ANO XXXIX - No. 438 - NOVEMBRO DE 1998
ANO XXXIX - No. 438 - NOVEMBRO DE 1998
ANO XXXIX - No. 438 - NOVEMBRO DE 1998
PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
Sexo seguro?
Um fato real
Diretor Responsável
SUMARIO
Estéváo Bettencourt OSB "Ó Morte, onde está a tua Vitoria?" 481
Autor e Redator de toda a materia Escreve Joáo Paulo II:
publicada neste periódico "O Dia do Senhor" 482
Impress3oe EncademacSb
Iminente Volta de Cristo? - A Data do Fim do Mundo: Previsóes. - Martinho Lutero ontem
e hoje. - Luteranos e Católicos em Diálogo. - Espiritualidade Oriental e Catolicismo. -
Pedido que urna Crianca faz a seus Pais.
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"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
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"O DÍA DO SENHOR"
seis dias, após os quais, no sétimo dia, Oeus descansa de toda a sua
obra (cf. Gn 2,2). Evidentemente é este um relato antropomórfico, em
que Deus faz as vezes de um trabalhador que se cansa e repousa de
sete em sete dias. O autor sagrado assim concebe a obra da criacáo
precisamente para dar um sólido fundamento ao repouso do sétimo dia:
Deus o terá observado, deixando um exemplo e um ensinamento para os
homens.
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"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 438/1998
Testamento a relaciona com Jesús Cristo, que realizou urna nova cria-
cáo. "Se é verdade que o Verbo se fez carne na plenitude dos tempos (Gl
4,4), também é certo que, em virtude precisamente do seu misterio de
Filho eterno do Pai, Ele é origem e fim do universo. Afirma-o S. Joáo no
prólogo do seu Evangelho: Tudo comecou a existir por meio dele, e sem
ele nada foi criado' (Jo 1,3)" (n9 8).
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"O DÍA DO SENHOR"
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"O DÍA DO SENHOR"
de, o dia do Senhor é bem vivido, se todo ele estiver marcado pela lem-
branga agradecida e efetiva das obras de Deus. Ora, isto obriga cada um
dos discípulos de Cristo a conferir, também aos outros momentos do dia
passados tora do contexto litúrgico - vida de familia, relagóes sociais,
horas de diversáo -, um estilo tal que ajude a fazer transparecer a paz e
a alegría do Ressuscitado no tecido ordinario da vida. Por exemplo, o
encontró mais tranquilo dos pais e dos filhos pode dar ocasiáo nao só
para se abrirem a escuta recíproca, mas também para viverem juntos
algum momento de formagáo e de maior recolhimento. Por que nao pro
gramar, inclusive na vida laical, quando forpossível, especiáis iniciativas
de oragáo - de modo particular a celebragáo solene das Vésperas - ou
entáo eventuais momentos de catequese, que, na vigilia do domingo ou
durante a tarde deste, preparem ou completem na alma do cristao o dom
próprio da Eucaristía?».
Por fim, os fiéis que, por motivo de doenca ou outra razáo grave,
estáo impedidos de participar da S. Missa, podem-se unir a urna celebra-
cao eucarística mediante a televisáo e o radio. Verdade é que este géne
ro de transmissáo nao é adequado para se cumprir o preceito dominical,
que requer a participacáo dos fiéis congregados num mesmo lugar. Mas,
para aqueles que estáo impedidos de freqüentar a Eucaristía (e, por isto,
estáo dispensados da mesma), a transmissáo televisiva ou radiofónica é
de grande valor, principalmente se completada pelo generoso servico de
um Ministro Extraordinario da Comunháo Eucarística, que leve o
Santíssimo Sacramento aos doentes e Ihes ofereca a saudacáo e a soli-
dariedade de toda a comunidade (nQ 54).
