TCC - Ivana Maria Fernandes Machado PDF
TCC - Ivana Maria Fernandes Machado PDF
TCC - Ivana Maria Fernandes Machado PDF
ANÁPOLIS, FEVEREIRO
2016
IVANA MARIA FERNANDES MACHADO
ANÁPOLIS, FEVEREIRO
2016
FICHA CATALOGRÁFICA
CDD 540.7
Código 003.2016
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Helio Lino Delfino,
CRB-1/3031.
Biblioteca Clarice Lispector, Campus Anápolis
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
DEDICATÓRIA
Ao meu querido Pai que me apoiou, amou e deu coragem em todos os momentos.
A quem amo sem que palavras possam descrever.
Á minha melhor amiga, minha Mãe, que me inspira todos os dias a ser e fazer o
meu melhor.
Ao Pedro pela amizade que transcende os laços de sangue, e que também ama a
Química. Ao meu pequeno Josias por me fazer uma pessoa melhor com seu belo sorriso e à
Aline minha querida companheira de quarto.
Agradeço a meu Deus e pai Jeová pela saúde, cuidado, oportunidade, sobretudo
pelo amor.
Agradeço a minha família que se esforçou em fazer dessa uma caminhada feliz e
de sucesso.
CONCLUSÕES. ...................................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 55
9
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O objeto de estudo nas ciências naturais são fenômenos, que não raro, apresentam
tendências regidas por relações de variáveis de estado com parâmetros estabelecidos. Muitos
fenômenos são modelados com equações envolvendo coeficientes que correspondem
principalmente a taxas de variação e acabam por exigir um pouco mais das funções
matemáticas que os exemplos anteriores. (BOYCE e DIPRIMA, 2002).
Para Boyce e Diprima (2002) os chamados princípios ou leis são muitas vezes
modelados como proporções, ou relações, que envolvem a taxa segundo a ocorrência. Essas
relações, no sentido de igualdade, são equações. E a partir do conceito de derivada em sua
principal utilização, como à taxa de variação, há a possibilidade de modelar diversas situações
físicas e Químicas com um tipo especial de equações as Equações Diferenciais Ordinárias
(EDO).
De maneira geral, uma equação diferencial é uma pergunta do tipo: “Qual a função
cuja derivada satisfaz a seguinte relação?” Ou seja, uma equação diferencial é uma
equação (no sentido de igualdade envolvendo uma incógnita) onde a incógnita é
uma função, sendo que as informações disponíveis para a determinação da função
desconhecida envolvem sua derivada.
Nesse sentido os campos de direções são muito úteis, pois possibilitam analisar as
tendências de uma equação diferencial de maneira bem clara. Campos de direção são meios
de analisar uma tendência sem achar uma solução determinada. Usando da definição de
derivada, encontrada em Boyce e DIPRIMA (2002):
Definição 1- Se𝑦 = 𝑦(𝑥) é uma função derivável em um intervalo aberto 𝐼 = (𝑎, 𝑏) e seja
𝑥0 ∈ 𝐼, então 𝑦’(𝑥0 )que apresenta a inclinação da reta tangente t ao gráfico de 𝑦 = 𝑦(𝑥),
no ponto ( 𝑥0 , 𝑦’(𝑥0 )).
Sendo assim quando não é obtida a solução da diferencial há como recurso usar
um diagrama auxiliador. O campo de direções da equação diferencial é um gráfico da função
g de forma que para cada ponto 𝑄 = (𝑥, 𝑦) do domínio, g apresenta uma direção de qualquer
solução y que passe pelo ponto 𝑄 = (𝑥, 𝑦). Direção essa representada por um segmento de
reta cujo coeficiente angular é o valor da função g naquele ponto 𝑄 = (𝑥, 𝑦) e cuja origem
do segmento é o ponto 𝑄 = (𝑥, 𝑦).[7]
Porquanto segue um estudo mais aprofundado das E.D.O. segundo seus graus.
Onde a solução é qualquer função y= ϕ(t) que satisfaça essa equação em todo t
num dado intervalo. Encontrar um método geral para resolvê-las, entretanto não é tão simples.
