4-Conf TEMA II 1ra

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 28

Tema 2:

Personalidade e resposta ao
Estresse.

Professor : Nolaidis Lescaille Labadi.


Licenciada en Psicologia.
Especialista y Master en Psicologia de la Salud
Professor Auxiliar
Email: [email protected]
OBJETIVOS
Conhecer a importância do estresse no processo saúde-
enfermidade.
Distinguir e avaliar a resposta ao estresse como
expressão individual da unidade soma-psique e sua
associação com a enfermidade humana.

CONTEUDO
S.
Conceito de estresse.
Concepções principais no estudo do estresse.
Estado actual dos conhecimentos sobre o estresse.
Estresse e personalidade.
A personalidade como mediatizadora entre os
estressores e a resposta ante eles.
O problema do equilíbrio entre demanda e
capacidade, entre frustração, conflito e tira de
decisões.
O término estresse tem sua origem na física quando Robert
Hooke descobriu a lei que relacionava a força externa e o
resultado da distensão elástica em um corpo. A qual foi
reformulada por Tomas Young quem definiu estresse como
“a força interna gerada em um corpo sólido pela acção de
qualquer outra força actuando sobre ele e que põe a prova
sua resistência e elasticidade”.

Foi Claude Bernard no século XIX quem introduz o térmo


de estresse na medicina definindo-o como a resposta
adaptativa do organismo perante os agentes agressores.
Outros investigadores como William Osler no século XX
destacou seus trabalhos como as tensões e preocupações
contribuíam ao desenvolvimento das enfermidades
cardíacas.
O término estresse é complexo em sua definição já que é
ambíguo em seu significado e em ocasiões seu uso é
erróneo. Um grupo de investigadores o utilizam para
designar o estímulo ou força externa que actua sobre o
indivíduo, outros o definem como a interacção entre o meio
e o organismo, e um terceiro grupo o utiliza para designar a
resposta do indivíduo. Utilizamos os términos estresse,
estressar-se, situação estressante, etc.

Não obstante o complexo de sua definição é um fenómeno


de grande importância no processos saúde enfermidade,
desencadeado e/ou precipitando a enfermidade. Pode
provocar no indivíduo cefaleias, insónias, dificuldades na
aprendizagem, e podem chegar a desordena maiores como
a úlcera e o enfarte. Actualmente está ligado às primeiras
causas de morte do homem moderno.
Tensão, ansiedade e estresse.
Tensão:
Estado de excitabilidade normal que se gera no organismo perante situações
difíceis, complexas, sejam novas ou não, mas sim significativas e que provocam
uma demanda superior de energia para enfrentar-se as mesmas.
O organismo se recupera sem que fiquem sequelas e não provoca alterações
condutuais.
Estresse:
Estado psicofisiológico que se produz perante situações de muita intensidade
ou de duração permanente, que se vivencia como negativo ou positivo pelo
indivíduo conforme seja o resultado que tenha para ele e que afete todo o
sistema de respostas do organismo perante o meio.

Se solucionar a tarefa é com dificuldades e mediante grandes esforços.

O organismo se recupera lentamente, mas devido à repercussão fisiológica


deste fenómeno podem ficar sequelas às vezes irreversíveis (dificuldades na
regulação vascular e digestiva, etc.) o que pode condicionar futuras alterações
condutuais.
Tensão, ansiedade e estresse.

Ansiedade:

Estado morboso (patológico) do organismo que se apresenta


como sintoma, síndrome ou entidade e que se vivencia como
insegurança e medo. A causa é desconhecida. Provoca
alterações condutuais, cognitivas, afectivas e
neurovegetativas. Não se chega à solução dá tarefa. A
recuperação é um processo muito lento e requer ou tratamento
medicamentoso e psicoterapêutico.
A ansiedade é desconhecida, descreve-se como um
sentimento de insegurança, temor um pouco desconhecido
que produz transtornos condutuais e se acompanha de
alterações vegetativas.
Zaldívar
“…um estado vivencial não prazenteiro sustentado no tempo que se
acompanha em menor ou maior medida de transtornos
psicofisiológicos, que surge em um indivíduo como consequência da
alteração de suas relações com o ambiente, que impõe ao sujeito
demanda ou exigências, as quais objectiva ou subjectivamente.
Resultam ameaçadores para o sujeito e sobre as quais tem ou acha
ter pouco ou nenhum controle”.

