Teoria e Prática Dos Desportos - Voleibol

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 224

Teoria e Prtica dos Desportos

Voleibol

O ENSINO DO VOLEIBOL

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
ESTRATGIAS DE ENSINO NA ACTIVIDADE DESPORTIVA

Caractersticas dos
Caractersticas do Voleibol Objetivos gerais a alcanar
Indivduos

Escolha da estratgica depende:


-Capacidades Fsicas bsicas aprendizes;
- Etapa de crescimento e maturao em que se encontram os
aprendizes;
- Personalidades e comportamentos dos aprendizes;
-As motivaes e prtica desportiva e voleibol em particular;
-Experiencias anteriores;
-Capacidades de aprendizagens.

(GONALVES,2009)
No devem cair na tentao de imitar treino
adultos.
Ensino/treino em Idade Escolar obedecem a
princpios especficos (Araujo,2001):

-Predomnio preparao multilateral;


- Adequao da atividade idade biolgica;
- Privilegiar o desenvolvimento tcnico ttico em relao ao
desenvolvimento fsico;
- Variar meios de treino e exerccios;
-Valorizar o jogo como referncia e meio de aprendizagem efetivo
(Voleibol - Jogo Reduzido Condicionado
(2X2);
-Favorecer a socializao e a cooperao;
-Desenvolver a capacidade de iniciativa e autonomia.
Estratgia Baseia-se na transposio para o ensino da tcnica
Tradicional institucionalizado do adulto, muito centrado na
competio. O aluno imita de forma
descontextualizada tarefas e habilidades isoladas
da situao real de jogo.

Segundo Gonalves (2009), o modelo de ensino do Voleibol deve incidir num


modelos de ensino Ativo, Sistmico e Construtivista:
-Parte-se do Jogo para situaes particulares;

-A oposio fonte de todo o progresso;

-O jogo decompe-se em Unidades Funcionais de complexidade


crescente 1X1, 2X2, 3X3 e 4X4.

- So os princpios do jogo que regulam a aprendizagem;

-O professor atua como mediador entre as situaes problema


surgidas da prtica do aprendiz.
ENSINAR A JOGAR, JOGANDO

Partir do Privilegiar uma Responder s


Jogo Pedagogia do necessidades
ato ttico tcnicas
JRC 2X2
Metodologia preferencial de
Ensino
(GONALVES,2009)
Ensino do Voleibol
Eu-Espao
. Relaes
. Situaes de aprendizagem Eu-Bola
Metodologia
Jogador-Jogador
. Concepo de ensino
. Organizao/Regras

7
Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Rede
Eu-Espao
. Relaes Campo
. Situaes de aprendizagem Eu-Bola
Metodologia
Jogador-Jogador
. Concepo de ensino
. Organizao/Regras

8
Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Rede
Eu-Espao
. Relaes Campo
. Situaes de aprendizagem Eu-Bola
Metodologia
Jogador-Jogador
. Concepo de ensino
. Organizao/Regras

9
Paulo, A. (2011) Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Eu-Espao Trajetria da bola
. Relaes
. Situaes de aprendizagem Eu-Bola Eu/Bola/Alvo
Metodologia Princpio do Reenvio
Jogador-Jogador
. Concepo de ensino
. Organizao/Regras

Situaes de complexidade
e dificuldade crescentes,
sobretudo no que respeita
anlise de trajetrias de
bola.
10
Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Eu-Espao
. Relaes As relaes a
. Situaes de aprendizagem Eu-Bola privilegiar
Metodologia
Jogador-Jogador primeiramente
. Concepo de ensino so as de
. Organizao/Regras
COOPERAO.
Ciclo de Ensino
. Trabalho

11
Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
. Relaes
. Situaes de De acordo com o grau de apreenso
aprendizagem dos praticantes;
Metodologia
Do conhecido para o desconhecido;
. Concepo de ensino
. Organizao/Regras Do fcil para o difcil;
Ciclo de Ensino Do simples para o complexo.
. Trabalho
Sem fracionar o jogo em
diferentes elementos!!!
12
Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Progresso do Ensino Papel do Jogo Prazer/xito
. Relaes
. Situaes de NVEL ELEMENTAR
aprendizagem Caractersticas
. rea do campo extensa . rea do campo reduzida
. Grandes distncias . Pequenas distncias
. Concepo de percorridas pela bola percorridas pela bola
ensino . Paragens/interrupes . Maior continuidade nas
. Organizao/Regras constantes aes de jogo
. Contactos pouco frequentes . Contactos mais frequentes
. Interaces reduzidas . Mais interaces
(aes isoladas) (aes colectivas)

Reduzir sem empobrecer


Decompor em unidades, no em elementos

Adaptado Mesquita (1995) 13


Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Progresso do Ensino Papel do Jogo Prazer/xito
. Relaes
. Situaes de NVEL ELEMENTAR
aprendizagem Consequncias

. Desinteresse e alheamento . Prazer e entrega


. Concepo de da actividade actividade
ensino . Fraco empenhamento motor . Elevado empenhamento
. Organizao/Regras motor
Condies desfavorveis . Condies favorveis
aplicao dos gestos tcnicos aplicao dos gestos tcnicos
. Projetos de ao individuais . Projetos de ao colectivos

Adaptado Mesquita (1995) 14


Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Progresso do Ensino
. Relaes
. Situaes de . Campo com dimenses . Altura da rede adaptada
aprendizagem reduzidas aos objetivos

. Diminuio da rea de . Imposies, restries e/ou


. Concepo de interveno por jogador permisses ao nvel:
ensino - das Regras do jogo
. Organizao/Regras . Bola de tamanho e material - dos Comportamentos
adequados s crianas e tcnicos
jovens aprendizes
- da Estratgia ou
organizao coletiva
Manuteno da estrutura
funcional/lgica interna do
jogo formal
15
Adaptado Gonalves (2009) Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Progresso do Ensino Diferentes Formas de
. Relaes Competio
. Situaes de aprendizagem 1x1, 2x2,3X3 e 4X4;
Vencedores/Vencidos;
. Concepo de ensino
. Organizao/Regras Por divises;

Rotao de um lado da rede;


Rotao dos dois lados da rede;
Campo Rei.

Adaptado Gonalves (2009) 16


Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Ensino do Voleibol
Progresso do Ensino
Regras Fundamentais
. Relaes
. Situaes de aprendizagem O Prof. no rbitro;
Os alunos contam os pontos;
. Concepo de ensino Em caso de empate ganha quem chega em
. Organizao/Regras primeiro lugar ao ponto;
Bola duvidosa, decide o aluno do lado onde
a bola caiu;
Discusses e passagens de alunos para o
outro lado da rede so punidas com a
colocao dos mesmos no campo dos
perdedores.
Adaptado Gonalves (2009) 17
Doc. Prof. A. Paulo (2011)
Caractersticas das diferentes situaes do JR

1x1 2x2
-Objetivos predominantemente tcnicos -Objetivos tcnicos e tticos
-Reduzida imprevisibilidade - Reduzida imprevisibilidade e aleatoriedade
-Situaes de aprendizagem ou estratgica
aperfeioamento de forma a aproxima- -Situaes de cooperao /oposio de
las da atividade referente menor complexidade (simplificada).

3x3 e 4x4
- Objetivo, organizao coletiva
- Situaes de aprendizagem semelhantes atividade
referente.
-Permite aos alunos a leitura do jogo.
- Grande imprevisibilidade e aleatoriedade ttica e
estratgica.
Caractersticas das situaes do JOGO REDUZIDO
CONDICIONADO - JRC
- Responde necessidade que o jogo coloca

-Esto ajustadas ao nvel de execuo do aluno

- Apresentam parmetros que aproxima do jogo


formal

-Serem realizadas quantificando o xito de execuo.

-Serem realizadas com presena de rede.


- MATERIAL E ESPAO

(GONALVES,2009)
- COMPETIO

Tolerncia VALORES SOCIAIS


VALORES PESSOAIS Respeito Amizade
Responsabilidade Paz Desportivismo
Superao Democracia Cooperao
Criatividade Justia Socializao
Solidariedade Espirito de equipa
Igualdade
Modelos de Competio

Sobe e Desce (atravs Sobe e desce com


da troca de adversrio dupla troca (atravs
em funo do da troca de Modelo por
resultado) adversrio e de
colega)
divises

VANTAGENS

Possibilitar a competio equilibrada,


despertar um constante interesse e
motivao por parte dos alunos e ainda,
permitir seriar, e eventualmente classificar
os alunos de maneira fivel segundo o seu
nvel de desempenho.
Modelo Sobe e Desce (atravs da troca de adversrio
em funo do resultado)

(GONALVES,2009)
Modelo Sobe e desce com dupla troca
(atravs da troca de adversrio e de colega)

(GONALVES,2009)
Modelo por divises

(GONALVES,2009)
EXEMPLO 1:
Objetivo: Introduo Manchete no jogo.
Situao de aprendizagem: Jogo reduzido 1X1, com 3
toques obrigatrios, grupos homogneos de dois
alunos e campos com tamanhos idnticos.
Regras: em todos os campos a manchete pode ser
utilizada no primeiro toque, sendo o passe de
utilizao obrigatria nos restantes contatos. A altura
da rede vai baixando do campo 1 para o 8.

EXEMPLO 2:
Objetivo -Automatizao do segundo toque em
passe.
Situao de aprendizagem: Jogo reduzido 2X2, com 3
toques obrigatrios, em que o primeiro toque tem
que ser forosamente dado pelo jogador mais
recuado, grupos homogneos de dois alunos com
campos de tamanhos diferenciados.

(GONALVES,2009)
NVEIS DE JOGO (GONALVES,2009)

Os nveis de Jogo, segundo Gonalves(2009), marcam um tipo de organizao


do jogo e do jogador, relativamente balizado, qualificando consequentemente
o momento preciso da evoluo. atravs da sua determinao que
possvel saber-se qual o caminho j percorrido e aquele a percorrer no
percurso do processo ensino-aprendizagem.

1NVEL Precria sustentabilidade da bola (Jogo Inofensivo)

2 NIVEL Reenvio a dois (Jogo Inofensivo)

3NIVEL Ataque em passe sem intencionalidade (Jogo Ousado)

4NIVEL Remate sem incerteza (Jogo Ousado)

5 NIVEL Remate com incerteza (Jogo Matador)

6 NIVEL Ataque variado/ Defesa Consistente (Jogo Matador)

(GONALVES,2009)
Processo de Aprendizagem em SEIS ETAPAS (GONALVES,2009)

O Processo de ensino-aprendizagem, segundo Gonalves (2009), est dividido


em seis etapas, sendo cada uma delas caracterizada por um nvel especifico de
organizao do jogo, revelador das competncias adquiridas.