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"O DIA DO SENHOR"
Com efeito, tudo aquilo que suceder até ao fim do mundo será ape
nas urna expansáo e expiicitagáo do que aconteceu no dia em que o
corpo martirizado do Crucificado ressuscitou pela forga do Espirito e se
tornou, por sua vez, a fonte do Espirito para a humanidade. Por isso, o
cristáo sabe que nao deve esperar outro tempo de salvagao, visto que o
mundo, qualquer que seja a sua duragáo cronológica, já vive no último
tempo. Nao só a Igreja, mas o próprio universo e a historia sao continua
mente dominados e guiados por Cristo glorificado. É esta energía de vida
que impele a criagáo - esta 'tem gemido e sofrido as dores do parto, até
ao presente' (Rm 8,22) - para a meta do seu pleno resgate. Deste cami-
nho, o homem pode ter apenas urna vaga percepgáo; mas os cristáos
possuem a chave de interpretagáo e a certeza dele, constituindo a
santificagáo do domingo um testemunho significativo que eles sao cha
mados a dar, para que os tempos do homem sejam sempre sustentados
pela esperanga».
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"O DÍA DO SENHOR"
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Ainda a Palavra do Papa:
1. Profissio de Fé e Juramento
1 De própria iniciativa. _
2 Tal ó o teor do canon 833, que especifica os cargos aos quais Profissáo de Fe e
Juramento estáo anexos:
Canon 833 - Tém obrigagáo de fazer pessoalmente a Profissáo de fé, segundo a
fórmula aprovada pela Sé Apostólica:
1S diante do presidente ou de seu delegado, todos os que participem de um Conci
lio Ecuménico ou particular, do Sínodo dos bispos ou do Sínodo diocesano, com voto
deliberativo ou consultivo; o presidente, porsua vez, diante do Concilio ou do Sínodo;
2a os promovidos á dignidade cardinalícia, segundo os estatutos do Sacro Colegio;
3S diante do delegado da Sé Apostólica, todos os promovidos ao episcopado, e os
que se equiparam ao Bispo diocesano;
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"PARA A TUTELA DA FÉ" 13
este um dever de honestidade, pois o povo de Deus quer ouvir dos minis
tros da Igreja o que a Igreja pensa e professa, e nao o que tal ou tal
pessoa, por conta própria, pensa e professa. Se o bispo, o teólogo ou
outro oficial toma a liberdade de ensinar algo que destoe do magisterio
da Igreja, está traindo a Igreja, iludindo os fiéis, além de ceder ao pecado
de infidelidade as suas funcóes.
I. PROFISSÁO DE FÉ
"Eu, N.N., creio e professo todas e cada qual das proposigoes que
estáo coñudas no Símbolo da Fé, a saber:
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso.
Criador do céu e da térra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor Jesús Cristo, Filho Unigénito de Deus, nas-
cido do Pai antes de todos os séculos;
Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, nao criado, consubstancial ao Pai.
Por ele todas as coisas foram feitas.
Epor nos, homens, e para a nossa salvagáo, desceu dos céus;
e se encarnou pelo Espirito Santo no seio da Virgem María e se fez
homem.
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Também por nos foi crucificado sob Pondo Pilatos; padeceu e foi
sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras,
e subiu aos céus, onde está sentado á direita do Pal
E de novo há de vir em sua gloría para julgar os vivos e os morios.
E o seu reino nao terá fim.
Creio no Espirito Santo,
Senhorque dá a vida, e procede do Pai e do Filho,
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado;
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só batismo para a remissáo dos pecados.
E espero a ressurreigáo da carne
e a vida do mundo que há de vir. Amém.
Segue-se o
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3. Ponderando...
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Delicada Questáo:
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É claro que tal realidade, com mais razáo ainda, se verifica no cris-
táo, que é feito templo da Ssma. Trindade desde o seu Batismo; cf. Rm
8,15; Gl 4,4. O Cristianismo é a resposta, por excelencia, ás aspiracoes
de todo homem, como insinúa Tertuliano (f 220 aproximadamente) ao
exclamar: "Ó testemunho da alma naturalmente crista!" (Apologeticum 17).
