CAPÍTULO XI TERAPIA OCUPACIONAL E BIOÉTICA: Aporte para As Práticas Profissionais Na Interface Com Os Direitos Humanos - BIOÉTICA NAS PROFISSÕES
CAPÍTULO XI TERAPIA OCUPACIONAL E BIOÉTICA: Aporte para As Práticas Profissionais Na Interface Com Os Direitos Humanos - BIOÉTICA NAS PROFISSÕES
CAPÍTULO XI TERAPIA OCUPACIONAL E BIOÉTICA: Aporte para As Práticas Profissionais Na Interface Com Os Direitos Humanos - BIOÉTICA NAS PROFISSÕES
SÉRIEBIOÉTICA- VO1E 10
(CRV C-SOCIEDADE
ABRASILEIRAi CSOCIEDADE
ODEBIOETICA -BRASILEIRA
L DEBIOETICA
Introdução
ORDOBA,2E
humanos, fortaleceo entendimento de que o terapeuta ocupacional objetiva
promover a partir de suas práticas a autonomia possivel e a minimização
Especifcame
das vulnerabilidades e das privações sócio ocupacionais a elas relacionadas,
sde
justiça
se sofridas pela população atendida em sua vida cotidiana. Tais objetivos se
mbemis
prahi relacionam diretamente com o provimento de serviços e recursos voltados
detireinxaea à manutenção de uma vida digna para sujeitos e coletivos, do seu início ao
GALHEL m. Logo, tal entendimento demanda a articulação da noção de justiça com
o objeto de estudo/intervenção da pro ssão, compreendido como ocupações/
atividades de um sujeito singular e contextualizado, e que faz parte grupos
com demandas especí cas e partícipes de uma determinada sociedade cultural,
econômica e politicamente organizada.
humanSeir
Sendo assim, a relação da pro ssão com a justiça torna-se imperativa e
poderia ser traduzida, a partir da noção de justiça sócio-ocupacional e de -
4.0W4SZ nida como garantia de direitos de acesso e oportunidades, propiciadores de
uma vida cotidiana quali cada. Até porque, no limite, o conceito bioético de
mistanásia – ou morte social, miserável e abreviada - pode corresponder à
situação de vulnerabilidade e vulneração como a de pessoas, grupos e cole-
tivos atendidos pelos terapeutas ocupacionais como, por exemplo, pessoas
em situação de rua e de pobreza extrema. Isto é, que vivem em condições
precárias e desumanas de existência (SOTERO0, 2011; SANTOS JR.; SILVA;
conhecer o Outro implica levar em conta sua 'biogra a' de forma abran-
umconjmtoke gente, incluindo sua espiritualidade e sua vulnerabilidade (como outro
referencial). Respeitar o Outro, isto é, a alteridade, implica respeitar a
càralzaçok autodeterminação, vale dizer, o referencial da autonomia (2011, p. 40).
178 promok
nentos,
estes sujeitos su cientemente informados, sobre sua situação, procediment.
tropod
zação
técnicas e recursos a serem aplicados para que p0Ssam consentir arealizao
a manu
decisõs
da intervenção? Estaria o pro ssional preparado para a complexidadedesto
ais
D
situações? Os sujeitos estariam sendo escutados de forma que ospro ssionaie
protec
respeitem sua autonomia nas decisões?
Como já salientamos são inúmeros os desa os que os terapeutas
Ocu- eelabc
pacionais enfrentam na relação que estabelecem com os sujeitos equipee o desa
cuidadores/familiares. Se por um lado os princípios bioéticos daautonomia necess
não male cência, bene cência e justiça são referenciais básicos dadisciplina cuidac
a vulnerabilidade, discriminação, estigmatização, preconceito, eequidade, protag
são situações que ocasionam implicações éticas para possiveis embatesno mas g
tão al
cotidiano dos pro ssionais.
Essas situações, na opinião de Hossne e Zaher (2006), sãoreferências
de cunho qualitativo para as re exões da bioética e que não podem serquan- o pró
ti cadas ou mensuradas. Por conseguinte, servem de contrapontos re exivos terape
na busca por justiça, assim como pela bene cênciae não male cência.Essas e prá
situações podem atingir extremos, já que nem sempre há condições dossu- res q
jeitos verbalizarem, identi carem e opinarem por esta ou aquelaintervenção. pater-
Para se aproximar do sujeito, o pro ssional deve reconhecê-lo comoum
ser singular, merecedor do melhor atendimento e considerar todas assuas Situa
dimensões (biológica, psicológica, social) durante o tratamento. Paraisso res.
é necessário que o pro ssional tenha a clareza que o sujeito/família aceitou algu
a intervenção, tendo compreendido as informações fornecidas e atémesmo de q
enfrentado a insegurança, ansiedade, medo, dor e outras situações devulne- a su
rabilidade, fatores que poderiam limitar sua autonomia. É muitoimportante exer
que o terapeuta ocupacional esteja sensibilizado e preparado para lidarcom eu
con
todas essas situações.
Em processosdenaturezaclínico-assistencial, há que seconsiderar
que, a partir dos valores da pro ssão e da ótica dos princípios doSistema da
Único de Saúde (SUS), e da Política Nacional de Humanização (PNH), 2 av
escuta ampliada das demandase a produção de signi cado para ossujeitos
mente Po
envolvidos passam a ser o eixo norteador e/ou centro de suas ações.Some|se nid
idados
assim, podemos então dizer que as intervenções da Terapia Ocupacional ma
inscrevem no cotidiano dos sujeitos que necessitam de atenção ecuda Po
res, da
(GALHEIGO, 2008).
Portanto, espera-se que terapeutas ocupacionais, equipe efamu Ta
essas situações que os sujeitos possivelmente
consigam reconhecer e identi car
buscando
se encontram e onsiderem esse estado de vulnerabilidade discriminaçă
estigma e preconceito no sentido de protegê-lo da não male cência, busu
proteçãopode-
ne cência.Há que se diferenciar que tipo de pr
promover a
Considerações nais
REFERÊNCIAS
SERIEBOHTGA=VOLUME (0
ISBN 978-85-444-3317-1
Editora
CRV
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