Contratos Teste
Contratos Teste
Contratos Teste
B. Arbitragem (artigo 211º nº2 CRP e Regime da Arbitragem Voluntária): Na arbitragem, as partes,
através de um acordo de vontades que se designa por convenção de arbitragem, submetem a decisão do
litígio a árbitros por elas escolhidos.
A arbitragem pode ser:
Ad hoc: é conduzida sem o recurso a uma autoridade administrativa e,
geralmente, sem o auxílio de regras processuais institucionais. Está totalmente dependente da
cooperação entre partes, as quais têm de designar um árbitro ou árbitros, que resolvem o litígio sem a
supervisão institucional e têm de definir as suas próprias regras processuais aplicáveis.
As partes recorrem à arbitragem ad hoc quando desejam ter um controlo do procedimento
arbitral, em vez de estarem sujeitas à administração ou controle institucional e quando o valor em disputa
não é significativo. É também geralmente usada quando as partes são incapazes de concordar com a
instituição de arbitragem uma vez que, sendo as partes incapazes de se decidir, a arbitragem ad hoc
acaba muitas vezes por ser o compromisso final.
A arbitragem ad hoc pode ser menos dispendiosa do que a arbitragem institucional, uma vez que
não há um secretariado institucional a pagar. Contudo, convém não esquecer que, mesmo na arbitragem
ad hoc, os próprios árbitros precisarão de desempenhar funções administrativas básicas, que podem
acarretar despesas iguais ou maiores que as de uma instituição arbitral. Por outro lado, é importante não
esquecer que se trata de uma instituição que vai ser criada do zero e terá de funcionar perfeitamente e
isso acarreta um enorme trabalho para as partes.
Institucionalizada: ou seja, o tribunal arbitral é constituído no âmbito de uma
instituição privada já criada para tal designada de centro de arbitragem. Essas instituições possuem
normalmente um regulamento de arbitragem próprio, um órgão de decisão que nomeia árbitros e toma
certas outras decisões, e uma equipa de profissionais que organiza e administra arbitragens. É importante
realçar que uma instituição arbitral não resolve a disputa substantiva subjacente entre as partes nem atua
como árbitro, mas, em vez disso, administra processos que são conduzidos e decididos por árbitros
individuais.
Claramente que estes serviços prestados por estas instituições arbitrais têm um preço, que é
adicional aos honorários e despesas dos árbitros. Cada instituição arbitral tem uma tabela de honorários
que especifica quais os valores cobrados, assim como a base para o cálculo dessas taxas, a qual, regra
geral tem por base uma percentagem do valor em disputa.
Por outro lado, há inúmeras vantagens em se recorrer a uma arbitragem institucionalizada:
Existe uma maior previsibilidade e regularidade face à arbitragem ad hoc.
No início de uma arbitragem entre partes às vezes inexperientes e de diferentes culturas
jurídicas, o papel de uma instituição em levar adiante o processo arbitral pode ser altamente construtivo e
eficiente.
Caso o demandado não nomeie um arbitro, a instituição arbitral normalmente procederá
à designação do árbitro em falta, de acordo com as suas regras institucionais. Deste modo, evita-se a
necessidade de recorrer aos tribunais nacionais para a nomeação judicial de árbitros, que geralmente
leva mais tempo e dinheiro para produzir resultados menos apropriados do que uma instituição arbitral
competente.
A existência de uma instituição arbitral, cujas regras abordam a questão dos honorários
dos árbitros, evita que as partes sejam obrigadas a negociar diretamente com os árbitros sobre os seus
honorários, e isso permitirá que os árbitros se concentrem apenas na resolução do litígio, em vez de
discutir com as partes um assunto de índole pessoal.
Por fim, a arbitragem institucionalizada liberta as partes da necessidade de
negociar e redigir as regras processuais, na medida em que a submissão de um litígio a uma instituição
de arbitragem importa a aceitação do respetivo regulamento.