1 ETAPA Conservar abola no ar


2 ETAPA Jogar Coletivamente
3ETAPA Atacar em passe
4ETAPA Rematar sem incerteza
5ETAPA - Rematar com Incerteza
6 ETAPA Atacar variado/ Defender bem

(GONALVES,2009)
(GONALVES,2009)
NVEIS DE JOGO SEGUNDO MESQUITA (2005)
1Nvel 2 Nvel 3Nvel 4Nvel
JOGO ESTTICO JOGO ANRQUICO CONSECUO CONSECUO
RUDIMENTAR DOS ELABORADA DOS 3
3 TOQUES TOQUES

- Intervenes raras sobre a -Ausncia de relaes no -Estabelecem-se relaes no -O dinamismo da equipa


bola espao de jogo: projeto de espao de jogo o que confere aumenta
-Jogo de 1 toque :reenvios aes individuais mais dinamismo -A consecuo dos 3 toques
diretos , quase sempre sem -Aglutinao no ponto de -A troca da bola os jogadores constante, alicerada numa
xito queda da bola, surge como meio de organizar eficcia ofensiva
- Ausncia de relaes no indiferenciao de funes as aes -- Consciencializao da
espao de jogo (jogador - Mobilidade ocasional dos -Descentrao em torno da importncia da coordenao
isolado) jogadores bola (diferenciao de das funes entre jogadores.
- Imobilidade dos jogadores -Reenvios diretos persistem funes de acordo com a -As aes de jogo
- Ocupao no racional do -Surge o 2 toque posio no terreno) comtemplam o momento
espao esporadicamente - Organizao coletiva das presente, permite a
aes, dando lugar sucesso progresso para a rede
lgica dos 3 toques -A comunicao entre os
- As aes situam-se no jogadores constante:
momento presente. No h predominncia verbal.
progresso par aa rede no 2 -Os jogadores demonstram
e 3 toque. elevado dinamismo para agir,
no entanto os deslocamentos
ainda no apresentam
regularidade ao nvel da
qualidade de execuo.
NVEIS DE JOGO SEGUNDO MESQUITA (2005)
Nveis de Jogo / Etapas de
designao Aprendizagem/
Objetivos
1Nvel 1Etapa (Enviar a bola por
JOGO ESTTICO cima da rede)

2 Nvel 2 Etapa (deslocar-se


JOGO ANRQUICO para receber e colocar-se
para enviar de seguida)
3Nvel 3 Etapa (Organizar o
CONSECUO ataque (passa e vai
RUDIMENTAR DOS 3 atacar)
TOQUES

4Nvel 4 Etapa (Organizar a


CONSECUO defesa em funo do tipo
ELABORADA DOS 3 de ataque)
TOQUES
BIBLIOGRAFIA
Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.

Mesquita, I., Guerra, I. & Arajo, V. (Eds). (2002). Processo de formao do jovem
jogador de voleibol. Porto: Centro de Estudos e Formao Desportiva.
Teoria e Prtica dos Desportos
Voleibol

Jogo reduzido e as suas variveis


condicionantes

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
JOGO 6x6 (Jogo formal) jogado rudimentarmente:

-Gestos tcnicos de complexa execuo;


- Rede muito alta proporciona frequentes desequilbrios, gestos
descoordenados e aces dessincronizadas com a bola;
- Dificuldade em colocar a bola no cho adversrio leva a frustrao,
desmotivao e ao abandono do prtica;
-As solues tcnico-tticas aprendidas so insuficientes e desajustadas
para resolver problemas;
-A rea de responsabilidade desmedida;
-As interrupes da circulao de bola so constantes;
-O tempo que a bola est parada muito superior ao que ela jogada;
-As aces intencionais so reduzidas;
-A dinmica motora reduzida;
-Bolas utilizadas normalmente desajustadas.
Gonalves (2009)
JOGO REDUZIDO CONDICIONADO

Professores e ENSINO DO
Treinadores VOLEIBOL

Reduo nmero de
jogadores e Jogos
adaptaes
regulamentares modificados
Caractersticas do Jogo:
JOGO FORMAL JOGO REDUZIDO
-rea do campo extensa -rea campo reduzida.
-Grandes distncias percorridas -Pequenas distncias percorridas
pela bola. pela bola.
-Paragens e interrupes -Continuidade das aces de jogo.
constantes. -Contactos frequentes.
-Contactos pouco frequentes. -Interaco constante entre os
-Interaco reduzida entre jogadores(aes coletivas).
jogadores (aes isoladas).

Reduzir sem empobrecer


Decompor em unidades no em elementos

Mesquita ( 1995)
Consequncias do Jogo:

JOGO FORMAL JOGO REDUZIDO


-Desinteresse e alheamento pela -Prazer e entrega atividade;
actividade; -Elevado empenhamento motor;
-Fraco empenhamento motor; -Condies favorveis para
-Condies desfavorveis para a aplicao dos gestos tcnicos;
aplicao dos gestos tcnicos; -Projetos de ao coletiva.
-Projetos de aces individuais.

Mesquita ( 1995)
ENSINO VOLEIBOL

Papel pedaggico do jogo

Sentir prazer
/ obter xito
JOGO REDUZIDO + JOGO CONDICIONADO

Premissas do:
Jogo reduzido Jogo Condicionado
-rea do campo com dimenses -Altura da rede adaptada aos
reduzidas; objectivos;
-Diminuio da rea de interveno -Imposies, restries e/ou
por jogador; permisses ao nvel:
-Diminuio do nmero de jogadores; - das regras do jogo;
-Bola, de tamanho e material,
adequada s crianas e jovens
+ - dos comportamentos tcnicos;
- dos comportamentos tticos;
aprendizes - da estratgia/organizao
coletiva.
- Manuteno da estrutura funcional
ou lgica interna do jogo formal.

Gonalves (2009)
SITUAES DE JOGO REDUZIDO CONDICIONADO:

-Existir uma sistemtica interao entre os diferentes elementos da equipa;


- Existir uma continuidade das aes de jogo;
- Os contactos com a bola so frequentes;
-A bola percorrer apenas pequenas distncias;
-Os elementos de cada equipa estarem prximos uns dos outros;
-Existir uma evidente capacidade de sustentao de bola;
- Existir um intencionalidade na execuo das diferentes aes de jogo;
-O n de intervenes com xito ser superior ao n de intervenes sem xito;
-Utilizao de condutas tcnico tticas e ttico estratgicas ajustadas situao de jogo;
-O prazer e a entrega atividade serem bastante visveis;
-O desenho da situao est de acordo com a estrutura funcional do jogo formal (devem
estar presentes na maioria das situaes: joga e dando 3 toques, o 2 toque deve se dado
em passe pelo distribuidor, o atacante no 3 toque deve ter o objetivo de criar dificuldades
ao adversrio, os jogadores devem ser impedidos de jogarem a bola ao 1 toque para o
campo adversrio, etc)

(Gonalves, 2009)
VARIAVEIS CONDICIONANTES JOGO REDUZIDO

Bloco Rede Pontuao


Com/sem Muito alta/alta/mdia/baixa Normal/sancionatria/acumulada
/com vantagem/bonificada

Campo
rea de Pequeno/mdio/grande
interveno individual /estreito/largo
Pequena/mdia/grande Comprido/curto Zona de servio
Dentro /fora

Zonas restritivas
ataque/defesa
Com/sem
VARIAVEIS CONDICIONANTES JOGO REDUZIDO

NToques
Comportamentos tcticos Gestos tcnicos
1,2 ou 3
Obrigatrios/permitidos Obrigatrios/permitidos/
Livre/obrigatrios
/interditos interditos
Iguais/diferentes

Desenho da
N Jogadores
circulao de bola
1,2,3 ou 4
Condicionado/ Toque de sustentao
No condicionado Com/sem

Bola
Grande/Normal/pequena
Macia/dura (GONALVES,2009)
Borracha/praia/pavilho
VARIAVEIS CONDICIONANTES JOGO REDUZIDO

Organizao colectiva
Condicionada/ No
condicionada

Dinmica da rotao
Comunicao oral dos jogadores
Condicionada/no condicionada Condicionada/ No
condicionada

Assim, podem conceber-se situaes de jogo com diferentes graus de


complexidade, determinar-se diferentes intensidades e /ou graus de dificuldade,
mesmo que as condies de realizao se configurem muito semelhantes.

(GONALVES,2009)
Ao considerarem-se os vrios aspetos das situaes de jogo
reduzido condicionado como parte integrante de um todo
possvel idealizar e conceber processos de ensino-
aprendizagem e de treino mais globalizadores, mais
adequados aos alunos, permitindo uma aquisio mais rpida
de determinados comportamentos, particularmente os
estratgicos.

Comparando estes processos com aqueles em que predominam os


mtodos analticos , utilizados ainda hoje nas aulas de Educao Fsica (
e no treino) , percebe-se o porqu da as aprendizagens serem em regra
geral lentas e inadequadas.

Gonalves (2009)
VARIAVEIS CONDICIONANTES JOGO REDUZIDO

A BOLA
Tamanho: Grande , normal ou pequena
Presso: macia ou dura
Material: borracha, pele sinttica ou pele natural
Tipo: minivolei, praia ou pavilho.

ALTURA DA REDE
Muito alta Trajetria da bola alta e curvilnea fechada
Alta Trajetria alta e curvilnea
Mdia Trajetria baixa tensa
Baixa Trajetria retilnea

Gonalves (2009)
O CAMPO
Tamanho: Grande , mdio ou pequeno
Largura: estreito ou largo
Comprimento: curto ou comprido

-Quanto menor for a rea de jogo, mais elevada a capacidade defensiva e a


sustentao de bola.
-Quanto menor for a rea de interveno individual, menores so os
deslocamentos.
-Quanto maiores forem os deslocamentos, menores a capacidade de
execuo tcnica equilibrada, enquadrada e ajustada;
-Quanto maiores forem as distncias entre os elementos de uma equipa,
menor a preciso de colocao da bola jogvel para os colegas.

AREA DE INTERVENO
Pequena, mdia ou grande.
ZONAS RESTRITIVAS
Campo sem zonas restritivas
Campo com zonas restritivas

ZONA DE SERVIO
Servio executado atrs da linha de fundo ou dentro.

ESTRATGIA
A estratgia nas situaes de jogo reduzido condicionado est relacionada com as
aes tticas ou estratgias impostas ou regulamentadas.

O n jogadores de campo por equipa, o sistema de jogo, a


disposio dos jogadores no terreno de jogo e a circulao de
bola.
N DE JOGADORES
SITUAES JOGO REDUZIDO 1X1 2X2 3X3 4X4
- COMPLEXO + COMPLEXO

1X1 jogo individual potencia a consolidao de aes tcnicas


-Serem relativas aos problemas ou insuficincias detetados nas situaes de jogo
2X2, 3X3 e 4x4.
-Serem ajustadas ao nvel de execuo do jogador.
-Serem construdas com o maior n de parmetros que configuram a estrutura
formal do jogo.
-Terem como critrio de xito a resoluo de um problema especifico ,
prioritariamente tcnico.

2x2 Visam resolver problemas especficos quer do domino tcnico quer do


domnio ttico individual e coletivo.

3x3 e 4x4 preocupaes de ndole coletivo ( para onde enviar a bola, quando e
quem deve intervir na bola, ocupao correta do espao, etc)
ORGANIZAO COLETIVA
Condicionada/ no Condicionada
Numa nica linha (0:2, 0:3) ou em duas linhas (1:1, 1:2, 1:3, 2:1, 2:2)
Segundo Selinger(1992), o sistema de jogo no jogo formal determinado pelo n de
atacantes, universais e distribuidor que uma equipa tem em campo. No entanto, nas
situaes de jogo reduzido condicionado, deve estabelecer-se uma organizao coletiva
em funo da distncia que os jogadores distam da rede.

