ANO XXXI - No. 338 - JULHO DE 1990
ANO XXXI - No. 338 - JULHO DE 1990
ANO XXXI - No. 338 - JULHO DE 1990
PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
l_
SUMARIO
^™
"Náotemasr
v> .
Ul "Quem dizeis que éu sou?" (Mt 16,15)
l-
O Fundamentalismo
LU
As teorías de Sigmund Freud
O
-, Brasil, recordista mundial de abortos
V}
co
O
tr
Q.
■/'.
ANO XXXI JULH 01990 333
'tg RESPONDE R E MOS JULHO- 1990
Publicácáo mensal N?338
SUMARIO
Esteváo Bettencourt OSB
"Na*o temas!" 289
Autor e Redator de toda a materia
publicada neste periódico
Pergunta Jesús:
"Quem d'zeis que Eu sou?" (Mt 16,15). 290
Oiretor- Administrador:
O. Hildebrando P. Martins OSB
A invasáo das seitas e.. .
O Fundamentalismo 303
Adminimaeao e distribuicao:
Edicdes Lumen Christi
Sim ou Nao a
Dom Gerardo, 40 - 5? andar, S/501
As teorías de Sigmund Freud? 310
Tel.: (021) 291-7122
Caixa Postal 2666
Alerta!
20001 - Rio de Janeiro RJ
Brasil, recordista mundial de abortos. .. 320
tmprossáo e EncadornafAo
Na Igreja de hoje:
Oficinas de Oracáb: Que Sao? 331
NO PRÓXIMO NÚMERO:
ASSINATURA ANUAL (12 números): Cr$ 400,00 - Número avulso: Cr$ 40,00
. Pagamento lá escolhal .
1. VALE POSTAL á agencia central dos Correios do Rio de Janeiro em nome de Edicdes
"Lumen Christi" Caixa Postal 2666 20001 Rio de Janeiro - RJ.
"Diz o Senhor, aquele que te criou...: Nao ternas, chamei-te pelo teu
nome: tu és meu. Quando passares pelas aguas, estarei contigo; quando pas
sares ños, eles nSó te submergiráo. Quando andares pelo fogo, ná"o tequeí-
marás, a chama nao te atingirá. Eu sou o Senhor, o teu Deus, ... o teu
Salvador".
289
"PEROUNTE E RESPONDEREMOS"
.Pergunta Jesús:
290
"QUEM DIZEIS QUE EU SOU?"
291
4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
Esse pequeño país, que de fato nao oferecera nenhuma invencao mate
rial ao mundo, ia contribuir com a maior novidade para a historia do género
292
"QUEM DIZEIS QUE EU SOU?"
A Palestina nao era um país de luxo: seu tamanho era tao pequeño
que S. Jerónimo nao ousava dizer sua extensao para nao dar ocasiao de zom-
baria aos pagaos; tinha clima quente e, em parte, desértico. No setor político
ainda menos motivos de entusiasmo apresentava: era a Palestina ocupada por
um invasor que controlava até os centavos dos respectivos habitantes. A ten-
sao era grande: ñas montanhas havia guerrilheiros, que de vez em quando
atacavam os ocupantes; em suas andancas o jovem Jesús terá tido ocasiao de
encontrar cruzes das quais pendiam os revoltosos condenados. Em tais cir
cunstancias, o povo judeu estava dividido: havia os puritanos ou nacionalis
tas, avessos aos romanos (fariseus), os grupos radicalmente violentos (osze-
lotas), os colaboracionistas (herodianos e saduceus) e os que esperavam a so-
lucao do problema por uma próxima intervencao de Deus (essénios). Fora
dos Partidos, havia "o povo da térra", ovelhas sem pastor (cf. Mt 9,36).
3. Á espera de Deus
Essa populacao dividida nao deixava de ter, ao menos, uma nota co-
mum: os judeussabiam ser um povo diferente dosdemais, porquechamados
por Deus para desempenhar importante tarefa. Eram depositarios de uma
Alianca, segundo a qual Deus nao abandonarla seu povo, mas o faria berco
de um Salvador, que daria a Israel a hegemonía sobre os demais povos.
293
6 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
pois o Salvador era muito maior do que Joáo, a tal ponto que Joao nao seria
digno de desatar a correia da sandalia do Messias (cf. Jo 1,27). Era, pois,
necessário que todo o povo se preparasse, e preparasse os caminhos, para po
der receber o Esperado.
