Mamferosda Mata Atlntica
Mamferosda Mata Atlntica
Mamferosda Mata Atlntica
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Estudo comportamental, reprodutivo e alimentar das famílias Ardeidae e Threskiornithidae no complexo estuarino lagunar de Iguape, Cananéia e Ilha Comprida,
litoral sul do Estado de São Paulo View project
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Mauricio E. Graipel
Jorge J. Cherem
Emygdio L. A. Monteiro-Filho
Ana Paula Carmignotto
ABSTRACT
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
391
INTRODUÇÃO
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
393
apresentados na terceira edição do Mammal Species of the World (WILSON;
REEDER, 2005), onde são reconhecidas 5416 espécies de 153 famílias, com
a atualização fornecida por Wilson & Reeder (2011), que considera 5750
espécies válidas classificadas em 157 famílias. Também pode ser notada pelas
opiniões de diferentes autores expressas nestas obras quanto à validade
de muitos táxons, desde a categoria de subespécie a ordem. O aumento
do número de espécies deve-se tanto à descoberta de novas espécies na
natureza, como da mudança do status taxonômico de espécimes depositados
nas coleções científicas, os quais são classificados nas diferentes categorias
hierárquicas baseados no monofiletismo de suas relações filogenéticas.
Inventários faunísticos, revisões taxonômicas e filogenias constituem,
portanto, a base destas informações.
Da mesma forma, o conhecimento sobre a riqueza e diversidade
da mastofauna brasileira continua em crescimento. Mesmo após dois
séculos e meio da publicação do Systema Naturae, por Linnaeus, em 1758,
considerado a base da taxonomia moderna, este avanço não apresenta
sinais de desaceleração. Pelo contrário, de 1990 a meados de 2011 foram
descritas 92 espécies de mamíferos com distribuição para o Brasil, das quais
32 (35%) ocorrem na Mata Atlântica. Isto se deve a vários fatores, entre os
quais estão novas técnicas empregadas na determinação de espécies (e.g.,
citogenéticas e moleculares), formação de maior número de taxonomistas/
/sistematas, uso de diferentes conceitos de espécie e subespécie, novas
técnicas de captura (e.g., o uso das armadilhas de queda, por exemplo) e
a realização de inventários em áreas até então inexploradas em termos
zoológicos (PAGLIA et al., 2012).
Comparando-se, por exemplo, quatro das últimas listas
de mamíferos brasileiros publicadas, pode-se notar esse avanço no
conhecimento. Fonseca et al. (1996) listaram 524 espécies para o território
nacional; Reis et al. (2006), 658 espécies; Reis et al. (2011a), 688 espécies; e
Paglia et al. (2012), 701 espécies. Somam-se a estas, pelo menos mais dez
espécies (ver GREGORIN et al., 2011; NOGUEIRA et al., 2012; COZZUOL et al.,
2013; DIAS et al., 2013; PONTES et al., 2013; GONÇALVES; OLIVEIRA, 2014;
PARDIÑAS et al., 2014; VELAZCO et al., 2014; PAVAN, 2015). Entretanto, a
diferença no número de espécies entre essas listas não se deve apenas a
novas descrições, mas também a critérios distintos, como, por exemplo,
a inclusão por Reis et al. (2011a) de seis espécies exóticas e o critério
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MATA ATLÂNTICA
395
espécie tem registro confirmado para a Mata Atlântica e sua presença em
uma região geopolítica do Brasil é citada para outro bioma (ou o bioma
não é mencionado), esta espécie é indicada para esta região na Tab. I. Por
exemplo, Dasypus septemcinctus tem registros confirmados para a Mata
Atlântica das regiões Sul e Sudeste, mas para a região Centro-Oeste é citado
apenas para o Pantanal (CÁCERES et al., 2008). Assume-se, neste caso, que
Dasypus septemcinctus também ocorra na Mata Atlântica desta região.
Devido aos diferentes pontos de vista sobre a taxonomia, o que
resulta em diferenças na nomenclatura dos mamíferos, conforme citado
anteriormente, os nomes alternativos aos utilizados neste capítulo e os
autores que os sustentam são indicados no texto.
O estado de conservação das espécies (Tab. I) é apresentado em
nível global, de acordo com “The IUCN Red List of Threatened Species”
(IUCN, 2016); nacional, conforme a “Lista das Espécies da Fauna Brasileira
Ameaçadas de Extinção” (MMA, 2014); e também a partir das seguintes
listas estaduais: estado de Minas Gerais (DRUMMOND et al., 2008); estado do
Espírito Santo (ESPÍRITO SANTO, 2005); estado do Rio de Janeiro (BERGALLO
et al., 2000); estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2008); estado do Paraná
(PARANÁ, 2010); estado de Santa Catarina (SANTA CATARINA, 2011) e
estado do Rio Grande do Sul (RIO GRANDE DO SUL, 2014).