Essas mesmas podem ser dispostas em subclasses que exigem métodos próprios.
𝑑𝑦
+ 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑔(𝑡) (03)
𝑑𝑡
𝑑𝑦
= −𝑎𝑦 + 𝑏 (04)
𝑑𝑡
𝑑𝑦 /𝑑𝑡
𝑏 = −𝑎 (05)
𝑦−
𝑎
16
Após a integração;
𝑏
ln 𝑦 − = −𝑎𝑡 + 𝑐 (06)
𝑎
Esse é um método muito útil. Por exemplo, a função que modela o movimento de
um objeto em queda segue uma estrutura semelhante. Mas esse método não é geral para uma
equação como (03), para essa há um método derivado de Leibniz. Esse método se baseia em
multiplicar uma função μ(t) que será o fator integrante. Ao descobri-lo se torna possível
responder a função cuja derivada satisfaz a relação da E.D.O. modelada.
Esse teorema diz que uma E.D.O. dada pela Eq. (03) e uma condição inicial
𝑑𝜙 (𝑡)
y(t0)=y0, existe uma única função ϕ(t) tal que + 𝑝 𝑡 𝜙(𝑡) = 𝑔(𝑡) e inicial ϕ(t0)=y0 será a
𝑑𝑡
única solução.
Um método de encontrar soluções de E.D.O. de primeira ordem, já mencionado,
consiste na multiplicação de um fator μ(t), chamado de fator integrante na equação (03).
Neste caso,
𝑑𝑦
𝑑𝑡
𝜇 t + 𝑝 𝑡 𝑦 𝜇(t) = 𝑔 𝑡 𝜇(t) (08)
Com isso busca-se uma função μ(t) tal que a primeira parte da equação (08) possa
ser [𝜇 t y]′ , ou seja,
𝜇 t + 𝑑𝜇𝑑𝑡 t 𝑦 .
𝑑𝑦
𝑑𝑡
𝜇 t + 𝑝 𝑡 𝑦 𝜇 t = [𝜇 t y]′ = 𝑑𝑦
𝑑𝑡
(09)
17
𝑑𝜇 t
=𝑝 𝑡 𝜇 t , (10)
𝑑𝑡
𝑝 𝑡 𝑑𝑡
𝜇 t =c∙e (11)
Onde a constante c da Eq. (10) pode ser desconsiderada por ser a mesma que
aparece em ambos os lados da igualdade da Eq (08).
Que pode ser facilmente integrada, e em seguida isolar a função y.A seguir um
exemplo que demonstra a utiliza este método.
Considerando o P.V.I. y′ + 2𝑦 = t; 𝑦0 = 1;
y′ 𝜇 t + 2𝑦𝜇 t = t𝜇 t (13)
𝑑𝜇 t
=2𝜇 t (14)
𝑑𝑡
𝑑
ln 𝜇 t = 2𝑑𝑡 (15)
𝑑𝑡
𝜇 t = 𝑒2𝑡+c (16)
𝑒 2𝑡 ∙ y′ = 𝑡𝑒 2𝑡 (17)
′
y = 𝑡𝑒 −2𝑡 𝑑𝑡 (18)
18
1
y = − 4 e−2t (2t + 1) + c (19)
1
1 = − e−2∙0 (2 ∙ 0 + 1) + c,
4
1=1+𝑐
c = 0, (20)
1
y = − 4 e−2t (2t + 1) . (21)
Esse tópico trouxe uma revisão dos conceitos básicos e mais necessários de
E.D.O. de primeira ordem. O método do fator integrante mencionado e o teorema de
existência e unicidade são pontos importantes que permitiram compreender os aspectos mais
complexos, e gerais, das E.D.O. de ordens mais altas.
