou enfermidades de importância veterinária. Ex:
Bacillus subtilis
Classe de Risco II: Risco individual moderado, risco comunitário limitado. A exposição ao agente
patogênico pode provocar infecção, porém, se dispõe de medidas eficazes de tratamento e
prevenção, sendo o risco de propagação limitado. Ex: Schistosoma mansoni
Classe de Risco III: Risco individual elevado, baixo risco comunitário. O agente patogênico pode
provocar enfermidades humanas graves, podendo propagar-se de uma pessoa infectada para
outra, entretanto, existe profilaxia e/ou tratamento. Ex: Mycobacterium tuberculosis
Classe de Risco IV: Elevado risco individual e comunitário. Os agentes patogênicos representam
grande ameaça para as pessoas e animais, com fácil propagação de um indivíduo ao outro, direta
ou indiretamente, não existindo profilaxia nem tratamento. Ex: Vírus Ebola.
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Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada um das quatro classes de risco
descritas anteriormente, devem ser atendidos os requisitos de segurança estabelecidos pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que reprisamos abaixo:
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Quando apropriado, dependendo do agente manipulado, para referência futura, devem ser mantidas
amostras referência de soro do pessoal do laboratório ou de outras pessoas possivelmente expostas ao
risco, inclusive pessoal de limpeza e de manutenção. Amostras adicionais de soro devem ser colhidas
periodicamente dependendo do agente manipulado ou em função das instalações laboratoriais.
Um Manual de Biossegurança deve ser preparado de acordo com as especificidades das atividades
realizadas.
Todo o pessoal deve ser orientado sobre os possíveis riscos e para a necessidade de seguir as
especificações de cada rotina de trabalho, procedimentos de biossegurança e práticas estabelecidas no
Manual.
EQUIPAMENTOS DE CONTENÇÃO PARA O NB-2
Devem ser utilizadas cabines de segurança biológica (Classe I ou II) ou outro dispositivo de contenção
pessoal ou dispositivos de contenção física sempre que:
(a) sejam realizados procedimentos com elevado potencial de criação de aerossóis, como centrifugação,
trituração, homogeneização, agitação vigorosa, ruptura por sonicação, abertura de recipientes contendo
material onde a pressão interna possa ser diferente da pressão ambiental, inoculação intranasal em animais
e em cultura de tecidos infectados;
(b) altas concentrações ou grandes volumes de organismos contendo DNA/RNA recombinante. Tais
materiais só poderão ser centrifugados fora de cabines de segurança se forem utilizadas centrífugas de
segurança e frascos lacrados. Estes só deverão ser abertos no interior da cabine de segurança biológica.
INSTALAÇÕES LABORATORIAIS PARA O NB-2
As instalações laboratoriais exigidas para o NB-2 devem atender as especificações estabelecidas para o
NB-1 acrescidas da seguinte exigência:
Uma autoclave deve estar disponível para descontaminação no interior ou próximo ao laboratório de modo a
permitir a descontaminação de todo material previamente ao seu descarte.
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O laboratório deve ter um sistema de ar independente, com ventilação unidirecional, onde o fluxo de ar
penetra no laboratório pela área de entrada. Não deve existir exaustão do ar para outras áreas do prédio. O
ar de exaustão não deve, portanto, ser recirculado e deverá ser filtrado através de filtro HEPA antes de ser
eliminado para o exterior do laboratório. Deve haver verificação constante do fluxo de ar no laboratório.
O ar de saída das cabines de segurança biológica com filtros HEPA de elevada eficiência (Classe I ou
Classe II) deve ser retirado diretamente para fora do edifício por sistema de exaustão.
O ar de saída das cabines pode recircular no interior do laboratório se a cabine for testada e certificada
anualmente.
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As Cabines de Segurança Biológica (CBS) tem por objetivo proteger o operador, o meio ambiente
e as amostras manipuladas. Há vários níveis de CBS que dependem do grau de segurança
necessário e nível de nocividade dos agentes biológicos envolvidos nas atividades.
CBS Classe I: O ar é sugado para a cabine através da abertura frontal, circula pelo seu interior e
depois é eliminado por um condutor, passando antes por um filtro especial (filtro HEPA). O
sistema das cabines de segurança faz o ar no interior da cabine circular, evitando dessa forma
que os aerossóis e que os agentes infectantes permaneçam na cabine.
CBS Classe II: As câmaras da Classe II diferem das anteriores por proteger também o interior da
cabine de contaminações externas. O ar que entra na cabine passa antes por um filtro do tipo
HEPA e assim tanto operador quanto amostras são protegidas de contaminações. Neste sistema
70% do ar é recirculado dentro da cabine e 30% é expelido, depois de passar por outro filtro
HEPA. As CBS Classe II são adequadas para a manipulação de agentes dos grupos de rico 2 e 3.
Existem quatro tipos de CBS da Classe II: A1, A2, B1 e B2. A diferença entre eles está na
quantidade de ar recirculado e a velocidade de captação externa do ar, sendo:
Tipo A: 70% de recirculação no interior da cabine; 30% de exaustão através de filtro HEPA;
plenum de configuração comum; ar que sai do filtro HEPA de exaustão pode retornar para o
laboratório.
