Tecnicas Que Auxiliam No Tratamento Dos Transtornos Alimentares
Tecnicas Que Auxiliam No Tratamento Dos Transtornos Alimentares
Tecnicas Que Auxiliam No Tratamento Dos Transtornos Alimentares
• Alvarenga et al., (2019), diante disso, o TN é responsável por ajudar o paciente a construir
um percurso gradual, tornando viável a execução do planejamento alimentar. Esse
profissional se utiliza de técnicas como “Entrevista Motivacional”, “Comer Intuitivo”,
“Comer em Atenção Plena”, “Terapia Cognitivo Comportamental”, sendo essas as que
mais se destacam e que abordaremos a seguir. Todas essas ferramentas/técnicas são
utilizadas para que o paciente se sinta motivado no processo de mudança do
comportamento alimentar.
• Para que isso aconteça de forma mais concreta, são estabelecidas estratégias que ajudam
nesse processo, entre elas estão: determinar o objetivo do tratamento, ter um plano mais
flexível, estabelecer metas detalhadas, elaborar práticas educativas, entre outros.
• Nessa visão de Alvarenga et. al., (2019), o principal papel da nutrição comportamental é a
comunicação responsável e científica, que transmita mensagens consistentes, considerando
que esses transtornos têm diversas causas como, por exemplo, psicológicas, biológicas e
socioculturais, e devem ser tratados respeitando as crenças e valores do paciente.
TÉCNICAS DE TERAPIA COMPORTAMENTAL
Entrevista Motivacional
De acordo com alvarenga et al. (2019), a entrevista motivacional (EM) é uma técnica
utilizada na nutrição comportamental, em que o objetivo principal é descobrir as reais
motivações do indivíduo para que ocorra a mudança, através de uma comunicação
colaborativa do TN. Na entrevista, o paciente é guiado para as escolhas de
comportamento que deseja mudar, o que também afirma burgess et. Al. (2017), em que
ele diz que a EM é uma conversa que se afasta do estilo tradicional de consulta, em que o
TN direciona o indivíduo para declarações auto motivacionais, verificando sua prontidão
para a mudança
• Alvarenga et. Al., (2019), a EM se aplica em situações onde envolvem mudanças de
comportamento, como por exemplo, adesão à dieta, prática de atividade física, tratamento
de transtornos alimentares, enfim, tudo que está diretamente relacionada à saúde e bem-
estar.
• Para que a EM seja bem-sucedida, se faz necessário criar um ambiente onde o indivíduo se
sinta acolhido, confortável e seguro, pois geralmente, todo processo de mudança de
comportamento causa desconforto e ansiedade.
• Alvarenga et. Al., (2019), diz que a EM possui etapas que vai desde o primeiro contato
do TN com o paciente até a finalização do atendimento.
• A primeira etapa: consiste em “Envolver;
• A segunda etapa: consiste em “Focar”;
• A terceira etapa: consiste em é “focar” nas questões relacionadas à alimentação;
• Corroborando com os autores já citados, figlies e guimarães (2014) dizem que a EM propõe
ajudar as pessoas em sua ambivalência/conflito, agregando uma visão humanista e
construtivista nas modificações de comportamentos de risco, levando o paciente a tomar
uma decisão que almeje sua mudança. Utilizado no processo de mudança de
comportamento alimentar, o modelo transteórico, também denominado modelo de estágios
de mudança de comportamento, é uma abordagem onde essa mudança em relação à saúde
ocorre através de cinco estágios distintos, são eles: pré-contemplação, contemplação,
decisão, ação e manutenção, onde cada estágio mostra o momento da mudança e o grau de
motivação para realizá-la.
COMER INTUITIVO
• Sob o olhar de almeida e furtado (2017), o comer intuitivo (CI), ou intuitive eathing é uma
abordagem que se baseia em evidências ensinando as pessoas a terem uma boa relação com
a comida, conhecendo seu próprio corpo.
• Tem como objetivo, fazer com que o indivíduo possua uma verdadeira sintonia com a
comida, mente e corpo.
• A mesma autora relata que são três os pilares dessa abordagem: permissão incondicional
para comer; comer para entender as necessidades fisiológicas e não emocionais e apoiar-se
nos sinais internos de fome e saciedade para determinar o que, quanto e quando comer.
