Slides Oficina LP
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AÇÃO DISCIPLINAR
Língua Portuguesa
1. DINÂMICA INICIAL
- Dois círculos concêntricos: questões
problematizadoras sobre a temática de
discussão da formação: gênero, discurso,
texto, esferas de circulação, práticas
discursivas, enfim, orientações teóricas e
metodológicas que norteiam o ensino da
linguagem.
Pós-dinâmica
• Refletir/comentar, junto com os professores,
sobre o conteúdo das questões, que
respostas receberam, se há algo que querem
complementar a respeito das questões
trabalhadas na dinâmica.
PESQUISA REALIZADA COM PROFESSORES DO
PARANÁ: TEMA PARA FORMAÇÃO
ESCRITA
Ninguém consegue escrever bem, se não
souber bem o que vai escrever. Então, leitura,
oralidade e escrita são práticas discursivas
complementares...
2. Leitura do texto
COSTA-HÜBES, Terezinha da Conceição e GEDOZ,
Sueli. Concepção sociointeracionista de
linguagem: percurso histórico e contribuições
para um novo olhar sobre o texto. In: Revista
Trama, vol. 8, número 16 – 2º semestre 2012,
p. 125 a 138.
Neste artigo há um texto a ser
explorado:
• Texto de Lya Luft: Separação, o drama de todos.
• Solicitar leitura e análise, a partir dos
encaminhamentos do sociointeracionismo
discursivo e dos elementos que emprestam
relativa estabilidade ao gênero: conteúdo
temático, estrutura e estilo, perpassados pelas
condições de produção.
• Em dupla ou trio (uns 10 minutos): analisar cada
um destes elementos e o que poderia ser
trabalhado/explorado a partir de cada um.
Elementos que emprestam relativa
estabilidade ao gênero discursivo:
a) Conteúdo Temático:
c) Estilo:
Elementos que emprestam relativa
estabilidade ao gênero discursivo:
a) Conteúdo Temático: reconhecimento do tema,
intenções, finalidades/intencionalidades,
interlocutores, vozes sociais, ideologias, suporte/
esfera de circulação do texto.
b) Estrutura ou construção composicional: tese e
argumentos, paragrafação, sequências
argumentativas/dissertativas, grau de
objetividade/subjetividade.
c) Estilo: grau de formalidade/informalidade,
preferências lexicais e gramaticais, pontuação,
concordâncias, regências, coesão e coerência...
Desatando alguns nós!
Reflexão
Existe na nossa cultura escolar, no que diz respeito ao ensino
de língua, uma ideia muito entranhada e que precisa ser
veementemente exposta e combatida. É a noção de que “o
que importa é comunicar”, de que “se a mensagem foi
transmitida, tudo bem”, mesmo que o texto esteja repleto de
erros de ortografia, concordâncias não normativas etc. É
fundamental deixar bem claro aqui que não, não e não —
essa é uma visão muito pobre e mesquinha do que é a língua
e dos mecanismos sociais que a envolvem. Repetir essa ideia
é algo extremamente prejudicial para uma boa educação
linguística. [...]
http://stellabortoni.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4199:marcos-bagno-escreve-sobre-a-
necessidade-de-se-ensinar-nossos-alunos-a-usar-bem-a-lingua&catid=45:blog&Itemid=1
• A escola tem a função de ensinar a norma
linguística de maior prestígio junto à sociedade, a
norma culta ou padrão, principalmente na
modalidade escrita e não, propriamente, a língua
em si.
Sírio Possenti
Texto
“[...] o texto é um objeto complexo que envolve
não apenas operações linguísticas como também
cognitivas, sociais e interacionais”.
Planejar
Escrever
Reescrever
Caderno Expectativas – SEED/PR
BNCC - oralidade
BNCC - leitura
BNCC – escrita
BNCC – conhecimentos
linguísticos e gramaticais
BNCC – Educação Literária
Compreende as práticas de linguagem
relacionadas à interação e à autoria do texto
Escrita BNCC
escrito.