1X1
2x2
1 fase 0:2
2 fase 1:1
3 fase 0:2

3X3
1 fase 2:1
2 fase 1:2

4X4
1 fase 1:3
CIRCULAO DE BOLA
Fases:
1 - Com uma trajetria da bola no 1 toque paralela rede, sem definio do
jogador que est a desempenhar funes de distribuidor
2 - com definio precisa do jogador que desempenha o subpapel de distribuidor
3 Sem definio do jogador que desempenha o papel de distribuidor.

TOQUES DE SUSTENTAO
Com ou sem toques de sustentao

N DE TOQUES Corresponde ao n de contatos que tm de ser dados


antes de um jogador (1x1) ou equipa (2x2, 3x3, 4x4)
1, 2 ou 3 toques devolver a bola para o campo adversrio.
Livres ou obrigatrios
Iguais ou diferentes
GESTOS TCNICOS
-Passe
-Manchete
-Remate
-Servio por baixo, por cima tipo tnis, por cima
flutuante, por cima em suspenso
-Bloco

COMPORTAMENTOS TTICOS
Obrigatrios, Permitidos e Interditos
Comportamentos estratgico de um jogador guiado pelas seguintes intenes:
1 Impedir que a bola ultrapasse o plano vertical, reenviando-a para o camp adversrio;
2 Impedir que abola caia no solo e simultaneamente conserva-la no ar;
3 Enviar a bola para uma zona favorvel ao passe de ataque;
4 Criar situaes favorveis para o ataque;
5 Enviar a bola par ao camp adversrio com o objetivo principal que ela cai no cho.
A operacionalizao destas 5 intenes conseguida custa da procura da
resposta mais ajustada para as questes que o jogo permanentemente
coloca:
-Como jogo a bola (tcnica)?
-Para que local ou jogador devo enviar a bola (ttica /estratgia)?
-Com que trajetria devo enviar a bola (ttica)?
- Onde me devo posicionar em campo (estratgia)?
-Em que momentos (1, 2 ou 3 toque) ou situaes devo jogar a bola
(estratgia)?

O professor deve saber gerir / condicionar estas questes de


forma eficaz e ajustada ao momento. No sentido de aumentar o
numero de repeties das aes motoras que pretende
trabalhar.

(GONALVES,2009)
SINALIZAO ORAL DA INTERVENO
Condicionada ou no condicionada.

DINMICA DE ROTAO DE JOGADORES


Condicionada ou no condicionada.

SISTEMA DE PONTUAO
Normal, sancionatria, com vantagem, acumulada ou bonificada.

Gonalves (2009)
BIBLIOGRAFIA
Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.

Mesquita, I., Guerra, I. & Arajo, V. (Eds). (2002). Processo de formao do jovem
jogador de voleibol. Porto: Centro de Estudos e Formao Desportiva.
TPD IV
Voleibol

COMPORTAMENTOS TTICO E ESTRATGICOS


GERAIS, COMUNS A TODAS AS SITUAES DE
JRC 3X3 E 4X4

Docente: Afonso Lacerda Seixas


Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
COMPORTAMENTOS TTICO E ESTRATGICOS
GERAIS, COMUNS A TODAS AS SITUAES DE JRC
3X3 E 4X4
SERVIO
-O que determina o tipo de servio a utilizar nas situaes de JR o xito da
receo e o xito do servio.
- Deve defender-se que os pontos no devem ser obtidos atravs da ao de
servio.
-Impossibilita a sustentao e a circulao de bola, o que leva consequentemente
aquisio de novas aprendizagens.

RECEO
-No servio lento deve privilegiar a receo em passe;
-Os jogadores devem apenas intervir nos seus corredores;
-O recebedor deve enviar a bola alta para o distribuidor, devendo este conseguir
jogar o 2 toque em passe, sem se deslocar a mais de um passo da sua zona.
Gonalves (2009)
PASSE DE ATAQUE
-A posio do distribuidor deve ser: ombros perpendiculares a rede, situado a um
brao da rede e orientado para onde quer reenviar a bola.
-O passe de ataque deve ter uma trajetria alta, com a bola a uma distncia de 1 metro
da rede.
-Quando o passe (2toque) no realizado pelo distribuidor deve ser realizado para o
outro jogador atacante livre.

ATAQUE
- Incentiva-se a ao de remate com a rede baixa.
-O jogador/aluno s deve rematar se o passe tiver uma trajetria alta e se a ao de
remate poder ser realizada de forma equilibrada e enquadrada com o campo
adversrio.
-O atacante que vai realizar remate inicia a sua chamada quando a bola atinge o ponto
mais alto.

Gonalves (2009)
BLOCO
- Numa fase de iniciao o bloco deve ser realizado pelo jogador que se encontra na
rede (distribuidor).
-S deve blocar se houver remate, seno deve sair e adotar uma posio de defesa
baixa.

DEFESA
-Numa fase inicial de aprendizagem do jogo cada jogador deve defender o seu
corredor.
-Numa fase mais avanada do jogo reduzido a defesa deve ajustar-se em funo da
zona em que o bloco vai intervir.

Gonalves (2009)
Voleibol

Estrutura do Jogo

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Voleibol JDC

Particularidade na relao de oposio

Cada equipa situada de forma simtrica em


espaos distintos realiza as suas aes de
forma alternada.

Espao separado por uma rede.


Voleibol um desporto sociomotor de
cooperao / oposio porque existem
companheiros e adversrios.
Parmetros que regem a funcionalidade do voleibol
(estrutura e ao motora)

Estrutura Formal Estrutura Funcional


1 - As regras do Jogo; 1 -O tempo;
2 - O espao de jogo. 2 -A comunicao;
3 -A tcnica(modelos de
execuo);
4 - A estratgia Motora.

Racionalizao e objectivao das


A racionalizao do espao,
tarefas e misses tcticas,
possveis sistemas de jogo e a
estabelecimento de atitudes
diviso de espaos em zonas e
tcnico-tticos de base
corredores
distribudos pelos diferentes
elementos da equipa.
Dimenso Esttica
Dimenso Dinmica
Estrutura Formal
1 - As regras do Jogo;

O voleibol apresenta um conjunto de especificidades provocadas pelo seu regulamento


que o configuram e colocam num espao prprio nos JDC.

As regras do jogo definem o grau de


liberdade de ao

Estabelecendo requisitos necessrios


para que os jogadores possam intervir
nas situaes de jogo.
Estrutura Formal
1 - As regras do Jogo;

Estrutura Formal Desenvolvimento da aco


Dimenses do terreno As Formas de interveno da bola
O n de Jogadores O inicio e reinicio do jogo
A Pontuao A determinao de quando a bola est
em jogo
A durao do Jogo As formas de participao de cada
jogador no jogo
As competncias do rbitro A relao com os colegas
A relao com o adversrio
As infraces s regras
As penalizaes

Gonalves (2009)
Estrutura Formal
1 - As regras do Jogo;

So as relaes existentes entre os aspectos formais do


regulamento que determinam os Aspetos Funcionais:

Formas de Jogar a Forma como os jogadores da mesma


bola equipa se relacionam entre si
TCNICA COMUNICAO

Formas de utilizar o
Forma como um jogador se relaciona com o espao de jogo
adversrio ESTRATGIA/SISTEMA
CONTRACOMUNICAO DE JOGO

Penalizaes s infraces das regras


Gonalves (2009)
Estrutura Formal
2 O espao do jogo

Regulamentar
Ttico Estratgico

No Voleibol o
espao de jogo
Separvel,
Estvel e
Estandardizado.
Estrutura Formal Regulamentar
2 O espao do jogo

Vareta 2,43m Masculino


2,24m Feminino
Espao de
aco
devidamente
definido e com
fronteiras
claramente
marcadas. Espao de jogo:
-Terreno de jogo;
-O espao livre;
-A rede;
-As varetas;
-Postes.
Estrutura Formal Tctico Estratgico
2 O espao do jogo

Os jogadores no conseguem ocupar totalmente o espao


de jogo, particularmente na perspetiva defensiva, tendo em
conta a elevada velocidade que por vezes a bola atinge.

Isto justifica

A importncia de comportamentos tcnico-


tticos, gerais e especficos que se utilizam nos
diferentes espaos vitais do jogo.
Estrutura Formal Espao sociomotor
2 O espao do jogo

No Voleibol as equipas ao jogarem


separadas por uma rede, geram uma
interaco mais afastada quando
comparada com outras modalidades
colectivas de invaso.

Uma vez que os jogadores esto impossibilitados de roubar a


bola ao adversrio

A incerteza e a imprevisibilidade colocada pelo adversrio


menor.

Dado que cada equipa tem de desenvolver alternadamente as suas aces, a


grande preocupao dos jogadores colocar a bola prximo da rede em condies
favorveis para que um colega possa atacar o solo adversrio.
Estrutura Funcional
1 -O tempo;

> O jogo de Voleibol, contrariamente maioria das modalidades


no se desenrola por tempo, tendo portanto uma durao incerta.

Mdia de jogo -1 ou 2 horas


Tempo efectivo menor inmeras paragens (jogadas,
descontos de tempo, substituies, intervalos sets).

Jogadores seleccionam informaes, analisam-nas e


tomam decises Importncia do jogo sem BOLA
Estrutura Funcional
1 -O tempo;

Tempo de posse de bola Ritmo de jogo


Est altamente condicionado pelo Varia em funo da
regulamento devido obrigatoriedade de velocidade da trajetria da
cada equipa no poder mais de 3 toques bola, da diversidade das
consecutivos na bola e impossibilidade sequencias das aes
de os jogadores a agarrarem. ofensivas de uma equipa e
ainda o grau de explorao
do espao de rede nas
aes de ataque.
Estrutura Funcional
1 -O tempo;

RELAO TEMPO/ESPAO
Quanto maior for o tempo de durao da trajetria da bola maiores so as possibilidades de deslocamentos dos
jogadores;

RELAO TEMPO/COMUNICAO
Esta varia segundo a disponibilidade temporal para a realizao das aces tcnicas e tticas.

RELAO TEMPO/SITUAO DA BOLA


A disponibilidade temporal varia em funo da velocidade da trajetria da bola, do arco que a bola faz, da
situao espacial da bola no terreno de jogo e da aco especifica a realizar.

RELAO TEMPO/EXECUO TCNICA


Pode se realizar as aces tcnicas com maior ou menor velocidade tendo em conta as situaes particulares do
jogo em cada momento. A soluo mais adequada para os problemas colocados pelo jogo geralmente
encontrada quando o jogador pode analisar a situao durante mais tempo.

RELAO TEMPO/TTICA
Se se considerar o reduzido tempo reduzido que o jogador tem no jogo para resolver os problemas que lhe so
colocados dificilmente alcana a correo absoluta. A capacidade de antecipao e deciso motora est
totalmente condicionada com o tempo disponvel. Quanto mais tempo tem os jogadores para perceber e
analisar a situao, escolher a soluo e executar as suas aes tcnico tticas , menor a probabilidade de
cometerem erros, j que escolhem com maior frequncia a soluo mais adaptada situao ttica.
Gonalves (2009)
Estrutura Funcional
2 A comunicao;

VERBAL (Oral)
Comunicao
NO VERBAL (Gestos, Motor ou Tctil)

Praxemas
Gestemas
Estrutura Funcional
2 A comunicao;

PRAXEMAS
Estrutura Funcional
2 A comunicao;

GESTEMAS
Estrutura Funcional
2 A comunicao;

Oralidade
Estrutura Funcional
3 Tcnica (modelos de execuo)

-Depende do regulamento do jogo.