5. O impossfvel retrato
294
"QUEM DIZEIS QUE EU SOU?"
6. Estupendo equilibrio
O corpo sadio daquele homem era vivificado por urna alma também
sadia, resultando daí uma personalidade notavelmente equilibrada. Quem
examina as páginas da historia, verifica que quase todos os grandes homens
tiveram algo de anormal, de louco ou de visionario. Ora nada disto aparece
em Jesús. Vive sofrendo a constante oposicao dos fariseus, mas nao perde a
calma interior. É membro de um povo passional, mas combina essa índole
com ¡mpressionante serenidade que desconcerta seus ¡nimigos; assim, por
exemplo, quando estes o quiseram colher em armadilha: Jo 7, 53-8, 11 (os
fariseus Ihe apresentaram uma mulher adúltera, que eles queriam apedre-
jar...); Mt 22, 15-22 ("é lícito pagar o tributo a César ou nao?"); Mt 22, 23-
33 (os saduceus perguntam de quem será esposa no dia da ressurreicao a
mulher que teve sete maridos sucessivos na vida presente); Le 10, 25-37
(um legista quis embaracar Jesús perguntando-lhe qual seria o maior manda-
mentó da Lei de Moisés...).
295
8 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
e, nSo obstante, ele apresenta as coisas mais temi'veis como se fossem as mais
elementares e délas fab como se fossem o que há de mais natural; as mais
terríveis verdades, ele as colocava dentro de linguagem semelhante á da m§e
que fala ao seu filho".
7. Homem aberto
296
"QUEM DIZEIS QUE EU SOU?" 9
A abertura para Deus é o que melhor define sua vida e sua figura; é a
forca motriz de toda a sua atividade. Ninguém jamáis experimentou urna re-
lacao com Deus tao viva, tao pessoal quanto Jesús; a oracao que ele realizava
por vezes a noite inteira (cf. Le 6,12) era a expressao consciente do contato
incessante com Aquele que o tinha enviado.
Alias, o título de Enviado com que Jesús se ¡den tífica va (cf. Jo 5, 36s;
6, 44-46. 57; 7, 16.28; 8, 16...) significava bem a sua origem transcendental
e a identificapao do seu pensar e querer com o Pai Celeste; isto aparece tanto
no episodio do menino de doze anos atrás mencionado (cf. Le 2, 41-50)
quanto no final de sua vida, quando exclamou que "tudo estava consuma
do" (Jo 19, 30) ou que tudo de que fora incumbido se havia executado. To
do o segmento de vida intermediaria foi o cumprimento da vontade do Pai
(cf. Jo 6, 38). Perante esta desaparecían! os demais imperativos ou atrativos:
as cadeias do dinheiro, as honras da sociedade, os aplausos dos homens,
a fama dos milagres... O Pai Ihe havia assinalado "a sua hora" e Jesús ia ao
encontró desta como urna flecha dirigida ao seu alvo; cf. Jo 2, 4; 7, 30; 8,
20; 12, 23.27; 13, 1; 17, 1.
Se Jesús teve tanto zelo pelas coisas de seu Pai, ainda teve tempo e ¡n-
teresse para ocupar-se com as necessidades e miserias dos homens que o cer-
cavam?
297
10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
Com efeito, o dínamo da vida de Jesús era o amor, amor total e sem
excecóes. Um amor de realismo pleno, que nao é nem o entusiasmo ingenuo
de quem diviniza o humano, nem o fanatismo de quem o maldiz. Cf. Mt 12,
15-21; Me 6,34.
O amor de Jesús aos homens nao foi um vago amor á humanidade; foi
amor a cada qual das pessoas que o cercavam. Para muitos grandes líderes, o
amor vem a ser um vago humanitarismo. Declaram amor a humanidade in-
teira, mas sao insuportáveis para aqueles que vivem a seu lado. Sao mais
preocupados com o rebanho humano do que com as ovelhas que o com-
poem; julgam mesmo natural que as ovelhas sofram para servir á coletividade
num hipotético futuro mundo melhor. Jesús é o Bom Pastor que conhece
cada urna de suas ovelhas (cf. Jo 10,1-18) e estaría disposto a deixar noven
ta e nove ovelhas felizes para recuperar a desgarrada; cf. Le 15,4-7.
298
"QUEMDIZEISQUEEUSOU?" 11
. Por isto alguns escritores modernos definiram Jesús como "o homem
para os outros", o homem que nao guardou para si nenhuma gota de seu
sangue, que renunciou á própria vida para dar vida aos outros, o homem
"expropriado para a utilidade pública".