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Caluromys lanatus (Olfers, 1818) cuíca-lanosa x x x LC
Caluromys philander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa x x x x LC
Chironectes minimus (Zimmermann, 1780) cuíca-d’água x x x LC VU CR VU VU
Cryptonanus agricolai (Moojen, 1943) guaiquica x x x DD
Cryptonanus guahybae (Tate, 1931) guaiquica x x DD
Didelphis albiventris Lund, 1840 gambá-de-orelha-branca x x x x LC
Didelphis aurita Wied-Neuwied, 1826 gambá-de-orelha-preta x x x x LC
Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) guaiquica x x x LC
Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) guaiquica x x x x LC
Lutreolina crassicaudata (Desmarest, 1804) cuíca x x x LC CR VU
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
Marmosa demerarae Thomas, 1905 cuíca x LC
397
398
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Marmosa murina (Linnaeus, 1758) cuíca x x x LC
Marmosa paraguayana Tate, 1931 cuíca x x x LC VU
Marmosops incanus (Lund, 1840) cuíca x x x LC
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815) cervo-do-pantanal x x x x VU VU CR CR CR REx CR
399
400
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Mazama americana (Erxleben, 1777) veado-mateiro x x x DD EN VU VU EN EN
Mazama bororo Duarte, 1996 veado-bororó x x End VU VU VU VU
Mazama gouazoubira (G. Fischer, 1814) veado-virá x x x x LC EN
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
Sapajus xanthosternos (Wied-Neuwied, 1826) macaco-prego x End CR EN CR
401
402
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Pitheciidae
Callicebus barbarabrownae Hershkovitz, 1990 sauá x CR CR
Callicebus coimbrai Kobayashi & Langguth, sauá x End EN EN
1999
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
403
404
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
CHIROPTERA
Emballonuridae
Centronycteris maximiliani (J. Fischer, 1829) morcego x x LC
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
Pteronotus personatus (Wagner, 1843) morcego x LC
405
406
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Natalidae
Natalus macrourus (Gervais, 1856) morcego x x x NT VU EN VU
Noctilionidae
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego beija-flor x x x LC
407
408
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Lonchorhina aurita Tomes, 1863 morcego x x x LC VU
Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego x x x LC
Lophostoma silvicolum d’Orbigny, 1836 morcego x x x LC
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
Thyroptera tricolor Spix, 1823 morcego x x LC EN VU
409
410
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Thyroptera wynneae Velazco, Gregorin, Voss morcego x
& Simmons, 2014
Vespertilionidae
Eptesicus brasiliensis (Desmarest, 1819) morcego x x x x LC
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
Cavia intermedia Cherem, Olimpio & Ximenez, preá x End CR CR CR
1999
411
412
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Cavia magna Ximenez, 1980 preá x LC VU
Galea spixii (Wagler, 1831) preá x x x LC
Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) capivara x x x x LC
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
413
414
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Drymoreomys albimaculatus Percequillo, rato x x End
Weksler & Costa, 2011
Euryoryzomys russatus (Wagner, 1848) rato x x x End LC VU
Holochilus brasiliensis (Desmarest, 1819) rato x x LC
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
415
416
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Sooretamys angouya (G. Fischer, 1814) rato x x End LC
Thaptomys nigrita (Lichtenstein, 1829) rato x x x End LC VU VU
Wiedomys pyrrhorhinos (Wied-Neuwied, 1821) rato x x LC
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
Trinomys dimidiatus (Günther, 1876) rato-de-espinho x End LC
417
418
Distribuição
Táxon Nome comum End Status de conservação
(regiões)
NE CO SE S IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS
Trinomys eliasi (Pessôa & Reis, 1993) rato-de-espinho x End EN VU EN
Trinomys gratiosus (Moojen, 1948) rato-de-espinho x End LC
Trinomys iheringi (Thomas, 1911) rato-de-espinho x x End LC
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
419
Figura 1 – Comparação entre o número total de espécies e de endemismos por ordem
de mamíferos autóctones para o Bioma Mata Atlântica.
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
421
Para a Mata Atlântica são conhecidas 23 espécies de marsupiais,
incluindo três espécies não listadas por Paglia et al. (2012) para o bioma,
Didelphis albiventris (ver Monteiro-Filho, 1987; Cherem et al., 2004;
Cáceres et al., 2008; Gardner, 2008; Reis et al., 2011a), Cryptonanus agricolai
e Gracilinanus agilis (ver Cáceres et al., 2008; Souza et al., 2010; Melo;
Sponchiado, 2012). Paglia et al. (2012) indicaram C. guahybae, D. aurita e G.
microtarsus como endêmicos da Mata Atlântica, mas estas espécies contam
com registros para o Pampa ou Cerrado (Melo; Sponchiado, 2012; Geise;
Astúa, 2009). Desta forma e com as mudanças no gênero Monodelphis, quatro
espécies são endêmicas da Mata Atlântica (Tab. I).
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
423
PRIMATES: as espécies neotropicais possuem taxonomia e sistemática
amplamente debatidas, ainda não havendo consenso entre os autores que têm
investigado esses assuntos quanto ao número de famílias, gêneros e espécies
que devem ser reconhecidos (ver, por exemplo, a discussão apresentada por
RYLANDS; MITTERMEIER, 2008).
Entre as principais diferenças taxonômicas adotadas por Bicca-
-Marques et al. (2011) e Paglia et al. (2012) está o reconhecimento de
Callitrichidae (incluindo Callithrix e Leontopithecus que ocorrem na Mata
Atlântica; PAGLIA et al., 2012) como família plena, como utilizado, por
exemplo, por Cabrera (1958) e Rylands & Mittermeier (2008), e não como
subfamília de Cebidae (e.g., GROVES, 2005). Além disso, Paglia et al. (2012)
seguem a separação de Cebus em suas formas robustas (gênero Sapajus, que
inclui os macacos-prego da Mata Atlântica) e grácil (gênero Cebus) proposta
por Boubli et al. (2012) e Lynch-Alfaro et al. (2012).
A taxonomia e a nomenclatura do gênero Alouatta também têm sido
assunto de amplo debate, particularmente em relação ao táxon do leste do
Brasil. Tradicionalmente, o arranjo seguido considera uma espécie (A. guariba)
com duas subespécies (A. g. guariba e A. g. clamitans) (e.g., CABRERA, 1958;
RYLANDS et al., 2000; GROVES, 2005). No entanto, Gregorin (2006) reconheceu
essas subespécies como duas espécies distintas e registrou a prioridade do
nome A. fusca (É. Geoffroy, 1806) sobre A. guariba (Humboldt, 1812). Rylands
& Mittermeier (2008), assim como Bicca-Marques et al. (2011) e Paglia et al.
(2012), seguiram a visão tradicional, até que estudos complementares ao de
Gregorin (2006) sejam publicados.
Alouatta ululata ocorre nas florestas estacionais dos estados do
Maranhão, Piauí e Ceará (Bicca-Marques et al., 2011). Nos estados do Piauí
e do Ceará, a floresta estacional está inserida na Mata Atlântica conforme
definido no Decreto-Lei 750/93 (Brasil, 1993), mas não foram consideradas
pertencentes ao bioma por Paglia et al. (2012), que listaram a espécie apenas
para a Floresta Amazônica e a Caatinga.