Uso e reflexão
Refletir sobre as situações
Uso e reflexão
sociais em que se escrevem
textos, a valorização da Analisar gêneros em termos
Uso e reflexão
escrita e a ampliação dos das situações nas quais são
conhecimentos sobre as produzidos e dos Refletir sobre aspectos
práticas de linguagem nas enunciadores envolvidos; sociodiscursivos, temáticos,
quais a escrita está presente; composicionais e estilísticos
dos gêneros a serem
produzidos;
Escrita
Uso e reflexão
O desenvolvimento de
estratégias de planejamento, Uso e reflexão
revisão, reescrita e avaliação
de textos, considerando-se sua
A utilização da reescrita
adequação aos contextos em
que foram produzidos e o uso como uma prática
Uso e reflexão
da variedade linguística
indispensável ao
apropriada a esse contexto; os
enunciadores envolvidos, o desenvolvimento da A reflexão sobre os Uso e reflexão
gênero, o suporte, a esfera de produção textual recursos linguísticos e
circulação e a variedade escrita; multimodais O desenvolvimento da
linguística que se deva/queira empregados nos textos, autoria, como um
acatar;
considerando-se as conhecimento
convenções da escrita e proveniente da reflexão
as estratégias sobre a própria
discursivas planejadas experiência de
em função das produção de textos, em
finalidades pretendidas; variados gêneros e em
diversas situações de
produção.
Prática da escrita
Escrever
Razão para dizer;
para:
Interlocutores para quem
dizer.
O trabalho com as práticas discursivas da oralidade,
da leitura e da escrita são indissociáveis:
Leitura
Reescrita Escrita
PRÁTICA Processo
DIALÓGICA
“Só o vai e vem do texto permite
a aprendizagem, o investimento,
Escrita Reescrita
a descoberta de novos
caminhos.”
Lívia Suassuna
Leitura
Realizar atividades significativas – para se
dizer algo por meio da escrita é pensar no
outro, “alguém seleciona alguma coisa a ser
dita a um outro alguém” (ANTUNES, 2003).
• As produções precisam cumprir diferentes funções
comunicativas, por isso, constituem-se a partir de diferentes
gêneros, de diversas esferas de circulação:
• Conforme Bakhtin (2000, p. 279), “gêneros
são tipos relativamente estáveis de
enunciado”.
Gênero
discursivo
Estilo
Texto (Aspectos
Conteúdo discursivos,
temático textuais e
linguísticos)
Leitura em grupo de 4 pessoas
CAVALCANTE, Urbano e TORGA, Vânia Lúcia
Menezes. Língua, Discurso, Texto, Dialogismo
e Sujeito: compreendendo os gêneros
discursivos na concepção dialógica, sócio-
histórica e ideológica de língua(gem). In.
Congresso Nacional de Estudos Linguísticos,
Vitória, ES, outubro 2011.
Atividade em grupo:
• Cada grupo fica responsável por apresentar um
dos conceitos do texto:
1. Enunciado
2. Língua
3. Discurso
4. Texto
5. Dialogismo
6. Sujeito
7. Gêneros discursivos
Livro:
Muito além da gramática: para um
ensino de línguas sem pedras no
caminho, de Irandé Antunes.
GRAMÁTICAS
O que considerar no ensino do português
brasileiro?*
“[...] o nome que se dá a uma língua é uma questão de natureza
muito mais política, ideológica, cultural do que propriamente
linguística. [...] se até hoje chamamos nossa língua simplesmente
de português, esse rótulo não deve nos iludir: brasileiros e
portugueses falam duas línguas diferentes, muito aparentadas, é
claro, mas com elementos gramaticais suficientemente distintos
para que sejam consideradas já como duas línguas pertencentes
a uma mesma família linguística: a família linguística portugalega,
[...].
* BAGNO, Marcos. Gramática de Bolso do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2013.
Características do vernáculo brasileiro mais geral
em contraste com a norma padrão prescritiva:
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
Características do vernáculo brasileiro mais geral
em contraste com a norma padrão prescritiva
Por isso, antes de sair por aí acusando as pessoas de “falar errado”, é bom pensar duas
vezes. Afinal, o certo de hoje foi errado ontem, e o errado de hoje pode muito bem se
tornar o certo de amanhã.[...]
Enquanto uma língua for falada, ela vai sofrer variação e mudança. [...] E é sempre
bom lembrar: não é ‘a língua’ que muda – somos nós, seres humanos falantes, que
transformamos a língua, mesmo sem ter consciência disso[...]