299
12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
A via mais simples para responder a tal pergunta será a de ouvir o pro-
prío Jesús a respeito. Que dizia Ele de si mesmo? Como se definiu por suas
palavras e por sua conduta de vida?
300
"QUEM DIZEIS'QUE EU SOU?" 13
Foi isto que Jesús pensou e proclamou. Porque o dízia, havia de mor-
rer. Ora nenhum individuo sadio morre por um sonrio.
301
14 .. "PERGUNTE.E RESPONDEREMOS" 338/1990
Eis as ref lexñes a que leva urna le i tura atenta dos Evangethos e a consi-
deracao dos fatos históricos ocurridos entre a vinda de Cristo e nossos dias.
(continuafaodap.319)
302
A invasSo das se ¡tas e...
O Fundamentalismo
303
16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
304
O FUNDAMENTALÍSIMO 17
305
18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
xo de cidadaos ingleses para os Estados Unidos nos sáculos XVI e XVII: tor-
nou-se famoso, entre outros, o caso de 102 puritanos que embarcaram no
Mayflower'em 1920 com destino á "Nova Inglaterra", onde iam estabelecer
o primeiro núcleo puritano protestante; impedidos pelo mau tempo de che-
gar ao Estado de Virginia, desembarcaran! em Massachusetts (cidade de
Playmouth, em nossos dias). Esses protestantes deixavam um país tido como
' intolerante e opressor, em demanda da térra da liberdade, como se es-
tivessem vivendo um novo Éxodo; o entusiasmo dessa primeira leva
marcaría profundamente o Cristianismo norte-americano, imprimindo-lhe os
traeos do conservadurismo; com efeito, os emigrantes deixavam seu país de
origem precisamente por nao se conformarem com as condicoes religiosas lá
vigentes ou para conservar íntegros os seus principios religiosos. O Funda-
mentalismo norte-americano tem ai o seu berco.
306
O FUNDAMENTALÍSIMO 19
Apesar das tentativas de unir cada vez mais entre si os grupos criacio
nistas, estes deram origem a urna corrente mais branda, dita "semicriacionis-
ta". Os criacionistas mais ferrenhos se fecharam, apelando para um proces
so iniciado em 1891 para que o evolucionismo fosse declarado ilegal ou plei-
307
20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
3. O Fundamentalismo e a Política
308
O FUNDAMENfALISMO 21
sendo esta luta um ato político. Manifestaram-se contra os leis civis abortis
tas—o que implicava luta política.
Fazenda da Estrela, por Irene Tavares de Sá. — Bd. Agir, Rio. de Janei
ro 1988. 226 pp.
309
Sim ou NSo a
310
AS TEORÍAS DE SIGMUNDFREUD 23
de. O segundo, também chamado libido, vem a ser 3 raiz de todas as expres-
soes da pessoa. Sao palavras de Freud:
Mas como é que Freud sabe que, debaixo das aparéncias de persona-
gens dignos e respeitáveis, se esconde o "demonio" da libido ou do sexo? —
311
24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
Nesta o menino foi adotado pelo rei e a rainha. Todavía outro oráculo
anunciou que o menino haveria de contrair incesto com sua míe e matar seu
pai (parricidio). Cíente disto, Édipo, que julgava serem os reís de Corinto os
seus verdadeiros genitores, fugiu da cidade horrorizado. Aconteceu, porém,
que na estrada de fuga se encontrou com um homem altivo e prepotente,
com o qual entrou em briga. Édipo acabou por mata-lo. Era o seu próprio
!
Ora, diz Freud, o duplo crime de Édipo, por mais horroroso que seja,
é praticado por todas as enancas inconscientemente (como Édipo o praticou
inconscientemente). Com efeito, afirma Freud: a enanca, já antes de nascer,
é libido ou procura de prazer sexual. Nos seus primeiros tempos após nascer,
procura satisfazer-se de todos os modos. Quando, porém, o menino comeca
a reconhecer as pessoas, os seus interesses se voltam para a sua mae. Mas o
amor sexual é ciumento e nao admite rivais; ora a mae é também termo do
amor do pai; por isto o menino passa a odiar o pai e deseja matá-lo. Essa du
pla tragedia de Édipo é consumada nao de maneíra física e vísfvel, mas no
coracao de todo menino. Por conseguinte, os meninos nao sao inocentes,
mas incestuosos e assassinos em seu coracao.