Callithrix penicillata (É. Geoffroy, 1812) foi citado para a Mata
Atlântica por Paglia et al. (2012), mas a distribuição original desta espécie se
restringe ao Cerrado e à Caatinga (BICCA-MARQUES et al., 2011), tendo sido
introduzida em vários estados brasileiros, como no Espírito Santo, Rio de
Janeiro, Paraná e Santa Catarina (COIMBRA-FILHO, 1984; IUCN, 2016). Outras
duas espécies do gênero também foram introduzidas em estados ao sul de
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
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Recentemente, Trigo et al. (2013) propuseram a separação das
populações de Leopardus tigrinus, tradicionalmente tratadas como subespécies
(CABRERA, 1958), em duas espécies, com L. tigrinus ficando restrito à região
Nordeste e L. guttulus ocorrendo ao sul desta região.
A inclusão das espécies de Conepatus em uma família própria,
Mephitidae, ao invés de subfamília de Mustelidae, tem sido aceita
(WOZENCRAFT, 2005; CHEIDA et al., 2011; PAGLIA et al., 2012). Os limites de
distribuição setentrional de Conepatus chinga não são bem definidos e seu
registro para os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul necessita
de confirmação. Desta forma, até o momento, C. chinga tem ocorrência
confirmada apenas para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina
(CHEIDA et al., 2011). Em relação à segunda espécie do gênero, Cabrera
(1958) incluiu os exemplares brasileiros de C. semistriatus na subespécie C.
s. amazonicus (Lichtenstein, 1838), sendo seguido por Wozencraft (2005),
enquanto Feijó & Langguth (2013) argumentaram a favor da validação de C.
amazonicus como espécie plena.
Para Procyonidae e Mustelidae, os nomes em geral empregados
para as espécies da Mata Atlântica vêm sendo utilizados há bastante tempo,
por exemplo, em Vieira (1955) para os procionídeos e em Cabrera (1958) para
os mustelídeos. No caso da lontra, a separação entre os gêneros Lutra e Lontra
foi inicialmente proposta por Van Zyll de Yong (1972).
Galictis vittata (Schreber, 1776) tem sido citada para vários estados e
biomas brasileiros (VIEIRA, 1955; CHEIDA et al., 2011; PAGLIA et al., 2012), mas
Bornholdt et al. (2013) obtiveram registros desta espécie apenas para a Região
Norte do país. Desta forma, G. cuja seria a única espécie do gênero encontrada na
Mata Atlântica. Cabe citar, no entanto, que G. vittata possui registros históricos
para os estados de Minas Gerais (NEHRING, 1886) e Santa Catarina (IHERING,
1911) e registros recentes para a Mata Atlântica de Misiones, Argentina
(CHEBEZ; MASSOIA, 1996) e do Paraguai (SMITH et al., 2013), indicando que é
possível sua ocorrência atual na Mata Atlântica brasileira.
Desta forma, incluindo os registros de Chrysocyon brachyurus para a
Mata Atlântica (CHEIDA et al., 2011), 22 espécies de carnívoros são assinaladas
para este bioma, mas nenhuma é endêmica (Tab. I).
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
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espécie restrita ao Cerrado e a primeira aparentemente endêmica da Mata
Atlântica. Ametrida centurio e Mesophylla macconnelli foram registradas para a
Mata Atlântica da região Nordeste por Gregorin et al. (2015) e Vilar et al. (2015),
respectivamente. Velazco et al. (2010) revisaram o complexo Platyrrhinus helleri
e os espécimens da Mata Atlântica foram incluídos em P. incarum.
Entre os vespertilionídeos, Eptesicus chiriquinus foi registrado para
a Mata Atlântica de Minas Gerais por Gregorin & Loureiro (2011). Lasiurus
blossevillii foi tratado como uma espécie distinta de L. borealis por Baker et al.
(1998). Myotis dinelli é em geral considerado uma subespécie de M. levis (e.g.,
Simmons, 2005), mas foi tratado como espécie válida por Barquez (2006).
Myotis lavali, inicialmente conhecido apenas para a Caatinga (MORATELLI et
al., 2011), foi reportado para a Mata Atlântica de Pernambuco por Moratelli
& Wilson (2013). Por fim, Myotis simus foi registrada para Santa Catarina e
incluída como ameaçada (Santa Catarina, 2011). Contudo, este registro
necessita de revisão (Sérgio L. Althoff, comunicação pessoal).
RODENTIA: a ordem conta com 108 espécies para a Mata Atlântica, das quais
55 são endêmicas. O número de espécies registradas para o bioma não pode
ser considerado definitivo. Em parte isto se deve às ampliações de distribuição,
como no caso de Akodon azarae, Calomys laucha e Pseudoryzomys simplex,
registrados na Mata Atlântica por Dalmagro & Vieira (2005), Badzinski et al.
(2012) e Prado e Percequillo (2013), respectivamente. Além disso, a taxonomia
e a nomenclatura dos roedores têm se mantido instável, com a descrição de
novas espécies, revalidação e sinonimização de outras, e rearranjos em nível
genérico (e.g., WEKSLER et al., 2006).
A família Caviidae é composta por três gêneros na Mata Atlântica,
incluindo Hydrochoerus, que tradicionalmente era inserido em uma família
separada, Hydrochoeridae, mas que tem recebido suporte para sua inclusão
em Caviidae, a partir do trabalho de Rowe & Honeycutt (2002). Os outros dois
gêneros, Cavia e Galea, ainda necessitam de revisões (BEZERRA, 2008; CHEREM;
FERIGOLO, 2012). Os exemplares de Cavia na Região Sul do Brasil, identificados
como C. fulgida (e.g., em Cherem et al., 2004), precisam ser reavaliados,
pois análises morfológicas não sustentam as diferentes características que
diferenciam esta espécie de C. aperea (ver Cherem; Ferigolo, 2012). De acordo
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
429
Silveira et al. (2013) detectaram diferenças na morfologia dos pelos-guarda
dando suporte à validade das duas espécies.