Outra coisa importante: a mudança linguística não é para melhor nem para pior, é
simplesmente mudança.
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
Fala e escrita:
mais semelhanças do que diferenças
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
O que existe são textos que se configuram,
predominantemente, num determinado gênero, mas nunca
integralmente nele. Qualquer manifestação da nossa
faculdade de linguagem é, repito, híbrida: em qualquer
texto falado ou escrito fazemos usos amplamente variados
dos múltiplos recursos que a língua nos oferece. Num
mesmo texto em que encontramos certas marcas de um
extremo monitoramento do discurso também podemos
encontrar regências verbais, concordâncias, colocações
pronominais e outros usos que escapam do que é prescrito
pela norma-padrão tradicional, que deveria supostamente
guiar essas manifestações escritas.
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
Exemplos:
2) Uma sociedade que tem medo de tais momentos, que não é capaz
de compreendê-los, é uma sociedade que procura reduzir a política a
um mero acordo referente às leis que temos e aos meios que
dispomos para mudá-los[...]
(Vladimir Safatle, A esquerda que não teme dizer seu nome, São Paulo: Três estrelas, 2012, p.48).
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
Exemplos:
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
5) Provavelmente receberá como resposta uma listagem
de quase toda a informação disponível e, se não dispor de
tempo para seleção e filtragem, provavelmente será
esmagado pelo excesso de informação [...] Afinadíssimo
com as mais recentes pesquisas arqueológicas e
antropológicas, passa longe dos preconceitos de que não
podem haver ideias dignas desse nome na mente dos
‘primitivos’[...]
(Elias Thomé Saliba, historiador, professor da USP, O Estado de S. Paulo, 19/12/2004, caderno 2, p.
D4).
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
Questões a repensar...
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
• Saber ortografia é como tocar piano, dançar balé,
atirar com arco e flecha, manejar um programa de
computador – são atividades que exigem
treinamento, prática constante, memorização
consciente.
• Também é preciso estar ciente de que não é a escrita
que determina a fala, mas exatamente o contrário:
para tentar registrar a língua falada é que surgiu a
escrita.
• [...]é a educação de qualidade que leva um povo a
se apoderar de seu patrimônio letrado e a ser capaz
de ler e de escrever bem, independentemente do
sistema de escrita empregado.
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
Como tratar a ortografia:
1) Pessoas verbais:
eu falo
você fala
ele/ela fala
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português
a gente fala Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
nós falamos
vocês falam
eles falam
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
O que ensinar nas escolas
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
O que ensinar nas escolas
11)Concordância nominal: observar a concordância de
gênero e número entre substantivos e adjetivos em
contiguidade sintática, sem muita distância entre si.
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
O que ensinar nas escolas
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
Por outro lado, o dequeísmo mais inovador, que
ocorre com verbos epistêmicos e dicendi, é alvo
frequente de discriminação social e empregado como
justificativa para a alegação de que alguém “fala
errado”. Por isso, deve ser pontuado pela professora
caso venha a surgir na fala ou na escrita [+
monitorada] dos alunos:
Conto popular recontado por Ricardo Azevedo - Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A
mulher, chorando sentada no chão, não tinha feito nem a comida.
Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de
- Que foi isso, mulher?
sapé esquecida nos cafundós da mata.
- Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato?
Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho
- Que retrato? - perguntou o marido, surpreso.
pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois
- Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira!
gritou, com o espelho nas mãos:
O homem não estava entendendo nada.
- Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui? - Mas aquilo é o retrato do meu pai! Indignada, a mulher colocou as mãos no
- Isso é um espelho - explicou o dono da loja. peito:
- Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai. - Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre
Os olhos do homem ficaram molhados. um velho lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?
- O senhor... conheceu meu pai? - perguntou ele ao comerciante. A discussão fervia feito água na chaleira.
O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, - Velho lazarento coisa nenhuma! - gritou o homem, ofendido.
desses de vidro e moldura de madeira. A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava
- É não! - respondeu o outro. - Isso é o retrato do meu pai. É ele, sim! Olha o acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não
rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem consegue mais voltar pra casa.
jeito? - Que é isso, menina?
