Na Escola Se Brinca! Brincadeiras Das Crianças Quilombolas Na Educação Infantil
Na Escola Se Brinca! Brincadeiras Das Crianças Quilombolas Na Educação Infantil
Na Escola Se Brinca! Brincadeiras Das Crianças Quilombolas Na Educação Infantil
NA ESCOLA SE BRINCA!
BRINCADEIRAS DAS
CRIANÇAS QUILOMBOLAS
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Editora CRV
Curitiba – Brasil
2022
Copyright © da Editora CRV Ltda.
Editor-chefe: Railson Moura
Diagramação: Designers da Editora CRV
Ilustrações e capa: Caio Zero ([email protected]) e João Saldanha
([email protected])
Revisão: Revisa ([email protected])
Revisoras responsáveis: Amanda Trindade Martins da Silva e Lívia da Silva Blumetti
ES74
Bibliografia
ISBN Digital 978-65-251-3246-4
ISBN Físico 978-65-251-3245-7
DOI 10.24824/978652513245.7
2022
Foi feito o depósito legal conf. Lei 10.994 de 14/12/2004
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização da Editora CRV
Todos os direitos desta edição reservados pela: Editora CRV
Tel.: (41) 3039-6418 – E-mail: [email protected]
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Conselho Editorial: Comitê Científico:
Aldira Guimarães Duarte Domínguez (UNB) Altair Alberto Fávero (UPF)
Andréia da Silva Quintanilha Sousa (UNIR/UFRN) Ana Chrystina Venancio Mignot (UERJ)
Anselmo Alencar Colares (UFOPA) Andréia N. Militão (UEMS)
Antônio Pereira Gaio Júnior (UFRRJ) Anna Augusta Sampaio de Oliveira (UNESP)
Carlos Alberto Vilar Estêvão (UMINHO – PT) Barbara Coelho Neves (UFBA)
Carlos Federico Dominguez Avila (Unieuro) Cesar Gerónimo Tello (Universidad Nacional
Carmen Tereza Velanga (UNIR) de Três de Febrero – Argentina)
Celso Conti (UFSCar) Diosnel Centurion (UNIDA – PY)
Cesar Gerónimo Tello (Univer .Nacional Eliane Rose Maio (UEM)
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
Este livro passou por avaliação e aprovação às cegas de dois ou mais pareceristas ad hoc.
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Vovó Maria (mãe do pai) era negra; tia Terezinha é negra (irmã do
pai); Vovó Clotilde é negra (mãe da mãe); tia Ana é negra e tia Alberta,
também (irmãs da mãe). Minha mãe é negra, então eu sou negra.
PARTE I
“NOSSOS PASSOS VÊM DE LONGE...”
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 15
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CAPÍTULO 1
APRESENTAÇÃO: Escola Doutor Dorival Passos ........................................ 19
Aline de Assis Santos
CAPÍTULO 2
APRESENTAÇÃO: Escola José de Aragão Bulcão ....................................... 21
CAPÍTULO 3
MUITO PRAZER: professoras autoras! ......................................................... 23
PARTE II
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL: na escola se brinca!
APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 29
CAPÍTULO 4
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS......................................................................... 31
Aline de Assis Santos
CAPÍTULO 5
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS......................................................................... 39
Geisa das Neves Giraldez
CAPÍTULO 6
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS......................................................................... 49
Márcia Lúcia Anacleto de Souza
CAPÍTULO 7
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS......................................................................... 61
Roseli Felix de Santana
CAPÍTULO 8
PRÁTICA PEDAGÓGICA .............................................................................. 79
Aline Santos
Geisa Geraldez
CAPÍTULO 9
PRÁTICA PEDAGÓGICA .............................................................................. 81
Márcia Anacleto
Roseli Santana
POSFÁCIO ..................................................................................................... 87
Nanci Rebouças Helena Franco
REFERÊNCIAS.............................................................................................. 89
APÊNDICE A
FORMULÁRIO ENVIADO ÀS FAMÍLIAS/CRIANÇAS ATENDIDAS
PELAS ESCOLAS PARTÍCIPES DA PESQUISA ........................................ 93
APÊNDICE B
FORMULÁRIO ENVIADO ÀS PROFESSORAS E GESTORAS DAS
ESCOLAS PARTÍCIPES DA PESQUISA ..................................................... 97
APÊNDICE C
LISTA DE BRINCADEIRAS ELENCADAS PELAS CRIANÇAS DAS
ESCOLAS DORIVAL PASSOS E JOSÉ DE ARAGÃO BULCÃO ............. 101
APÊNDICE D
LISTA DE BRINCADEIRAS ELENCADAS PELAS PROFESSORAS
DAS ESCOLAS DORIVAL PASSOS E JOSÉ DE ARAGÃO BULCÃO .... 105
com crianças de várias faixas etárias (bebês, bem pequenas, pequenas e maiores),
sejam profissionais da educação, mobilizadoras/es culturais, familiares, vizinhas/os,
amigas/os, guardiões da cultura africana etc. Pessoas que entendem a potência do
brincar para as nossas crianças!
Na condição de mulher negra, pesquisadora, educadora das infâncias, mãe,
madrinha e tia de crianças, finalizo este prefácio com o sorriso e o sentimento de
felicidade daquela menina pequena, guardada em minha memória de infância, que
foi convidada pelos seus pares para participar de uma maravilhosa e inesquecível
brincadeira, na ciranda da nossa existência!
PARTE I
“NOSSOS PASSOS VÊM DE LONGE...”
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INTRODUÇÃO
Estamos muito felizes em compartilhar este livro com vocês. Ele é fruto de
uma pesquisa aplicada em duas escolas quilombolas de Educação Infantil situadas no
Recôncavo Baiano, mais precisamente em Santo Amaro e São Francisco do Conde, e
vinculada ao projeto intitulado Nô bá brinca, vamos brincar, ahi tlhangui? Catálogo
de jogos e brincadeiras africanas e afro-brasileiras, ganhador, em 2020, do Edital
Equidade Racial, pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades
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(CEERT). Quando nos inscrevemos nesse edital, nossa intenção era colaborar com
a aplicação da alteração da Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394/96), de nº 10.639/03,
nas escolas, produzindo materiais pedagógicos que dessem subsídios a educadoras/
es no trabalho com a Lei. Objetivávamos participar, portanto, com reflexões sobre
processos curriculares desde a Educação Infantil, a partir de abordagens pedagógicas
inovadoras, que colocam as crianças que estudam nas escolas públicas brasileiras
no centro.
Este livro é a segunda produção coletiva dessa pesquisa aplicada. Na primeira
etapa do projeto, escrevemos, também coletivamente, o Catálogo de jogos e brin-
cadeiras africanas e afro-brasileiras1, publicado pela Aziza Editora. Nesse primeiro
momento, recolhemos oralmente jogos e brincadeiras africanas e afro-brasileiras
nos países da integração (a saber, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe), com mulheres e homens destes
países, de idades entre 40 e 60 anos. Esta foi uma ação realizada por estudantes da
Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), oriundos dos
países supracitados, que vivem em São Francisco do Conde, Bahia, e estudam no
campus dos Malês, pertencente à UNILAB.
Após esta primeira etapa e produção, nossa intenção era levar as/os estudantes
até às escolas quilombolas de Educação Infantil próximas ao território da universi-
dade, para que jogassem e brincassem com as crianças. Porém, devido à pandemia
da covid-19, que em 2021 fez com que as escolas permanecessem fechadas, não foi
possível realizarmos a interação entre os universitários e as crianças. Desse modo,
reorientamos nosso trabalho junto às escolas e alteramos esta etapa da pesquisa,
produzindo, assim, este livro.