Por ser templo do Espirito Santo (1 Cor 6,19), o cristáo tem mais do
500
A SALVAQÁO FORA DA IGREJA VISÍVEL
que urna titile small voice a Ihe falar; tem o Mestre interior, que é o próprio
Espirito Santo, o qual Ihe ensina o sentido profundo das palavras de Deus
que ele capta com os ouvidos. É Santo Agostinho quem o diz:
"Vede já, irmáos, este grande misterio: o som de nossas palavras
fere o ouvido: o Mestre, porém, está dentro. Nao penséis que alguém
aprenda alguma coisa do homem. Podemos chamar a atengáo com o
ruido de nossa voz; mas, se no nosso interior nao estiver aquele que nos
ensina, será vá nossa pregagáo. Irmáos, queréis dar-vos conta do que
vos digo? Por acaso nao escutais todos este sermáo? Mas quantos sai-
rao daquisem se instruir! Pelo que toca a mim, faleia todos; mas aqueles
a quem nao fala aqueta Ungáo [Agostinho se referia a Uo 2,20.27], a
quem o Espirito Santo nao ensina interiormente, saem daqui sem instru-
gáo. O magisterio externo consiste em certas ajudas e avisos. Mas quem
instruí os coragdes, tem sua cátedra no céu. Logo, é o Mestre interior
quem ensina. Onde nao estiver sua inspiragáo nem sua ungáo, inútilmen
te soaráo no exterioras palavras".
"O Salvador quer que todos os homens se salvem (cf. 1Tm 2,4).
Portanto aqueles que sem culpa ignoram o Evangelho de Cristo e sua
Igreja, mas buscam Deus de coragáo sincero e tentam, sob o influxo da
graga, cumprirpor obras a sua vontade conhecida através dos difames
da consciéncia, podem conseguir a salvagáo eterna. E a Providencia Di
vina nao nega os subsidios necessários a salvagáo aqueles que sem
culpa aínda nao chegaram ao conhecimento expresso de Deus e se es-
forgam, nao sem a divina graga, por levar urna vida reta".
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privado dos subsidios necessários á salvacáo, sendo que Deus nao pede
a um nao cristao contas da fidelidade ao Evangelho, que ele ignora.
"10. O Concilio diz que 'a Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católi
ca, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunháo com
ele', e contemporáneamente reconhece que fora da sua comunidade vi-
sível, se encontram muitos elementos de santificagáo e de verdade, os
quais, por serem dons pertencentes á Igreja de Cristo, impelem para a
unidade católica'.
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A SALVAgÁO FORA DA IGREJA VISÍVEL 23
"11. Desse modo, a Igreja Católica afirma que, ao longo dos dois
mil anos da sua historia, foi conservada na unidade com todos os bens
que Deus quer doar a sua Igreja, e isso apesar das crises, por vezes
graves, que a abalaram, as faltas de fidelidade de alguns dos seus minis
tros, e os erros que diariamente investem os seus membros. A Igreja
Católica sabe que, gragas ao apoio que Ihe vem do Espirito Santo, as
fraquezas, as mediocridades, os pecados, e ás vezes as traigóes de al
guns dos seus filhos, nao podem destruir aquilo que Deus nela infundiu
tendo em vista o seu designio de graga. E até 'as portas do inferno nada
poderáo contra ela' (Mt 16,18). Contudo, a Igreja Católica nao esquece
que, no seu seio, muitos eclipsam o designio de Deus. Ao evocar a divi-
sáo dos cristaos, o Decreto sobre o ecumenismo nao ignora 'a culpa dos
homens dum e doutro lado', reconhecendo que a responsabilidade nao pode
seratribuida somente aos 'outros'. Porgraga de Deus, porém, nao foi destruido
o que pertence á estrutura da Igreja de Cristo e nem mesmo aquela comu
nháo que permanece com as outras Igrejas e Comunidades eclesiais.