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
= 𝑓 𝑡, 𝑦, 𝑑𝑡 , (22)
𝑑𝑡 2
Quando f é uma função similar a equação (03) está é designada linear. Sendo este
o caso de f ser linear em y e y’ e ter que g, p e q como funções continuas da variável t e
independentes de y. Deste modo temos a equação (23);
𝑑𝑦 𝑑𝑦
𝑓 𝑡, 𝑦, 𝑑𝑡 = 𝑔 𝑡 − 𝑝 t − 𝑞 t 𝑦, (23)
𝑑𝑡
𝑃 𝑡 𝑦" + 𝑄 t 𝑦′ + 𝑅 t 𝑦 = 𝐺 t , (22)
y(t0)=y0;y’(t0)=y’0, (24)
onde são dados valores numéricos a y0e y’0 , tem-se um problema de valor inicial.
então a combinação linear c1y1+ c2y2 é solução para quaisquer valores das constantes c1e
c2.(BOYCE E DIPRIMA, 2002).
𝝋𝟏, 𝝋𝟐
𝑾[φ𝟏, φ𝟐] = (28)
𝝋′𝟏, 𝝋′𝟐
Teorema 5.(encontrado em LUZ e CORREA, 2001) Sejam φ1e φ2:(a,b) duas soluções L.I de
y''+ p(x)y'+ q(x)y=0. Então qualquer solução φ para a equação é da forma
φ=α1 φ1+ α2 φ2 (30)
21
então sua diferença entre Y1 e Y2 é uma solução da equação homogênea associada, com g(t)=
0. Se além disso, y1 e y2 formam um conjunto de soluções para a equação associada, então
c1y1 (t) + c2y2 (t) = Y1(t) – Y2(t), (41)
Onde C1 e C2 são constantes determinadas.
23
Então se tem que a solução geral da equação não homogênea segue o teorema a
seguir; disponível na mesma obra anteriormente mencionada;
Teorema 8:A solução geral da referida equação pode ser escrita tal que,
Das proposições destes teoremas entende-se que para solucionar a equação não
homogênea,
e se busca determinar os coeficientes. Se houver sucesso tem-se uma solução da equação (40),
e se denota que se pode usar essa solução particular. Do contrario se tem de formular uma
nova hipótese, pois o insucesso não demonstra a inexistência de solução para e equação.
(BOYCE e DIPRIMA, 2002).
24
𝑦2 𝑔(𝑠) 𝑦1 𝑔(𝑠)
𝑌 𝑡 = −𝑦1 𝑑(𝑠) + 𝑞𝑦2 𝑑(𝑠) (44)
𝑊(𝑦1 ,𝑦2 )(𝑠) 𝑊(𝑦1 ,𝑦2 )(𝑠)
A solução geral é
conforme o teorema 8.
É mais difícil perceber diretamente eventos naturais que podem ser expressos em
ordens superiores a dois devido, principalmente a dificuldade geométrica de “enxergar” as
derivadas de ordem maior que dois. Há eventos naturais que são expressos em ordens
superiores a dois e os estudar permite uma melhor compreensão das tendências, pois quando
expressos em E.D.O. mais simples, aqueles com soluções explicitas, dificilmente
possibilitariam.
𝑑𝑦
a. Se (t0 ) > 0, y é crescente em t0.
𝑑t
26
𝑑𝑦
b. Se (t0 ) < 0, y é decrescente em t0.
𝑑t
𝑑𝑦
c. Se (t0 ) = 0, y não é decrescente nem é crescente em t0.
𝑑t
𝑑𝑦
Geometricamente, pensando em t0 como a taxa de variação, ou seja, como o
𝑑t
coeficiente angular da reta que passa no ponto 𝑑𝑦(t , t0 )e é tangente a y em t0 se tem que;
Figura 1: Gráfico- Da função y(t), e retas que a tangencia nos pontos 𝑑𝑦(t , t 0 )
Com isso dada uma equação diferencial qualquer pode-se buscar as características
da variável onde a função cresce, decresce ou está em equilíbrio. Como no exemplo a seguir:
𝑑𝑦
= 4 − 2y (47)
𝑑t
𝑑𝑦
a. Se y> 2, então < 0 a função y decresce.
𝑑t
𝑑𝑦
b. Se y< 2, então > 0 a função y cresce.