O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o - Aquele cafajeste arranjou outra!
espelho, baratinho. - Ela ficou maluca - berrou o homem, de cara amarrada.
Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo - Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje,
contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher!
A mulher ficou só olhando. Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou
No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada.
- Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia,
Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um
velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca,
passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida,
torta e desdentada que eu já vi até hoje!
guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
E completou, feliz, abraçando a filha:
- Ah, meu Deus! - gritava ela desnorteada. - É o retrato de outra mulher! Meu
- Fica tranquila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!
marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que
cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça Disponível em:<https://novaescola.org.br/conteudo/3164/o-caso-do-espelho>:acesso em 09
do que eu! fev 2017.
Proposta de prática de escrita: noticiar o fato
narrado no conto “O caso do espelho”, de
Ricardo Azevedo.
Tempo: 10 minutos
Capítulo 2: Assumindo uma
concepção interacional de linguagem:
ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro e interação, São Paulo: Parábola editorial, 2003.
Planejamento:
• Delimitar o tema do texto;
• Eleger objetivos;
• Escolher o gênero;
• Delimitar os critérios de ordenação das
ideias (como as informações serão
distribuídas);
• Prever a linguagem que o texto irá
assumir – formal/informal.
Operação – etapa da escrita
• Seguir o planejado;
• Tomar decisões de ordem lexical e
de ordem sintática, adequando a
situação de comunicação;
• Sempre em estado de reflexão.
Revisão e reescrita
• Seguiu a unidade temática;
• Houve clareza e coerência nas ideias
apresentadas;
• Foi fiel às “normas” da língua (Sintática e
semântica);
• Respeitou aspectos da estrutura e superfície do
texto (Paragrafação, pontuação, ortografia).
• Decidir o que sai, o que fica e o que se
reformula.
PLANEJAR ESCREVER REESCREVER
Etapa para o sujeito; Etapa para o sujeito; Etapa para o sujeito ;
Ampliar seu repertório; Por no papel o planejado; Rever o que foi escrito;
Delimitar o tema e escolher o ponto de Realizar a tarefa motora de escrever; Confirmar se os objetivos foram
vista a ser tratado; cumpridos;
Eleger o objetivo, a finalidade com que vai Cuidar para que os itens planejados sejam Avaliar a continuidade temática;
escrever; todos cumpridos;
Escolher os critérios de ordenação das Observar a concatenação entre os
ideias, das informações; períodos, entre os parágrafos; ou entre os
blocos superparagráficos.
Prever as condições dos possíveis leitores; Avaliar a clareza do que foi comunicado;
avaliar a adequação do texto às condições
da situação;
Considerar a situação em que o texto irá Enfim, essa é uma etapa intermediária, Rever a fidelidade de sua formulação
circular; que prevê a atividade anterior de planejar linguística às normas da sintaxe e da
e a outra posterior de rever o que foi semântica, conforme prevê a gramática da
escrito. estrutura da língua;
Decidir quanto às estratégias textuais que Rever aspectos da superfície do texto, tais
podem deixar o texto adequado à como a pontuação, a ortografia e divisão
situação; do texto em parágrafos.
Estar seguro quanto ao que se pretende Normalmente, a escola tem concentrado
dizer a seu parceiro; enfim, estar seguro sua atenção na etapa de escrever e tem
quanto ao núcleo de suas ideias e de suas enfocado apenas a escrita
intenções. gramaticalmente correta.
Implicações pedagógicas
Para esse conjunto de princípios listados, contém, inevitavelmente,
uma série de implicações pedagógicas por parte do professor.
Uma escrita:
• de autoria também dos alunos (sentir-se sujeitos);
• de textos (palavras e frases soltas);
• de textos socialmente relevantes (Gêneros com função social
determinada);
• funcionalmente diversificada (escolhas de palavras, estruturação
sintática das orações e períodos);
• de textos que têm leitores (leitor concreto);
Uma escrita:
• Progressão de ideias;
• Marcadores discursivos;
• Divisões dos parágrafos;
• Estrutura do gênero notícia.