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Na Ordem do Día:
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RELIGIÁO: FATOR DE PROSPERIDADE MATERIAL? 25
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«Riqueza e sabedoria
Por que nao oramos também por outros valores, por outras gracas,
por outras béncáos, certamente muito mais necessárias e valiosas que
as riquezas? Em nossas oracóes nao temos o costume de suplicar a
Deus coisas como amor, compaixáo, desprendimento, humildade, paci
encia, coragem, entusiasmo, alegría, pureza sexual, direcáo, poder para
testemunhar e assim por diante. Será que esses dons valem menos que
as riquezas? Qual desses dois grupos de oracáo contribuí mais para a
implantacáo e expansáo do reino de Deus na térra?
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RELIGIÁO: FATOR DE PROSPERIDADE MATERIAL? 27
na a viver e a morrer, que tem fortes conotacóes éticas, que sabe distin
guir com acertó a luz das trevas, que promove um bom relacionamento
do ser humano com Deus. O ponto de partida dessa sabedoria dinámica
é o temor do Senhor. Daí o testemunho de Salomáo: "Para ser sabio é
preciso primeiro temer ao Deus Eterno. Se vocé conhece o Deus Santo,
entáo tem compreensáo das coisas" (Pv 9,10 BLH). Esse mesmo concei-
to de sabedoria aparece em Jó (28,28) e nos Salmos (111,10)».
SEJA!
Sem comentarios...
PENSE NISTO
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Assim é a vida...
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Obra de grande sucesso:
"BRIDA"
de Paulo Coelho
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"BRIDA" 31
Nao obstante, o autor fala de criacáo (p. 46), conceito que supoe
Deus distinto do mundo e nao identificado com o mundo.
Há, porém, criaturas que descendem dos anjos (p. 69). "O resto da
humanidade só conseguirá a uniáo com Deus se, em algum momento,
em algum instante de sua vida, conseguir comungar com a sua Outra
Parte" (p. 69).
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2. Que dizer?
A "noite escura" de que fala Sao Joáo da Cruz, nada tem que ver
com as etapas de iniciacáo mágica. Mas é a fase de desprendimento das
coisas sensíveis e das consolares pela qual passa o cristáo que vai
progredindo na vida de oracáo.
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"BRIDA" 33
2.3. Magia
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APROXIMA-SE O NATAL...
1.0 ENREDO
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vulto desse homem, que também se volta para ela com amor. Os dois se
póem a viajar juntos, pois ele quer mostrar á sua amiga o mundo mágico,
religioso e místico que ele freqüenta; indica-lhe um Seminario "católico"
ao qual está incorporado. Pilar resiste a essas novas idéias, mas vai sen
do fascinada por esse homem, que ela ama cada vez mais. Após diver
sas peripecias e andancas, que váo de sábado 4 de dezembro a sexta-
feira 10 de dezembro de 1993, os dois resolvem unir-se. A fim de o fazer
com a béncáo da Grande Máe (a Virgem María), o rapaz renuncia ao
dom das curas que ele exerce.
"Vocé acha que seu dom voltará?"Ao que ele responde: "Nao sei.
Mas Deus sempre me deu urna segunda chance na vida. Está me dando
com vocé. E me ajudará a reencontrar o meu caminho" (p. 236).
2. ASPECTOS RELIGIOSOS
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"NA MARGEM DO RIO PIEDRA EU SENTEI E CHOREI" 37
"Ela foi normal. Teve outros filhos. A Biblia nos conta que Jesús
teve mais dois irmáos.
Ela é o rosto feminino de Deus. Ela tem sua própria divindade" (p. 86).
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Deus está aquí, agora, ao nosso lado. Podemos vé-lo nesta bruma,
neste chao, nestas roupas, nestes sapatos. Seus anjos velam enquanto
dormimos, e nos ajudam enquanto trabalhamos. Para encontrar Deus,
basta olhará nossa volta" (p. 160).