Durante quase dois meses, professoras e crianças das escolas Dorival Passos
e José de Aragão Bulcão responderam a questionários virtuais sobre quais eram as
brincadeiras que jogavam e gostavam, na escola e fora dela. Realizada essa fase,
elaboramos um material digital contendo imagens e vídeos com as brincadeiras
apresentadas pelas crianças e pelas professoras, catalogamos e convidamos quatro
professoras, uma de cada escola e duas de Educação Infantil de outras localidades,
para criarem práticas pedagógicas relacionadas às brincadeiras contidas no material.
Muitas foram as intenções que orientaram a organização deste livro. Inicial-
mente, queríamos estimular a participação das crianças e professoras das comunidades
1 O livro está disponível em formato digital, pode ser baixado no site www.azizaeditora.com.br.
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Para nós, brincar e ter acesso ao letramento são igualmente importantes e cola-
boram para o desenvolvimento integral da criança. Não temos motivos, portanto,
para abrir mão da brincadeira na Educação Infantil. Ela é um importante lugar de
aprendizagem. Cá afirma que:
[...] segundo Hampatê Bâ, certos jogos infantis foram criados para transmitir
conhecimentos aos mais novos ao longo dos tempos. É uma forma também na
qual as crianças recebem ensinamentos dos mais velhos, conhecedores desses
jogos. Na mesma linha de raciocínio, Maranhão (2009, p. 48 apud SILVÉRIO et
al 2013, p. 67), afirma que os jogos para os africanos sempre estiveram ligados
à vida social, enquanto que, para Civita (1978, p.120 apud Idem) os jogos são
instrumentos de ensino e aprendizagem, utilizados como uma linguagem para a
transmissão de conhecimentos dentro da sociedade africana. Ou seja, a transmissão
desses jogos é feita oralmente de geração em geração (CÁ, 2020, p. 3).
para nós, pessoas negras, nos percebemos presentes nos espaços onde estamos em
cor e corpo, e isso inclui a escola e, também, as crianças.
Muito embora este livro esteja interessado em colaborar com as práticas peda-
gógicas das professoras que todos os dias encontram as crianças nas instituições de
Educação Infantil brasileiras, ele não tem a pretensão de ser um manual de atividades.
É importante que as professoras possam a ele ter acesso para refletir sobre como as
brincadeiras podem se tornar aliadas na organização cotidiana das creches e pré-es-
colas. De modo simbólico, pensamos em oferecer 31 propostas de trabalho com as
crianças, aludindo a uma das unidades de tempo que temos em nosso ano letivo, a
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saber, o mês. Ao ter acesso às trinta e uma propostas, temos certeza de que as pro-
fessoras farão o melhor uso deste material, levando em consideração a realidade em
que vivem e as crianças que fazem parte da turma.
Boa leitura e esperamos que... se divirtam muito!
Falar sobre esse território nos direciona a rememorar as diferentes religiões que
existiram e existem nele, principalmente as de matriz africana. É lembrar que o Recôn-
cavo é de muitos ritmos, como o samba chula e o samba de roda, e de uma culinária diver-
sificada, na qual predomina o dendê, óleo de palma originário da África. O Recôncavo é,
20
Monte Recôncavo, na Rua do Prédio s/nº, cuja comunidade está certificada como
remanescente quilombola desde 2009. O prédio escolar funciona desde 1970, mas
somente a partir de 2002 a referida escola iniciou o seu trabalho com o segmento de
Educação Infantil. A escola, antes, se chamava Cardeal da Silva, em homenagem ao
Cardeal Dom Augusto Álvaro da Silva, 22º Arcebispo da Bahia. Por Dom Augusto
ser um homem de fé, a primeira escola do Monte Recôncavo recebeu o seu nome.