Clavijo
Reacção integral de alarme do organismo como
resposta perante agressões ou necessidades imperiosas
do meio externo ou interno mediante o qual se mobilizam
mecanismos de defesa biológica, fisiológico e sociais
com o fim de fazer adaptação e equilíbrio.
Ideias reitoras do conceito:

 Resposta integral do organismo


Estado de desequilíbrio frente a uma agressão ou
estressor
 O estressor deve possuir certa intensidade e
duração
 A resposta de estresse procura fazer adaptabilidade
e equilíbrio.

Resposta adaptativa do organismo que se produz


como consequência de um desequilíbrio entre as
demandas do ambiente e os recursos disponíveis
do sujeito.
enfoques, tendências ou correntes do

O enfoque fisiológico.

O enfoque sociológico.

O enfoque psicológico
FISIOLÓGICA

Este enfoque estuda o estresse através da explicação das mudanças fisiológicas


que este produz no organismo. Sem ter em conta o papel do meio nem a
interpretação que o indivíduo faz da situação. Em 1946 Hans Selye foi o primeiro
em desenvolver um modelo fisiológico apoiado em investigações de enfoque
neurohormonal. É o mais completo e valioso.

Hans Selye. Estresse como uma resposta do organismo aos estímulos nocivos.
•Mudanças hormonais que se dão no estresse
•Síndrome Geral de Adaptação que consta de três fases:
Alarme
Resistência
Esgotamento
FISIOLÓGICA

Análise crítica ao modelo:

Seu modelo se apoia em uma explicação exclusiva da adaptação


fisiológica sem ter em conta o complexo processo de adaptação social, o
papel do meio na resposta de estresse, nem tão pouco valoriza a
interpretação que o indivíduo faz das situações e sua forma de enfrentar
os estímulos.
Apoia-se unicamente no substrato neuroendocrino-hormonal sem
explicar o papel do SNC na adaptação.
Deve ver-se como uma teoria de adaptação biológica do estresse mais
que uma teoria sobre o estresse mesmo.
Foi muito positivo para a medicina embora não pude conceptualizar
para todas as ciências que estudam o estresse.
Não se tem em conta a interpretação que o indivíduo faz da situação e
sua forma de enfrentar o estresse.
SOCIAL

Isto se compreende partindo de nossa concepção do homem como ser bio-psico-


social. A participação do meio no estudo do estresse é enfocada em dois
aspectos:
1. Estudo dos eventos vitais como possíveis factores causadores do estresse,
estímulos ambientais negativos (estressores) são capazes de enfermar o
homem.
2. Analisando como o grupo pode converter-se em um sistema de apoio para o
indivíduo aliviando ou detendo o estresse.

Holmes e Rahe

ESTRESSE: um produto das mudanças de vida e acontecimentos estressantes.


A estes “estressores sociais” os chamaram “Eventos vitais “. Assim atribuem um
valor aos distintos eventos na determinação do estresse.
EVENTOS VITAIS.
APOIO SOCIAL.
SOCIAL Estressores particulares
Enfermidades e morte.
Estressores ambientais Divórcios e conflitos pessoais
Superpopulações, ruídos, Nascimentos e aglomerações
excessos de informações Iatrogenias
Contaminações e pandemias
Fenómenos naturais (terramotos,
ciclones, secas, etc.)
Segregações (Discriminação,
fomes, desempregos, etc.).