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"NA MARGEM DO RIO PIEDRA EU SENTEI E CHOREI" 39
6.0 texto do livro chega a apresentar urna Oracao á Lúa, que Pau
lo Coelho coloca nos labios de urna das figuras femininas do seu romance:
Como se vé, o título de deusa passa agora para a Lúa. A Lúa tem
como símbolo a agua (p. 33); tocar a agua com os olhos fixos na Lúa
cheia e ao som de urna flauta é algo que faz a muiher reconhecer um
pouco mais a sua natureza de muiher (p. 33). As muiheres aprendem da
Grande Máe, que parece ser a Térra ou até as cavernas (p. 32), sendo
que Cibele (figura das religides antigás da Grecia) é "urna das manifesta-
cóes da Grande Máe... governa as colheitas.sustenta as cidades, devol-
ve á muiher o seu papel de sacerdotisa" (p. 33). Finalmente a moca que
rezou á Lúa e que venera a Grande Máe, confessa: "Fago parte da reli-
giáo da Térra" (p. 34).
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Coelho poderia ter realizado seu propósito feminista sem recorrer á mito-
logia e a falsas alegajes religiosas; a mitología foge da realidade e re
cua a um estágio ultrapassado da historia da humanidade.
2.2. A Nocáo de Religiáo
"A verdade está sempre onde existe fé. Olhei de novo a igreja á
minha volta - as pedras gastas, tantas vezes derrabadas e recolocadas
no lugar. O que fazia o homem insistir tanto, trabalhar tanto para recons
truir aquele pequeño templo - num lugar remoto, encravado em monta-
nhas táo altas?
Afé.
Mas nao adiantava apenas saber isto: era preciso fazer urna esco-
Iha. Escolhi a Igreja Católica porque fui criado nela e minha infancia esta-
va impregnada de seus misterios. Se tivesse nascidojudeu, teña escolhi-
do o judaismo. Deus é o mesmo, embora tenha mil nomes; mas vocé
precisa escolher um nome para chamá-lo" (p. 112)
Um dos títulos mais fortes na máo da agente literaria Lucia Riff, Mary's message to
the worid, de Annie Kirkwood (Putnam), historia de urna mulher que se comunica
com Nossa Senhora, foi parar com a Record. Na Bienal, Sergio Machado fez oferta
irrecusável, nao deu nem para Lucia abrir leiláo. Tudo indica que Nossa Senhora é o
novo fíláo esotérico, prestes a deshancara mania dos anjos (o que, alias, só confir
ma o estupendo radar de Paulo Coelho nessa área, urna vez que Na margem do Rio
Piedra é justamente sobre a imagem feminina de Deus)".
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"NA MARGEM DO RIO PIEDRA EU SENTEI E CHOREI" 41^
3. REFLEXÁO FINAL
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42 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 438/199B
sempre fora de si; mas pode também tornar-se mais e mais consciente
desta graca, vivendo num diálogo constante com Deus mediante urna
conduta generosa e irrestritamente dedicada. Este tipo de comportamen-
to faz a afinidade da criatura com o Criador e ensina a descobrir o miste
rio de Deus. É o que se chama "vida mística" dentro das concepcóes do
Cristianismo. Nada tem que ver com milagres ou dons extraordinarios;
alias, estes fenómenos háo de ser considerados criteriosamente para
que nao se confundam expressóes (mórbidas?) do psiquismo humano
com a acáo do Espirito Santo.1
1 Os mestres da vida espiritual chamam a atengáo para o caráter ambiguo que po-
dem teros fenómenos extraordinarios, táo almejados pormuitaspessoas religiosas.
