Manual Covid e Autismo UC

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UMA SUGESTÃO BRAIN 4.

COMO SORRIR EM
TEMPOS DE
ISOLAMENTO
SOCIAL?
MANUAL ADAPTADO À
PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO
UMA SUGESTÃO BRAIN 4.0
QUEM SOMOS?

O BRAIN 4.0 é uma iniciativa que pretende introduzir uma nova visão,
inclusiva e inovadora, que se desprende de preconceitos e dá a conhecer
ao público toda uma nova conceção em torno da saúde mental.

É neste sentido, que esta iniciativa tem como ênfase a Educação para a
Saúde Mental, um dos passos fundamentais para a desconstrução dos
seus mitos, preconceitos e para o bem-estar geral.

Como tal, unimos um conjunto de estudantes da Faculdade de Psicologia


e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, para fazer
chegar a todos e todas um guia para os próximos tempos.
Perturbação do Espetro do Autismo;
Aumento da Ansiedade;
Comportamentos Desafiantes;
Estereotipias;
Comportamentos Auto-agressivos;
Sono;
Crise ou Birra?
Estruturação de atividades;
Como responder às questões que nos fazem sobre o COVID-19?
Sugestões de atividades para os próximos dias.
PERTURBAÇÃO
DO ESPETRO DO
AUTISMO
A Perturbação do Espetro do Autismo é uma perturbação desenvolvimental,
presente em 1 em cada 1000 crianças.

Como o próprio nome indica, não há só uma expressão do autismo. Assim, o termo
espetro reflete a variabilidade de características e potencialidades de cada um.

Como se verifica em todas as crianças, os comportamentos variam consoante a


idade.

Portadores de autismo veem, ouvem e sentem o mundo de forma diferente.

Devemos mostrar compreensão, respeitar a sua individualidade e apoiá-los.

Ser diferente não é ser melhor ou pior.


O momento que vivemos pode fazer-nos experienciar sentimentos e
comportamentos que até agora não tínhamos experienciado.

Isto acontece não só com as crianças, mas também com os adultos.

Estas respostas ao panorama atual, podem ser adaptativas, mas podem


podem
também ser pouco desadaptativas e constituir um desafio para pa a a
aprendizagem ou para as relações.

Nota: caso seja acompanhada regularmente por terapeutas ou


outros profissionais, se possível, deve manter contacto regular,
procurando aconselhamento e adaptações às atividades
sugeridas neste manual.
1. COMPORTAMENTOS QUE PODEM SURGIR
COMO ALERTA DO AUMENTO DA ANSIEDADE

O mundo pode ser um lugar muito imprevisível e confuso para as pessoas


essoas
com autismo. Por esta razão, a rotina diária é bastante reguladora, ado a
tornando, em parte, possível prever o que vai acontecer todos os dias.

m
Face à nova situação de pandemia, as rotinas diárias de todos sofreram
alterações.

Essas alterações podem causar desconforto e aumentar níveis de


ansiedade, trazendo alguns comportamentos atípicos ou um aumento de
frequência de outros.
1. COMPORTAMENTOS QUE PODEM SURGIR
COMO ALERTA DO AUMENTO DA ANSIEDADE

Alguns exemplos de comportamentos que podem surgir:

Comportamentos desafiantes;
Aumento da frequência das estereotipias;
Agressividade;
Auto-agressão;
Alterações no padrão de sono.
2. COMO LIDAR COM OS COMPORTAMENTOS
DESAFIANTES?

Estas reações podem ser provocadas por razões médicas, sensoriais,ras


a
comportamentais, comunicacionais, de frustração ou angústia, dor física
ou mesmo por comportamentos aprendidos.

Alguns exemplos: morder, beliscar, esbofetear, cuspir e puxar cabelos.


2. COMO LIDAR COM OS COMPORTAMENTOS
DESAFIANTES?

Excluir causas médicas;


Pensar sobre a função do comportamento: registar o que ocorre
e antes,
a e
durante e após o comportamento;
Tomar notas sobre o ambiente, os estímulos presentes ou qualquer
a q er
alteração;
Encontrar atividades alternativas ou fornecer objetos que possam
proporcionar uma experiência sensorial semelhante;

Exemplo: caso a criança morda, poderá dar-lhe alguns alimentos


ou caso belisque poderá dar-lhe algo moldável como plasticina.
2. COMO LIDAR COM OS COMPORTAMENTOS
DESAFIANTES?

Providenciar formas de comunicação alternativas como elementoss vvisuais,


sua s
escalas, histórias sociais, textos, etc;

Remover algum possível desconforto físico ou sensorial;


s
Exemplo: reduzir o volume, desligar algumas luzes ou reduzir cheiros intensos.

Preparar para a mudança ou alteração na rotina;


Exemplo: recorrer a estímulos sonoros para assinalar o fim de uma atividade;
mostrar fotografia de uma atividade que irão executar em breve ou recorrer a
explicações verbais breves do que se irá suceder.
2. COMO LIDAR COM OS COMPORTAMENTOS
DESAFIANTES?

Tempo de transição estruturado;

Preparar para a mudança ou


alteração da rotina;

Fornecer técnicas de relaxamento


(ver na secção “Exercícios para
acalmar”).

Fonte: Vencer Autismo


3. COMO LIDAR COM AS ESTEREOTIPIAS?

É importante relembrar que todas as crianças são únicas e, por isso, o têm
êm
ê
d
de
estereotipias diferentes consoante as suas motivações, interesses e idade.

As estereotipias são comportamentos autorreguladores que provêm vê d


de
alguma necessidade que não está a ser cumprida e são a forma mais eficazffi a
que as crianças com autismo têm para se controlarem e acalmarem.
Permitem que a criança se sinta mais confortável, tranquila e relaxada.

Por exemplo, quando num lugar que lhe crie ansiedade, a criança procurará
a estereotipia para se acalmar e autorregular e ter a sensação de controlo.
Se esta for negada, pode levar a uma birra ou crise.
3. COMO LIDAR COM AS ESTEREOTIPIAS?