𝑑t
𝑑𝑦
Se y= 2, então = 0 , sendo assim y= 2, e está é uma solução de equilíbrio.
𝑑t
Geometricamente se tem;
27
Isso denota que toda solução em que 𝑦(0) < 2 tende a crescer para atingir o valor
2 e toda solução começando em 𝑦(0) > 2tende a decrescer para atingir o valor 2. Se 𝑦 0 =
2 se tem a solução trivial constante ou solução de equilíbrio.
𝑑𝑥
=𝑥−𝑦 (48)
𝑑𝑡
𝑑𝑦
= 𝑥+𝑦 (49)
𝑑𝑡
𝑑𝑥
1º caso: Analisando ;
𝑑𝑡
𝑑𝑥
=0 →𝑥−𝑦 =0→𝑥 = 𝑦 (50)
𝑑𝑡
𝑑𝑥
>0 →𝑥−𝑦 >0→𝑥 >𝑦 (51)
𝑑𝑡
𝑑𝑥
<0 →𝑥−𝑦 <0→𝑥 <𝑦 (52)
𝑑𝑡
e geometricamente;
28
𝑑𝑦
2º caso: Analisando 𝑑𝑡
;
𝑑𝑦
= 0 → 𝑥 + 𝑦 = 0 → 𝑦 = −𝑥 (53)
𝑑𝑡
𝑑𝑦
> 0 → 𝑥 + 𝑦 > 0 → 𝑦 > −𝑥 (54)
𝑑𝑡
𝑑𝑦
< 0 → 𝑥 + 𝑦 < 0 → 𝑦 < −𝑥 (55)
𝑑𝑡
e geometricamente;
É esperado então que a solução y(t) ou x(t) faça trajetórias circulares, da forma da
figura abaixo.
De fato não se atinge a clareza das soluções x(t) e y(t) por esta analise de direções,
mas há uma noção de como deve se comportar cada uma das soluções pelo comportamento
qualitativo.
O campo da análise qualitativa das equações diferenciais é muito vasto, mas aqui
se limita a exemplificação dessas analise que demonstram o caminho para o exemplo de
catálise enzimática.
30
Um tanque contém 100 galões (cerca de 455 litros) de água e 50 onças (cerca de
1,42 kg) de sal. Água contendo uma concentração de sal de ¼ (1 + ½ sen t) oz/gal entra no
tanque a uma taxa de 2 galões por minuto e a mistura no tanque sai á mesma taxa. Denotando
por x a massa de sal (em onças) na vasilha, e o tempo (em minutos) por t.
𝑑𝑥
A razão (instantânea) da variação de x com relação a t, , é igual a razão da
𝑑𝑡
variação da quantidade de sal que entra na vasilha com relação ao tempo, menos a razão da
variação da quantidade de sal que sai.
𝑑𝑥 𝑥
= 2 ¼ 1 + ½ sen 𝑡 − 2 (56)
𝑑𝑡 100
𝑑𝑥 1 1 𝑥
= + 4 sen 𝑡 − (57)
𝑑𝑡 2 50
1
Esse exemplo hipotético segue a linha de exemplos semelhantes aos propostos em Boyce e DIPRIMA, 2002.
31
Essa é uma equação diferencial ordinária de primeira ordem. Inclui uma variável
diferenciada, x, e uma variável de diferenciação, t.