Marcadores utilizados no início dos
parágrafos
Primeiramente, Pumi é uma antiga raça de pastoreio húngara, ele se tornou a raça
única que é hoje depois de séculos de uma seleção cuidadosa de criadores de pasto. O
cão tem características de tamanho médio e o pelo encaracolado. É muito espirituoso,
inteligente, tem disposição para trabalhar e aprende rápido. Os pumik, plural de pumi,
são bons companheiros para atividades em família.
A segunda raça aceita, o sloughi, é uma raça rara dos países no norte da África, como
Marrocos, Tunísia, Líbia e Algéria. Trata-se de uma raça antiga, rica em história e
cultura, e se sente em casa tanto em tendas nômades quanto em uma caçada. Tem um
pelo curto e sempre parece robusto, elegante e rápido. O cachorro desta raça se
apresenta em todos os tons de areia, de creme a vermelho. É considerada uma raça de
companhia e, embora seja bem devoto ao seu tutor, pode parecer indiferente a
estranhos.
A última raça, American Terrier sem pelo, é derivada do Rat Terrier e foi desenvolvida
nos Estados Unidos no início dos anos de 1970. Esses cachorros alertas e curiosos são,
normalmente, sem pelo, mas podem ter um pelo curto. Como a maioria dos terriers,
essa raça foi criada para a caça de ratos e outros roedores. Atualmente, é um cachorro
inteligente e amigável, que gosta de ficar dentro de casa. É ativo, tamanho de pequeno
a médio, obediente e ágil.
• Recortar textos em unidades de sentido
menores, dividindo-o em tópicos e parágrafos,
sem títulos (ou manchete, no caso da notícia,
sem lide), trazem um elemento desafiador,
que pode desencadear uma mobilização.
LIDE:
Sapio avalia objetivos de vida de uma pessoa e,
com isso, faz indicações de paquera.
Atividade 3:
• Ler a notícia do risco do colapso da represa, a
seguir para, depois, produzir novo texto, com
os mesmos dados desta notícia,
transformando-a numa notícia
sensacionalista.
Orientações para atividade 3:
• Reescrever a notícia a seguir, para ser publicada
em um jornal sensacionalista.
• Para isso, criar uma linguagem mais
exagerada, para chamar a atenção dos
leitores.
• Muitos jornais utilizam essa forma de escrever
como recurso para chamar atenção dos leitores
e, especialmente, ganhar repercussões na
sociedade.
• O objetivo é trabalhar o estilo, a constituição
discursiva da língua, adequando a linguagem ao
interlocutor pretendido, num determinado contexto
de produção.
Atividade 4:
• Ler a notícia da mulher acusada de racismo, a
seguir, para retirar dela informações básicas,
essenciais:
• O quê?
• Quem?
• Como?
• Quando?
• Onde?
• Por quê?
Realizar oralmente atividade 04 com os
professores:
Ler as notícias e retirar delas as informações necessárias, de
acordo com os fatos ocorridos:
O quê? _________________________
Quem? _________________________
Como? _________________________
Quando? _______________________
Onde? _________________________
Por quê? _______________________
Atividade 5
• Produzir uma notícia, para ser
publicada num jornal local, a
partir de uma informação dada,
conforme segue:
Segue a informação:
Para a atividade 5:
• O estudante deverá produzir uma notícia
completa: o quê, quem, quando, onde, porque...
• Deverá observar a forma ou estrutura
composicional: manchete, lide, corpo da notícia.
• O professor poderá utilizar-se de uma grade de
correção para apontar os problemas do texto.
• Poderá explorar alguns conteúdos específicos,
tais como: pontuação, ortografia, concordância,
articuladores argumentativos, coesão,
coerência... antes de devolver o texto para
reescrita.
O QUE É UM JORNAL MURAL?
QUAL SUA RELEVÂNCIA NA ESCOLA?
• JORNAL MURAL: da esfera de circulação
escolar, o jornal mural traz os principais
elementos de um jornal normal.
• JORNAL MURAL:
Atividade 6:
Produzir notícias para um jornal mural da escola. Para isso, faz-se
necessário planejar as ações e escrever de acordo com o planejado.