José de Aragão Bulcão entrou em cena quando, em 2002, tornou-se um conhe-
cido vereador. Filho do casal Joaquim e Flora, José de Aragão foi dono de algumas
propriedades, era considerado um homem prestativo, sobretudo na área da saúde, e
de confiança do prefeito. No tempo em que a população montense se tornou mais
numerosa e ficou evidente a necessidade da abertura de mais escolas, o vereador José
de Aragão Bulcão faleceu. O prefeito da cidade, por considerá-lo muito, achou por
bem homenageá-lo, dando o nome dele a uma escola estadual desativada. A Escola
Cardeal da Silva passou, assim, a se chamar Escola José de Aragão Bulcão (EJAB) e
foi municipalizada, sendo mantida pela prefeitura através da Secretaria de Educação,
que arcou com a reforma, aquisição de materiais didáticos, fardamento e funciona-
mento. Por ter realizado a reforma, a prefeitura suspendeu o atendimento ao Ensino
Fundamental, passando a atender ao segmento de Educação Infantil.
A EJAB se integra ao sistema municipal de ensino e segue as orientações da
Secretaria Municipal de Educação. Nela, a criança é compreendida como um ser em
constante amadurecimento, capaz de expressar seus sentimentos e emoções, de se
deslocar com destreza progressiva no espaço, andar, correr, pular, etc., apropriando-
-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e identificando
seus segmentos e elementos, desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse
e cuidado com o próprio corpo, que aprende, interage, se comunica, se identifica e
identifica o outro. Inserida neste contexto, essa unidade escolar busca, em sua proposta
pedagógica, contemplar os princípios éticos do trabalho pedagógico, integrando os
aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos, linguísticos, sociais, históricos e
culturais que envolvem o ato de educar e cuidar das crianças da pré-escola.
Apesar de estarmos numa comunidade quilombola, ainda não há iniciativas
político-pedagógicas concretas presentes, no dia a dia da escola, no que diz respeito
ao reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura da própria comu-
nidade. Vemos, também, que a desvalorização da cultura do lugar afeta até mesmo
a escolha do nome da escola, que não se deu a partir da valorização das pessoas da
comunidade, que são as protagonistas da luta política pela manutenção dos direitos
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conquistados até agora. Estamos, neste momento, reformulando nosso Projeto Polí-
tico Pedagógico (PPP) a fim de inserir um novo pensar pedagógico que contemple
e legitime as questões históricas, étnicas, políticas, sociais e culturais da população
afro-brasileira e as especificações da comunidade do Monte Recôncavo.
Atualmente, a equipe gestora é composta por: uma diretora, Karine Oliveira
Ribeiro; duas vice-diretoras, Ana Patrícia Gregório dos Santos e Marly de Lima
Alves Lima; uma secretária, Dislene Gregório de Matos Oliveira; e dois agente
administrativos, Milton Sérgio Mota da Conceição e Norma Sueli Batista Santana.
Para atender às necessidades pedagógicas, a escola conta com uma coordenadora,
Aline de Assis Santos é uma mulher negra cuja trajetória familiar sempre foi de
superação. É filha de ex-empregada doméstica e atual pedagoga santamarense com
ex-pescador valenciano, que mesmo sendo portador de uma doença degenerativa
progressiva, voltou a estudar e concluiu o Ensino Médio. “Ter me tornado Mestra
em Educação e Contemporaneidade, pedagoga e historiadora reflete a força e perse-
verança das famílias negras brasileiras”, afirma Aline.
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PARTE II
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
na escola se brinca!
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APRESENTAÇÃO
Nas páginas a seguir, as professoras que acabamos de conhecer irão nos apre-
sentar práticas pedagógicas baseadas nas brincadeiras aprendidas com as crianças
e professoras das escolas parceiras da nossa pesquisa aplicada, intitulada Nô bá
brinca, vamos brincar, ahi tlhangui? Catálogo de jogos e brincadeiras africanas e
afro-brasileiras, que carinhosamente passamos a chamar pela expressão crioula Nô
bá brinca, cujo significado é “vamos brincar”, no crioulo de Guiné Bissau.