- No existe tcnica ideal pois cada jogador pois cada jogador adapta-a tendo em
conta as suas caractersticas pessoais e a situao concreta.

Habilidades Abertas - Servio

Habilidades Fechadas restantes aes do jogo


Estrutura Funcional
3 Tcnica (modelos de execuo)

Tcnica Ttica

Toda a ao simultaneamente tcnica e ttica


pois intencionada, est inserida num
contexto organizativo e tem um objetivo claro
que dado pelo regulamento.

Gonalves (2009)
Estrutura Funcional
3 Tcnica (modelos de execuo)

A TCNICA E TTICA SO A MESMA FACE DE UMA MOEDA

- Podemos analisar do ponto de vista da execuo tcnica

Ex: Passe - Podemos analisar do ponto de vista da sua


intencionalidade ttica (passe para defender,
passe para colega atacar, passe para colocar a
bola no campo adversrio e pontuar)
Estrutura Funcional
3 Tcnica (modelos de execuo)

Deciso quanto ao gesto


tcnico a utilizar

Qual a localizao da bola Qual o jogador que Contexto de jogo


no terreno de jogo. possui a bola e em que
fase da jogada se
encontra

Gonalves (2009)
Estrutura Funcional
4 Estratgia Motora

Corresponde conduta de
deciso ou intencionalidade de
ao.
ESTRATGIA Esta estratgia resulta das
MOTORA interaes entre os seis
parmetros que integram a
estrutura funcional do voleibol e
os participantes, dependendo do
jogador tanto a escolha da
soluo, como a prpria resposta
motora

Gonalves (2009)
Estrutura Funcional
4 Estratgia Motora

-Intenes dos jogadores;

ESTRATGIA -Posse de bola;

MOTORA - Posicionamento da bola no espao de jogo;

-Sistema de jogo.

Gonalves (2009)
Garganta, J. (2009). Trends of tactical performance analysis in team sports:
bridging the gap between research, training and competition. Revista
Portuguesa de Cincias do Desporto, 9(1), 81-89.
Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.
Moutinho, C. (1995). A estrutura do Voleibol. A estrutura funcional do
voleibol. In A. Graca & J. Oliveira (Eds.), O ensino dos jogos desportivos
(2nd Edition ed., pp. 137-152). Porto: Centro de Estudos dos Jogos
Desportivos - Faculdade de Cincias do Desporto e da Educao Fsica -
Universidade do Porto.
Parlebas, P. (1981). Contribution a un lxique comment en science de l'action
motrice. Paris: Insep.
Peas, C. (2002). Processo de iniciao desportiva no Futebol. Sequncia dos
contedos tctico-tcnicos. Revista Horizonte. Lisboa.
Voleibol

Principais regras e gestos


de arbitragem

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Servio
-O jogador no pode pisar a linha de fundo.

- O jogador tem que esperar o apito do rbitro para poder realizar o


servio.

- O jogador aps lanar a bola ao ar, no a pode voltar a agarrar nem


deixar cair ao cho.

Bola no lanada na aco


Autorizao para o servio
de servio
Bola Dentro
- A bola dentro quando toca no terreno de jogo ou numa das
linhas (final ou lateral).

Bola dentro
Bola Fora
-A bola fora quando toca em fora do terreno de jogo.

- A bola fora quando toca nas varetas, cabos ou postes.

-A bola fora quando toca em qualquer objeto fora do


terreno de jogo.
Bola fora
Falta de Rotao / Posicionamento.
- Quando por exemplo um jogador no cumpre a vez para
servir, ou quando por exemplo no mini voleibol serve mais
do que duas vezes (permitidas pelas regras).
Ponto Nulo
-Quando o rbitro tem dvidas na jogada e decide repetir o
ponto.
Toques na bola
-Cada equipa pode dar 3 toques na bola , mais o toque de
bloco (que no contabilizado).

- Um jogador no pode dar 2 toques consecutivos na bola, a


no ser que a bola tenha tocado no bloco.

4 toques 2 toques
Bola Tocada
Bola tocada (quando ponto perdido)
Jogador e a Rede
-O jogador pode tocar na rede (desde que no interfira na jogada), excepto no bordo
superior da mesma (considerado falta).

- O jogador pode pisar a linha central mas no pode ultrapassar por completo o p.

-O jogador pode ultrapassar a linha central com corpo todo (se no interferir na jogada)
desde que no ultrapasse os ps.
Jogador e a rede
Invaso do campo contrrio/
Toque na rede Passagem da bola por baixo da
rede
Jogador e a rede

Quando se bloca, interferindo na ao do Invaso


adversrio, quando a inteno deste no
enviar a bola para o lado contrrio (ex. 2
toque do distribuidor)
Invaso
Quando um jogador da zona defensiva
(posies 1, 6 e 5) ataca, acima do bordo
superior da rede , uma bola para o campo
adversrio
c
Final de Jogo ou Set
Mudana de Campo
c
Posies do campo e Rotao das equipas.
Voleibol

Caracterizao do Jogo de
Voleibol

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
PARTICULARIDADES DO JOGO

Especificidade formal:

-Interveno sobre a bola (sem invaso do terreno adversrio)

-Natureza das disputas da bola (Luta indireta)

- Trajetrias predominantes da bola (troca do objeto no meio


areo)

(Mesquita, 1995)
Caractersticas resultantes do regulamento tcnico

Caractersticas Especificas Exigncias


- Envio da bola por cima da rede Olhar dirigido para cima
- Trocar a bola sem ser permitido Brevidade dos contatos
agarra-la
- Nmero de contatos limitados Condicionalismos nas aes
- Todo o espao alvo para o Rapidez na analise e deciso
adversrio
- Irregularidades tcnicas punidas pelas Evitar a perda de posse de bola
regras
- Interveno limitada ao espao frontal Movimentao condicionada
e lateral
Rotao dos jogadores imposta pelas Polivalncia de posies e funes.
leis do jogo

(Mesquita, 1995)
Iniciao desportiva tem sido marcada essencialmente pela aprendizagem das
habilidades tcnicas.

Esta conceo de ensino separou a teoria da prtica, a condio fsica da tcnica


e esta da ttica, e a habilidade tcnica do contexto real do jogo.

Esta forma de entender a iniciao desportiva apresenta grandes limitaes, dado


que no toma em considerao determinadas caractersticas dos jogos desportivos
coletivos, como a complexidade, a variabilidade e a incerteza .

(Peas, 2002)
Pretende-se partir de um modelo de interveno que articule aspetos
fundamentais como:

-COOPERAO

-OPOSIO

-ACTIVIDADE LDICA

-COMPETIO

-CONHECIMENTOS PRTICOS SOBRE O JOGO

(Gonalves, 2009)
Voleibol JDC

Particularidade na relao de oposio

Cada equipa situada de forma simtrica em


espaos distintos realiza as suas aces de
forma alternada.

Espao separado por uma rede.


Voleibol um desporto sociomotor de
cooperao / oposio porque existem
companheiros e adversrios.
Parmetros que regem a funcionalidade do voleibol
(estrutura e ao motora)

Estrutura Formal Estrutura Funcional


1 - As regras do Jogo; 1 -O tempo;
2 - O espao de jogo. 2 -A comunicao;
3 -A tcnica(modelos de
execuo);
4 - A estratgia Motora.

Racionalizao e objetivao das


A racionalizao do espao,
tarefas e misses tticas,
possveis sistemas de jogo e a
estabelecimento de atitudes
diviso de espaos em zonas e
tcnico-tticos de base
corredores
distribudos pelos diferentes
elementos da equipa.
Dimenso Esttica
Dimenso Dinmica
SEQUNCIA DOS MOMENTOS DE JOGO DO VOLEIBOL

KI K II

Recepo Servio

Passe

Ataque Bloco

Proteco
Defesa
K III
Passe

Proteco Passe
Ataque
ou Defesa

Bloco
Ataque

Fases do jogo de Voleibol (Adaptado de Palao,


Santos & Urea, 2004a)
Teoria e Prtica dos Desportos
Voleibol

SISTEMAS DE JOGO

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Sistemas de Jogo

As Regras do Jogo determinam o 1 6 5


posicionamento relativo dos
jogadores no campo, antes da
execuo do servio.
2 3 4
4 3 2
No entanto, aps a realizao do
servio os jogadores podem
realizar trocas posicionais no
5 6 1
campo.
SISTEMAS DE JOGO
Representa a forma geral de organizao, a estruturao das aes dos jogadores
no ataque e na defesa, estabelecendo misses precisas e princpios de circulao e
de colaborao no seio de um dispositivo previamente definido (Teoduresco,
1984)

A : U : D (Atacante : Universal : Distribuidor )

R : U : P (Rematador : Universal : Passador )

Atacante : jogador predominantemente com funo de atacar (3toque), cuja


funo especifica na equipa a finalizao.

Universal : Jogador com boa prestao competitiva em todas as funes no


campo, sem especializao definida. Tanto se ocupa com a distribuio como com
a finalizao durante o jogo.

Distribuidor : Jogador especializado no passe de ataque e que assegura a


distribuio do jogo.
Sistemas de Jogo no Voleibol
Sistema 0:6:0
Distribuidor em zona 3
Distribuidor em zona 2
Distribuidor em zona 1
Sistema 3:3:0
Distribuidor em zona 3
Distribuidor em zona 2
Distribuidor em zona 1
Sistema 4:0:2
Distribuidor em zona 3
Distribuidor em zona 2
Sistema 4:2:0 Ex: Equipa Azul em side-out (sistema
de jogo 5:0:1) equipa vermelha na
Sistema 5:0:1 posse de servio.
Sistema de Jogo 0:6:0
0 ATACANTES 6 UNIVERSAIS 0 - DISTRIBUIDORES
(So atacantes e
distribuidores)
Variantes:
0:6:0 com distribuidor em 3;
0:6:0 com distribuidor em 2.

Neste sistema a especializao funcional posicional, ou seja, os


jogadores desempenham todas as funes no campo conforme a
zona onde se encontram.
SISTEMA DE JOGO 0:6:0
Sistema de Jogo 0:6:0
SIDE-OUT
com distribuidor em zona 3

Recebedores
U1 U5
U6
U2 U4 Recebedores/
Atacantes
A disposio a mesma em U3
todas as formaes. Distribuidor

Servio adversrio
SISTEMA DE JOGO 0:6:0
com distribuidor em zona 3
TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE

Servio Prpria Equipa

U1 U5 Defensores

U6
U2 U4 Defensores/
U3 Atacantes

Distribuidor
A disposio a mesma em todas as formaes.
SISTEMA DE JOGO 0:6:0
com distribuidor em zona 2 SIDE-OUT

RECEBEDORES
U1 U5
U6
U3 U4 RECEBEDORES
/ATACANTES

DISTRIBUIDOR U2

Servio adversrio

A disposio a mesma em todas as formaes.