312
AS TEORÍAS DE SIGMUNDFREUD 25
313
26 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
314
AS TEORÍAS DESIGMUNDFREUD 27
2. Que dizer?
315
28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
Nem mesmo nos adultos o impulso sexual tem o vigor e a pujanca que
Freud Ihe atribuí. É instinto forte, sem dúvida, porque naturalmente encar-
regado da conservadlo da especie, mas nao é o único nem o mais poderoso.
Viktor Frankl, outro psicólogo judeu, contradizia a Freud, afirmando com
razao que a necessidade mais fundamental e pujante que o homem experi
menta, é a de conhecer o sentido da vida ou os porqués do existir, do traba-
Ihar, do sofrer, do pacientar e do morrer; quem tem resposta para estas
questSes, é capaz de aturar tudo, até mesmo as privacoes sexuais, como
acontecía nos campos de concentracáo; mas quem nao sabe qual o sentido
de sua vida e de sua luta, capitula fragorosamente e deixa-se invadir pela
morte. Ver PR 281/1985, pp. 329-340; 310/1988, pp. 132-138.
316
AS TEORÍAS DE SJGMUNDFREUD 29
317
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
Além do mais, sabe-se com certeza que o totemismo nao é a forma ori
ginaria da Religiao. A escola Anthropos de Vierta averigüou, em viagens de
meticulosa exploracao, que os povos primitivos eram monoteístas.1 O tote
mismo apareceu mais tarde, assim como os tabus religiosos. Com efeito, á
medida que o homem foi desenvolverlo a sua civilizacao, sentiu mais a sua
dependencia em relacao ao sol, á chuva, á térra, ao fogo...; este sentimento
de dependencia suscitou o culto a tais elementos e a ruptura do monoteísmo
inicial em favor do politeísmo; assim a religiáo, pura e simples como era, foi-
se diversificando nao só no politeísmo e na idolatria, mas também na magia,
no fetichismo, no totemismo, etc.
' A propósito ver Willhelm Schmidt, Der Ursprung der Gottesidee, 6" vots.;
Paúl Schebesta, Das Problem des Urmonotheismus. Kritik einer Kritik. An
thropos B. 49, 1954; ídem, Ursprung der Religión, Monis Verlag, Berlín
49, 1954-1961.
318
AS TEORÍAS DE SIGIÍIUND FREUD 31
319
Alerta!
320
BRASIL, RECORDISTA DE ABORTOS 33
1. A Historia se repete...
321
34 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
A ESCRAVIDÁO O ABORTO
322
BRASIL, RECORDISTA DE ABORTOS 35
"A enanca que vai nascer, deve gozar desde o primeiro momento de
sua conceicáb, de todos os direitos enunciados na presente Declaracáo. Tais
direitos devem ser reconheddos á toda enanca que esteja para nascer, sem
alguma excecSo ou discriminado de rapa, cor, sexo, língua, religiáo, origem
nacional ou social, estado de desenvolvimento, estado de saúde ou caracte
rísticas mentáis e físicas certas ou hipotéticas ou qualquer outra situacab
que diga respeito á crianca ou á sua mSe ou á sua familia. A lei deve garan
tir á crianca, antes que nasca, como também depois que nascer, o direito á
vida inerente a todo ser humano. Por causa de sua debilidade particular, a
crianca que vai nascer deve beneficiar-se de protecüo especial" (Preámbulo
da DeclaracSo dos Direitos da Crianca nao Nascida, Assembláia do Parla
mento Europeu).
"O direito de toda pessoa á vida á protegido pela lei. A ninguém deve
ser a morte infligida intendonalmente, exceto na execucSfo de sentenca de
pena capital proferida por um tribunal, no caso de que o delito incida nesta
pena por afeito da lei" (Convenció Europáia de Salvaguarda dos Direitos do
Homem e das Liberdades Fundamentáis).
Sem comentarios...
3. Os anticoncepcionais: efeitos
323
36 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
324
BRASIL, RECORDISTA DE ABORTOS 37
"Há dias ouvi a psiquiatra alema Dra. Susan Standford dizer palavras
referentes á liberdade de abortar, palavras que me parecem tao ousadas
quanto eloqüentes. Assim se exprimia literalmente:
Um grito da socorro
Sao muitas as mulheres que fazem tal escolha por julgarem que nao
tém outra alternativa. É importante que saibamos abordar essas mulheres.