A arbitragem pode ser voluntária (quando há um acordo entre as partes que, em caso de litigio,
ele deve ser resolvido pelo tribunal arbitral) ou necessária (casos especificamente previstos na lei que
preveem que certos litígios só podem ser submetidos à apreciação de tribunais arbitrais e não tribunais
judiciais públicos, por exemplo em matéria relativa a medicamentos genéricos).
A arbitragem pode ser interna (aquela que está em contacto apenas com um estado) ou
internacional (quando o litigio põe em causa os interesses do trafego internacional).
A arbitragem está prevista na LAV e para que haja uma arbitragem é necessário que exista uma
convenção arbitral, ou seja, um acordo negocial entre as partes que tem por objeto a previsão da
constituição de um tribunal arbitral em caso de litigio. Para a constituição de uma convenção arbitral é
necessário que estejam previstos certos requisitos, sob pena de nulidade (artigo 3º LAV):
Requisitos relativos à relação jurídica que é submetida à apreciação do tribunal arbitral:
não é qualquer questão que pode ser apreciada por este tipo de tribunal mas sim situações que versem
sobre interesses de natureza patrimonial (artigo 1º nº1 LAV) ou litígios sobre os quais as partes possam
celebrar transação comercial (artigo 1º nº2 LAV);
Deve observar forma escrita (artigo 2º nº1 LAV). Atenção que se não for observada esta
forma mas o autor alegar que celebrar com o réu uma convenção de arbitragem e o réu não contestar
então entende-se que este requisito foi observado (artigo 2º nº5 LAV).
Os efeitos da convenção arbitral variam consoante o litigio seja presente ou futuro uma vez que
existem dois tipos de convenção arbitral (artigo 1º nº3 LAV):
Compromisso arbitral (litígio presente): celebrado quando surge um litigio entre as
partes, e esse litígio pode estar a ser apreciado por um tribunal publico, mas as partes a certa altura
decidem
que é melhor recorrer a um tribunal arbitral dada a prossecução dos seus interesses. Logo, o
compromisso
arbitral é causa da extinção da instância uma vez que o litígio vai deixar de correr num tribunal publico e
vai passar a correr no tribunal arbitral (artigo 277º b) e 280º CPC).
Clausula compromissória (litigio eventual futuro): as partes num contrato estabelecem
que em caso de litígio futuro a solução será submetida a tribunal arbitral. Os tribunais judiciais são
absolutamente incompetentes para conhecer desta causa e, como tal, estamos perante uma exceção
dilatória (artigo 577º a) CPC) e o réu poderá ser absolvido da instância (artigo 99º nº1 CPC).
O conhecimento do litígio é, como já referimos, reservado ao árbitro. Pode ser árbitro qualquer
pessoa singular que seja plenamente capaz. A responsabilidade para escolher o árbitro cabe às partes. O
árbitro deve ser imparcial e independente (artigo 9º nº3 LAV). Deve existir, no mínimo, 1 árbitro (artigo 8º
nº1 LAV) e, caso as partes não tenham estipulado nada previamente em convenção então deve designar-
se 3 árbitros- cada parte designa um árbitro e esses dois árbitros escolhem o árbitro presidente (artigo 8º
nº2 e 10º nº3 LAV). O árbitro tem a liberdade de o ser ou não, ou seja, de aceitar ou rejeitar (artigo 12º
LAV) e tem o direito a uma remuneração. Uma vez aceite só pode desincumbir-se das suas funções se
houver justa causa ou alguma impossibilidade.
O dever principal do árbitro é o dever de conduzir o processo e decidir a causa. Pode também ter
alguns deveres alterais, como o de siligo relativo a todas as informações que obtenha no desencadear do
processo (artigo 30º nº5 LAV).