Não tentar travar ou desviar a atenção da criança para outra coisa,


sa, mas
as
aprender a desfrutar.

Juntar-se à criança;

Manter alguma distância física para que a criança se sinta mais


relaxada e aceite a presença de outrem, assegurando que consegue vê-lo;

Demonstrar interesse no que está a fazer, observando;


3. COMO LIDAR COM AS ESTEREOTIPIAS?

Tentar perceber o ritmo e quais as sensações que a criança re


retira
ra
daquele comportamento e posterior reprodução (atenção: não ão é
imitação) do que está a ser sentido pela criança;

Não procurar constantemente um olhar ou resposta da criança;

Quando a criança aceitar a interação, responder e manifestar agrado,


para que perceba que é algo de positivo.
3. COMO LIDAR COM AS ESTEREOTIPIAS?

Esforço, paciência e persistência são as palavras-chave.


ave.

E lembre-se, também nós temos comportamentos estereotipados como abanar


os pés ou desenhar círculos num caderno.

Fonte: Vencer Autismo


4. COMO LIDAR COM COMPORTAMENTOS
AUTO-AGRESSIVOS?

A preocupação central dever ser a de manter a criança em segurança. Se algum


algu
um
comportamento auto-agressivo acontecer:

No caso de bater com a cabeça na parede ou chão: pode pegar numa almofada
moffada
ou numa bola mais macia, ou num cobertor grosso e colocar entre a cabeça
ab ça da
a
criança e a parede para amortecer o embate e suavizar a superfície;
Se a criança estiver a morder a sua mão com força: pode arranjar algum objeto,
como brinquedos de borracha, em alternativa;
No caso da criança se auto-agredir com algum brinquedo: pode de forma lenta e
calma retirar-lhe o brinquedo e colocar fora do seu alcance. Pode sugerir, em
contrapartida, uma massagem com mais força ou oferecer um objeto para que
ela aperta com mais força.
4. COMO LIDAR COM COMPORTAMENTOS
AUTO-AGRESSIVOS?

É normal que as crianças não aceitem estas alternativas, que fujam


m e que
q e
ignorem as nossas sugestões.

ve e , os
Precisamos de pensar na razão por detrás do comportamento. Por vezes, os
d r e
locais onde as crianças se estão a auto-agredir não provocam tanta dor
algumas destas crianças têm também uma sensibilidade à dor diferente da
nossa, sendo que batem até ao ponto que conseguem suportar.

Temos de perceber que é uma forma de comunicação, temos de tentar


compreender a mensagem. Temos de nos manter calmos e disponíveis e
procurar ajudar a criança.
4. COMO LIDAR COM COMPORTAMENTOS
AUTO-AGRESSIVOS?

Algumas das razões destes comportamentos são:


Necessidade de controlar mais as coisas;
"Bato com a minha cabeça de forma a aliviar a pressão ou para me
e ajudar
aj d
dar
ola as
a sentir o meu corpo. Ele muda todos os dias, eu não posso controlar
sensações que sinto no corpo, por isso mordo a minha mão ou bato com m a
cabeça para tentar ajudar o meu corpo a sentir-se melhor.”
“O meu corpo precisa de informações físicas”;
Libertar a energia acumulada;
Provocar reações nas pessoas ao seu redor;
4. COMO LIDAR COM COMPORTAMENTOS
AUTO-AGRESSIVOS?

Mas podemos fazer algo para ajudar as crianças nestes casos!

1. Pode procurar um espaço, em casa, livre de estímulos e deixar essee espaço


e paço
r ar se o
acessível à criança para ela poder passar lá mais tempo. Este pode tornar-se
ntr lo e
espaço de conforto da criança, onde ela se pode sentir mais em controlo
menos sobrecarregada.

2. Ao longo do dia, pode oferecer a sensação de controlo à criança. Este


controlo pode passar por ficar calado quando a criança pedir, reproduzir os
comportamentos repetitivos da criança, dar-lhes os brinquedos que elas
querem, jogar apenas os jogos que a criança quiser ou dar-lhes opções de
escolha ao longo do dia (ex: “Queres banana ou maçã?”).
4. COMO LIDAR COM COMPORTAMENTOS
AUTO-AGRESSIVOS?

3. Ofereça à sua criança mais estímulos físicos. Aperte a zona em quque a


ç , pode
criança está a bater. Se a criança recusar apertos na zona da cabeça, ode
id
deal
apertar os pés. Aperte de acordo com o que a criança permitir. O ideale é
tentar apertar diretamente o lugar em que a criança está a bater.

4. É também importante analisar a alimentação da criança. Se a sua criança


tem comportamentos de auto-agressão com muita frequência, pode ser uma
reação a algo que está a comer. Podem ter comportamentos auto-agressivos
como reação à ingestão de açúcar: muito açúcar processado ou muito açúcar
proveniente da fruta.
Fonte: Vencer Autismo
5. COMO POTENCIAR UMA MELHOR NOITE DE
E
SONO?

Muitas vezes as crianças com Perturbação no Espetro do Autismo têm tê


ê
dificuldades em adormecer. Com todas estas mudanças, é normal que a
criança tenha rotinas de sono inconsistentes, passe a noite inquieta e com
má qualidade do sono, acorde cedo ou várias vezes durante a noite.
5. COMO POTENCIAR UMA MELHOR NOITE DE
SONO?

Algumas das causas destas noites mal passadas, são:


Genéticas;
Questões sensoriais: por vezes têm mais dificuldade em dormir porqueque não

conseguem bloquear facilmente os ruídos e as sensações que perturbam rbam o
seu descanso. Estas crianças são muito sensíveis aos estímulos externos;
Falta de melatonina: alguns estudos apontam que pessoas com autismo
produzem menos melatonina (uma hormona relacionado com o sono);
Desafios físicos: problemas gastrointestinais, refluxo ácido, cólicas,
acumulação intensa de energia e ansiedade que podem dificultar o sono;
Medicação.
5. COMO POTENCIAR UMA MELHOR NOITE DE
SONO?

Será que a criança está com problemas do sono?