Delomys collinus Thomas, 1917 foi tratada como espécie plena por
alguns autores (e.g., Bonvicino & Geise, 1995; Oliveira & Bonvicino, 2011) e
foi listado como uma espécie distinta de D. dorsalis por Musser & Carleton
(2005), mas estes autores advertiram que mais estudos seriam necessários
para confirmar seu status taxonômico. Em sua revisão do gênero, Voss (1993)
incluiu D. collinus em D. dorsalis. Paglia et al. (2012) listaram apenas duas
espécies para o gênero, D. dorsalis e D. sublineatus. Gonçalves & Oliveira (2014)
sustentaram a validade de três espécies: D. dorsalis (incluindo D. collinus como
sinônimo), D. sublineatus e descreveram mais uma espécie endêmica da Mata
Atlântica, D. altimontanus.
O gênero Hylaeamys foi revisado por Brennand et al. (2013) que
demonstraram a ocorrência de duas espécies na Mata Atlântica: H. oniscus
(Thomas, 1904), para os estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba, e H. seuanezi
(Weksler, Geise & Cerqueira, 1999), do sul do estado da Bahia, ao norte do
estado do Rio de Janeiro. Esta segunda espécie foi considerada sinônimo júnior
de H. laticeps (Lund, 1840) por Patton et al. (2015), incluindo, desta forma, o
estado de Minas Gerais em sua distribuição.
Oxymycterus judex Thomas, 1909 foi listado como espécie distinta por
Oliveira & Bonvicino (2011), mas considerado sinônimo júnior de O. quaestor
Thomas, 1903 por Musser & Carleton (2005) e Patton et al. (2015). Oxymycterus
angularis Thomas, 1909 e O. hispidus Pictet, 1843 foram consideradas espécies
plenas por Musser & Carleton (2005) e por Oliveira & Bonvicino (2011),
mas incluídas em O. dasythrichus (Schinz, 1821) por Bonvicino et al. (2008) e
Patton et al. (2015). Desta forma e com o registro de O. delator para os campos
de altitude do litoral de São Paulo (PATTON et al., 2015), seis espécies de
Oxymycterus ocorrem na Mata Atlântica, sendo quatro delas endêmicas do
bioma (Tab. I).
O gênero Scapteromys já possuía registro para a Mata Atlântica
dos três estados da Região Sul (FREITAS et al., 1984). No entanto, Oliveira &
Bonvicino (2011) e Paglia et al. (2012) registraram apenas S. tumidus para o
Pampa, no estado do Rio Grande do Sul, provavelmente pelo fato de a descrição
formal do táxon, que ocorre na Mata Atlântica, S. meridionalis, só ter sido feita
posteriormente (QUINTELA et al., 2014).
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
431
Outro roedor da família Echimyidae, Thrichomys apereoides, possuía
registro apenas para a Caatinga e o Cerrado (PAGLIA et al., 2012), mas foi
reportado também para a Mata Atlântica por Nascimento et al. (2013).
A taxonomia de Trinomys aqui utilizada segue a proposta
apresentada em Patton et al. (2015), sendo T. bonafidei (Moojen, 1948) tratada
como subespécie de T. gratiosus (Moojen, 1948) e T. elegans (Lund, 1839) como
subespécie de T. setosus (Desmarest, 1817), e T. panema (Moojen, 1948) sinônimo
júnior de T. gratiosus.
Na família Erethizontidae, Sphiggurus foi tratado como gênero
separado por Woods & Kilpatrick (2005) e por Oliveira & Bonvicino (2011),
mas considerado sinônimo júnior de Coendou por Voss (2011), que também
sinonimizou as espécies C. villosus e C. spinosus, sendo este último, o nome
válido para o táxon. O gênero encontra-se representado atualmente por
quatro espécies na Mata Atlântica, sendo C. speratus uma espécie recentemente
descrita (PONTES et al., 2013).
Na família Sciuridae, Guerlinguetus foi tradicionalmente considerado
como subgênero de Sciurus (e.g., Thorington Jr.; Hoffmann, 2005), mas tem
sido ultimamente tratado como um gênero distinto (OLIVEIRA; BONVICINO,
2006; PAGLIA et al., 2012). De acordo com a revisão recente apresentada em
Patton et al. (2015), duas espécies são reconhecidas para Guerlinguetus, G.
aestuans (Linnaeus, 1766) para a Amazônia e G. brasiliensis (Gmelin, 1788) para
o leste da Amazônia e do nordeste ao sul do Brasil, desta forma incluindo
G. alphonsei (Thomas, 1906), G. henseli (Miranda-Ribeiro, 1941) e G. ingrami
(Thomas, 1901), anteriormente tratadas como espécies plenas (OLIVEIRA;
BONVICINO, 2006; PAGLIA et al., 2012).
HISTÓRIA NATURAL
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
433
densidade dos mesopredadores em função do desaparecimento de predadores
de maior porte (PRUGH et al., 2009) pode estar relacionado à fragmentação
(CHIARELLO, 2000b).
Algumas das espécies são exemplos antagônicos de histórias
de vida, como gambás e cutias, que geralmente têm massa inferior a 3 kg.
Comparativamente, as espécies de Didelphis vivem pouco tempo, podendo
alcançar de três a cinco anos em cativeiro e geram grandes proles, em
média seis a sete filhotes, podendo alcançar até 13 filhotes. Além disso,
entre o início da gestação e o desmame passam-se aproximadamente quatro
meses (MONTEIRO-FILHO, 1987; NOWAK, 1999; GRAIPEL; SANTOS-FILHO,
2006; GRAIPEL et al., 2006; CÁCERES; GRAIPEL, 2012). Enquanto as espécies
de Dasyprocta possuem estratégia distinta, indivíduos em cativeiro podem
viver quase 18 anos, em geral com 1 ou 2 filhotes, e o desmame acontecendo
aproximadamente oito meses e meio após a concepção (NOWAK, 1999). De
modo similar, considerando espécies de tamanhos próximos, observa-se maior
tamanho de prole e menor longevidade das espécies de marsupiais e roedores,
quando comparados aos quirópteros (AUSTAD; FISHER, 1991; NOWAK, 1999;
GRAIPEL et al., 2006).