A LAV não fixa regras processuais precisas, elas poderão ser livremente acordadas pelas partes
(artigo 30º nº2 LAV). Em todo o caso, a LAV fixa parâmetros que têm de ser respeitados por estas regras
processuais portanto a liberdade que as partes têm de acordar “o que quiserem” no contrato não é total,
sob pena da decisão vir a ser anulada (artigo 46º nº3 a) CPC).
O fim do processo arbitral é tendencialmente sempre o mesma: obter uma decisão sob a forma
de
sentença proferida pelos árbitros. A sentença pode ser proferida com base em três fundamentos: os
árbitros
decidirem segundo o direito estrito (artigo 39º nº1 LAV); os árbitros decidiram com base na equidade
desde
que tenham acordado previamente (artigo 39º nº2 LAV); os árbitros decidirem com apelo ao equilibro dos
interesses em jogo (artigo 39º nº3 LAV), atenção que nesta hipótese não é possível recurso.
A decisão tem de ser tomada pela maioria dos árbitros; se não houver maioria então a decisão
do
presidente do tribunal arbitral é a que prevalece (artigo 40º nº1 parte final LAV).
A particularidade da arbitragem é que as partes podem dispensar a fundamentação da sentença
(artigo 42º nº3 LAV). A sentença arbitral vale como sentença de tribunal judicial, não precisando de
reconhecimento, mesmo que não tenha fundamentação (artigo 47º LAV). A única forma que as partes têm
de atacar a decisão é depois de transitar em julgado e pedirem a respetiva anulação (artigo 46º LAV).
Este
direito é irrenunciável (artigo 46º nº5 LAV) e tem de ser exercido no prazo de 60 dias contados da data da
notificação da sentença (artigo 46º nº6 LAV).
C. Mediação (lei 29/ 2013 de 19 de Abril): intervém para a resolução de litígios o mediador, cuja
função é aproximar as partes para que elas coloquem termo ao seu conflito. Na mediação, há um terceiro
que é chamado a intervir, mas que não decidirá sobre a causa, tem apenas uma mera função de
aproximação das partes para que elas próprias possam resolver o litigio de forma negocial (uma vez que
a situação resolvesse pelo consenso e não pelo esclarecimento relativo da posição de cada uma) (artigo
2º a).
A mediação é um meio de resolução de litígios que pode garantir uma decisão particularmente
rápida; apto a realizar litígios que obriguem a um certo conjunto de conhecimentos especializados; trata-
se
de um mecanismo com uma certa discrição, longe dos olhares públicos. Por outro lado, não goza de
todas
aquelas garantias que estão associadas ao sistema publico de justiça (apesar de o terceiro ter de ter uma
certa formação jurídica) e tem custos associados.
O mecanismo da mediação pode ter lugar em três contextos diferentes: pode surgir por acordo
celebrado entre as partes para resolver um litigo atual (artigo 16º nº2); as partes podem celebrar uma
convenção de mediação para no caso de ocorrer um litigio recorrerem a este mecanismo (artigo 12º nº1 e
nº4); a ação dá entrada num tribunal judicial e, posteriormente, é determinado pelo juiz (artigo 273º nº1
CPC) ou pelas partes que o conflito passará a estar sujeito a mediação (artigo 273º CPC).
No que toca ao litigo, ele só pode ser sujeito a mediação caso a relação material seja de
natureza
patrimonial (artigo 11º nº1) ou caos as partes possam celebrar transação sobre o direito controvertido
(artigo
11º nº2).
A mediação é sempre voluntária (artigo 4º) uma vez que a mediação assenta no consenso e este
só é livre se a parte continuar a gozar da liberdade de aceitar ou rejeitar o acordo. Assim, na base do
procedimento da mediação tem de estar um acordo entre as partes. O consentimento o que as partes
derem
sobre a mediação pode ser revogado a todo o momento (artigo 4º nº2), a isto designamos de acordo
eficaz
não vinculante.