Normalmente, estas são as horas habituais de sono que as crianças p ec aam


precisam
(tendo em consideração as sestas):

1 aos 3 anos: 12h – 14h de sono por dia


3 aos 6 anos: 10h – 12h de sono por dia
7 aos 12 anos: 10h – 11h de sono por dia
.
5. COMO POTENCIAR UMA MELHOR NOITE DE
SONO?

Pode manter um diário de sono durante uma semana. Desta forma, m pode ode
er rruído,
saber quanto e quando a criança está a dormir. “Pode incluir qualquer íd
d ,
d e
alteração na frequência respiratória, movimento incomum ou dificuldade m
em
respirar.

É aconselhável escrever observações sobre o comportamento da criança no dia


seguinte.” Caso mantenha contacto com profissionais, informe-os da situação.
5. COMO POTENCIAR UMA MELHOR NOITE DE
SONO?

Mas como posso ajudar a criança?


As já referidas questões do controlo, ambiente seguro e previsível,
sív l
p s
rotinas definidas e uma dieta apropriada podem influenciar os tempos
de sono.
Caso a criança, a meio da noite, apareça no quarto dos pais, estes
podem, com tranquilidade, dizer que vão voltar com ela para o quarto e
que ficarão ao pé dele até adormecer.
Este processo deve ser repetido quantas vezes forem precisas.

Fonte: Vencer Autismo


6. CRISE OU BIRRA?

As crises e as birras são muito semelhantes e, por essa razão, são poror vezes
v zes
difíceis de distinguir. Mas a sua distinção é importante para sabermoso como
omo
ça
agir ou que estratégias aplicar para, em ambos o casos, ajudar a criança.

ma
Importa ter em atenção o seguinte: cada comportamento manifesto é uma
forma de comunicação.

Cabe-nos tentar entender o que pretende comunicar-nos, ajudar e incentivar a


uma comunicação mais eficaz.
6. CRISE OU BIRRA?

Birra
Normalmente, resulta da frustração de não conseguir o que quer naquele
aquelee
momento.
de parar
A criança consegue ter controlo sobre o seu comportamento (i.e., pode par r
tempo necessário para garantir que alguém está a olhar para ela).
errc be
Tipicamente, param quando a criança consegue o que quer ou se apercebe
que não conseguirá o que quer, se continuar a agir daquela forma.

Crise
A criança não tem como objetivo conseguir algo;
A criança não tem controlo sobre os seus comportamentos;
Tem como propósito a libertação de energia emocional ou sensorial.
6. CRISE OU BIRRA?

Birra
Mostre que reconhece os desejos da criança e compreende o que q e ela
el
e
pretende transmitir, sem ceder;
Incentive a uma forma de comunicação mais adequada (exemplo: “diz- iz
me calmamente o que queres”);
Explique que a criança não irá obter o que deseja, caso continue com
aquele tipo de comportamento;
No caso de não ser possível dar à criança o que deseja, informe a
criança, explique o porquê e ofereça alternativas.
6. CRISE OU BIRRA?

Nota: Em algumas crianças, ignorar estes comportamentos leva à suaa


extinção. No entanto, noutras crianças pode conduzir a uma crise.

Sugestão:
Pratique a hetero-regulação.
Mantenha-se perto da criança, ficando calmo, ajudando-a assim a ficar
também calma (efeito espelho).
6. CRISE OU BIRRA?

Crise
Ajude a criança a encontrar um sítio sossegado e sem muitos estímulos;
os;
Sente-se calmamente ao seu lado (hetero-regulação);
Ofereça massagens de alta pressão (se isso funcionar com a sua criança);
Proporcione algo que sabe que a pode acalmar.

Exemplo: cantar uma música baixinho ou mexer no cabelo.


7. COMO TRANSITAR PARA OUTRAS ATIVIDADES?

Por vezes, a criança pode manifestar algumas dificuldades aquando


d da
d
h ro
mudança de ambiente ou atividade, manifestando-se através do choro,
pouca cooperação ou gritos, por exemplo.

A palavra-chave é previsibilidade.

Crianças com espetro de autismo podem não se sentir confortáveis com


uma mudança repentina. No entanto, podemos adotar algumas estratégias
que conferem alguma previsibilidade à mudança.
7. COMO TRANSITAR PARA OUTRAS ATIVIDADES?

Criar uma rotina:


Mesmo em casa, é útil que crie uma rotina para a criança, podendo ma
manter
an e
ns r
alguns elementos prévios, como a higiene e lavagem dos dentes, e inserir
novos elementos, como o relaxamento.

Criar um horário visual (consulte os nossos anexos)


Forneça à criança uma noção de sequência, indicando as tarefas a realizar
durante o dia e ajudando na antecipação e previsão.

Poderá recorrer a diversos recursos como objetos reais, miniaturas,


fotografias, desenhos ou palavras.
7. COMO TRANSITAR PARA OUTRAS ATIVIDADES?

Recorrer a estímulos sonoros


Associar determinado som ou música a tempos diferentes de uma atividade.
vid
da
Exemplo: fazer tocar uma música quando faltarem 20 minutos para a a
conclusão de uma tarefa; tocar uma outra música quando faltarem 10
minutos para a conclusão e, por fim, uma terceira música para quando
faltarem 2 minutos para a transição.

Fonte: Unidades de ensino estruturado para alunos com perturbações do espetro do autismo: Normas
orientadoras (Ministério da Educação e Direção-Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular).
7. COMO ESTRUTURAR AS ATIVIDADES?

Recorrer a estímulos visuais


Exemplo: recorrer a um relógio feito especialmente para o efeito ou usar
a
um semáforo, que a cada cor tem associado determinada duração
temporal.

Fonte: Vencer Autismo


E COMO EXPLICAR
PORQUE É QUE O
MUNDO MUDOU
TANTO?
O QUE É O COVID-19?

“Olá! Sou um vírus, primo da gripe e da constipação. Adoro viajar e saltar para as
mãos das pessoas para as cumprimentar. Já ouviste falar de mim? E como te
sentes quando ouves o meu nome? Tranquilo? Confuso? Preocupado? Curioso?
Nervoso? Triste?".
E TU COMO TE SENTES?
Fonte: CoviBook
O QUE É O COVID-19?