Pelo método do fator integrante, μ(t), é possível encontrar uma quantidade de sal
para qualquer instante t, encontrando assim o fator integrante:
𝑑𝑥 𝑥
∙𝜇 t + 2 𝜇 t = 2 ¼ 1 + ½ sen 𝑡 𝜇 t (58)
𝑑𝑡 100
𝑑𝜇 t 𝑥
= 2 𝜇 t , (59)
𝑑𝑡 100
então,
𝜇 t = 𝑒𝑡/50. (60)
𝑑𝑥
𝑒 𝑡/50 ∙ 𝑑𝑡 = 2 ¼ 1 + ½ sen 𝑡 𝑒 𝑡/50 , (61)
𝑑𝑥
𝑒 𝑡/50 ∙ 𝑑𝑡 = 2 ¼ 1 + ½ sen 𝑡 𝑒 𝑡/50 𝑑𝑡 ,
625 25
𝑥 = 25 − 2501 cos 𝑡 + 5002 sin t + 𝑐 ∙ 𝑒 −𝑡/50 . (62)
625 25
50 = 25 − 2501 cos 0 + 5002 sin 0 + 𝑐 ∙ 𝑒 −0/50 ,(63)
63150
c = . (64)
2501
63150 625 25
𝑥= 𝑒 −𝑡/50 + 25 − 2501 cos 𝑡 + 5002 sin t. (65)
2501
Do mesmo modo uma hipotética solução de água com resíduos químicos que
contamina um açude de água potável foi trabalhada em condição ideal, ou seja, sem levar em
conta volumes parciais ou outras interações intermoleculares. Esse exemplo hipotético segue
a linha de exemplos semelhantes aos propostos em Boyce e Diprima, 2002.
Supondo que estes resíduos permanecem inertes no meio e que suas interações
intermoleculares não influenciem no volume total. Sendo assim visto o fluxo de entrada e
33
saída de água ser iguais o volume total do açude permanece constante em 10 7 galões. Usando
a notação t para o tempo, medido em anos, e a quantidade de resíduos por ϕ(t), medido em
gramas, tem-se,
𝑑𝜙
= 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 − 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 (66)
𝑑𝑡
= [ 𝜙(𝑡)/2] 𝑔𝑎𝑙/𝑎𝑛𝑜
𝑑𝜙
= [(5 . 106 )(2 + 𝑠𝑒𝑛 2𝑡)] − [𝜙(𝑡)/2] 𝑔𝑎𝑙/𝑎𝑛𝑜 (69)
𝑑𝑡
𝜙 𝑡 = 𝜑. 106 (70)
Então,
𝑑𝜑
+ 1/2 𝜑(𝑡) = 10 + 5 𝑠𝑒𝑛 2𝑡 (71)
𝑑𝑡
40 10
𝜑 𝑡 = 20 − 17 𝑐𝑜𝑠2𝑡 + 17 𝑠𝑒𝑛 2𝑡 + 𝑐𝑒 −𝑡/2 . (72)
𝑡
40 10 300
𝜑 𝑡 = 20 − 𝑐𝑜𝑠2𝑡 + 𝑠𝑒𝑛 2𝑡 − 𝑒 −2 . (73)
17 17 17
34
𝑣𝑖 𝐴𝑖 = 0 (75)
35
𝑑 𝐴
= −𝑘[𝐴] (77)
𝑑𝑡
é,
𝐴 = 𝐴 0 𝑒 −kt . (78)
𝑑[𝐴]
= −k[A] (79)
𝑑𝑡
𝐴 𝑑𝐴 𝑡
𝐴0 𝐴
= −k 0
𝑑𝑡
𝐴
𝑙𝑛
𝑒 𝐴 0 = 𝑒 −kt
𝐴 = 𝐴 0 𝑒 −kt (80)
𝑑𝑅 (𝑡)
= −𝑘𝑅 𝑡 . (81)
𝑑𝑡
𝑑𝑅 (t)
= −kR(t) (82)
𝑑𝑡
𝑑𝑅(𝑡)
= −k𝑑𝑡
𝑅(𝑡)
𝑑
ln 𝑅(𝑡) 𝑑𝑡 = −k 𝑑𝑡
𝑅(𝑡)
38
𝑅 𝑡 = 𝑐𝑒 −𝑘𝑡 . (83)
𝑅0
= 𝑅0 𝑒 −𝑘5730
2
Seja o pendulo conforme a figuraabaixo onde → denota a força peso tal que→=
P P
𝑥= 𝑙𝑠𝑖𝑛𝜃
(86)
𝑦= − 𝑙𝑐𝑜𝑠𝜃
40
→
𝑃𝑥 = 0; 𝑃𝑦 = −𝑚𝑔; 𝑇𝑥 = −𝑇𝑠𝑖𝑛𝜃; 𝑇𝑦 = 𝑇𝑐𝑜𝑠𝜃; 𝑅𝑥 = 𝛼𝑥 ′ ; 𝑅𝑦 = 𝛼𝑦′ (89)
Pela segunda lei de Newton a força resultante (Fr = m.a), é igual à soma das forças
aplicadas num ponto.