O mediador (artigo 2º b)) é um terceiro que deve ser imparcial, independente, sem poderes de
imposição, mas que tem por função auxiliar as partes na obtenção de um acordo. Este mediador deverá
frequentar ações de formação para que possa adquirir competências adequadas ao exercício da sua
atividade (artigo 8º e 24º). A escolha do mediador cabe às partes (artigo 17º nº1) ou nos termos do artigo
30º terá de ser designado um dos mediadores inscritos no sistema (artigo 38º). O mediador tem um dever
de sigilo em relação a todos os factos que tome conhecimento no decorrer do processo de mediação-
principio da confidencialidade (artigo 5º). Para que as partes possam participar em condições de paridade
no procedimento de mediação o mediador tem de respeitar o principio da igualdade e imparcialidade
(artigo 6º). E, para aproximar as partes, o mediador não está sujeito, aquela concreta atividade de
mediação, às indicações de qualquer outra pessoa- principio da independência (artigo 7º).
O procedimento da mediação inicia-se com a realização de uma sessão de pré-mediação de
forma
a informar as partes das regras e funcionamento deste mecanismo (artigo 16º nº1). Assim, se as partes
quiserem prosseguir com a mediação assinam um protocolo de mediação (artigo 16º nº2) onde constam
todos os elementos relevantes para a mediação. As sessões de mediação ocorrem na presença das
partes,
acompanhadas de advogados/solicitadores e mediadores. Na mediação não é necessário obedecer a
nenhuma tramitação precisa, cabe ao mediador adaptar a sua técnica. O procedimento termina nos casos
do artigo 19º.
Existem dois tipos de mediação:
Mediação na pendência de processo judicial: o que acontece é que a ação estava a
correr mas decidiu-se submeter antes ao mecanismo da mediação. Assim, a instancia vai suspender, vai
ocorrer a mediação e obtém-se o acordo. A instancia durante este tempo todo continua suspensa por
isso, vai ser necessário homologar o acordo das partes. Se for obtido acordo ele é enviado para o tribunal
para ser homologado (artigo 273º nº5 CPC) e assim a instancia extingue-se por acordo das partes.
Mediação fora da pendência de um processo judicial: se o acordo de mediação
respeitar os pressupostos do artigo 9º n1 então não carece de ser homologado e tem imediatamente força
executiva (desde que o mediador conste da lista oficial). Nos restantes casos, o acordo não vale logo
como
exequível, as partes têm de promover a homologação judicial do acordo (artigo 14º). Se o fizer o acordo
passará a ter força executiva.
D. Julgados de Paz (artigo 209º nº2 CRP, artigo 151º LOSJ e lei 78/2001 de 13 de julho): são
tribunais dotados de características próprias de funcionamento e organização. Tem como objetivo uma
maior simplicidade e menores exigências procedimentais. Por consequente, os custos são extremamente
baixos. O juiz de paz tem um estatuto próprio, muito embora não seja magistrado, goza das garantias dos
próprios trabalhadores que desempenham funções públicas (artigo 29º). As funções deste juiz são
exercidas em exclusivo (artigo 27º nº1), não podendo desempenhar outra atividade pública ou privada.
Estes são designados por um período de 5 anos (artigo 25º nº1) e são avaliados nos termos do artigo 25º
nº3. O juiz de paz tem de observar os requisitos do artigo 23º nomeadamente o facto de ter de ter
nacionalidade portuguesa, ter licenciatura em Direito e ter mais de 30 anos. O recrutamento para ser juiz
de paz é feito através da realização de provas (artigo 24º) contudo, há certas pessoas que estão
dispensadas dessas provas nomeadamente aquelas que têm profissões relacionadas, por exemplo:
docentes de direito, magistrados judiciais (artigo 24º nº2).