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Tais práticas ensejam teorias que foram mobilizadas a todo momento, a partir
das observações e estudos feitos pelas professoras que as escreveram, em conjunto
com as informações oferecidas pelas famílias e professoras das escolas. Elas foram
pensadas com o intuito de atender às especificidades de cada turma e escola e serem
realizadas com materiais acessíveis para a maior parte das instituições de Educação
Infantil brasileiras.
Para que as práticas pedagógicas sejam desenvolvidas a contento por qualquer
pessoa que deseje realizá-las, o guia sobre cada uma delas buscou ser o mais didático
possível. Tais guias são compostos pelas seguintes seções:
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Fotografias; desenhos; folhas de papel ofício; lápis de cor; giz de cera; depoi-
mentos das/os mais velhas/os que residiram ou residem na rua onde a criança mora.
Desenvolvimento da proposta
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Dica
Se possível, apresente os vídeos 100 anos de samba: uma viagem pela histó-
ria (2018) e Mart’nália – Samba para as Crianças – Batuque na cozinha (2011),
disponíveis no YouTube.
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Folhas coletadas pelas crianças; papel ofício; tinta guache; giz de cera; pincel.
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Desenvolvimento da proposta
Dica
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Dica
Se o número de crianças da turma for ímpar, convide um/a colega de outra turma.
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Dica
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Correr é uma atividade desenvolvida de forma natural pelas crianças, desde que
não possuam limitações motoras. Na Educação Infantil, correr pode ser uma ação
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lúdica ou competitiva. Direcionar o ato de correr para uma ação lúdica possibilitará
ao/à educador/a observar as habilidades que as crianças já estão desenvolvendo no
estágio de aprendizado em que se encontram.
Recurso
Uma área ampla e livre de obstáculos, onde seja possível correr com segurança.
Desenvolvimento da proposta
Dica
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Dicas
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Tapioca; leite; açúcar; coco; chá de hibisco; laranja; essência de baunilha; hor-
telã; mapa-múndi; internet.
Proposta de desenvolvimento
Dica
Ampliação
Objetivos de aprendizagem
A pintura é uma das expressões mais antigas de que temos registro. É uma
atividade que desenvolve a motricidade das crianças, pois exige que elas encontrem
equilíbrio entre o manuseio do corpo firme do pincel e o deslizar das pontas macias
de pelos, no papel. Isso proporciona um sofisticado exercício que alterna força e
delicadeza. Divertidamente, a criança cria mundos com o pincel e trabalha a própria
coordenação motora.
Recursos
Proposta de desenvolvimento
Espalhe pelo espaço fotografias, viradas para baixo, de crianças dos povos do
Rio Omo, Etiópia. É possível encontrar muitas imagens na internet, nas quais as
crianças aparecem adornadas com recursos naturais como argila, flores e galhos.
Elas são uma inspiração muito interessante para a produção de tintas naturais.
Ao som de alguma música, peça aos pequenos/as que circulem pelo espaço e
virem as fotografias para cima. É importante que haja um tempo para o encan-
tamento com as imagens e para que os detalhes e materiais retratados sejam
atentamente observados.
Depois, com as crianças organizadas em roda, comece uma conversa sobre os
adornos vistos nas crianças fotografadas e pergunte para elas se sabem o material
de que são feitos. Por fim, proponha a confecção de tintas naturais, feitas de terra.
Aproveite a diversidade de tons de terra e pinte livremente, explorando a textura e
pigmentação desse elemento da natureza.
Dicas
• Para produzir as tintas, misture a cola branca com água e adicione, aos
poucos, a terra.
NA ESCOLA SE BRINCA! Brincadeiras das crianças quilombolas na Educação Infantil 43
Ampliação
Folhas e flores também estão presentes na ornamentação dos povos do rio Omo.
Considere, então, propor a confecção de carimbos feitos delas como mais um modo
de explorar as possibilidades artísticas oferecidas pelos elementos da natureza.