Em x:
𝑚. 𝑥" = −𝑇𝑠𝑖𝑛𝜃 + 𝛼𝑥 ′ ;
−𝑚.𝑥"+𝛼𝑥 ′
𝑇= (90)
𝑠𝑖𝑛𝜃
Em y:
𝑚.𝑦"+𝑚𝑔 −𝛼𝑦 ′
𝑇= (91)
𝑐𝑜𝑠𝜃
−𝑚. −𝑙𝑠𝑖𝑛 𝜃 ′ 2
+ 𝑙𝑐𝑜𝑠𝜃 ′ . 𝜃" + 𝛼 𝑙𝑐𝑜𝑠𝜃 ′ . 𝑐𝑜𝑠𝜃
= 𝑚. 𝑙𝑐𝑜𝑠(𝜃 ′ )2 + 𝑙𝑠𝑖𝑛𝜃. 𝜃" + 𝑚𝑔 − 𝛼 𝑙𝑠𝑖𝑛𝜃′ . 𝑠𝑖𝑛𝜃
𝛼 𝑔
𝜃" = − 𝑚 𝜃′ + 𝑙 𝑠𝑖𝑛𝜃 = 0 (93)
41
𝛼 𝑔
𝜃" − 𝑚 𝜃′ + 𝑙 𝜃 = 0. (94)
𝑔 𝛼
Chamando 𝑤 2 = 𝑙; 𝛾 = 𝑚; a equação (82) se transforma em;
𝜃" − 𝛾 𝜃′ + 𝑤 2 𝜃 = 0. (95)
𝜃 𝑡 = 𝑒 𝑟𝑡 , 𝜃′ 𝑡 = 𝑟𝑒 𝑟𝑡 , 𝜃" 𝑡 = 𝑟 2 𝑒 𝑟𝑡 (96)
𝑟 2 𝑒 𝑟𝑡 − 𝛾 𝑟𝑒 𝑟𝑡 + 𝑤 2 𝑒 𝑟𝑡 = 0. (97)
2
𝛥 = −𝛾 − 4 1. 𝑤 2 (98)
− −𝛾 ± −𝛾 2 −4 𝑤 2
𝑟= (99)
2
Esse problema pode existir com três comportamentos e foram abertos a seguir;
1º caso:É o caso em que o pendulo não é amortecido,para tanto tem-se queα=0 por quanto
γ=0eΔ< 0. As raízes da equação característica são 𝑟 = ±𝑤𝑖 e a solução geral é:𝜃 𝑡 =
𝑐1 cos 𝑤𝑡 + 𝑐2 sin 𝑤𝑡 ; com as condições iniciais (CI) 𝜃 0 = 1 e 𝜃′ 0 = 0.
Observação: Esse pêndulo não amortecido tem a mesma E.D.O.. do movimento
harmônico simples, usado no movimento da mola e outros movimentos periódicos.
42
e a solução geral é;
𝛾
𝜃 𝑡 = 𝑒 2 𝑡 𝑐1 cos 𝛽𝑡 + 𝑐2 sin 𝑤𝛽𝑡 (100)
com as condições iniciais (CI) 𝜃 0 = 1 e 𝜃′ 0 = 0e Pendulo com γ< 0, α<0 , Δ< 0.
𝟏
43
Figura 13: Gráfico- Pendulo com γ=− 𝟖 , w= 1, Δ< 0;CI: 𝛉 𝟎 =
𝟏 𝐞 𝛉′ 𝟎 = 𝟎.
O potencial de catalisar reações Químicas é uma das bases para possibilitar a vida.
Um catalisador, segundo Atkins e de Paula (2012) p. 259, é uma substância que acelera uma
reação, mas não sofre, modificação de natureza Química, nesse processo. Diminui assim a
energia de ativação, esseparâmetrodetermina a mínima energia cinética que se necessita dos
reagentes para a formação de produtos.