SISTEMA DE JOGO 0:6:0
com distribuidor em zona 2
TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE

Servio Prpria Equipa

U1 U5 DEFESAS
U6
U3 U4 DEFESAS
/ATACANTES

DISTRIBUIDOR U2

A disposio a mesma em todas as formaes.


Sistema de Jogo 3:3:0
3 ATACANTES 3 UNIVERSAIS 0 - DISTRIBUIDORES
(So atacantes e
distribuidores)
Variantes:
3:3:0 com distribuidor em 3;
3:3:0 com distribuidor em 2;
3:3:0 com distribuidor em 1.

Apresenta-se a organizao nas 6 rotaes possveis, j que a


especializao funcional j pr-definida (h 3 atacantes e 3
universais).
As responsabilidades de cada jogador segue as cores apresentadas
nos esquemas anteriores.
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
Sistema de Jogo 0:6:0
com distribuidor em zona 3 SIDE-OUT
F1 F2 F3
U1 A2 U2 A1 U1 A2 U3 A1 U1

A1 A3 A3 U2 A3 A2
U2
U3 U3

F4 F5 F6
A3 A1 U2 A3 U3 A2
U2 A3
U3
A2 U1 A2 A1 A1 U3

U2 U1 U1

Servio adversrio
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
com distribuidor em zona 3
TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE

Servio Prpria Equipa


F1 F2
A2 U1 F3 A1
U3 U1
U1 U2 A1 A2

A1 U3 A3 U3 A3 U2 A3 U2 A2

F4 F5
U3 F6
A3 U2
A3 A1 U2 U3 A2 A3

U2 A2 U1 A2 U1 A1 U1 A1 U3
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
com distribuidor em zona 3

Aps a anlise dos esquemas, os principais aspetos a reter so:


A especializao funcional s ocorre nas posies da zona de ataque;
O distribuidor , dos 3 possveis, aquele que se encontra nas zonas 2
ou 3, assumindo as funes de atacante quando se encontra na zona 4;
S ocorre troca posicional quando o distribuidor se encontra na zona
2;
Quando na posse do servio (contra-ataque), encontram-se nas posies
de partida na rede j conhecidas, trocando aps a execuo deste;
Quando o servio executado pelo adversrio (side out), assumem as
posies j conhecidas, sendo que quando o distribuidor se encontra em
zona 2, deve partir da linha lateral (por respeito regra, tendo que estar
direita do jogador/atacante que se encontra em zona 3).
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
Sistema de Jogo 0:6:0
com distribuidor em zona 2 SIDE-OUT
F1 F2 F3
U1 A2 U2 A1 U1 A2 U3 A1 U1

A1 A3 A3 U2 A3 A2

U3 U3 U2

F4 F5 F6
A3 A1 U2 A3 U3 A2
U2 A3
U3
A2 U1 A2 A1 A1 U3

U2 U1 U1

Servio adversrio
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
com distribuidor em zona 2
TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE

Servio Prpria Equipa


F1 F3
F2
A2 U1 A1
U3 U1
U1 U2 A1 A2

A1 U3 A3 U3 A3 U2 A3 U2 A2

F4 U3 F5 F6
A3 U2
A3 A1 U2 U3 A2 A3

U2 A2 U1 A2 U1 A1 U1 A1 U3
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
com distribuidor em zona 2
Aps a anlise dos esquemas, os principais aspetos a reter so:
A especializao funcional s ocorre nas posies da zona de ataque;
O distribuidor , dos 3 possveis, aquele que se encontra nas zonas 2
ou 3, assumindo as funes de atacante quando se encontra na zona 4;
S ocorre troca posicional quando o distribuidor se encontra na zona
3;
Quando na posse do servio (contra-ataque), encontram-se nas posies
de partida na rede j conhecidas, trocando aps a execuo deste;
Quando o servio executado pelo adversrio (side out), assumem as
posies j conhecidas, sendo que quando o distribuidor se encontra em
zona 3, deve deslocar-se no sentido da zona 2 (por respeito regra, tendo
que estar esquerda do jogador/atacante que se encontra em zona 2),
atacando o jogador de zona 2 no centro da rede.
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
Sistema de Jogo 0:6:0
com distribuidor em zona 1 SIDE-OUT
F1 F2 F3
A2 U2 A1 A2 A1 U1 A2
A3 U2
U1A1 U3
A3
U3
U1 U2
U3 A3

F4 F5 F6
A3 A1 A3 U3 A2 A3
U1 A1 U3
U2
U2 U1
A2 U2
U3 U1 A1
A2

Servio adversrio
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
com distribuidor em zona 1
TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE

Servio Prpria Equipa


F1 F2 F3
A2 U1 A1
U3 U1
U1 U2 A1 A2

A1 U3 A3 U3 A3 U2 A3 U2 A2

F4 U3 F5 F6
A3 U2
A3 A1 U2 U3 A2 A3

U2 A2 U1 A2 U1 A1 U1 A1 U3
SISTEMA DE JOGO 3:3:0
com distribuidor em zona 1
Aps a anlise dos esquemas, os principais aspetos a reter so:
A especializao funcional j ocorre na zona defensiva;
O distribuidor , dos 3 possveis, aquele que se encontra nas zonas 1 ou 6,
assumindo as funes de atacante nas 3 posies da zona de ataque;
S ocorre troca posicional quando o distribuidor se encontra na zona 6;
Quando na posse do servio (contra-ataque), encontram-se nas
posies de partida na rede j conhecidas, trocando aps a
execuo deste;
Quando o servio executado pelo adversrio (side out) o jogador
de zona 4 recua para receber e o distribuidor:
Quando em zona 1, coloca-se atrs do jogador de zona 2, para
estar mais prximo da zona de distribuio;
Quando em zona 6, coloca-se atrs do jogador de zona 3, para
estar mais prximo da zona de distribuio.
SISTEMA DE JOGO 3:3:0

A partir das variantes distribuidor em zona 2 e distribuidor em


zona1 o sistema defensivo utilizado j dever ser o 3:2:1, j
que um possvel zona 6 avanado colidiria com as
movimentaes ofensivas no centro da rede.
Sistema de Jogo 4:0:2
4 ATACANTES 0 UNIVERSAIS 2 - DISTRIBUIDORES
(So atacantes e
distribuidores)
Variantes:
a) 4:0:2 com distribuidor em 3;
b) 4:0:2 com distribuidor em 2;
SISTEMA DE JOGO 4:0:2
Sistema de Jogo 0:6:0
com distribuidor em zona 3 SIDE-OUT
F1 F2 F3
D1 A2 A3 A1 D1 A2 A4 A1 D1

A1 A4 A3 A3 A2
A4
D2 D2
D2

F4 F5 F6
D2 A1 A3 D2 A4 A2 A3 D2
A4
A3 A2 A2 A1 A1 A4

D1 D1 D1

Servio adversrio
SISTEMA DE JOGO 4:0:2
com distribuidor em zona 3
TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE

Servio Prpria Equipa


F1 F2
A2 D1 F3 A1
A4 D1
D1 A3 A1 A2

A1 A4 D2 A4 D2 A3 D2 A3 A2

F4 A4 F5 F6
D2 A3
D2 A1 A3 A4 A2 D2

A3 A2 D1 A2 D1 A1 D1 A1 A4
SISTEMA DE JOGO 4:0:2
Sistema de Jogo 0:6:0
com distribuidor em zona 2 SIDE-OUT
F1 F2 F3
D1 A2 A3 A1 D1 A2 A4 A1 D1

A1 A4 A3 A3 A2
A4
D2 D2
D2

F4 F5 F6
D2 A1 A3 D2 A4 A2 A3 D2
A4
A3 A2 A2 A1 A1 A4

D1 D1 D1

Servio adversrio
SISTEMA DE JOGO 4:0:2
com distribuidor em zona 2
TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE

Servio Prpria Equipa


F1 F3
F2
A2 D1 A1
A4 D1
D1 A3 A1 A2

A1 A4 D2 A4 D2 A3 D2 A3 A2

F4 A4 F5 F6
D2 A3
D2 A1 A3 A4 A2 D2

A3 A2 D1 A2 D1 A1 D1 A1 A4
SISTEMA DE JOGO 4:0:2
com distribuidor em zona 3 e 2
Aps a anlise dos esquemas, os principais aspetos a reter so:
A especializao funcional s ocorre na zona de ataque;
O distribuidor , dos 2 possveis, aquele que se encontra nas zonas 2, 3 ou 4,
assumindo apenas funes na distribuio na zona de ataque;
Ocorre troca posicional quando o distribuidor se encontra nas zonas 2 e 4, na
variante a) e 3 e 4, na variante b);
Quando na posse do servio (contra-ataque), encontram-se nas posies
de partida na rede j conhecidas, trocando aps a execuo deste;
Quando o servio executado pelo adversrio (side out), assumem as
posies j conhecidas, sendo que:
Na variante a), quando o distribuidor se encontra em zona 2 e zona 4, deve partir
da linha lateral (por respeito regra), tendo que:
Estar esquerda do jogador/atacante de zona 3, quando est em zona 4;
Estar direita do jogador/atacante de zona 3, quando est em zona 2.
Na variante b), quando o distribuidor se encontra em zona 3 e zona 4, deve partir
do centro e da linha lateral , respetivamente (por respeito regra), tendo que:
Estar entre os jogadores/atacantes de zona 2 e 4, quando est em zona 3;
Estar esquerda do jogador/atacante de zona 3, quando est em zona 4.
Sistema de Jogo 4:2:0

4 ATACANTES 2 UNIVERSAIS 0 - DISTRIBUIDORES


(So atacantes e
distribuidores)
SISTEMA DE JOGO 4:2:0
Sistema de Jogo 0:6:0
SIDE-OUT
F1 F2 F3
A2 A3 A1 A2 A4 A1
U2 A3 U2
U1 U1
A1 A4 A2
A4 U1 A3
U2

F4 F5 F6
A4 A1 U1 A3 A4 A1 U1
A2 A3
U2 U2
A3 A2 A4
A2 U2 A1
U1

Servio adversrio
SISTEMA DE JOGO 4:2:0 TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE
Servio Prpria Equipa
F1 F2 F3
A2 U1 A1
A4 U1
U1 A3 A1 A2

A1 A4 U2 A4 D2 A3 U2 A3 A2

F4 A4 F5 F6
U2 A3
U2 A1 A3 A4 A2 U2

A3 A2 U1 A2 U1 A1 U1 A1 A4
SISTEMA DE JOGO 4:2:0

Aps a anlise dos esquemas, os principais aspetos a reter so:


A especializao funcional j ocorre na zona defensiva;
O distribuidor , dos 2 possveis, aquele que se encontra nas zonas 1, 6 e 5,
assumindo apenas funes na distribuio, na zona defensiva;
S ocorre troca posicional quando o distribuidor se encontra nas zonas 6 e 5;
Quando na posse do servio (contra-ataque), encontram-se nas posies
de partida j conhecidas, trocando aps a execuo deste;
Quando o servio executado pelo adversrio (side out):
Quando o distribuidor est em zona 1, coloca-se atrs do jogador de zona 2,
para estar mais prximo da zona de distribuio, recuando o jogador de zona 4
para receber;
Quando o distribuidor est em zona 6, coloca-se atrs do jogador de zona 3,
junto rede para estar mais prximo da zona de distribuio, recuando o
jogador de zona 4 para receber;
Quando o distribuidor est em zona5, coloca-se atrs do jogador de zona 4,
para estar mais prximo da zona de distribuio, recuando o jogador de zona 2
para receber.
Sistema de Jogo 5:0:1

5 ATACANTES 0 UNIVERSAIS 1 - DISTRIBUIDOR


(So atacantes e
distribuidores)
SISTEMA DE JOGO 5:0:1
Sistema de Jogo 0:6:0
SIDE-OUT
F1 F2 F3
A2 A3 A1 A2 A4 A1 A3
D A1 A3
D
A5 A4 A2
A4 D A5
A5

F4 A5 F5 A5 F6 A5
A4 A1 A3 A3 A4 A1
A2 A3 A4
A2
A2
D D A1
D

Servio adversrio
SISTEMA DE JOGO 5:0:1 TRANSIO/
CONTRA-ATAQUE
Servio Prpria Equipa
F1 F2 F3
A2 D A1
A4 D
D A3 A1 A2

A1 A4 A5 A4 A5 A3 A5 A3 A2

F4 A4 F5 F6
A5 A3
A5 A1 A3 A4 A2 A5

A3 A2 U1 A2 D A1 D A1 A4
SISTEMA DE JOGO 5:0:1

Aps a anlise dos esquemas, os principais aspetos a reter so:


A especializao funcional ocorre tanto na zona defensiva como na zona de
ataque, sendo que este sistema, j no seio dos atacantes promove
especializao (atacantes de ponta zona 4, centrais zona 3, e oposto zona
2);
O distribuidor sempre o mesmo jogador;

A troca posicional:
Quando na posse do servio (contra-ataque), encontram-se nas posies
de partida j conhecidas, trocando aps a execuo deste:
Na zona defensiva:
Quando o distribuidor se encontra nas zonas 6 e 5;
Na zona de ataque:
Quando os centrais no esto na zona 3,
Quando os atacantes de ponta no esto na zona 4;
Quando o oposto no est na zona 2.
SISTEMA DE JOGO 5:0:1

A troca posicional:
Quando o servio executado pelo adversrio (side out):
Neste nvel de especializao j existem recetores especialistas
(atacantes de ponta e centrais), logo sero sempre estes os
envolvidos na linha de receo, funcionando os restantes apenas
como ajudas (e.g. centrais e oposto, quando na zona de ataque
recebero o servio curto que tenha a sua zona como alvo).
A troca posicional entre extremos , na situao de F1 no se
realiza nesta fase do jogo, j que normalmente a velocidade do
jogo no o permite, ficando o atacante de ponta na zona 2 e o
oposto na zona 4, at ao fim da jogada.
Mais tarde a especializao tambm pode ocorrer na zona
defensiva (embora seja mais flexvel), sendo introduzida
tambm a figura do libero (especialista na defesa).
Teoria e Prtica dos Desportos
Voleibol

Servio por baixo / Servio por cima


(Tipo tnis)

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Servio

O servio condio indispensvel para o incio e o desenvolvimento do jogo de


voleibol, na medida em que atravs dele que se coloca a bola em jogo. No seu
incio apareceu como a simples inteno de colocar a bola em jogo no campo
adversrio, hoje em dia considerado como uma extraordinria arma ofensiva
(Palao et al., 2004).

Ento, o servio pode ser considerado a primeira arma de ataque de uma equipa.

OBJECTIVOS

Tornar previsvel/dificultar a
Pontuar organizao ofensiva da equipa
adversria aps recepo.
Em mais nenhuma aco de jogo os jogadores possuem o controlo total
sobre a execuo de uma habilidade tcnica.

-No tm oposio para a sua realizao;

- Escolhe o momento para a iniciar (desde que cumpra o regulamento)


- 1 JOGADOR

PARA ONDE SERVIR?


- 2 AREA ESPECIFICA

Em ambas as situaes o objectivo principal


explorar as fraquezas do adversrio
1 SERVIO PARA UM JOGADOR ESPECIFICO

-Por ser um mau recebedor;


-Jogador que foi substitudo;
- Jogador junto local de penetrao do distribuidor;
- Jogador com duas funes (recebedor/atacante);
- Atacante de 1 Tempo (receber);
- Jogador que acabou de errar;
- Jogador influente na equipa (objectivo de provocar
fadiga).
2 SERVIO PARA UMA ZONA ESPECIFICA

-Servir para fundo do campo;

-Servir para linhas laterais;

-Servir para zona 3 metros;

-Espao entre dois jogadores;

-Zona 1 (dificulta contacto visual do distribuidor).


Servio
Servio por baixo

Posio preparatria

Semi agachamento frente

Corpo orientado para o alvo

Peso sobre o apoio recuado

Apoio oposto avanado (p contra-lateral)

Brao que segura a bola, flectido a 90

Brao de batimento ao lado do tronco

Posio da mo diferentes formas


Servio
Servio por baixo

Lanamento da bola e batimento

Dois tempos rtmicos


1 brao de batimento armado atrs, transferncia do peso
para o apoio frontal

2 ancas rodam em direco ao alvo, contacto da bola

Brao de batimento inicia movimento para o contacto

Movimento do brao na direco do alvo

Mo firme

Acelerao na fase final do movimento


SERVIO POR CIMA

a) Pr-Contacto (Brao dominante direito)

Membros Inferiores: Ps Posio Assimtrica com o p esquerdo ligeiramente


avanado.

Tronco: Tronco na vertical (ombro esquerdo ligeiramente adiantado).

Membros Superiores: Brao esquerdo em extenso para suportar a bola,


ligeiramente abaixo da linha dos ombros.
SERVIO POR CIMA

b) Contacto (Brao dominante direito)

Lanamento da bola Batimento da bola


MI Peso do corpo deslocado para o p MI Ficam em completa extenso.
da frente (Esquerdo)
Tronco Inclina-se ligeiramente para Tronco Posio frontal rede,
trs terminando o movimento ligeiramente
inclinado frente.
MS- Membro no dominante paralelo MS Mo de batimento com dedos
ao cho; afastados atrs da bola;
- Mo lanada com trajetria vertical - Transferncia do peso do corpo
a uma altura no superior ao - Batimento com o brao estendido
comprimento do MS de batimento. - Mo rgida e pulso fixo no contacto
- Membro de batimento encontra-se - Contacto no centro da bola
fletido com cotovelo acima e atrs da
cabea.
Servio

Erros mais frequentes

Erro Causa
Batimento da bola fora do eixo do corpo Lanamento deficiente

Batimento da bola num plano baixo Deficiente elevao e extenso do


cotovelo
Batimento da bola excessivamente alto Lanamento demasiado alto e para
cima da linha dos ombros
SERVIO POR CIMA
Tipos de Servio:

Servio Apoio flutuante (servio com mudanas de direo devido ao batimento


com a mxima firmeza, batimento esse executado no centro da bola com a
palma da mo aberta);

Servio Suspenso Flutuante (realizado com salto, antecedido ou no por


deslocamento; a trajetria da bola no uniforme ao longo do seu percurso);

Servio Suspenso Potente (realizado em salto com deslocamento: o


movimento do membro superior que contacta com a bola explosivo desde a
fase inicial at a terminal; a trajetria da bola uniforme no seu percurso).
PRINCIPIO DO ENSINAR A JOGAR, JOGANDO

- Partir do jogo

3 princpios que
fundamentam o ensino: - Privilegiar uma pedagogia do acto
tctico

- Responder s necessidades tcnico-


tticas
Porque?

As questes que o jogo reduzido nos coloca obriga a procurar solues especificas que
nos levam ao sucesso, e que podem posteriori ser transferidas para o jogo 6X6.

Os jogadores vo assimilando a tcnica atravs do maior nmero vezes de contactos


com a bola.

Trabalhamos a tcnica para servir a inteligncia e a capacidade de deciso tctica dos


jogadores.
Bibliografia

Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.

Mesquita, I., Guerra, I. & Arajo, V. (Eds). (2002). Processo de formao do jovem
jogador de voleibol. Porto: Centro de Estudos e Formao Desportiva.

Palao, J.M.; Santos, J.A.; Urena, A. (2004). Effect of setter position on the block in
volleyball. International Journal of volleyball research, 7 (1): 29-32.
Teoria e Prtica dos Desportos
Voleibol

RECEO AO SERVIO /
ORGANIZAO DO SIDE-OUT

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
RECEO
uma ao de defesa em que, dentro de um dispositivo prprio, o
jogador tentar receber o servio adversrio efetuando um
passe/manchete para o distribuidor.

Face maior liberdade concedida no contacto com a bola, decorrente da


alterao do regulamento de jogo, tm sido introduzidas novas variantes
tcnicas, nomeadamente a receo por cima em passe. A sua pertinncia
justifica-se perante trajetrias de servio que no assumem muita velocidade
nem so muito tensas.
Todavia, na formao importante que o jogador aprenda a realizar a manchete
e o passe de forma a saber aplica-los adequadamente no jogo.

Diretamente relacionado com a receo, est o jogador libero, estando-lhe


destinada a liderana da manobra defensiva da equipa nomeadamente na
receo.
A sua utilizao em escales de formao pode ser precoce, uma vez que o
jogador fica impossibilitado de ter uma formao multilateral.
SISTEMA DE RECEO EM W

1 5

2 6 4
3

Servio adversrio
SISTEMA DE RECEO EM MEIA LUA

1 6 5
3 4
2

Servio adversrio
Bibliografia

American Volleyball Coach Association. (1997): Coaching Volleyball.

Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.

Mesquita, I., Guerra, I. & Arajo, V. (Eds). (2002). Processo de formao do jovem
jogador de voleibol. Porto: Centro de Estudos e Formao Desportiva.

Moutinho, C. (1995). A estrutura do Voleibol. A estrutura funcional do voleibol. In


A. Graca & J. Oliveira (Eds.), O ensino dos jogos desportivos (2nd Edition ed., pp.
137-152). Porto: Centro de Estudos dos Jogos Desportivos - Faculdade de Cincias
do Desporto e da Educao Fsica - Universidade do Porto.
Teoria e Prtica dos Desportos
Voleibol

Distribuio

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Distribuio
O jogador Distribuidor no Voleibol, um jogador preponderante para a equipa
possuindo uma funo especializada o jogador responsvel, posicional e
funcionalmente, pela organizao ofensiva do jogo, optimizando as condies de
realizao do ataque, atravs da execuo do passe de ataque (Moutinho, 2000).
Na organizao ofensiva este jogador assume grande relevncia no seio da equipa,
pois em cada jogada, a ao de distribuio executada pelo distribuidor
(Moutinho, 1993), correspondendo os contactos com a bola a cerca de 90% das
jogadas da equipa (Silva, 1998). O distribuidor no Voleibol, de alto nvel assume a
funo central no desenvolvimento estratgico do jogo (Selinger, 1986; Neville,
1990; Hippolyte, 1998; Mesquita e Graa, 2002, 2003; Moutinho et al., 2003; Dias,
2004).