Os julgados de paz só têm competência em algumas matérias e não têm competência sobre
todo
o território (artigo 65º). Operam como uma categoria de órgãos autónomos, mas cujas competências
estão
articuladas com os tribunais judiciais. Esta coordenação funcional revela-se em três características: da
decisão do julgado de paz cabe recurso para o tribunal de 1ª instância (artigo 62º nº2); se a ação for
proposta junto do julgado de paz e, se este for incompetente, deverá remeter-se o processo para um
tribunal
competente (artigo 7º); se for necessária a produção de prova pericial o processo é remetido para o
tribunal
de 1ª instância e depois de feita a prova é devolvido ao julgado de paz (artigo 59º nº4). Neste último caso
o tribunal judicial desempenha uma função de auxilio do julgado de paz.
Os julgados de paz só têm competência para ações declarativas (artigo 6º nº1), caso se pretenda
recorrer a uma ação executiva então a ação tem de ser intentada num tribunal comum. Têm competência
para ações cujo valor não exceda 15 000€ (artigo 8º). Relativamente à matéria do litigio, terá de se tratar
de ações de natural obrigacional ou real (artigo 9º nº1), excluindo-se assim ações de natureza pessoal,
familiar e sucessória. Excluem-se ainda as ações pecuniárias que digam respeito a um contrato de
adesão (artigo 9º nº1 a) 2ª parte). Os julgados de paz são também competentes para apreciar os pedidos
de indemnização cível quando não haja sido apresentada participação criminal ou após desistência da
mesma nos termos do artigo 9º nº2. Logo, os julgados de paz não têm competência em matéria penal, só
civil.
Relativamente à competência:
Ações relativas a bens pessoais de gozo ou reais devem ser propostas no foro da
situações dos bens (artigo 11º nº1);
Ações relativas ao cumprimento e não cumprimento de obrigações vale o foro
alternativo, ou seja, no lugar do cumprimento da obrigação ou no domicílio do demandado (artigo 12º
nº1);
Ações relativas à responsabilidade civil baseada em facto ilícito ou no risco a ação deve
ser proposta no lugar onde o facto ocorreu (artigo 12º nº2);
A regra supletiva é o julgado de paz competente ser o do domicílio do demandado
(artigo 13º nº1); se for uma pessoa coletiva pública é na sua sede (artigo 14º). Depois de se aplicar esta
regra terá
que se ver se existe ou não julgado competente no lugar do domicílio ou da sede da pessoa coletiva. Se
não existir, entende-se que é causa que não é da competência dos julgados de paz no seu conjunto.
Relativamente à incompetência dos julgados de paz, regra geral, é do conhecimento oficioso e
tem como consequência a remessa para o tribunal competente (artigo 7º). A questão que surgiu neste
sentido foi a de saber se a competência dos julgados de paz quando lhes é atribuída é exclusiva ou
concorrente da dos tribunais judiciais, assim esta questão foi resolvida pelo acórdão uniformizador de
jurisprudência 11/2007, onde diz-nos que a competência dos julgados de paz é concorrente/alternativa.
5. TRIBUNAIS JUDICIAIS:
Vantagens:
Manifestação do Estado: o Poder Judiciário representa a manifestação estatal com
vistas à pacificação social e à busca de segurança jurídica para as partes e, de forma ampla, para os
cidadãos.
poder de coação: o Estado está autorizado a utilizar o poder coercitivo, dentro dos
limites legais, para que haja cumprimento de suas decisões. Esse poder coercitivo é proibido ao
particular, pois a violência é reprimida pelo Estado. Nesse mesmo sentido, a sentença arbitral não pode
ser efetiva se a parte não quiser cumpri-la, sendo necessário recorrer ao Estado para o seu cumprimento;
Garantia do princípio da imparcialidade: a distribuição do processo, em regra, de forma
aleatória, pode colaborar para a igualdade de julgamento e a imparcialidade do julgador, sendo uma
garantia de justiça para as partes. No processo arbitral, a escolha do julgador pelas partes pode ser
benéfica no sentido da confiança e da especialização, mas também pode trazer parcialidade em alguns
casos.