Gambás e cutias são exemplos também de modos reprodutivos
distintos de dois grupos taxonômicos, os Metatheria e os Eutheria. Nos
primeiros, os marsupiais, os ovos se implantam no útero e os embriões
permanecem ali envoltos por uma placenta vitelínica (mais simples que em
eutérios) para uma curta gestação, que dura em média duas semanas. Os
filhotes precoces completam o desenvolvimento presos à glândula mamária
da mãe, por aproximadamente dois meses. O marsúpio, uma bolsa formada
pela dobra da pele localizada no ventre da mãe e que dá nome ao grupo, possui
diferentes graus de desenvolvimento; vestigial nos marsupiais de menor porte
(e.g., Gracilinanus, Marmosa; Monteiro-Filho; Cáceres, 2006), de modo que
os filhotes precisam permanecer presos às mamas pela boca e aos pelos das
mães pelas mãos (NOWAK, 1999; MICHELS-SOUZA et al., 2006; REIS et al.,
2011a; CÁCERES; GRAIPEL, 2012); pouco desenvolvido, abrigando os filhotes
por um período intermediário (e.g., Lutreolina, Caluromys; Monteiro-Filho;
Cáceres, 2006); ou bem desenvolvido, como nas espécies de maior porte (e.g.,
Didelphis spp., Philander spp., Chironectes minimus; Rossi; Bianconi, 2011). O
marsúpio é impermeável à água em C. minimus, de modo que a fêmea mergulha
com os filhotes protegidos (MARSHALL, 1978) durante o período que estes
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
435
vivem no estrato arbóreo e no solo (GENTILE et al., 2012; CÁCERES; GRAIPEL,
2012) e também seria esperada para outros grupos de mamíferos (AUSTAD;
FISHER, 1991), ou mesmo entre espécies filogeneticamente mais distantes, como
os marsupiais e os quirópteros (AUSTAD; FISHER, 1991). Comparativamente,
os marsupiais da Mata Atlântica podem apresentar espécies semélparas
(principalmente em regiões sujeitas a grandes variações de temperatura e
umidade, como na região sul e nordeste, respectivamente) (LEINER et al., 2008;
CÁCERES; GRAIPEL, 2012) e os quirópteros, espécies que podem viver mais
de 20 anos (BERNARD, 2005). O que poderia explicar, por exemplo, gambás
com aproximadamente 3 kg vivendo dois ou três anos e, morcegos-vampiro
Desmodus rotundus, com 100 g, vivendo mais de duas décadas.
Estratégias reprodutivas distintas podem também ocorrer em
uma mesma espécie, em função de variações ambientais, tempo de gestação
e de cuidado parental. O ciclo reprodutivo pode ocorrer uma vez por ano
(monoéstrico) ou, dois ou mais ciclos anuais (poliéstricos), observados com
frequência (MICHELS-SOUZA et al., 2006). Isto pode ocorrer em função da
disponibilidade de alimento, sazonal ou não, como nos roedores, ou apenas
sazonal, como em Didelphis, cujo tamanho da prole aumenta e a estação
reprodutiva diminui em maiores latitudes (MONTEIRO-FILHO, 1987; GENTILE
et al., 2012; CÁCERES; GRAIPEL, 2012). Porém, não se sabe se esta condição
interfere na expectativa de vida da espécie. Por outro lado, especificamente
para D. aurita em ambientes insulares, sem predadores, é possível que haja uma
tendência de redução do tamanho das proles e o aumento da senescência (ver
AUSTAD, 1993; CHEREM et al., 1996; GRAIPEL et al., 2006; GRAIPEL; SANTOS-
-FILHO, 2006). Espécies de mamíferos de maior porte são monoéstricas, devido
ao maior tempo de gestação (e.g., Tapirus terrestris; 385 a 412 dias, Eisenberg
et al., 1990) e/ou de cuidado parental (e.g., Panthera onca; de 18 a 24 meses,
Nowell; Jackson, 1996).
Uma grande variação no tamanho corpóreo, hábitos e habitat é
encontrada nas diferentes ordens presentes na Mata Atlântica. Entre os
marsupiais são encontradas espécies principalmente noturnas (NOWAK,
1999; ROSSI; BIANCONI, 2011); tão pequenas quanto algumas guaiquicas, como
Cryptonanus spp., com 15 g (VOSS et al., 2005), o que representa 0,5% da massa
dos maiores indivíduos de Didelphis albiventris, que podem chegar a 3,5 kg
(CÁCERES et al., 2012). Há espécies arborícolas, frugívoro-onívoras, como as
cuícas-lanosas do gênero Caluromys, as espécies terrícolas, insetívoro-onívoras,
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MATA ATLÂNTICA
437
Merino, 1997) e tão grandes quanto Blastocerus dichotomus, que chega a pesar
150 kg (Pinder; Grosse, 1991).
Os primatas da Mata Atlântica são florestais, diurnos e podem
ser tão pequenos quanto algumas espécies insetívoro-gumívoras de saguis
do gênero Callithrix, com 250 g, representando 3% da massa de espécies
frugívoro-folívoras de mono-carvoeiro Brachyteles spp., que pesam em média
13 kg, enquanto espécies de tamanho intermediário são mais onívoros,
como Sapajus. As espécies de maior porte dos gêneros Alouatta, Brachyteles
e, em menor grau, Sapajus, apresentam cauda preênsil. Com exceção dos
Callitrichidae, que possuem unhas em forma de garras, todos possuem unhas
planas (AURICCHIO, 1995), porém as características mais marcantes do grupo
estão relacionadas ao aumento do tamanho cerebral, à mobilidade dos dedos,
ao aumento da capacidade de visão e à redução do olfato, além do período
pós-natal mais prolongado (NAPIER; NAPIER, 1967). A formação de grupos é
uma das características mais marcantes dos primatas. Podem viver em casais
monogâmicos ou formar grupos familiares e a gestação varia de 130-145 dias
em Callithrix a 230 dias, em Brachyteles. Possuem um par de mamas torácicas e
o número de filhotes excepcionalmente ultrapassa esse número (AURICCHIO,
1995). A visão diurna desenvolvida ajuda a explicar a maior diversidade de
cores entre os primatas (AURICCHIO, 1995), possuindo em sua maioria visão
tricromática, enquanto quase todos os mamíferos não primatas possuem
visão dicromática e uns poucos mamíferos noturnos apresentam visão
monocromática (JACOBS; NATHANS, 2009).