325
38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
'É mais fácil arrancar urna crianca do útero materno do que tiré-la do
pensamento de sua mSe'.
326
BRASIL, RECORDISTA DE ABORTOS 39
Depressáo de aniversario
Também nao é raro encontrá-las a imaginar como seria esse filho quan-
do nascido,... se teria cábelo louro ou castanho, se teria estatura grande ou
pequeña... É assim que se configura a depressáo de aniversario, em torno das
datas em que a enanca aniversariaria ou em torno da data do aborto.
Necessidade de apoio
327
40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
Tal gesto merece relevo e aplausos, pois significou fidelidade aos valo
res transcendentais, aos quais se hao de subordinar os bens passageiros e as
honras desta vida. O rei nao quis conformar-se á vontade dos parlamentares
tidos como representantes do povo, porque via nisso — com raza o — urna
traicáo á Leí de Deus. A democracia nao exige que um Chefe de Estado se
dobre á vontade da urna maioria de legisladores, quando estes negam os valo
res superiores da vida, da pessoa humana e da sociedade. A verdade e o bem
nao se definem por maioria de votos; sao bens objetivos, que subsistem em si
mesmos, como tais, independentemenfe do bel-prazer dos homens.
"Senhor Primeiro-Minñtro,
328
BRASIL. RECORDISTA DE ABORTOS 41
Tal projeto de le¡ suscita etn mim utn grave problema de consdinda.
Com efeito; receio que seja interpretado por grande parte da populacáb co
mo autorizado para abortar durante as doze primeiras semanas após a con-
ceicab.
Sei que, procedendo desta maneira, faco urna opcfo espinhosa e corro
o risco de nao ser compreendido por bom numero de concidadábs. Mas esta
ó a única via que em consdéncia me é lícito seguir. A quem se espantasse pe
la minha dectsao, eu perguntaria: 'Seria normal que eu seja o único ddadab
belga obrigado a agir contra a sua consdéncia num setor essencial? A
liberdade de consdéncia vale para todos, exceto para o Rei?...
329
42 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
330
Na Igreja dehoje:
331
44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
brevém e sobrepujam freqüentemente aquele que tenta orar. É por isto que
existem métodos para suscitar o encontró do homem com o Senhor, facili
tando-Ihe a concentracao e o aprofundamento.
— rigor. 0 Guia da Oficina deve seguir est rita mente o que Ihe é prescri
to no Manual, sem interpolacoes ou alteracoes subjetivas.
332
OFICINAS DE ORACÁO 45
5. As Oficinas de Oracao tém caráter laical. Isto quer dizer que seus
destinatarios ¡mediatos sao os leigos, embora comunidades religiosas e Novi
ciados tenham sido e sejam também beneficiados por elas.
A maioria dos Guias sao leigos — o que nao exclui haja também sacer
dotes e Religiosas nesta funcao. As Equipes de Coordenacao sao exclusiva
mente integradas por leigos.
333
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
"O Guia Ihes diz bem devagar e com pausas: 'Acomodem-se bem em
seus lugares..., sentem-se bem sentados..., tranquilizem-se..., soltem os om-
bros..., os bracos..., as pemas..., concéntrenle no coracao..., so/tem-no...,
concentrem-se nos seus pulmoes..., soltem-nos..., respiren) fundo..., tran
quilamente'. Tudo isto durante uns dois minutos" (Manual p. 50).
334
OFICINAS DE ORAQÁO 47
Livro em Estante
O Evangelho de SSo Joáo. Análise Lingüistica e Comentario Exegéti-
co, por Juan Mateos e Juan Barreto. ColecSo "Grande Comentario Bíblico".
- Ed. Paulinas, Sao Paulo 1989, 160 x 240 mm, 923 pp.
335
48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 338/1990
Ora tal nao é a posicib católica. Alias nao apenas a fé, mas também
urna respeitável corrente de exegetas (católicos e nSo católicos) admitem a
historicidade do quarto Evangelho, sem negar o seu alto valor teológico. Sao
JoSo nao elaborou urna sfntese doutrinaría sob capa de narrativas históricas,
mas descreveu fatos históricos, pondo em relevo seu profundo significado
teológico. A topografía e a cronología joanéias sao assaz precisas, mais alias
do que as dos Sinóticos; além do qué, as escavacoes arqueológicas tém con
firmado varias indicacBes geográficas do Evangelho segundo S. Joao.
336
LIVROS A VENDA EMNOSSA LIVRARIA
CrS 400,00