Planejamento:
Eleger objetivos;
Pesquisar fatos importantes na comunidade escolar para noticiar no
mural;
Delimitar o tema de maior importância para noticiar na escola;
Delimitar os critérios de ordenação das ideias (como as informações
serão distribuídas no texto) o que virá primeiro;
Prever a linguagem que o texto irá assumir – formal/informal de acordo
com o suporte que será assumido.
Etapa da escrita:
Seguir o planejado;
Tomar decisões de ordem lexical e de ordem
sintática, adequando à situação de
comunicação;
Sempre em estado de reflexão.
Revisão e reescrita:
Seguiu a unidade temática;
Houve clareza e coerência nas ideias apresentadas;
Foi fiel às “normas” da língua (Sintática e semântica);
Respeitou aspectos da estrutura do texto (Paragrafação, pontuação, ortografia).
A linguagem e o estilo das notícias estão adequados ao jornal proposto? (considerar o público
leitor).
As manchetes (ou títulos) das notícias são chamativas?
As manchetes (ou títulos) dão destaque a um fato importante que faz parte da notícia?
As manchetes (ou títulos) das notícias trazem os verbos no tempo presente, aproximando, assim,
o leitor do fato noticiado?
As notícias trazem um lead no primeiro parágrafo, que é chamativo, sintetiza informações e
desperta o leitor para o restante da notícia?
O relato dos fatos é feito por ordem de importância?
O relato dos fatos é feito em 3ª pessoa?
As notícias não trazem explicitamente a opinião dos repórteres que as escreveram?
As notícias trazem dados precisos e/ou falas dos envolvidos que colaboram para que o leitor
confie no relato do fato?
A notícia traz alguma referência sobre como e onde a pesquisa relatada foi realizada? (só para o
caso das notícias de Economia e da seção Brasil)
As notícias relatam os fatos, separando-os em parágrafos para facilitar a leitura?
Os gráficos e/ou tabelas acrescentam informações e ajudam o leitor a visualizar os dados?
As fotos, as ilustrações ou as charges que acompanham as notícias têm relação com o fato
noticiado?
Decidir o que sai, o que fica e o que se reformula.
Atividade 7
Conto ou uma crônica, a partir de uma notícia.
Ele ficou simplesmente mortificado quando soube que a prefeitura da cidade ia adquirir o nariz eletrônico desenvolvido na Universidade de
Manchester. Não que fosse contra a inovação tecnológica; mas é que, em matéria de nariz, ele desempenhava uma função importante. Tinha,
desde criança, um olfato notável; onde outros não sentiam cheiro algum, ele era capaz de identificar o tipo de odor e, mais tarde, depois que se
graduou na universidade, até a substância, ou substâncias, responsáveis pelo referido odor. A partir daí começou a ser chamado como perito;
sempre que alguém se queixava de mau cheiro nas vizinhanças, era ele quem dava o veredicto final. Agora, porém, derrotava-o o progresso
científico; com o nariz eletrônico, a sua atuação tornava-se desnecessária.
Uma decisão que não aceitaria passivamente, sem lutar. Conseguiu uma audiência com o próprio prefeito. Lembrou que sua fama já tinha
ultrapassado as fronteiras do município, do Estado e do próprio país, e que era candidato até a figurar no "Livro dos Recordes" como a pessoa
de olfato mais sensível na face da Terra. O prefeito reconhecia tudo isso, mas, dizia, a avaliação que ele fazia sempre seria de caráter subjetivo,
sujeita a contestação judicial. Com o nariz eletrônico, imperaria a neutralidade científica. Ele então se dispôs a fazer um teste: se o nariz
eletrônico detectasse melhor uma substância escolhida em segredo no laboratório da prefeitura, renunciaria à reivindicação de manter o cargo,
aliás, honorífico, mas do qual tinha muito orgulho.
O teste foi marcado para daí a três dias. Quando ele acordou, na manhã decisiva, teve um choque; sem saber como, sem nenhum sintoma
prévio, tinha contraído um resfriado que o deixava de nariz entupido, com o olfato reduzido a praticamente zero. E agora? O que fazer? Se
pedisse um adiamento, achariam que estava com medo de competir. Resolveu, pois, enfrentar o desafio.
A prova foi realizada no auditório da prefeitura, cheio de gente: a mídia estava toda ali. Um químico trouxe o frasco com a substância de teste.