Às vezes, os adultos preocupam-se quando lêem as notícias ou que vêem na


ttelevisão.
Mas eu vou explicar-te, para que possas entender:

Quando venho de visita posso trazer, na bagagem,


tosse, falta de ar e febre.

Mas logo vou embora e quase todas as pessoas se sentem melhor. É quase como
quando te magoas no joelho e fazes um arranhão, dói ao início, mas depois sara.

Podes ficar tranquilo!


O QUE É O COVID-19?

Os adultos cuidam de ti e vão manter-te seguro. Mas tu também podes


ajudar, sabes como?

Lavando as mãos com água e sabão enquanto cantas a tua música


favorita até ao fim.

Ou então usar álcool gel e deixar secar. Não mexer as mãos e contar até
10.

Estão secas, vamos brincar!


SUGESTÕES
S U PARA FACILITAR A EXPLICAÇÃO

«A MINHA AVÓ TEM CORONAVÍRUS!»

É uma história contada pelo António, um menino que percebe que a sua avó ficou
infetada pelo novo coronavírus depois de ter voltado de uma viagem. Como será
que ele e a família lidam com a situação? Como se sente a avó? O que é que o
António e os seus pais podem fazer para apoiarem a avó e manterem-se
protegidos?

Um livro para ajudar as crianças e jovens a lidarem com uma situação nova e
inesperada, que obriga a novas rotinas diárias e à gestão de situações nem
sempre fáceis de entender.

DISPONÍVEL EM: HTTPS://IDEIASCOMHISTORIA.PT/PAGES/DICAS-CORONAKIDS-VAMOS-VENCER-A-COVID-19


SUGESTÕES PARA FACILITAR A EXPLICAÇÃO

História do Vírus Malcomportado (Hospital da Luz):


bit.ly/HLuz-COVID19

Site lúdico-pedagógico, em parceria com a DGS, para crianças e jovens:


https://www.coronakids.pt/
PORQUE TENHO DE LAVAR AS MÃOS?

O COVID-19 pode ser transmitido de pessoa para pessoa, por isso é que se diz que
é contagioso.
Mas como?
Se alguém que tiver sido visitado pelo vírus espirrar ou tossir, pode libertar umas
gotículas. Também pode acontecer quando nos aproximamos muito uns dos outros
ou quando damos beijinhos.
Essas gotículas, que nem conseguimos ver, às vezes, podem pular para as nossas
mãos. Quando passamos as mãos na cara, nos olhos, ou no nariz, por exemplo, é
como se estivéssemos a abrir a porta para deixar o vírus visitar-nos.
PORQUE TENHO DE LAVAR AS MÃOS?

E tu já sabes o que é que ele pode trazer na sua bagagem, certo?


Uma das formas que temos para nos proteger, é lavar muito bem as mãos, e várias
vezes ao dia! O sabonete que usamos parece ter super-poderes e consegue fazer o
vírus desaparecer. Parece demasiado simples fazer com que ele vá embora das
nossas mãos, não é?
SUGESTÃO
UMA BOA FORMA DE APRENDER É PÔR AS MÃOS À OBRA!
DESAFIE A CRIANÇA A PARTICIPAR NESTA EXPERIÊNCIA.

PRECISA DE:
2 PRATOS ÁGUA DETERGENTE OU SABONETE DE MÃOS PIMENTA
SUGESTÃO
UMA BOA FORMA DE APRENDER É PÔR AS MÃOS À OBRA!
DESAFIE A CRIANÇA A PARTICIPAR NESTA EXPERIÊNCIA.

Passos a seguir:

1. Preparar um prato com água e pimenta e outro prato com água e


detergente ou sabonete das mãos;
2. Explicar à criança que a pimenta representa o coronavírus;
3. Pedir à criança que ponha o dedo no prato com pimenta e repare
como esta se agarra ao seu dedo;
4. Explicar que é como se estivesse infetado, uma vez que possui o vírus
consigo;
5. Pedir que ponha o mesmo dedo na água com sabão e note como o
vírus rapidamente desaparece do dedo;
6. Para finalizar, pedir à criança que coloque o dedo, já com água e
sabão, novamente no prato do vírus e observe como este se afasta
imediatamente.
E APÓS O EXERCÍCIO?

Deve, assim, alertar a criança para a importância de lavar regularmente as


mãos, bem como ensiná-la a fazê-lo corretamente. Veja como nos anexos.
Para assegurar que as lava por um tempo adequado, desafie a criança a
cantar os parabéns duas vezes enquanto o faz, ou a cantar o alfabeto uma
vez em inglês e outra vez em português.
O QUE É A ETIQUETA RESPIRATÓRIA?
FONTE: CORONAKIDS

Quando espirramos ou tossimos devemos fazê-lo para o cotovelo ou


para um lenço, que depois deitamos fora.

Depois de deitarmos o lenço no lixo, devemos lavar as mãos com


água e sabão ou utilizar uma solução de base alcoólica.

Quando espirrares ou tossires, lembra-te:


Esconde o espirro ou a tosse com o braço!

Estás, assim, a ajudar a proteger os que estão em teu redor, diminuindo o


risco de contágio.
PORQUE TEMOS DE FICAR ISOLADOS?

O isolamento social permite que o vírus não se continue a espalhar com


tanta velocidade. É a maneira de parar o vírus! Para além de estares a
proteger-te, estás a proteger a tua família e a sociedade! Sabemos que a
situação pode ser chata, não estás habituado(a).

Mas lembra-te que, ao ficares em casa, estás a fazer o melhor para todos!
A situação vai passar, e se tu cumprires as regras estás a ajudar a
combater o vírus e tudo voltará ao normal.
O QUE QUER DIZER FICAR EM ISOLAMENTO SOCIAL?
Em isolamento social, não podemos fazer atividades em grupo, como ir ao
parque, não podemos ir à escola, não podemos ir a casa dos amigos, não
podemos ir visitar os avós que vivem longe ou ir passear como fazíamos antes.