Boa parte das enzimas são proteínas, e não raro são catalisadores muito mais
poderosos que os sintéticos. O reconhecimento e a discrição dessas complexas moléculas se
deu inicialmente no final dos anos 1700 por estudos dirigidos a digestão de carne por
secreções estomacais. Durante os séculos seguintes muitas descobertas nesse campo foram
imprescindíveis para o desenvolvimento da bioQuímica.
(102)
𝑑𝑠
= −k1 𝑒𝑠 + k −1 𝑐, (103)
𝑑𝑡
𝑑𝑒
𝑑𝑡
= −k1 𝑒𝑠 + (k −1 +k2 )𝑐 , (104)
que por sua vez diz que a taxa de concentração da enzima é proporcional a quebra do
complexo em reagentes e produtos subtraído da formação do complexo,
𝑑𝑐
= k1 𝑒𝑠 − (k −1 +k2 )𝑐, (105)
𝑑𝑡
por sua vez diz que a taxa de concentração do complexo é proporcional a quebra do complexo
produtos,
𝑑𝑝
= k2 𝑐 (106)
𝑑𝑡
esta diz que a taxa de concentração do produto é igual a quebra do complexo em reagentes
subtraído da formação do complexo. Tem-se assim um sistema não-linear de equações. Nem
46
𝑡
𝑝 𝑡 = 𝑘2 0 𝑐(𝑠)𝑑𝑠, (107)
Quanto à concentração inicial se tem que;
s = s0 e = e0 c=0 p=0
𝑑𝑐 𝑑𝑒
+ 𝑑𝑡 = 0, (108)
𝑑𝑡
e isolando e(t);
𝑑𝑠
= −k1 𝑒0 𝑠 + (k1 𝑠+k−1 )𝑐, (111)
𝑑𝑡
𝑑𝑐
= k1 𝑒0 𝑠 − (k1 𝑠+k −1 +k2 )𝑐. (112)
𝑑𝑡
com condições iniciais s(0) = s0 e e(0) = 0. Como as equações acima [(111) e (112)] são dadas
apenas em termos de “s” e “c” a análise qualitativa inicial é feita apenas com essas duas
equações. As analises aqui feitas só são validas para 𝑡 ≥ 0 e as concentrações das variáveis
acima ou iguais a zero.
Segue-se assim uma analise qualitativa das direções do sistema com as equações
[(111) e (112)]no plano (c, s) para deduzir as formas das soluções, valendo apenas para
𝑐 e 𝑠 > 0.
47
𝑑𝑠
1º- Análise de 𝑑𝑡 = −k1 𝑒0 𝑠 + k −1 𝑐;
𝑑𝑠 k1 𝑒0 𝑠
>0 ⇒𝑐> k1 𝑠 + k −1 , (113)
𝑑𝑡
𝑑𝑠 k1 𝑒0 𝑠
<0⇒𝑐< k1 𝑠 + k−1 , (114)
𝑑𝑡
𝑑𝑠 k1 𝑒0 𝑠
=0⇒𝑐= k1 𝑠 + k −1 . (115)
𝑑𝑡
k1 𝑒0 𝑠
E denomine-se 𝑐 = k1 𝑠 + k −1 ; como curva “a”,
𝑑𝑐
2º- Análise de 𝑑𝑡 = k1 𝑒0 𝑠 − (k −1 k1 k2 )𝑐;
𝑑𝑐 k1 𝑒0 𝑠
>0 ⇒𝑐< k1 𝑠 + k−1 , (116)
𝑑𝑡
𝑑𝑐 k1 𝑒0 𝑠
<0⇒𝑐> k1 𝑠 + k −1 , (117)
𝑑𝑡
𝑑𝑐 k1 𝑒0 𝑠
=0⇒𝑐= k1 𝑠 + k −1 . (118)
𝑑𝑡
48
k1 𝑒0 𝑠
E denomine-se 𝑐 = k1 𝑠 + k2 + k −1 ; como curva “b”
O estudo desse gráfico permite observar que na condição inicial s(0)=s 0 e c(0)= 0
𝑑𝑠
se tem que < 0 em todo t>0, portanto s(t) é sempre decrescente e tende a zero quando t
𝑑𝑡
→∞. Quimicamente isso corresponde a dizer que o substrato tende a ser totalmente
𝑑𝑐
consumido atingindo a concentração zero. Em relação a c(t) se observa que > 0 até c(t)
𝑑𝑡
k1 𝑒0 𝑠
atingir a curva “b” no valor 𝑐 = k1 𝑠 + k2 + k −1 ; onde s depende da concentração de
s0. Apos esse valor c decresce e tende a zero quando t →∞. Quimicamente isso diz que o
complexo tende à zero depois atingir a curva b, pois o substrato passa a ser mais escasso.