• A consciência introspetiva é a capacidade de perceber sensações físicas que surgem de
dentro do corpo, mediada diretamente pelo cérebro. Sendo assim, comedores intuitivos tem
maior consciência intuitiva. A capacidade de sintonia mente-corpo fornece ao indivíduo
uma poderosa ferramenta para identificar suas necessidades, por exemplo:
• sonolência, bexiga cheia, fome, ou seja, o corpo envia mensagens de acordo com as
necessidades físicas e psicológicas. Então, quando há regras, como fazer uma dieta, há
uma confusão entre a mente e o corpo (TRIBOLE et al., 2017).
• Alvarenga et. al., (2019) relata que o comer intuitivo é uma abordagem baseada em
evidências, a qual ajudam pessoas a seguir seus sinais internos de fome e comer o que
escolhe, sem sentir culpa, sem julgamentos e sem viver um problema ético e é composta
por dez princípios.
Os 10 princípios do comer intuitivo
1. Rejeitar a mentalidade da dieta ;
2. Honrar a fome;
3. Fazer as pazes com a comida;
4. Desafiar o policial alimentar;
5. Sentir a saciedade;
6. Descobrir o fator de satisfação;
7. Lidar com as emoções sem usar a comida;
8. Respeitar o próprio corpo;
9. Exercitar-se sentindo a diferença; e
10.Honrar a saúde.
Comer em atenção plena (MINDFUL EATING)
• Para silva; martins, (2017), ato de comer envolve outras razões além das
necessidades biológicas. A comida desperta sensações e prazer, e este
comportamento relacionado a comida está diretamente ligado a identidade social do
indivíduo. Nesse contexto, o comportamento alimentar reflete todos os aspectos
relacionados ao indivíduo, sejam eles psicológicos, fisiológicos ou fatores externos.
• Hirayama, (2014). Quando se fala de mudança de comportamento alimentar,
algumas técnicas são utilizadas, como por exemplo, o Mindfullness, expressão
inglesa utilizada para descrever “atenção plena”, “observação vigilante”, “mente
alerta” e “consciência plena” dentre outras.
• Almeida e assumpção (2018), explicam que como mais uma proposta de intervenção
para tratamento de transtornos alimentares e de obesidade, a técnica de comer em
atenção plena é uma prática dirigida à percepção e ampliação da consciência dos
processos internos, onde o foco são as sensações internas.
• De acordo com, Silva; Martins, (2017), Mindful Eating, ou “atenção plena ao comer”,
está inserido dentro do Mindfullness. Nessa técnica, o indivíduo deve estar totalmente
atento ao ato de comer, sentir sabor, odor e textura dos alimentos, sem distrações, e
assim, saber reconhecer seu corpo e saber quando estiver satisfeito, sem utilizar a fome
emocional.
• De acordo com Almeida e Assumpção (2018), estudos mostram que o Mindful Eating é
uma boa estratégia para redução da escolha impulsiva de alimentos, podendo auxiliar na
perda de peso.
Terapia cognitivo comportamental
• Criada por aaron beck em 1956, a terapia cognitivo comportamental (TCC) passou a ser
estudada e utilizada no mundo inteiro em inúmeros transtornos e problemas psicológicos,
auxiliando o indivíduo nas mais diversas adversidades como ansiedade, transtornos
alimentares, obesidade, entre outros.
• Osresultados obtidos através do tratamento com esse tipo de terapia, não proporciona
somente uma remissão temporária dos sintomas, mas a manutenção em longo prazo da
melhora alcançada. Isso ocorre porque o paciente consegue mudar seus pensamentos e
consequentemente seus comportamentos disfuncionais, conseguindo êxito nas suas metas
(Neufeld; Moreira; Xavier, 2012).
• De acordo com duchesne e almeida (2002), a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é
uma intervenção semiestruturada, objetiva e orientada para metas, que aborda fatores
cognitivos, emocionais e comportamentais no tratamento dos transtornos psiquiátricos.
• Na tcc algumas estratégias são empregadas para tratar os diferentes tipos de transtornos
alimentares. Duchesne e almeida (2002) relatam essas estratégias empregadas na anorexia
nervosa, bulimia e TCAP.
Estratégias para tratamento da anorexia nervosa (AN)