TRECCANI Combate A Grilagem - Instrumento de Promocao Dos Direitos Agroambientais

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Combate a Grilagem: Instrumento de Promoo dos Direitos Agroambientais da Amaznia; Regularizao Fundiria como Pr !

Condio "ara o #ane$o Florestal %ustent&el1


Autor: Girolamo Domenico Treccani - mestre em Direito Agrrio, professor da UFPA e Consultor Jurdico da Fase Gurup.

tra!al"o desen#ol#ido atra#$s de uma parceria entre a Fase Gurup, o %nstituto de Terras do Par &%terpa', Ger(ncia )egional do Patrim*nio da Uni+o &G)PU', ,indicato dos Tra!al"adores )urais &,T)' e -ue tem o apoio da Prefeitura .unicipal de Gurup, $ particularmente interessante para e/emplificar a import0ncia da regulari1a2+o fundiria no 3stado, sen+o pela di#ersidade de realidades encontradas no municpio com rela2+o 4 posse da terra, tam!$m pelas solu25es a -ue temos c"egado para dirimir os impasses referentes 4 precria situa2+o fundiria em -ue a maioria da popula2+o rural se encontra. A primeira preocupa2+o foi a-uela de procurarmos con"ecer as diferentes realidades sociais e culturais e/istentes6 desco!rindo a presen2a de comunidades remanescentes de -uilom!o, ri!eirin"os, seringueiros, ca!oclos, pescadores artesanais, cada um com sua pr7pria organi1a2+o e sua modalidade particular de se relacionar com a terra, com a floresta e com os rios. Alguns a utili1am de forma coleti#a, outros de forma indi#idual, cada um merecendo uma resposta 8urdica diferente. Ao mesmo tempo estudamos a comple/a realidade documental. Foram analisados todos os documentos constantes no ar-ui#o do %terpa, G)PU, %ncra e comparados com os e/istentes no Cart7rio de )egistros de %m7#eis. cru1amento destas informa25es le#ou-nos a compro#ar -ue #rios im7#eis registrados como 9propriedades9 pelo Cart7rio de )egistros de %m7#eis n+o passam de registros paro-uiais, ttulos de posse -ue, n+o tendo sido legitimados em tempo "!il, perderam sua #alidade, ou simples posses. C"ega-se ao a!surdo 8urdico de #rios im7#eis terem antes sido registrados como 9propriedade pri#ada9 no Cart7rio de )egistros de %m7#eis e s7 depois o 9dono9 solicitar sua a-uisi2+o perante o %terpa numa clara demonstra2+o de m f$, pois ningu$m solicita do 3stado o -ue 8 $ seu. Atra#$s do tra!al"o de campo, com au/lio de GP,, e a utili1a2+o de imagens de sat$lite tra!al"adas pela e-uipe da Fase Gurup, se conseguiu ter uma id$ia da utili1a2+o das terras &grau de desmatamento etc.'. Depois de dois anos de pes-uisa documental e tra!al"o de campo come2amos a col"er os primeiros frutos6 em :; de 8ul"o de :<<< o %terpa e/pediu um ttulo de recon"ecimento de propriedade em fa#or da Associa2+o das Comunidades )emanescentes de =uilom!o de Gurup &A)=.G', com uma rea de ;>.?>@,;@ "ectares. Ao mesmo dia o go#erno do 3stado do Par criou seu primeiro Pro8eto de Assentamento Agroe/trati#ista assinando com a comunidade de Camut do Pucuru um contrato de concess+o de direito real de uso, com uma rea de [email protected],<< "ectares. 3m :< de no#em!ro foi recon"ecido o domnio da Associa2+o dos )emanescentes de =uilom!o .aria )i!eira &A)=.)' com uma rea de :.<>B,;@:@. De pouco adiantaria regulari1ar a terra se o uso dos recursos continuasse a ser reali1ado de maneira n+o sustent#el. Por isso a Comunidade de Camut apresentou ao %!ama o primeiro Plano de .ane8o Florestal Comunitrio -ue o!edeceu 4 %nstru2+o Aormati#a <? de :; de de1em!ro de BCC; do %!ama. Apesar de ter sido fruto de discuss5es -ue en#ol#iam #rias entidades am!ientalistas, a %nstru2+o Aormati#a n+o conseguia atender a contento as necessidades das comunidades tradicionais ama1*nicas. Por isso, foi necessrio tra!al"ar em con8unto para a edi2+o de um instrumento normati#o mais ade-uado. 3m :@ de no#em!ro de :<<< a Dra. ,elma .elga2o, superintendente do %!ama no Par, assinou a Portaria nE @ -ue regulamenta de uma maneira mais ade-uada o mane8o florestal comunitrio. 3ste esfor2o con8unto permitiu a apro#a2+o do Plano de Camut, no dia :C de mar2o Fltimo. As #it7rias alcan2adas em Gurup compro#am -ue, -uando organi1a25es de tra!al"adores, entidades de assessoria e 7rg+os go#ernamentais conseguem tra!al"ar 8untos, se podem o!ter resultados satisfat7rios, a!rindo o camin"o para -ue outras comunidades possam ser atendidas. Apesar da necessidade de se aprimorarem ainda mais os instrumentos normati#os atualmente em #igor, a discuss+o relati#a ao recon"ecimento do direito do acesso 4 terra das popula25es tradicionais da Ama1*nia e ao desen#ol#imento sustent#el gan"a uma no#a dimens+o6 $ poss#el mane8ar recursos florestais o!edecendo a lei.
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