Os carnívoros são, possivelmente, o grupo com maior heterogeneidade
de habitat utilizados, hábitos, dietas e formas (EMMONS, 1990; EISENBERG;
REDFORD, 1999; MONTEIRO-FILHO et al., 2006; CHEIDA et al., 2011), sendo as
espécies em geral oportunistas, o que se reflete na ausência de endemismos (Tab.
II), incluindo desde frugívoro-onívoros e insetívoro-onívoros aos piscívoros e
carnívoros (PAGLIA et al., 2012). Entre os mustelídeos são encontradas espécies tão
pequenas quanto Galictis cuja, com até 3 kg vivendo no solo (MONTEIRO-FILHO et al.,
2006; CHEIDA et al., 2011), até às aquáticas Pteronura brasiliensis, que podem chegar
a 35 kg (EMMONS, 1990; EISENBERG; REDFORD, 1999; CARTER; ROSAS, 1997). Em
relação aos felinos o melanismo pode estar presente em, pelo menos, quatro das
oito espécies da Mata Atlântica, incluindo a única espécie diurna da família, Puma
yagouaroundi. Leopardus wiedii é o mais arborícola entre todos os felinos, e Leopardus
guttulus, com em média 2,4 kg, é uma das menores espécies, correspondendo a 1,2%
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MATA ATLÂNTICA
439
(PERACCHI et al., 2011). Apesar de se acreditar que espécies deste grupo têm
a visão pouco desenvolvida, os morcegos são bem adaptados para enxergar
em baixa luminosidade. O poder de captação de luz de uma espécie de Myotis
(um morcego insetívoro) é de 4 a 5 vezes maior que o do homem, sendo que
morcegos frugívoros possuem globo ocular muito maior que o das espécies
insetívoras (DIETRICH; DODT, 1970; EKLÖF, 2003). Talvez por não utilizarem
a ecolocalização com tanta frequência quanto imaginado, temos encontrado
espécies insetívoras mortas após se chocarem contra janelas e portas de vidro,
como também acontece com as aves que não percebem o obstáculo, mesmo
durante o dia (Maurício E. Graipel, observação pessoal).
Lagomorpha possui uma única espécie, Sylvilagus brasiliensis,
que pode pesar até 1,2 kg (GALETTI; SAZIMA, 2006). Já entre os roedores
encontramos a segunda maior riqueza entre as ordens registradas na Mata
Atlântica, que se reflete tanto nos hábitos quanto nos habitat utilizados.
Apesar de não apresentar grande variedade de formas – a maioria das espécies
apresenta um padrão morfológico similar ao dos roedores domésticos, como
o camundongo Mus musculus – existem espécies com padrões bem distintos,
como esquilos e preás e, uma grande variação de tamanhos, desde espécies
tão pequenas quanto as de Oligoryzomys, com menos de 20 g, o que representa
0,03 % da massa do maior roedor do mundo, Hydrochoerus hydrochaeris, que
pode chegar a 65 kg (BONVICINO et al., 2008), sendo esta a maior diferença
de massa entre todas as ordens presentes na Mata Atlântica.
DISTRIBUIÇÃO
NE CO SE S
Ordem Total
N % N % N % N %
Didelphimorphia 14 60,9 13 56,5 22 95,7 17 73,9 23
Pilosa 5 100,0 2 40,0 4 80,0 2 40,0 5
Cingulata 5 71,4 5 71,4 6 85,7 5 71,4 7
Perissodactyla 1 100,0 1 100,0 1 100,0 1 100,0 1
Artiodactyla 4 50,0 6 75,0 8 100,0 8 100,0 8
Primates 16 61,5 3 11,5 17 65,4 5 19,2 26
Carnivora 18 81,8 19 86,4 18 81,8 19 86,4 22
Chiroptera 99 82,5 74 61,7 108 90,0 74 61,7 120
Lagomorpha 1 100,0 1 100,0 1 100,0 1 100,0 1
Rodentia 47 43,5 24 22,2 87 80,6 51 47,2 108
Total 210 65,4 148 46,1 272 84,7 183 57,0 321
Área (km²)* 255.245 19,5 62.223 4,8 568.609 43,6 421.346 32,3 1.306.421
*Fonte: ISA, 1999 (apud RBMA, 2012).
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
441
Alguns estudos vêm sendo realizados para tentar compreender o
elevado nível de endemismo encontrado na Mata Atlântica para vertebrados,
incluindo mamíferos (COSTA et al., 2000), aves (CRACRAFT, 1985) e anfíbios
(THOMÉ et al., 2010), por exemplo. Estes estudos levam em consideração
a teoria dos refúgios que foi proposta originalmente por Haffer (1969) e
posteriormente apoiada por outros autores (e.g., VANZOLINI; WILLIAMS,
1970; BROWN; AB’SÁBER, 1979), que consideram os refúgios como áreas
que permaneceram com vegetação florestal ao longo dos ciclos de variação
climática que ocorreram durante não apenas o Pleistoceno, mas também
durante o Terciário, primeiramente levantada para explicar a diversidade
Amazônica (HAFFER, 2008), mas que se aplica a qualquer bioma, já que as
populações tornam-se geograficamente isoladas nestes fragmentos florestais,
aumentando a probabilidade de diferenciação e, consequentemente,
especiação nestes táxons. As áreas de refúgio, atualmente denominadas
áreas historicamente estáveis, relacionam-se a áreas de maior endemismo e
diversidade atuais, como regiões localizadas no estado de Pernambuco, estado
da Bahia e próximas ao rio Doce, na região Sudeste (CARNAVAL; MORITZ,
2008; CARNAVAL et al., 2009; SILVA et al., 2012).
As espécies que apresentam distribuição geográfica restrita são as
responsáveis por estes padrões distintos de composição faunística ao longo
da Mata Atlântica, as quais, em geral, também são consideradas “habitat
especialistas”, destacando-se os primatas e os pequenos mamíferos terrestres,
representados pelos marsupiais (Família Didelphidae) e os pequenos roedores
(Famílias Cricetidae e Echimyidae). Os morcegos e as espécies de médio e
grande porte apresentam distribuição geográfica mais ampla no Bioma,
principalmente ocorrendo nas porções centrais da Mata Atlântica (região
Sudeste).