𝑘2 0. Mas a partir do conceito básico de analises qualitativas, capitulo 2, 𝑐 𝑡 > 0 para todo
t>0, ou seja, a concentração do produto é sempre crescente. Mas como, 𝑡 → ∞, então
𝑑𝑝
= 𝑘2 𝑐, c(t) → 0 quando 𝑡 → ∞, logo a concentração do produto tende a estabilizar em
𝑑𝑡
Para Peixoto, 1978, muitos problemas de natureza quântica não tem uma solução
analítica explicita. Entretanto modelos hipotéticos de aproximação de fenômenos quânticos
são muito úteis para compreender as tendências dos sistemas naturais.
𝑑2 8𝜋𝜇 1
=− [ 𝑘𝑥 2 − 𝐸] 𝜓 𝑥 = 0 (119)
𝑑𝑥 2 2 2
teoria de mecânica quântica. Sendo útil por permitir uma analise muito precisa dos espectros
vibracionais causados pelas vibrações moleculares.
𝑑𝑐
= k1 𝑒𝑠 − (k −1 +k2 )𝑐 = 0, (120)
𝑑𝑡
es
𝑐(𝑡) = 𝐾 , (121)
m
es 𝑑𝑠
v = k2 𝑐 = k2 𝐾 = − , (122)
m 𝑑𝑡
e s
𝑐 = 𝐾 0+𝑠, (123)
m
𝑘2 e 0 s 𝑑𝑠
v = k2 𝑐 = k2 =− (124)
𝐾m +𝑠 𝑑𝑡
(125)
53
Onde k2[E]0 = Vmax é a velocidade máxima da reação para uma dada concentração
inicial da enzima, [E]0. A constante de velocidade k2 é também chamada de kcat ou número de
renovação. (CARVALHO, 2010).
Espenson, 2002 p. 91,o melhor modo para obtenção dos valores de Km, Vmax e kcat
é o uso de um ajuste não linear por mínimos quadrados. Ajustes menos confiáveis
estatisticamente, mas mais simples, são os ajustes lineares.
Carvalho, 2010, menciona cinco manipulações de ajustes lineares entre eles dentre
as quais se tem as equações de Lineweaver-Burk, de Hanes e de Eadie-Hofstee.
Essas equações são mais confiáveis, entre si, conforme a necessidade de maior
precisão de um parâmetro ou outro.2 A sua importância reside em ser didaticamente mais
simples, e a maior rapidez que oferece na percepção desvios de um comportamento no
mecanismo do tipo Michaelis-Menten.
2
Carvalho, 2010, apresenta em seu trabalho uma discussão interessante da capacidade dessas equações em
produzir parâmetros de Michaelis-Menten confiáveis.
54
CONCLUSÕES
Neste trabalho foi possível destacar exemplos de aplicações que podem ser
desbravados de maneira interdisciplinar, bem como individualmente pelos docentes de ambas
as áreas, Matemática e Química. O que possibilitou determinar que as E.D.O., mesmo as mais
simples, têm grande emprego em sistemas químicos na determinação de fatores complexos. E
pode-se concluir que o uso aplicado, mesmo que demande mais tempo de estudo, é possível e
de grande importância para um ensino menos superficial de cálculo em cursos de Química
REFERÊNCIAS