Desvantagens:
Não pode ser escolhido o juiz ao contrário do que acontece na arbitragem
Não há confidelidade no processo, ao contrário do que acontece na arbitragem. No
procedimento arbitral as decisões e todos os passos do processo, não são públicas, pelo que apenas as
partes interessadas têm acesso ao seu conteúdo.
Nos tribunais judiciais os processos muito demorados, enquanto que nos tribunais
arbitrais isso não acontece dada a própria natureza do procedimento Arbitral, bem como a flexibilidade
dos prazos que o carateriza, os processos submetidos a decisões de um Tribunal Arbitral, são concluídos
de forma muito mais célere do que os processos que correm termos nos Tribunais Judiciais.
Das decisões proferidas em sede de arbitragem, não cabe recurso evitando-se a
espera, por vezes durante vários anos, pela decisão que faça caso julgado.
6. PRNINCIPIOS UNIDORM: São um conjunto de princípios e regras criadas pelo instituto para a
uniformização do direito privado que têm como finalidade a uniformização do direito privado internacional,
procurando sempre evitar a incerteza e a insegurança que possa resultar numa situação de comercio e
contratos internacionais. Assim, são um conjunto sistematizado de soluções que um vasto grupo de
especialistas provenientes de diferentes culturas jurídicas considerou serem comuns aos principais
sistemas nacionais e (ou) mais adequadas aos contratos internacionais.
Em 1971 houve um programa de trabalho para a elaboração destes princípios de formar a criar
um conjunto de normas que regulem a contratação internacional. Em 1980 é constituído um grupo de
trabalho especial com o objetivo de preparar os vários capítulos dos princípios e em 1994 surge o texto
inicial dos princípios, sendo aprovados e publicados. A grande preocupação destes princípios UNIDROIT
era tentar criar um equilíbrio entre as partes- credor e devedor- colocando-os numa posição de igualdade.
Em 2004 os princípios foram revistos e ampliaram-se os princípios e introduziu-se novas figuras. Em 2009
surge uma nova edição, não sendo uma revisão mas sim uma nova atualização e introduziu-se novas
matérias nomeadamente a restituição em caso de invalidade do contrato, ilegalidade, condições e
pluralidade de credores e devedores. Em 2016, ultima atualização, não surgiram mais artigos mas foram
modificados 6 preceitos.
Estes são aplicados em diversos casos:
Quando as partes tenham acordado que os seus contratos serão regidos por estes
princípios UNIDROIT- remissão expressa.
Serão aplicados uma remissão tácita através dos princípios gerais de direito ou lex
mercatória ou outra fórmula equivalente.
Podem se aplicar quando as partes não tiverem escolhido qualquer lei para o seu
contrato.
Caso seja impossível determinar a regra pertinente àquela situação devem ser utilizados
para interpretar ou servir de complemento à interpretação de leis uniformes.
Na interpretação ou integração do direito nacional
Podem servir de modelo aos legisladores nacionais e internacionais
CAPITULO 3- VALIDADE
Secção 1: Disposições gerais
Secção 2: Motivos/ fundamentos para anulação do negócio
Artigo 3.2.1- Erro
Artigo 3.2.1- Divergência entre a vontade e a declaração
Artigo 3.2.9- Confirmação do negocio
Secção 3: regras sobre ilegalidade
CAPITULO 4- INTERPRETAÇÃO
Artigo 4.6- se houver duvidas na interpretação de uma cláusula quem é
prejudicado é quem fez a cláusula.
CAPITULO 7- INCUMPRIMENTO
Secção 1: Regras geral do não cumprimento
Secção 2: Direito de exigir o cumprimento
Secção 3: Direito de resolução
Secção 4: Danos a ser indemnizados
2
Princípios obrigacionais dos contratos internacionais
Secção 3: Cessão da posição contratual
3
3 anos podendo em certos casos esticar estes prazos para 5 anos
4
A regra é a solidariedade ao contrario do que acontece no nosso CC.