Ambientes
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
443
ambientes de águas lóticas, como alagados, açudes, charcos e banhados, além
de margens de rios (DUARTE; GONZÁLEZ, 2010; CHEIDA et al., 2011; OLIVEIRA;
BONVICINO, 2011).
É interessante notar a presença de espécies fossoriais, como
Ctenomys minutus, registrada em áreas abertas da Mata Atlântica (OLIVEIRA;
BONVICINO, 2011; PAGLIA et al., 2012), aparentemente sem espécies com este
hábito na Amazônia.
Registra-se também a ocorrência de espécies restritas a áreas de
altitude, como os roedores cricetídeos Akodon mystax, Delomys altimontanus,
Juliomys rimofrons e Oxymycterus caparaoe (FONSECA et al., 2013; GONÇALVES;
OLIVEIRA, 2014).
Em ambientes insulares observa-se uma baixa diversidade de
pequenos mamíferos não voadores (FERNANDEZ et al., 1988; GRAIPEL et
al., 2006; SALVADOR et al., 2009; BOVENDORP et al., 2013), que pode estar
associada à dominância de Didelphis aurita quando presente (GRAIPEL et
al., 2006; BOVENDORP et al., 2013). Ainda assim, são conhecidas espécies
endêmicas de ilhas, como Phyllomys thomasi da Ilha de São Sebastião, estado
de São Paulo (VIVO et al., 2011), e Cavia intermedia, da Ilha de Moleques do
Sul, estado de Santa Catarina (CHEREM et al., 2004).
CONSERVAÇÃO
Ordem\Listas* IUCN BR MG ES RJ SP PR SC RS TS %
Didelphimorphia 0 1 1 2 1** 2 0 3 2 7 30,4
Pilosa 2 2 1 2 2 1 1 0 2 3 60,0
Cingulata 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 14,3
Perissodactyla 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 100,0
Artiodactyla 4 5 4 3 5 6 7 5 6 8 100,0
Primates*** 18 20 11 5 5 6 4 3 5 22 81,5
Carnivora 2 11 9 5 5 7 8 5 10 16 72,7
Chiroptera 0 4 5 4 10 4 15 10 0 39 32,5
Lagomorpha 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 100,0
Rodentia 14 16 5 4 7 4 2 3 4 31 28,7
Total 42 61 38 27 37 32 39 30 31 129 40,4
*Listas: IUCN = IUCN (2016); BR = MMA (2014); MG = Machado et al. (1998); ES = Espírito
Santo (2005); RJ = (Bergallo et al., 2000); SP = São Paulo (2008); PR = Paraná (2010); SC
= Santa Catarina (2011); RS = Rio Grande do Sul (2014).
** Monodelphis theresa, listada como possivelmente extinta no Rio de Janeiro, é
atualmente considerada sinônima de M. scalops (ver Pavan et al., 2014).
*** As duas subespécies de Alouatta guariba foram computadas aqui como táxons
distintos.
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
445
não é considerada ameaçada em outros estados. Com relação aos marsupiais,
a principal ameaça é a alteração e fragmentação dos habitat nativos, já que
a maioria das espécies não é plástica o suficiente para ocupar a matriz de
áreas abertas, como áreas agrícolas ou de pastagens, muitas vezes nem
conseguindo se dispersar através da mesma (e.g., UMETSU; PARDINI, 2007),
sendo importante a manutenção de regiões de florestas nativas conectadas
para a conservação deste grupo (e.g., PAISE et al., 2012).
Em Pilosa, três espécies aparecem como ameaçadas. Bradypus
torquatus aparece em todas as listas que abrangem sua distribuição, enquanto
M. tridactyla só não está na lista do estado de Santa Catarina onde foi
considerado regionalmente extinto (Tab. I). A terceira espécie é Tamandua
tetradactyla, que consta como VU (vulnerável) apenas para o estado do Rio
Grande do Sul (Tab. I), apesar de ser uma espécie comum ao longo de sua
distribuição em áreas naturais protegidas (AGUIAR, 2004).
Entre os mamíferos da ordem Cingulata, apenas Priodontes maximus
é listado como ameaçado, aparecendo em todas as listas vermelhas, exceto
para os estados do sul do Brasil, onde ou não ocorria ou é considerado extinto
(Tab. I). As principais ameaças aos Pilosa e aos Cingulata são a pressão de
caça, atropelamentos e redução de habitat nativos, fazendo com que as
espécies tenham que atravessar a matriz antropizada, aumentado a taxa de
mortalidade (SRBEK-ARAÚJO et al., 2009; ANACLETO et al., 2014; CHIARELLO;
MORAES-BARROS, 2014; MIRANDA et al., 2014).
Com relação aos ungulados, Tapirus terrestris é a única espécie da
ordem Perissodactyla e consta como ameaçada em todas as listas estaduais
do Bioma Mata Atlântica, bem como nacional e globalmente (Tab. I). Todas
as oito espécies de artiodáctilos são consideradas ameaçadas, em particular
aquelas de maior porte, Blastocerus dichotomus, Ozotoceros bezoarticus e
Tayassu pecari (Tab. I). Para os ungulados, as maiores ameaças citadas são
a pressão de caça (e.g., CULLEN et al., 2000, 2004) e a perda de habitat (e.g.,
GALETTI et al., 2009).