O passe normalmente a habilidade tcnica utilizada para realizar a distribuio.

O controlo da tcnica do passe de ataque por parte do distribuidor deve ser


excecional, de modo que lhe permita obter uma grande eficcia em todas as
suas intervenes (Dias, 2004).
Distribuio
A variabilidade de opes tticas exige ao distribuidor mais preciso e consistncia na
execuo do passe, como tambm um grande rigor ttico tcnico (Monteiro, 2000). Na mesma
linha de pensamento, Moutinho (2000) afirma que o passe de ataque deve ser preciso e
consistente.
A ao de distribuio caracterizada pelo facto de o distribuidor ter de decidir o
que fazer em funo de uma srie de fatores num perodo reduzido de tempo. Moutinho
(2000) corrobora com a ideia anterior, afirmando que o distribuidor est sistematicamente em
contacto com a bola, o que o leva a ter de decidir com presso de tempo, devendo
responder de forma rpida e precisa.
Um bom distribuidor deve :
-Ser um Jogador com caractersticas completas;

-Possuir uma viso perifrica;

-Ser Inteligente;

-Ser verstil;

- Liderar a equipa;

-Ser um jogador psicologicamente muito forte, capaz de


tomar decises sobre presso.
TIPOS DE PASSE

Passe em suspenso(permitir reduzir o tempo de passe, cria incerteza e


diminui o tempo de reaco dos blocadores);
Passe em apoio (tal como nome indica o distribuidor realiza a sua aco
com os ps no cho no momento do contacto com a bola);
2 Toque (quando o distribuidor envia a bola para o campo adversrio no
2 toque);
Passe de frente;
Passe de Costas;
Passe em suspenso forado (quando a bola enviada pela recepo para
junto da rede, permitindo apenas ao distribuidor estender o brao direito para
realizar a aco de distribuio).
Passe de recurso (quando o distribuidor joga a bola em dificuldade, em
desequilbrio).
TIPOS DE PASSE
Passe em suspenso Passe de recurso
Passe em apoio

2Toque
Passe de Costas
O Passe a habilidade fundamental para aprender a jogar
voleibol!
PASSE
a) Posio Inicial (Deslocamento e Pr- contacto)
-O jogador deve prever a trajetria da bola;
- O jogador quando se desloca deve chegar ao ponto de interceo antes da
bola, colocando-se debaixo da mesma;
-O jogador deve para numa posio de equilbrio com os ps largura dos
ombros;
-O jogador deve manter uma posio com as mos elevadas, pulsos fletidos,
palmas das mos voltadas para cima e formando um triangulo entre os
polegares e os indicadores e cabea levantada;

Pontos-chave
a) Posio Inicial (Deslocamento e Pr- contacto)

-Os dedos devem de estar confortavelmente estendidos e afastados;


-O peso do corpo deve estar sobre o Membro Inferior recuado;
-No caso de ser o distribuidor a realizar o passe deve ter o p da rede avanado;

Pontos-chave
b) Contacto com a bola

- A bola deve ser contactada em cima e em frente da cabea;

-O jogador deve olhar para a bola atravs do triangulo formado pelas mos;

- A fora aplicada bola proveniente da ao coordenada do corpo sobre a bola


mais a ao complementar do pulso;

-Flexo e Extenso dos Membros no momento do contacto e posteriormente do


reenvio;

-A projeco da bola conseguida pela coordenao sequencial da ao dos M.I. com


os M.S. e pela transferncia do peso do corpo para p da frente;

-Aps a bola sair das mos, h uma rotao externa e flexo das mesmas;
c) Final (Ps- Contacto)

Aps a bola sair das mos do aluno, este conclui a extenso completa do corpo,
orientado para a zona de envio da bola, preparando-se para iniciar a ao
sucessiva.
Passe de Costas

A bola contactada exactamente igual ao passe de frente, em cima e frente da


cabea.

No entanto, imediatamente aps o contacto, palmas das mos orientam-se para


cima e para trs, atravs da flexo dos pulsos.

A bacia avana e o peso do corpo desloca-se para a perna de trs.


ASPETOS A CONSIDERAR NO TREINO DA DISTRIBUIO

-Deslocamentos;

-Colocao p de rede avanado;

- Restabelecer posio, nos ltimos dois apoios sempre que necessrio;

-Mos elevadas antes do contacto;

-Flexo extenso do tronco;

-Utilizao correta dos dedos;

-Orientar-se para onde quer realizar o passe.


Bibliografia

American Volleyball Coach Association. (1997): Coaching Volleyball.

Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.

Mesquita, I.; Graa, A. (2002). O conhecimento estratgico de um distribuidor de alto nvel. Treino desportivo, 17, 15-20

Mesquita, I., Guerra, I. & Arajo, V. (Eds). (2002). Processo de formao do jovem jogador de voleibol. Porto: Centro de Estudos e
Formao Desportiva.
.
Moutinho, C. (1993). Construo de um sistema de observao e avaliao da distribuio em voleibol, para equipas
de rendimento (SOS-vgs).Dissertao apresentada s provas de aptido pedaggica e de capacidade Cientifica.
Faculdade de Cincias do desporto e de Educao Fsica. Universidade do Porto. Porto.

Moutinho, C. (1995). A estrutura do Voleibol. A estrutura funcional do voleibol. In A. Graca & J. Oliveira (Eds.), O ensino dos jogos
desportivos (2nd Edition ed., pp. 137-152). Porto: Centro de Estudos dos Jogos Desportivos - Faculdade de Cincias do Desporto e
da Educao Fsica - Universidade do Porto.

Moutinho, C. (2000). Estudo da estrutura interna das aces da distribuio em equipas de voleibol de alto nvel de
rendimento contributo para a caracterizao e prospectiva do jogador distribuidor. Tese de Dissertao de
doutoramento. Faculdade de Cincias de Desporto e Educao Fsica da Universidade do Porto. Porto.

Sellinger, A. (1986). Power Volleyball. St. Martins Press. New York.

Silva, J. (2000). A importncia de indicadores do jogo na discriminao da vitria e da derrota em andebol.


Unpublished Provas de aptido pedaggica e cientficas, Universidade do Porto Porto.
Teoria e Prtica dos Desportos
Voleibol

Ataque

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Ataque

Tipos de ataque

Descrio analtica do Ataque

Principais erros e correces

Sequncia metodolgica de
aprendizagem do ataque na aula
(prtica)
Ciclo Geral de Organizao do Jogo

KI KII
Receo Servio

Distribuio

Ataque Bloco

KIII Cobertura

Distribuio Defesa

Cobertura ou Defesa
Contra--ataque
Contra
Distribuio
Bloco
Ataque
O remate o gesto mais complexo e difcil do Voleibol e, simultaneamente, o mais
espetacular. a ao de batimento sobre a bola com uma s mo fazendo-a passar por
cima da rede, com o objetivo claro de a fazer contactar com o solo do campo adversrio
numa trajetria descendente ou a fazer a equipa contrria incorrer em erros de
controlo de bola. (Paolini, 2006).

O remate um contacto terminal. O feedback positivo especfico e facilmente


identificvel. uma tcnica com grande grau de motivao. A motivao para os atletas
dominarem os contactos intermedirios que sem controlo de bola o remate no pode
ocorrer. Para alm deste facto, o atacante no pode rematar sem a interveno dos
seus colegas de equipa, que tm que controlar de forma eficaz os dois primeiros
contactos com a bola.
Ataque
Princpios gerais do ataque:

Um princpio geral do remate colocar-se disponvel para atacar, posicionando-se


afastado da rede de forma que o passador possa passar a bola entre ele e a rede. Isto
deve o correr sempre. Jogadores jovens por vezes ficam perto da rede enquanto a
jogada decorre. Assim que a bola est no lado da rede da equipa, os atacantes
devem retroceder para poderem se aproximar saltar, e rematar.
Durante a receo do servio mais fcil, pois pode colocar-se os atletas numa
posio de partida antes da jogada se iniciar. Durante jogadas longas e que envolvam
vrias passagens da bola pela rede, em que os jogadores alternam de blocadores
para atacantes mais difcil os atletas estarem sempre disponveis para efetuarem
uma boa aproximao para rematar.
Ataque
TIPOS DE ATAQUE:

Ataque 2linha

Ataque de Zona 4 e ataque


por zona 2
Ataque rpido 1tempo

Combinaes de ataque
(fintas)
Ataque

DESCRIO/ FASES DO ATAQUE:


1. Posio preparatria
2. Corrida de aproximao
3. Impulso e pr-contacto
4. Contacto
5. Retorno ao solo
Ataque
1- Posio Preparatria (atletas dextros)

corpo orientado numa posio alta que oscila Pontos-chave


entre a frontal e a oblqua em relao rede,
analisando a trajectria do passe;

Para os dextros, usualmente a perna direita


frente;
Ataque
2 Corrida de Aproximao (atletas dextros)

A corrida de aproximao dever ser rasante.

Inicia-se para rematadores direitos , com o p esquerdo seguido do p direito.

A aproximao ao solo do segundo passo feita com o calcanhar de modo a ser


travado o deslocamento horizontal.

Na ultima fase da chamada (direito /esquerdo) o ultimo apoio antes do salto feito
com o p esquerdo, sendo este que fica mais avanado.
Ataque
2 Corrida de Aproximao (atletas dextros)
Em simultneo com o 2 passo, os M.S., realizam um movimento amplo no sentido
descendente, da frente para trs, at ficarem numa posio prxima da paralela em
relao ao solo;

De seguida, em simultneo com o 3 passo, j com o contacto do apoio no solo, os M.S.


descrevem um movimento ascendente de trs para a frente, denominado de balancear de
braos. Serve de apoio ao equilbrio do corpo e prepara o batimento na bola.
Ataque
3 Impulso e Pr-contacto (atletas dextros)
- Brao no dominante aponta para a bola;
Pontos-chave
-Brao dominante lanado para cima e para trs;

-O brao no dominante desce, o que vai facilitar a rotao do tronco

e o aumento da velocidade do brao dominante;

- Os olhos acompanham a bola at ao momento do contacto.