Análise crítica do modelo:


•Apesar de que falam de possíveis estressores ambientais não
conseguem explicar a mediação que, dos estímulos faz o indivíduo
para considerá-los ou não estresores.
•Não está presente o papel mediador da psique, a interpretação do
estímulo ambiental por parte do sujeito.
•Resulta impossível separar a análise dos eventos vitais da
interpretação psicológica que o indivíduo dá aos mesmos. Que um
estímulo ambiental se converta em estressor está em dependência
dos mecanismos psíquicos que o interpretam.
PSICOLÓGICA

Enfatiza-se na interpretação que o indivíduo faz da


situação estressora e como é capaz de enfrentá-lo.
Trataram de explicar como as diferenças pessoais
ou individuais fazem diferente a reacção ante uma
mesma situação. Neste enfoque se analisa a
repercussão bio-psico-social do fenómeno do
estresse apoiando-se em 4 conceitos fundamentais:

1. Valoração da demanda.
2. Valoração da capacidade.
3. Estilos de enfrentamento.
4. Modelo “A”
MODELO DE CONDUTA TIPO A.

São características de personalidade que predispõem às


alterações emocionais:
• Rasgos compulsivos dá personalidade,
• Persistentes,
• Com inclinação À competência,
• Concentrados em si mesmos,
• Acelerados
• Com diversidade de funções,
• Necessidade de reconhecimento social,
• Sentimento de hostilidade e constante litigância.
• Baixa tolerância às frustrações
• Carência de mecanismos de auto-regulação.
Apresentam um maior gasto de energia, diz-se inclusive que o
indivíduo com Modelo A gera seu próprio estresse.
Que uma pessoa de uma resposta de estresse depende
de:
•Demanda objetivas do meio (situação)
•Percepção que tem da situação
•Recursos ou habilidades de que dispõe

O stress produz alterações no organismo:


•Aumento da tensão arterial
•Aumento da rega sanguínea ao cérebro
•Aumento do gasto cardíaco
•Liberação de ácidos gordurosos e colesterol em plasma
•Supressão de mecanismos imunológicos
ENFOQUE TRANSACCIONAL

Demanda e capacidade
A partir da valoração ou avaliação subjetiva se gera no
indivíduo um desequilíbrio e (tensão). E quando seus
recursos ou defesas (capacidade) não são suficientes para
enfrentar a demanda estamos ante o estresse.
Estilo de enfrentamento ou confrontação
Conduta que o indivíduo desenvolve para enfrentar-se ao
estresse, é a actividade que se desdobra, com resultados
negativos ou positivos.
Podem reduzir ou acrescentar os efeitos estressantes,
podem permitir a adaptação mediante o equilíbrio ou pelo
contrário pode recrudescer o desequilíbrio.
Ex: morte: confrontação ( - ) Alcoolismo, depressão,
passividade.
confrontação (+) Actividade reconfortante.
Fatores que determinam o estilo de
confrontação:

1. A duração e intensidade da demanda.


2. As características genéticas do indivíduo.
3. A informação e experiência prévias que o
indivíduo tenha a respeito da demanda.
4. Capacidade de adaptação ou
condicionamento ao estímulo.
5. O apoio do grupo social com que conta.
A confrontação pode ser:

Direta: tenta modificar o ambiente externo.

Conduta: Fuga, evasão.


Enfrentamento: Agressividade (animais)

Indireta: Tenta modificar o ambiente interno


mediante a conduta.
Fármacos
Drogas
Alcoolismo
Autorrelajación
A confrontação pode ser:

Estratégias de enfrentamento ou confrontação centradas no


problema: a pessoa se centra em fazer frente à situação, procurando
soluções ao problema que provocou a dissonância cognitiva. Há uma
busca deliberada de solução, de recomposição do equilíbrio, quebrado
pela presença da situação estressante. Neste tipo de estratégia estão a
confrontação, a busca de apoio social e a busca de soluções.

Estratégias de enfrentamento ou confrontação centradas na


emoção: a pessoa procura a regulação das conseqüências emocionais
ativadas pela presença da situação estressante. Se não funcionarem ou
são insuficientes o primeiro tipo de estratégias, pretende-se diminuir o
impacto sobre o indivíduo. As estratégias são o autocontrol, o
distanciamento, a reavaliação positiva, a autoinculpación e o
escape/evitación.