Significa que temos de ficar na nossa casa e sair apenas para aquilo que é
mesmo necessário, como ir ao hospital, ir à farmácia ou ir ao
supermercado.Dito assim, parece muito aborrecido.

Para te ajudar, nas próximas páginas vamos dar-te algumas sugestões


para conseguires gastar a tua energia durante o dia e para
conseguires distrair-te um pouco!
E QUANDO AS SAUDADES APERTAM?

É normal que possas sentir saudades dos teus amigos, dos teus professores,
dos teus terapeutas ou da tua família. Isto acontece porque gostas muito
deles e gostas da sua companhia.Uma vez que não podes sair de casa para
te encontrares com eles, podes arranjar outras formas de tê-los um
bocadinho mais perto.
E QUANDO AS SAUDADES APERTAM?

Envia uma mensagem;


Faz um telefonema;
Faz uma videochamada;
Grava um vídeo a dizer o quanto gostas deles e enviar;
Desenha uma pessoa de quem tenhas muitas saudades;
Desenha o que gostarias de estar a fazer com eles e depois mostrar.
COMO VAMOS SAIR DESTA SITUAÇÃ0?

Neste momento, tens de ter paciência e pensar que pode demorar um


pouco mais do que inicialmente foi pensado.
Mas não te preocupes, mais à frente vamos dar-te muitas ideias do que
podes fazer nestes dias em que vais estar em casa!

Não te esqueças! A tua saúde e a saúde de todos é muito


importante! Por isso mesmo, deves respeitar tudo o que te dizem
até ser seguro sair à rua!
O QUE ESTOU A SENTIR?

É normal que te sintas assim! De um dia para o outro tivemos de ficar em casa,
ouvimos coisas menos boas na televisão e toda a gente está preocupada.

Podes sentir o coração a bater mais rápido, um “nó na barriga” ou até te podes
sentir mais irrequieto(a).

Mas não te preocupes, é normal que sintas tudo isso! A


ansiedade e o medo, por vezes, fazem-nos sentir coisas que
não percebemos bem.
RODA DAS EMOÇÕES

É normal todos os
dias sentirmos
A roda das coisas muito
emoções pode diferentes.
ajudar-te a ver de
forma é que te E por vezes,
sentes nos acontece que não
diferentes dias! consigas mesmo
escolher nenhuma
emoção.
É NORMAL FICAR CONFUSO COM TUDO O QUE SE
ESTÁ A PASSAR?
CLARO QUE SIM!
Os adultos também estão a passar por esta mudança e ainda não
sabemos tudo o que temos de fazer.

Na verdade, os adultos também ainda não tinham passado por


situações como esta, então é uma situação nova para todos nós!

O importante é cumprir as recomendações e as novas regras que os


mais crescidos te dizem e aos poucos verás que tudo vai começar a ser
mais normal.

Estamos todos nesta situação e precisamos de nos adaptar!


É NORMAL QUE NÃO CONSIGA ADORMECER COM
TANTA FACILIDADE?

SIM! É MUITO NORMAL!


Mas não te preocupes que, com o passar do tempo, o teu
corpo vai habituar-se a toda esta nova situação e tu vais
conseguir adormecer com mais facilidade!
SUGESTÕES PARA
OS CUIDADORES
Transmita confiança
É bom lembrar que tudo tem um lado positivo!
Assim, partilhe histórias de profissionais de saúde, investigadores e cientistas que
estão a trabalhar diariamente para combater o surto e manter-nos seguros. Recorde
também todos os casos curados, a redução da poluição ou a onda de solidariedade.

Cuide de si
Sempre que se sentir mais irritado ou ansioso, tire um tempo para si, procurando
deixar a criança sob a responsabilidade de um outro familiar, caso lhe seja possível.
Tente acalmar-se e relaxar.
Seja gentil consigo e com a forma como está a lidar com isto. Todos os dias faz o seu
melhor e isso é o suficiente!
Cuidar de si e encontrar tempo para atividades que lhe dão prazer não é egoísmo.
Só assim conseguirá estar na sua melhor versão para cuidar das crianças.
QUANTAS CARAS PODE TER A ANSIEDADE?

Mais do que nunca, é importante estar atento aos comportamentos


que as crianças podem desenvolver durante esta fase.

AS CRIANÇAS PODEM RESPONDER


AO STRESS DE FORMAS
DIFERENTES.
QUANTAS CARAS PODE TER A ANSIEDADE?
Podem pedir mais colo;
Mostrar mais dependência, ansiedade, agitação ou zanga;
Isolaram-se;
Fazer xixi na cama;
Terem pesadelos;
Chorarem com maior frequência;
Experienciar alterações de humor;
Aumento ou diminuição do apetite.
Fontes: OPPGuião para pais: atitudes, dicas e sugestões para facilitar o período de isolamento :
e quarentena por Heloísa de Sousa Dias.
QUANTAS CARAS PODE TER A ANSIEDADE?

Responda às reações da criança sendo compreensivo e mostrando apoio.


Deve escutar as suas preocupações e procurar tranquilizá-la.
Dê oportunidade à criança para expressar os seus sentimentos e receios,
não desvalorizando ou julgando o que contam.
A separação face a uma figura cuidadora, a um familiar, amigo ou
terapeuta, pode também despoletar alguns destes sintomas.

Assim, tente encurtar essa distância e proporcione um


contacto regular (através do Telemóvel ou Videochamada)
830
Fontes: OPP
Guião para pais: atitudes, dicas e sugestões para facilitar o período de isolamento e quarentena
por Heloísa de Sousa Dias.
MAS TEMOS UMA BOA NOTÍCIA

O papel que a tua família está a ter, nestes dias, está a ser
muito importante!

Estão em casa a proteger-te a ti, a proteger os teus amigos e a


restante sociedade.

Continuem a ser um importante agente de Saúde Pública!


EXERCÍCIOS PARA ACALMAR

Estas técnicas deverão ser ensinadas à criança quando estiver


calma e, posteriormente, poderão ser aplicadas em situações que
despoletam um aumento da ansiedade ou medo.