Os primatas incluem 22 táxons considerados ameaçados em pelo
menos uma lista, o que representa 81,5% do total desta ordem na Mata
Atlântica (Tab. I e IV). Muitas espécies encontram-se nas categorias mais
altas de ameaça, EN (em perigo) ou CR, como as duas espécies de Brachyteles,
Callithrix flavipes, Sapajus xanthosternos, as quatro espécies de Leontopithecus e
Callicebus barbarabrownae (Tab. I). Os primatas são estritamente arborícolas,
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
447
neglectus, Lionycteris spurrelli, Tonatia bidens, Histiotus alienus e Lasiurus egregius
(Tab. I), merecendo avaliação especial na revisão das listas estaduais de
espécies ameaçadas. Isto pode ter ocorrido por realmente estarem ameaçadas
regionalmente ou por formas distintas de interpretação dos pesquisadores
em relação aos critérios da IUCN (2012), visto que estas espécies possuem
poucas características de espécies ameaçadas de extinção (GRAIPEL et al.,
2016), podem estar no limite de distribuição ou possuírem poucos registros,
não existindo informações que permitam a avaliação com base nos critérios da
IUCN (2012). Neste sentido, não sendo consideradas ameaçadas, deveriam ser
listadas como DD, categoria adotada globalmente para quatro dessas espécies
ameaçadas regionalmente. Além dessas, pelo menos outras 19 espécies são
vulneráveis em um único estado, mas ocorrem em mais de uma região do
país e são consideradas LC (menor preocupação), NT ou DD pela IUCN (2016)
(Tab. I). Isto também merece reavaliação, pois talvez possam ser tratadas
como DD pelos mesmos motivos expostos anteriormente, ou pela falta de
atualização do conhecimento associada ao tempo de publicação das diferentes
listas em cada estado, ou mesmo por erros de identificação de espécies pouco
conhecidas até recentemente.
Bernard et al. (2012) levantaram os principais tópicos relacionados
à conservação de morcegos no Brasil, sendo o mais importante a redução
de proteção às cavernas naturais. Esta condição permitiria incluir como
ameaçadas as espécies que fossem dependentes desse habitat, sendo
necessários estudos para definir esta condição. Além disso, as principais
ameaças às espécies estão relacionadas, segundo Bernard et al. (2012), à
redução na qualidade dos habitat por desmatamento ou degradação. Porém,
estas são condições que se aplicam a praticamente todas as espécies de
mamíferos da Mata Atlântica (GRAIPEL et al., 2016). Segundo Bernard et
al. (2012), se não fossem esses critérios, quase a totalidade das espécies de
morcegos brasileiros seria classificada como DD.
Sylvilagus brasiliensis, único representante da ordem Lagomorpha,
consta como ameaçado nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul,
relacionado à baixa densidade e destruição de seus habitat (MARGARIDO;
BRAGA, 2004). Contudo, como esta é uma espécie pouco conhecida, por possuir
pequeno porte, ser herbívora e prolífera, ter ampla distribuição, utilizar
diversos habitat e ser tolerante ao homem (REIS et al., 2011b), poderia ser
mais bem caracterizada como DD nesses estados.
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
449
de revisão. O status de provavelmente extinto no estado do Rio de Janeiro
de Blarinomys breviceps não mais se justifica, uma vez que a espécie foi
registrada nesse estado recentemente (GEISE et al., 2008; DELCIELLOS et
al., 2012). Possivelmente, a espécie não deve ser tratada como vulnerável,
pois métodos adequados de captura resultaram em registros da espécie em
áreas alteradas (PAGLIA et al., 2005; GEISE et al., 2008; DELCIELLOS et al.,
2012). O uso de métodos adequados de captura de Rhagomys rufescens, como
realizado em áreas com taquarais por Steiner-Souza et al. (2008) também
poderá permitir uma revisão na condição de provavelmente extinta no
estado do Rio de Janeiro. Para este grupo, assim como para os marsupiais, a
fragmentação e perda dos habitat nativos são as ameaças mais impactantes
(e.g., PARDINI et al., 2009).
A ameaça de extinção afeta espécies independentemente de sua
amplitude de distribuição. Algumas espécies de ampla distribuição geral,
inclusive na Mata Atlântica, são consideradas ameaçadas em todas ou na
maioria das listas. Este é o caso, por exemplo, de Myrmecophaga tridactyla,
Panthera onca e Tayassu pecari. Priodontes maximus, Pteronura brasiliensis e
Blastocerus dichotomus, que só não aparecem como ameaçadas nos estados
onde não ocorrem naturalmente ou são consideradas regionalmente
extintas (Tab. I).
Outras espécies de ampla distribuição encontram-se particularmente
ameaçadas de extinção na Mata Atlântica, como refletido pelos seus status
de conservação nacional e global, em comparação com os status estaduais
(Tab. I). Por exemplo, Tapirus terrestris, Blastocerus dichotomus e Tayassu pecari
constam como VU no Brasil e globalmente, mas como EN ou CR em todas
as listas estaduais (Tab. I). Em situação similar, mas não tão severamente
ameaçadas, estão, por exemplo, Leopardus pardalis e Puma concolor (Tab. I).
No outro extremo, estão espécies com distribuição restrita e com alto grau
de ameaça, como Cavia intermedia e alguns primatas, incluindo Brachyteles
hypoxanthus e Leontopithecus rosalia (Tab. I).
As espécies insuficientemente conhecidas necessitam de maiores
investimentos em métodos próprios de amostragem, ou maior esforço
de inventário, assim como na estimativa de parâmetros populacionais,
especialmente marsupiais, pequenos roedores e morcegos. Estes são os
grupos mais diversos e com mais problemas taxonômicos a serem resolvidos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
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PRANCHA 1 – DIDELPHIMORPHIA: A. Chironectes minimus; B. Gracilinanus microtarsus;
C. Lutreolina crassicaudata; PILOSA: D. Myrmecophaga tridactyla; E. Tamandua tetradactyla
e CINGULATA: F. Dasypus novemcinctus.
CRÉDITOS FOTOGRAFIAS: Carlyle Santin Sguassabia (D); Fernando Maciel Brüggemann
(B); Guilherme Willrich (E); Ivo Rohling Ghizoni Jr. (A); Jorge José Cherem (C) e Luis
Olímpio Menta Giasson (F).
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
453
PRANCHA 3 – PRIMATES: M. Sapajus nigritus; CARNIVORA: N. Lycalopex gymnocercus;
O. Panthera onca; P. Puma concolor; Q. Nasua nasua e CHIROPTERA: R. Chrotopterus auritus.
CRÉDITOS FOTOGRAFIAS: Erica Naomi Saito (O, P, R); Fernando Maciel Brüggemann
(M) e Guilherme Willrich (N, Q).
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
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AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
REVISÕES EM ZOOLOGIA
MATA ATLÂNTICA
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