Nao raramente (embora nem sempre) provém da fantasía do fiel, instigada talvezpor
alguma tendencia doentía ou pela vaidade, a curíosidade... Efe o que a propósito
escreve Sao JoSo da Cruz:
"Importa saber que, nao obstante poderem ser obra de Deus os efeitos extraordi
narios que se produzem nos sentidos corporais, é necessário que as almas nao os
queiram admitir nem terseguranga nales; antes, é preciso fugir inteiramente de tais
coisas, sem querer examinarse sao boas ou más. Porque quanto mais exteriores e
corporais, menos ceño 6 que sao de Deus. Com efeito, 6 mais próprio de Deus
comunicarse ao espirito - e nisto há para a alma mais seguranga e lucro - do que
aos sentidos, fonte de freqüentes erros e numerosos perigos... Há tanta diferenga
entre a sensibilidade e a razio como entre o corpo e a alma e, na realidade, o senti
do corporal é táo ignorante das coisas espirituais como um jumento o é das coisas
racionáis, e mais aínda" (A Subida do Monte Carmelo, I. II, cap. XI, 2).
"Émelhorpadecerpor Deus do que fazer milagres" (Ditos de Luz e Amor, n. 181).
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Diz-se...
SEXO SEGURO?
HIV E PRESERVATIVOS
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SEXO SEGURO? 45
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UM FATO REAL
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UM FATO REAL 47
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To the Editor:
If Pius was "silent" during the Holocaust, why did this newspaper
congratúlate him on Dec. 25,1941, forbeing "a lonely volee in the silence and
darkness enveloping Europe this Christmas"?
And why did it editoríallze the following year that Pius "is a lonely voice
crying out ofthe silence ota continent"?
William A. Donohue
New York, March 18, 1998
The wríter is president of the Catholic League
for Religious and Civil Rights.
Em traducáo portuguesa:
"Ao Editor,
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Edifóes "Lumen Christi"
AOS AMIGOS
CARO(A) LEITOR(A), JÁ QUE SE APROXIMA O NATAL, POR QUE NAO PENSAR EM OFE-
RECER A SEUS AMIGOS UMA ASSINATURA DE PR, QUE TORNE VOCÉ PRESENTE A CADA
UM(A) DELE(A)S TODOS OS MESES DE 1999? A NOSSA REVISTA PRETENDE SER UM INFOR
MATIVO QUE AJUDE A PONDERAR OS PROBLEMAS DE NOSSOS DÍAS. TODOS PRECISAMOS DE
PENSAR PARA MAIS AMAR O NOSSO IDEAL.
FAZENDO O PEDIDO AGORA, O NOVO ASSINANTE RECEBERÁ A REVISTA A PARTIR DO
MES DE NOVEMBRO DE 1998 MAIS O ANO DE 1999, POR APENAS R$ 30,00.
PARA ISTO, MANDE-NOS: NOMES E ENDERECOS COMPLETOS DOS NOVOS ASSI-
NANTES E O RESPECTIVO PAGAMENTO.
"Devo parabenizá-lo pelo éxito neste emprendimento. Estou certo de que sua teolo
gía joanina será um instrumento muito útil para o estudo de Sao Joño tanto nos semina
rios e cursos superiores de teología quanto em cursos de teología para leigos" (Padre
Jaldemir Vitório, S. J., Carta, 3.07.1995).
"Os escritos de Dom Bento demonstram uma ampia e bem organizada leitura das
obras importantes para os estudos que vem fazendo. A questáo que o presente voiume
estuda é o da relacáo entre fé e sacramentos. 'A salvacáo provém de uma confianca
subjetiva {sola fides) ou de uma mediacáo sacramental?"' (Padre Paschoal Rangel,
S.D.N., Atualizacáo 256 [1995] 382).
"Este livro dá continuidade a duas obras precedentes do autor, que versam sobre os
escritos joaninos, adotando sempre a mesma metódica: explanar o sentido religioso ou
teológico do texto sagrado... explanacáo esta que deve sero ponto de partida da exegese
católica. Exorta o Concilio Vaticano II: 'A Sagrada Escritura há de serlida e interpretada
segundo aquele mesmo Espirito por quemfoi escrita'(Const Dei Verbum, ne 12)" (Dom
Estéváo Bettencourt, O.S.B., Apresentagáo da obra).