Estes exercícios poderão ser incluídos na rotina diária da


criança.
EXERCÍCIOS PARA ACALMAR
TÉCNICA DE RESPIRAÇÃO

1. Encontrar um local calmo sem distrações e em que nã não ocorram


interrupções.Inspirar desce até à
es.Inspirar pelo nariz e notar como o ar des
barriga;
2. Suster a respiração
spiração por cerca 1-2 segundos;
3. Expirar lentamente
tamente por cerca de 4 segundos.Esperar a alguns
segundos até iniciar uma nova inspiração.Repetir este processo
por 6 a 8 ciclos
iclos de respiração por minuto;
EXERCÍCIOS PARA ACALMAR
TÉCNICA DE RELAXAMENTO MUSCULAR

Pode ser difícil manter a criança sentada por longos períodos. Assim,
apresentamos uma versão abreviada de relaxamento muscular:

Consiste em ensinar a criança a contrair e relaxar os principais grupos


musculares, a par com uma respiração tranquila;

Ajuda a libertar a tensão enquanto executa uma respiração tranquila.

Esta técnica poderá ajudar a criança a reconhecer em que parte do corpo


sentiu primeiro a ansiedade e, posteriormente, pode ensiná-la a relaxar os
músculos dessa parte corporal.
EXERCÍCIOS PARA ACALMAR
TÉCNICA DE RELAXAMENTO MUSCULAR

1. Ensinar a criança a contrair os principais músculos dos membros


inferiores (i.e., pernas e pés) por alguns segundos. Libertar a tensão
enquanto executa uma respiração tranquila.
2. Passar para a contração dos músculos do estômago e peito. Libertar a
tensão enquanto executa uma respiração tranquila.
3. Passar para a contração dos músculos das mãos, braços e pescoço.
Libertar a tensão enquanto executa uma respiração tranquila.
4. Passar para a contração dos músculos faciais, levantando as
sobrancelhas o máximo que se consiga e manter essa posição durante
alguns segundos. Libertar a tensão enquanto executa uma respiração
tranquila.
OUTRAS SUGESTÕES PARA OS CUIDADORES

Caso esteja muito ansioso, olhe em volta e concentre-se em algo que


consiga ver ou sentir.

Por exemplo, pode utilizar a audição para ouvir um relógio. Se o


ambiente estiver calmo, pode concentrar-se em ouvir pássaros.

Ao concentrar-se nesses elementos, o foco da sua atenção será o


momento presente, ao invés da ruminação (ficar sempre a pensar na
mesma coisa) de memórias ou preocupações com o futuro que podem
trazer alguma ansiedade.

Para além deste tipo de controlo, há algumas atividades que podemos


realizar de modo a controlar a respiração.
OUTRAS SUGESTÕES PARA OS CUIDADORES

Quando estamos calmos, podemos sentir a nossa inspiração e expiração


mais lentamente. Experimente parar e respirar com mais tranquilidade e
profundidade e, enquanto o faz, coloque a mão no abdómen para sentir a
respiração mais calma.

1. Comece por inspirar durante 4 segundos, depois segure o ar nos


pulmões por mais 4.
2. De seguida, expire lentamente durante 4 segundos e, no final de
expirar, faça mais uma pausa de 4 segundos.

Inspire - Pausa - Expire - Pausa - Inspire - Pausa - Expire - Pausa.

Fonte: Minha Vida


MINDFULNESS

O mindfulness assenta no princípio de uma atenção profunda na


respiração.
ração. Através desta atenção, consegue-se estar mais concentrado
concentrad no
momento.
ento.

A partir
rtir daqui, evolui-se para o foco nos nossos pensamentos, sentimen
sentimentos e
sensações
ações associados ao presente.

Assim,
m, esta atenção permite que estejamos mais atentos àquilo que
qu se
passa
a na nossa mente e no nosso corpo, sem julgamentos. Desta forma,
fo
desenvolvemos
nvolvemos uma maior capacidade de aceitação e gestão das emoç
emoções.
MINDFULNESS
CHEIRE E CONTE

1. Entregue à criança algo aromático; Exemplo: gomo de


laranja, vela, sabonete, limão ou erva aromática.
2. Peça-lhe que feche os olhos e descreva o que sente ao
cheirar o objeto;
3. Ensine-o a focar a sua atenção em apenas um dos sentidos.
(olfato; tato etc.)
MINDFULNESS
SOMOS ASTRONAUTAS

1. Convide a criança a ser um astronauta e a visitar um outro planeta;


2. Ofereça-lhe uma peça de fruta;
3. Peça que a descreva usando os 5 sentidos e como se nunca a tivesse visto
antes;
4. Questione a criança acerca do que observou:

Que forma tem?


Leve ou pesado?
Macio ou duro?
Cheira?
Faz barulho ao mastigar?
É doce ou salgado?
MINDFULNESS
BOLETIM METEOROLÓGICO
1. Convide a criança a sentar-se comodamente;
2. Convide-a a fechar os olhos e a descobrir como se sente;
3. Compare as emoções com o tempo;

O sol como tranquilidade; chuva como tristeza e trovoada como


agitação. Peça que observe se o sol brilha e se sente relaxado, se está
a chover ou se está prestes a trovejar.

Peça-lhe que seja curioso e note que tempo faz dentro dela;
Explique que as emoções mudam como o tempo;
Há dias de sol, há dias de chuva e há dias de trovoada.
Explique que as emoções, tal como o estado do tempo, são passageiras;
Ensine-a a aceitá-las, sem julgar.
ONDE PODE INICIAR ESTA PRÁTICA DE
MINDFULNESS?
PARA OS CUIDADORES

Deixamos algumas sugestões de aplicações que poderá instalar no seu smartphone:

Headspace;
Smiling Mind;
Stop, Breathe and Think;
10% Happier;
The Mindfulness App;
A Mindfulness App: Meditações para Todos;
Calm.
IMPORTÂNCIA DE UM BOM AMBIENTE FAMILIAR

Nestes dias passamos muito tempo com as mesmas pessoas, não é


verdade?
É, então, muito importante ter uma boa relação com elas, manter a
confiança e entender o outro.
A importância deste bom ambiente é muito importante, principalmente
nesta altura, para estimular o desenvolvimento dos mais novos.
COMO PODEMOS MANTER ESSE BOM AMBIENTE?