Tipo B1: 30% de recirculação no interior da cabine; 70% de exaustão através do filtro HEPA,
plenum de configuração separada, deve ser exaurido para o exterior.
Tipo B3: 70% de recirculação no interior da cabine; 30% de exaustão através do filtro HEPA;
plenum de configuração comum; deve ser exaurido para o exterior.
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CBS Classe III: Esse tipo de cabine oferece a maior proteção para o operador e é o tipo indicado
para uso com agentes biológicos do grupo de risco 4. O ar expelido da cabine passa por um
sistema de filtração com 2 filtros HEPA e atua com pressão negativa, ou seja, nenhum ar sai da
cabine a não ser pelo sistema de filtragem. A manipulação na CBS Classe III costuma ser
realizada com luvas grossas de borracha presas a mangas na parte frontal da cabine, sendo essa
totalmente vedada.
As cabines devem ser instaladas em áreas de pouco trânsito no laboratório, para evitar
turbulência de ar dentro das mesmas;
As cabines não devem ser usadas em experimentos que envolvam produtos tóxicos ou
compostos carcinogênicos. Neste caso utilizam-se capelas químicas.
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Respirador semi-
facial descartável Manipulação de material Utilizar somente ao fim que se destina e no
com válvula de biológico setor de trabalho.
exalação PFF2-N95
Evite tocar desnecessariamente superfícies
e materiais tais como telefones, maçanetas,
portas, etc.
Para a remoção das luvas, deve-se puxar
Atividades onde há primeiro o lado externo do punho com os
Luva de Nitrilo
contato com material dedos da mão oposta e segurar a luva
descartável
biológico removida com a outra mão enluvada. Com a
outra mão, toque a parte interna do punho
da mão enluvada e retire a outra luva.
Proceda a higienização das mãos
imediatamente após a retirada das luvas.
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1. Planeje previamente todo o trabalho que envolva o uso de fontes emissoras de radiação
ionizante:
Simule toda a manipulação sem a presença da fonte ou sem que o equipamento emissor
de radiação ionizante esteja ligado. Durante a simulação, identifique as dificuldades e
necessidades;
Prepare todo material que irá utilizar durante o experimento antes de manipular a fonte;
Utilize os EPIs e acessórios de proteção indicados para cada tipo de manipulação (avental,
luvas, óculos de proteção, anteparos, avental de chumbo, etc.);
Efetue a manipulação com calma e tranquilidade para evitar acidentes, mas não perca
tempo desnecessariamente durante a manipulação;
Sempre que possível faça uso de barreiras físicas para reduzir a exposição;
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Peça ajuda;
Comunique os responsáveis;
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O uso de novas técnicas deve ser pré-planejado e inicialmente testado com material não
radioativo;
Dispor lixeira com pedal devidamente sinalizada para os rejeitos radioativos. Usar sacos
plásticos transparentes para conter rejeitos radioativos diferente daqueles usado para o lixo
comum;
Manter registro de controle da compra, uso e descarte de material radioativo com informações
sobre as atividades envolvidas em cada manipulação.
Paredes lisas, sem ranhuras e com cantos arredondados nas áreas de manipulação;
Torneira com acionamento automático, por pedal ou cotovelo para evitar contaminações;
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Registros e Licenciamentos
Os Laboratórios de Pesquisa da Universidade de São Paulo que efetuam operações com fontes
de radiação devem obter junto à CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) a Autorização
para Operação (Registro CNEN) e ter um Plano de Radioproteção (ou Relatório de Análise de
Segurança) aprovado conforme as normas CNEN-NN-3.01 – Diretrizes Básicas de Proteção
Radiológica e CNEN-NN-6.02 – Licenciamentos de Instalações Radiativas. Os laboratórios que
efetuam manipulação de radionuclídeos devem obter, adicionalmente, a Autorização para
Aquisição de Radioisótopos.
Os procedimentos para solicitação do registro dos laboratórios de pesquisa na CNEN podem ser
obtidos no portal da entidade na internet (www.cnen.gov.br) na área Segurança Nuclear em
Licenciamento, Fiscalização e Controle, ligação: Ensino e Pesquisa.
O Plano de Proteção Radiológica deve ser assinado pelo diretor da instalação e pelo responsável
pelo laboratório e deve contemplar, no mínimo, os seguintes tópicos:
1. Introdução
Pequena introdução sobre o Laboratório e sobre a pesquisa realizada com a justificativa do uso
de material radioativo e as aplicações realizadas.
2. Classificação da Instalação
4. Fontes de Radiação
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5. Plano de Operações
Procedimentos de radioproteção
7. Procedimentos de Monitoração
9. Situações de Emergência
Descrição dos tipos de incidentes que podem ocorrer quanto à segurança das fontes, incêndio ou
roubos e respectivos plano de ação.
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FINALIZAÇÃO
As recomendações contidas neste documento são direcionadas e devem ser observadas por
todos os servidores - funcionários celetistas, autárquicos e docentes - bem como por alunos de
graduação, de pós-graduação, alunos e professores visitantes.
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TELEFONES DE EMERGÊNCIA
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