Que foi submetida primeiro ao nariz eletrônico.
Nada. O aparelho não acusou nada. O técnico responsável disse que um chip importante tinha queimado e que a troca tardaria umas duas
semanas. Aí colocaram o frasco diante do nariz do desafiante. Gás metano, disse ele, sem hesitar, e, em meio a aplausos de todos, o prefeito
proclamou-o vencedor.
É claro que ele não tinha sentido cheiro algum. Mas há algum tempo vinha namorando a química-chefe do laboratório. Que naturalmente lhe
passou o segredo. O cheiro do amor chega a qualquer lugar.
Tão logo constatou-se a surpreendente habilidade dos roedores, foi organizada -mediante a colaboração de cientistas e
músicos- uma espécie de companhia lírica, formada só de ratos de laboratório. E o espetáculo que apresentam tem
feito sucesso no mundo inteiro. O mesmo sucesso que faziam Mickey e Minnie nos velhos tempos.
Trata-se de uma ópera em três atos. Depois da abertura, surge no pequeno palco o personagem principal, o jovem
Pancrácio, vivido por um elegante camundongo branco. Pancrácio entoa a bela ária "Por um Pedaço de Queijo". O
título, aliás, é um pouco enganador; pensamos que o jovem está atrás do alimento classicamente preferido pela rataria,
mas o que em verdade ele nos diz é que “... Não há queijo, por maior que seja seu calórico valor/ que possa ser
comparado/ às delícias do amor". Pancrácio está apaixonado por Lucinda, uma linda e meiga ratinha. Que corresponde
por inteiro à sua paixão: do balcão do palácio, ela responde com a canção "O Focinho do Meu Amado É a Imagem da
Beleza".
Este romance, porém, encontra um obstáculo. Dom Ratone, o tirânico pai de Lucinda, não gosta de Pancrácio, que é de
origem humilde. Quer que a filha case com alguém da mais alta estirpe murina; para isto, contudo, é preciso acabar
com a paixão dos jovens. Dom Ratone chama seus asseclas e determina-lhes que espalhem ratoeiras ao redor do
palácio, para assim capturar aquele que considera como intruso. O feitiço vira contra o feiticeiro. Inadvertidamente o
próprio Dom Ratone cai em uma das armadilhas. Ali corre risco de vida, porque os camponeses da região estão
determinados a exterminá-lo: Dom Ratone é um conhecido assaltante de celeiros. Um homem o avista e corre em
direção à ratoeira para liquidar o bicho - mas no último momento Pancrácio aparece e consegue salvar o pai de sua
amada. Arrependido, Dom Ratone concede-lhe a mão (ou a pata, melhor dizendo) de sua filha e a ópera termina com o
belo coral "Como É Belo o Amor dos Camundongos".
Como foi dito, o espetáculo tem atraído enorme público. Mas há um problema: cada vez que aparece um gato na
plateia a companhia lírica inteira desaparece do palco. E aí o jeito é devolver os ingressos para o público.
Referência:
Scliar, Moacyr. Deu no Jornal. Erechim, RS: Edelbra, 2008.
PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE UM
PTD
• Conteúdo Estruturante
• Conteúdo Básico
• Justificativa
• Conteúdo Específico
• Encaminhamentos Metodológicos: para cada
uma das práticas discursivas.
• Critérios de Avaliação: para cada uma das
práticas discursivas.
RCO
Regras de acentuação – paroxítonas;
Artigos e substantivos ( como pessoas do discurso para inserir o sujeito)
Conectores – conjunções adversativas ;
Figuras de linguagem: metáfora, ironia, anacoluto, assonância e aliteração
2017
Ano de FORMAÇÃO
DATA PREVISTA PARA OUTUBRO
Referências:
• ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro e interação, São
Paulo: Parábola editorial, 2003.
• ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de
línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.
• COSTA, Sérgio Roberto. Dicionários de Gêneros Textuais. Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2014.
• BAGNO, Marcos. Gramática de Bolso do Português Brasileiro. São
Paulo: Parábola Editorial, 2013.
• PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais de Língua Portuguesa. Curitiba: 2008.
• PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de
Educação. Departamento de Educação Básica. Caderno de
Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: 2011.