Envolvimento e entreajuda
Participe nas atividades dos mais novos e envolva-os nas suas. E, claro, se
a tarefa estiver a ser difícil, tente explicar novamente e de forma calma,
incentivando a criança a fazer o mesmo.

Dar o exemplo: Defina as regras e cumpra-as, assim como todos os adultos


da casa. Por exemplo, se a mesa é para comer, o adulto não poderá comer
no sofá.
COMO PODEMOS MANTER ESSE BOM AMBIENTE?

Positividade
É muito importante manter um espírito alegre com as pessoas com que
passamos estes dias.
A tolerância e a amizade podem ser estimuladas, ao passar tempo de
lazer em conjunto, a ver um filme ou a jogar um jogo, por exemplo.
COMO PODEMOS MANTER ESSE BOM AMBIENTE?

Individualidade
É importante reconhecermos e aceitarmos a individualidade de cada um.
É natural que não respondermos todos da mesma forma a determinadas
situações, não querermos todos a mesma coisa em determinado momento.

Pratique esta aceitação pela individualidade daqueles que coabitam


consigo.
TABELA DE RECOMPENSAS

O uso da tabela de recompensas pode ser uma boa estratégia para


motivar a criança a ter um bom comportamento e a realizar as tarefas
com mais entusiasmo;

Para o seu sucesso, ressaltamos a coerência nas atitudes educativas do


adulto e a importância do seu bem-estar.

Como fazer?
TABELA DE RECOMPENSAS

Criar uma tabela diária ou semanal (disponibilizamos uma em anexo);


Listar tarefas que pretende que a criança realize durante esse período;
Explicar, de forma clara, à criança o que pretende que faça em cada uma
das suas tarefas;
Atribuir um símbolo ou cor ao “fez” e ao “não fez”; (Exemplo: cor verde
para “fez” e cor vermelha para “não fez”).
Acordar previamente com a criança quantos símbolos positivos necessitará
de atingir para alcançar a recompensa e qual será a sua recompensa.
DEIXAMOS ALGUMAS IDEIAS DE RECOMPENSAS
PARA OS MAIS NOVOS:
Lanche especial;
Escolher o que será o almoço;
Escolher o filme que todos verão nesse dia;
Escolher um jogo.

Alguns aspetos a ter em conta:


Definição de objetivos de acordo com idade e capacidades da criança;
Definir claramente o objetivo e explicitar as regras;
Acompanhar o desenvolvimento das tarefas;
Não sobrecarregar;
Sugerir algumas atividades fáceis de realizar, para que a criança se sinta
permanentemente motivada.
ROTINAS
Tanto quanto possível, mantenha as rotinas e os horários habituais ou
ajude a criar novas rotinas, incluindo momentos diversificados ao longo do
dia.
Ora momentos de aprendizagem e realização de atividades escolares, ora
momentos de brincadeira e lazer, ou de relaxamento e tranquilização.
Esta rotina deve ser orientadora para o cuidador e a criança.

No entanto, seja também gentil consigo e permita


alguma flexibilidade de horários quando necessário.
o.
Continue a ler o manual e veja as nossas sugestões mais à frente!
SUGESTÕES DE
ATIVIDADES
Para poderes fazer estas e mais atividades, pede aos
adultos que estão contigo para entrarem no link que
disponibilizámos. Nele podem encontrar diversas atividades
para realizares!
Envolva-se
Guarde, pelo menos, 20 minutos diários para brincar com a criança.
Dedique-lhe esse tempo exclusivamente. Deixe-a definir as regras, seguindo
os seus interesses e envolva-se nas suas brincadeiras.

Atividades domésticas
Pedir a ajuda da criança em determinadas tarefas pode servir para ocupar
o seu tempo livre, sentindo-se útil e promovendo a autonomia e
responsabilidade.

Alguns exemplos: pôr a mesa, limpar o pó, secar a louça, separar os talheres,
ajudar a estender a roupa, emparelhar as meias, misturar ingredientes.
Momento de
e chef (requer supervisão de um adulto)
Fazer bo
bolachas
l ch s ou
ou biscoitos,
b pizza, panquecas, gelatina, pudim, um batido ou
fazer
er umaa salada
sa
a ad
da
adde
e fruta.

Momento
to d
de
e lleitura
ei
Contar histórias e pedir à criança que relate o que ouviu em desenho.
Ler no
notícias selecionadas previamente;
Ver víd
vídeos lúdicos com legendas;
Ler pa
parte de uma história e inventar o seu desfecho.

Sugestões de histórias
http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/biblioteca/Audiolivroshttp://projectoad
nonaci
amastor.org/audiolivros-para-criancas/
Momento
ome
en o d
de
e ccinema e vídeos

Rev o
Rever oss ffilmes
lm
mes d
da Disney;
Ver de um filme e posterior reflexão (sugestão: Inside Out);
Ver de vídeos educativo;
Usar um vídeo para fazer um karaoke em família;
Ver de vídeos com coreografias e posterior aprendizagem dos
movimentos.
mov
Jogos Tradicionais

Jogo do ovo e da colher (ótimo para promover a atenção e


concentração);
Jogo da macaca;
Jogo da cabra cega;
Jogo do berlinde;
Jogo do macaquinho do chinês;
Jogo do galo;
Trava-línguas;
Jogo das adivinhas;
Jogo dos provérbios;
Jogo das escondidas.
Momentos de artista

Desenho livre;
Colagens com materiais existentes em casa (exemplo: tampas, jornais ou
rolos de papel);
Pintura com os dedos;
Construções em plasticina;
Origami;
fazer aviões de papel e decorar;
Desenhar o que vê da janela;
Sessão de fotografia temática: usando disfarces e acessórios que
tenham em casa.
Aplicações para crianças

Funny Food: É uma app com 17 jogos educacionais para bebés, de entre os
quais: jogos com figuras geométricas, cores, unidades como partes de um
todo, lógica, tamanhos e puzzles.

iMemory Jogatina: Os jogos de memória fazem parte da infância de todos


nós! Além de divertidos, estimulam o desenvolvimento cerebral das crianças
em aspetos como a memória, a lógica, a criatividade e o espírito
competitivo.
Academia
mia ZU:
ZU Tem Te como objetivo pedagógico ensiná-las a cuidar dos seus
animais
nimais de
de estimação,
esttiimaaç nas áreas da alimentação, higiene (wc e banho) e
repouso,
o ida
epouso, a ao
ida ao vetveterinário
et e treino/diversão.