Bea do rem
Ataque
4 Contacto
(atletas dextros)

-O batimento deve realizar-se acima e frente da cabea do rematador;


-O brao de batimento encontra-se em flexo ao lado da cabea, com o
cotovelo acima da linha dos ombros;
-O brao de batimento descreve um movimento rpido para a frente e para
cima;
-No contacto o pulso colocado por cima da bola;
-A bola contactada com a mo desde a zona junto ao pulso at aos dedos;
-O pulso e a mo dominante exercem a aco final sobre a bola de forma a
determinar a sua trajectria e direco.
-Aps o batimento o membro superior continua o
- movimento de descida de forma activa
(Mesquita et al, 2002)
Ataque
5 Retorno ao solo
-A receo deve ser realizada sobre os dois apoios simultaneamente, com os
Membros Inferiores ligeiramente fletidos para absorver o impacto do contacto com
o solo;

- O p esquerdo pode avanar ligeiramente (atletas dextros) de forma a impedir a


invaso do espao da rede.
Ataque

PRINCIPAIS ERROS

Passar frente da bola no batimento


No esticar o brao dominante no momento do
batimento
Bater a bola com muita fora antes de adquirir a
preciso
Ataque
Elementos a integrar para a tomada de deciso no ataque:
- A qualidade da receo;
-A qualidade do passe;
-A proximidade da bola rede (alta, baixa e longe e perto);
- Bloco fixo ou em deslocamento;
- Blocador central junta ao blocador ponta;
-A posio do atacante relativamente bola em funo do tempo e da
espao do ataque;
- o tipo de trajectria da bola.
Ataque

Conceitos bsicos da organizao ofensiva:

-Solicitao variada dos atacantes de forma a provocar confuso com aos blocadores;
-A receo deve permitir o distribuidor jogar em suspenso;
-Os atacantes devem saber quais os blocadores que tm sua frente;
-Cada atacante deve ser capaz de executar diferentes tcnicas de ataque;
-O ataque deve ser dirigido para o cho (ponto) ou para zonas de dificuldade de
contacto dos jogadores defesas;
-Atacar para a zona 1 quando o distribuidor se encontra na zona defensiva
vantajoso uma vez que ele realiza o 1 toque dificultando a construo ofensiva
da equipa.
Bibliografia

American Volleyball Coach Association. (1997): Coaching Volleyball.

Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.

Mesquita, I., Guerra, I. & Arajo, V. (Eds). (2002). Processo de formao do jovem
jogador de voleibol. Porto: Centro de Estudos e Formao Desportiva.

Moutinho, C. (1995). A estrutura do Voleibol. A estrutura funcional do voleibol. In


A. Graca & J. Oliveira (Eds.), O ensino dos jogos desportivos (2nd Edition ed., pp.
137-152). Porto: Centro de Estudos dos Jogos Desportivos - Faculdade de Cincias
do Desporto e da Educao Fsica - Universidade do Porto.
Teoria e Prtica dos Desportos
Voleibol

Bloco

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Bloco

O objectivo do bloco o
blocador intercetar o ataque no
timming certo e rentabilizar
posteriormente a ao de defesa
baixa.
Bloco
Bloco

FASES DO BLOCO:

1 - Posio preparatria
2 Salto no momento certo
/Impulso
3 Contacto
4 Retorno ao solo
Bloco

1 . Fase Preparatria

-Mos acima e ao nvel dos ombros;

- Palmas das mos orientadas para a frente;

- Ps largura dos ombros;

- Olhar deve acompanhar todo o desenvolvimento da jogada.


Bloco

2 . Salto no momento certo / Impulso

- Flexo e extenso completa dos MI e MS (ajuda a atingir um alcance


maior);
- Braos invadem o campo adversrio a partir dos ombros, com a cabea em
posio equilibrada e orientada para cima;
- Invaso dos braos s possvel atravs da recuo da bacia, abdominal
contrado e os ombros fixos.
- Saltar para realizar bloco depois do atacante alcanar o ponto mais alto da
sua elevao.
Bloco

3 . Contacto

- Braos paralelos e dedos afastados.

4. Retorno ao solo

- Flexo dos Membros Inferiores para amortecimento da receo ao solo.


Bloco

DESLOCAMENTO PARA REALIZAR BLOCO:

O jogador que executa o bloco deve realizar deslocamento em equilbrio


com uma posio frontal rede.

Esse deslocamento pode ser realizado atravs de passos laterais numa


fase inicial. No entanto numa fase mais avanada do desenvolvimento dos
jogadores, os jogadores centrais podem executar passo cruzado como
forma de deslocamento no bloco.
Bloco

PRINICIPIOS TTICOS DO BLOCO


ANLISE DA SITUAO TOMADA DE DECISO
-Caractersticas do atacantes; - Blocar ou defender;
- Ataque de 2 linha; - Momento do salto;
- Caractersticas e tendncias do - Bloco ofensivo ou defensivo;
jogador distribuidor adversrio;
- Posio do distribuidor (frente, - O que blocar? (zona, bola, linha
zona 2,3 e 4 /atrs, zona 1,6 e 5) ou diagonal)
- Movimentaes dos atacantes;
- Tipo de passe.
Bloco
Kill Block (pontuando ao refletir a bola no campo
adversrio)

Bloco Control Block (permitindo a ao da defesa


baixa aps o contacto com o bloco)

Cobrir reas especificas obrigando o atacante a direccionar a bola


para determinada zona da defesa.
Bloco

SISTEMAS DEFENSIVOS COM 1 BLOCADOR

Este tipo de sistema defensivo utilizado em equipas numa fase de


formao, quando os jogadores revelam dificuldade em se movimentarem e
transitarem para novas aces.
Ao limitada pois os ataques so lentos e altos.
Bloco
SISTEMA DEFENSIVO COM JOGADOR 6 AVANADO
(3:1:2)
Bloco zona 3 Bloco na zona 4 Bloco na zona 2

3 4 2
3 3
4 2
6 6 2 6
4
5 1 1
5 1 5

Este sistema coloca o jogador de zona 6 a realizar a cobertura ao bloco. um


sistema utilizado por equipas inexperientes e pouco desenvolvidas a nvel tcnico
ttico.
Bibliografia

Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.

Mesquita, I., Guerra, I. & Arajo, V. (Eds). (2002). Processo de formao do jovem
jogador de voleibol. Porto: Centro de Estudos e Formao Desportiva.

Moutinho, C. (1995). A estrutura do Voleibol. A estrutura funcional do voleibol. In


A. Graca & J. Oliveira (Eds.), O ensino dos jogos desportivos (2nd Edition ed., pp.
137-152). Porto: Centro de Estudos dos Jogos Desportivos - Faculdade de Cincias
do Desporto e da Educao Fsica - Universidade do Porto.
Voleibol

Sistema de Proteo ao prprio


ataque 2:3

UNIVERSIDADE LUSFONA Faculdade Docente: Afonso Lacerda Seixas


de Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Sistema de Proteo ao Prprio ataque

A proteo ao prprio ataque deve ser assegurada por todos os jogadores no


intervenientes na ao de finalizao, assegurando o equilbrio defensivo em caso
de sucesso do bloco adversrio. No entanto, realizar o apoio com todos os
jogadores nem sempre possvel devido sobretudo solicitao simultnea de
vrios atacantes (combinaes de ataque), da a importncia deste ponto na
estratgia ofensiva adoptada.
A proteco ao prprio ataque deve ser sempre constituda por duas linhas de
apoio: 1 linha (apoio prximo) e 2 linha (apoio afastado).
Sistema de Proteo ao Prprio ataque

Recuperar bolas reenviadas pelo Bloco adversrio construir um


novo ataque;

Dar confiana ao atacante jogar com o bloco adversrio;

Diminuir a eficcia do bloco adversrio.


Sistema de Proteo ao Prprio ataque

Sistema 2:3
Jog.
Zona3
2
Jog.
Jog. Zona2
:
Zona6 Jog.
3
Jog. Zona1
Zona5

Exemplo: Ataque por zona 4


Teoria e Prtica dos Desportos
Voleibol

Defesa

Universidade Lusfona Faculdade de Docente: Afonso Lacerda Seixas


Educao Fsica e Desporto Doc. Prof. M. Gaspar (2012)
Defesa

Anular o ataque adversrio impedindo que este


pontue e defender de modo a poder organizar o
contra ataque.

Depois da defesa a bola deve ser enviada para o distribuidor,


se possvel com preciso.
Defesa

Tem de haver um compromisso total


com a possibilidade de se jogar a bola.
Defesa
Qualquer que seja o
Sistema defensivo
adaptado

-A defesa baixa vai ser estabelecida em funo da actuao do


bloco;
- Perceber os pontos fortes e fracos dos jogadores;
- Conhecer as zonas mais procuradas pelo ataque adversrio.
Defesa

Os jogadores defesas
devem saber
concretamente qual a
rea de
responsabilidade e
qual a abrangncia
dos seus limites.
Defesa

OBJETIVO

-Evitar que a bola contacte o solo


- Defender a bola mantendo-a no terreno
de jogo.

O DEFESA DEVE POSSUIR:

-Vontade de se apropriar da bola;


-Vencer o cho;
-Capacidade de avaliar as suas
possibilidades de interceo.
Defesa

Formao de Leitura
jogadores Observao

-Saber apreciar distncia da bola rede;


-Saber apreciar a distncia da bola em relao ao alvo de origem;
-Saber apreciar a sua prpria distncia em relao ao bloco;
- Desenvolver a viso sobre a bola e o bloco.
Defesa

Sistema defensivo com 6 avanado (3:1:2)

- Coloca o jogador de zona 6 na cobertura do bloco.

-Sistema utilizado por equipas pouco experientes e pouco desenvolvidas a


nvel tcnico ttico.

- Zona central do fundo do campo fica fragilizada caso o bloco no atue.


Defesa
Diferentes Sistemas defensivos com jogador de zona 6 avanado

Sistema defensivo 3:1:2


Bloco zona 3 Bloco na zona 4 Bloco na zona 2

3 4 2
3 3
4 2
6 6 2 6
4
5 1 1
5 1 5

Este sistema coloca o jogador de zona 6 a realizar a cobertura ao bloco. um


sistema utilizado por equipas inexperientes e pouco desenvolvidas a nvel tcnico
ttico.
Defesa

Sistema defensivo com zona 6 recuado (3:2:1)

-Utilizado por equipas mais evoludas e em que o adversrio executa ataques


potentes.

-O jogador que se encontra em zona 6 tem a responsabilidade de reforar a


grande diagonal sendo tambm responsvel pela defesa das bolas que ressaltam
no bloco e pelos ataques longos.
Defesa
Diferentes Sistemas defensivos com jogador de zona 6 recuado

Sistema defensivo 3:2:1

3 2 3 2 3 2
4 4 4 1

5 1 5 1 5 6
6 6

Os campos representados em cima so referentes ao sistema defensivo 3:2:1 com bloco


duplo. O inverso se passa quando ataque adversrio se realiza pela zona2.
Defesa

Sistema defensivo 3:2:1


Com bloco individual e aplicado nas aulas prticas.

de zona 3
Ataque
4 2 3
3 3 4 2
2 4
1 5 1
5 5 1
6 6 6

O jogador que se encontra em


zona 6, neste caso tem de
realizar a leitura do bloco.
Defesa

4 3 2 Quando a equipa tem a posse do


servio deve posicionar-se no
campo da forma ilustrada na
figura.
5 1 As posies representam os
pontos de partida de cada jogador
antes de realizar a aco de
defesa.
6

SERVIO
Bibliografia

Gonalves, J. (2009). Voleibol Ensinar jogando. Lisboa: Livros Horizonte.

Mesquita, I., Guerra, I. & Arajo, V. (Eds). (2002). Processo de formao do jovem
jogador de voleibol. Porto: Centro de Estudos e Formao Desportiva.

Moutinho, C. (1995). A estrutura do Voleibol. A estrutura funcional do voleibol. In


A. Graca & J. Oliveira (Eds.), O ensino dos jogos desportivos (2nd Edition ed., pp.
137-152). Porto: Centro de Estudos dos Jogos Desportivos - Faculdade de Cincias
do Desporto e da Educao Fsica - Universidade do Porto.

Você também pode gostar