Estes estilos não são excludentes, um indivíduo pode tomar formas


combinadas.
Análise crítica do modelo:

É o enfoque que mais se esforça por tratar


de integrar os diferentes fatores que
participam ou intervém no estresse. Pêro
pune mais la mirada e Patrão A.
Richard Lazarus analisa quão variáveis
intervêm no estresse e expõe três
blocos mediadores do estresse.:

1. O primeiro situado no ambiente. Aqui se


encontram os sistemas de apoio social.

2. As defesas psicológicas. Seu equilíbrio


emocional, inteligência, experiência, etc.

3. As defesas fisiológicas. Seu estado de saúde,


padecimentos, nível de energia física, hábitos de
vida lhes relacionando com a saúde.
Para uma integração do conceito:

 O estresse é um sofrimento humano onde o aspecto social joga um


papel essencial.

 Resulta impossível estudar o estresse sem ter presente os 3


componentes: biológicos, psicológico e sociais.

 O estresse é um fenomenal psicofisilógico de causa psicosocial, é


um fenômeno integral como integral é o homem.

O estresse é um fenômeno pessoal, subjetivo onde a psique joga um


papel mediador entre os estímulos do meio e a resposta aos mesmo,
este papel mediador da psique é quem dá significado ao estímulo e
reajusta sua resposta em um estilo de enfrentamento.
Principais níveis do estresse

•Eutrés ou estresse normal: Ante a satisfação de uma


necessidade ou demandas significativas em ocasiões
agradáveis se desencadeia pela frustração de uma
necessidade ou pelo perigo de poder satisfazê-la.
Frustração ou ameaça passível. Estresse normal de um
indivíduo em sua vida cotidiana.

•Distrés ou estresse patológico: desencadeado pelo


perigo que representa não satisfazer uma necessidade, é
passível se recebe como tensão desagradável. Exemplo:
um exame para o qual não está bem preparado,
possibilidade de perder o trabalho, de fazer o ridículo.
PERSONALIDADE E ESTRESSE

O estresse é um fenômeno pessoal do indivíduo, de


natureza especialmente psicológica. Um estímulo se
converte em estresor só através da valoração subjetiva que
o homem faz do, resulta impossível separar a análise dos
eventos vitais, da interpretação psicológica que o indivíduo
dá aos mesmos exemplo: o nascimento, divórcio, conflitos
de róis, morte de um familiar.

As diferenças pessoais e individuais fazem diferentes a


reação ante uma mesma situação. O enfoque psicológico
enfatiza na interpretação que o indivíduo faz da situação
estresora e como é capaz de enfrentá-la.
PERSONALIDADE E ESTRESSE

Produz-se o estresse a partir da valoração ou avaliação


subjetiva que o indivíduo faz entre demanda e capacidade,
em indivíduo tem em conta a importância e significação que
a demanda tem para o, que necessidades, motivos ou
metas estão ameaçadas assim também terá em conta as
defesas, recursos, habilidades com que conta para reagir
ante a demanda, quando seus recursos ou defesas
(capacidades) não são suficientes para enfrentar a situação
(demanda) produz-se o estresse.

Recursos e defesas (capacidade) menor que demanda


(situação) = estresse
Recursos e defesas (capacidade) maior que demanda
(situação) = a não estresse
OUTROS FATORES SIGNIFICATIVOS A TER EM
CONTA
 Hiper-reatividade induzida. O estresor provoca uma hiper-reatividade
fisiológica e esta a sua vez pode provocar enfermidade.

Predisposição constitucional. Como somos, como nascemos

Estilo de vida. Condutas de riscos. Estado de saúde

Patrões de conduta.
PATRON A
Enfermidades cardiovasculares
Psoriasis
Disfunção sexual erétil.
PATRON C
Câncer
Predispõe ao câncer porque se caracterizam por ser muito conciliadores, pouco
afirmativos, pacientes e evitadores de conflitos interpersonales. Têm uma
repressão crônica das emoções negativas, em particular o medo e a ira, e
experimentam ante o estresse interpersonal, desamparo e desesperança
crônicos.
estresse
CONCLUSÕES

É necessário observar este fenômeno integralmente de


uma perspectiva biopsicosocial em altares de uma melhor
compreensão e tratamento.

BIBLIOGRAFIA Pag 264-289

Você também pode gostar