ACP KidsA: É um jogo educativo para crianças, desenvolvido com o objetivo


de estimular
esti e potenciar as suas capacidades cognitivas, especificamente a
memória
memóri e o vocabulário.

DrawyBook®:
Drawy Concebida
Conc para crianças dos 5 aos 10 anos de idade, permite
dar vida aos desenh
desenhos da criança e transformá-los numa história interativa.
Deixe que criança dê asas à imaginação e à criatividade, enquanto vive uma
ança d
história
h tór original, repleta de atividades divertidas e didáticas.
Estimulação sensorial

Repro
Reproduzir
roduz r u
umm ssom e pedir à criança que adivinhe de que se trata;
Vendar
Venda
dar a criança,
c ian aproximando-lhe diversos cheiros (como laranja,
detergente,
deterggen , pasta
pas
p de dentes, canela, côco ou chocolate), pedindo que
adivinhe de
h deq que se trata;
Vendar a criança e colocar, em caixas diferentes, objetos ou alimentos
Ve
diferentes (como farinha, espuma de barbear, pasta de dentes, uvas,
difer
peluche) e pedir que adivinhe do que se trata.
peluc
Outras atividades
iv
vi

Escrev
Escrever
re
evve
er p
postais
ost is e cartas a amigos e familiares;
o
“Quem m sou
ou eu?”:
e ? : escrever num post-it um nome de um desenho animado,
eu
fruta ou a animal e colar na testa de outro jogador, que deve adivinhar o
que está escrito, colocando perguntas;
qu
Visitar museus online: https://artsandculture.google.com/partner?hl=en;
Visit
Jogos de imitação frente ao espelho.
azer um
Fazer mp otte d
pote da ccalma (ou calming jar):

Frasco tr
transparente
ran
a spar com tampa;
1 ou 2 colheres de sopa de detergente da louça ou óleo de bebé;
3 ou 4 colheres de chá de purpurinas;
Água quente.

pote da calma
O pot ma é um instrumento que ajuda a criança a acalmar-se, ao
concentrar-se no mov
movimento das purpurinas quando agita.
Atividades desportivas

Quando
nd
doo praticamos
p a ica
pr exercício físico como andar, correr, dançar, chutar ou
çar uma
lançar uma bola,
bola estamos a usar o oxigénio para produzir energia e a
b
ajudar coração
dar o cco ão a bombear mais sangue, beneficiando o nosso cérebro.
oração

A atividade física aumenta a produção de neurotransmissores, que


regulam funções tão importantes como a memória, a aprendizagem ou a
regu
ansiedade
ansie (Fonte: Revista Sábado).

Pro
Procure criarr um
uma rotina, de modo a que os mais novos façam desporto
frequentemente!
mente! Por exemplo, procure fazer exercício de manhã, antes de
iniciar o estudo.
studo.
Para tornarr o tempo de estudo mais eficiente, pratique com a criança,
rante
e2
durante 20
0m n tos ao dia, atividades como as seguintes:
minutos

Caminhada
had
da rápida
r (caso tenha espaço em casa, faça um circuito para a
cria
criança caminhar; se tiver passadeira rolante, utilize-a!);
Caso tenha uma bicicleta estática, deixe a criança andar na mesma
Se tiver
t um espaço amplo, deixe a criança saltar à corda: incentive à
ue ele vá saltando;
medida que
Jogue futebol
ebol co
com ele(a): utilize objetos para fazer balizas, explique as
eg
g
regras do jogo antes de começar e joguem.
Há vários exercícios que podem ser feitos, sem exigir muito espaço ou
recursos:

Dança
Dançar;
çar
Correr
rer ssem
em sa
sairr d
do lugar;
Subir e ddescer
s e a as escadas;
Jogar “O
O rreii manda”;
Exemplo: tocar no pé, levantar o braço esquerdo, rodopiar várias vezes;
Ex
Caminhar entre as várias divisões;
Cam
Deixe a criança definir etapas e vá propondo desafios!;
Enrolar meias e fazer batalhas;
Enro
Escolher um
E m alvo e fazer uma competição de lançamento.
E lembre-se, ninguém estava preparado(a) para isto! De um
momento para o outro, os cuidadores viram o seu trabalho
quase que duplicado e é normal que se sinta mais cansado,
mais sensível e mais irritável. Entre todas as tarefas que tem
que gerir, emoções e contratempos que poderão surgir, lembre-
se do quão importante é cuidar de si também. Está a dar o seu
melhor e todos precisamos de tempo para nos habituarmos a
esta nova realidade.
Agradecemos, desde já, a todos os envolvidos neste projeto,
que nasceu do dia para a noite (Estudantes da FPCE-UC)

Ana Leite Carolina Paixão Maria Coimbra


Ana Silva Débora Silva Mariana Godinho
Ana Sousa Francisca Cardeira Maria Inês Pedro
Andreia Graça Filipa Andrade Mariana Felício
Ana Lourenço Helena Broa Mariana Saraiva
Andreia Nunes Inês Agostinho Mariana Barreira
Inês Esteves Matilde Azenha
Bárbara Rodrigues
Inês Simões Mariana Ventura
Bárbara Santos
Inês Santos Patrícia Martins
Inês Santos Ricardo Gonçalves
Joana Gonçalves Rita Rocha
Joana Martins Rita Damasceno
João Caseiro Sara Costa

Com Supervisão:
Dra. Catarina Quadros (Cédula Nº23770)
Dra. Carina Vieira (Cédula Nº9596)
Dra. Daniela Vieira (Cédula Nº23187)

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