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Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Voz; letras das canções Areia (1998) e Canto II (1982); biografia das cantoras
Dona Selma do Coco e Clementina de Jesus.
Proposta de desenvolvimento
Areia
(Selma do Coco)
Lá no mar tem areia
(areia)
Areia no mar
(areia)
Que Areia boa
(areia)
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Canto II
(Clementina de Jesus)
Muriquinho piquinino, muriquinho piquinino
Parente de quiçamba na cacunda
Purugunta aonde vai, purugunta aonde vai
Ô parente, pro quilombo do dumbá (x2)
Muriquinho piquinino, muriquinho piquinino
Parente de quiçamba na cacunda
Purugunta aonde vai, purugunta aonde vai
Ô parente, pro quilombo do dumbá (x2)
Ê, chora, chora gongo, ê dévera, chora gongo chora
Ê, chora, chora gongo, ê cambada, chora gongo chora
Muriquinho piquinino, muriquinho piquinino
Parente de quiçamba na cacunda
Purugunta aonde vai, purugunta aonde vai
Ô parente, pro quilombo do dumbá (x2)
Ê, chora, chora gongo, ê dévera, chora gongo chora
Ê, chora, chora gongo, ê cambada, chora gongo chora
Dica
Quando julgar oportuno, crie cartazes com as letras das cantigas. Sempre que
usá-los, aponte para os versos enquanto canta e convide as crianças para a cantoria.
O intuito, aqui, é o de que elas exercitem a prática de relacionar o que é falado com
o que está escrito, mobilizando o que já conhecem do sistema de escrita.
Ampliação
Justificativa
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Recurso
Um corpo animado!
Proposta de desenvolvimento
Pipoca
(Domínio popular)
Uma pipoca falando na panela
Outra pipoca começa a responder
Aí começa um grande falatório
E ninguém conseguem se entender
É um tal de ploc, ploc, ploc,
É um tal de ploc, ploc, ploc (durante o ploc pular feito pipoca)
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Terra; água; sementes; folhas; galhos; cascas; flores; potes plásticos; celular ou
câmera para registros; um caderno; lápis.
Desenvolvimento da proposta
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
A corrida é uma das atividades favoritas das crianças. Elas se sentem convidadas
a correr quando estão em espaços amplos, divertindo-se com as possibilidades do
corpo, com o exercício de frear, desviar e equilibrar. Alguns dos benefícios da prática
à saúde das/os pequenas/os são o fortalecimento da musculatura, desenvolvimento
da flexibilidade e aperfeiçoamento da coordenação motora.
Além disso, trabalhar essa brincadeira cria a oportunidade de apresentar às
crianças alguns dos grandes ídolos negros do esporte, como o atleta jamaicano
Usain Bolt.
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Dica
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
deixar que uma parte dele fique livre, a fim de que seja utilizado para o deslocamento.
Cuidadosamente, puxe o tecido, transformando-o em um carrinho, e reproduza sons
parecidos com os de meios de transporte como carros, caminhões etc.
Durante a brincadeira, interaja com a criança por meio de um olhar confiante
e do diálogo acerca da experiência vivida. Finalizada a corrida, deixe os tecidos à
disposição das/os pequenas/os e observe suas brincadeiras livres.
Dica
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Desenvolvimento da proposta
e, com a devida autorização, produza registros desse momento por meio de gravação
de vídeo ou áudio.
Dicas
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Dicas
6.4 Morto-vivo
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Desenvolvimento da proposta
Dicas
6.5 Capoeira
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Dica
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Dicas
• Uma proposta coletiva e a longo prazo, que pode contar com a participação
das famílias, é a construção de uma casinha da altura das crianças, feita de
caixinhas de leite. Veja como fazer no vídeo Projeto casinha com caixa
de leite (2017), disponível no YouTube.
• O livro Da minha janela (2019), de Otávio Júnior, é uma dica para sub-
sidiar a proposta. Apresenta casas concentradas em morros e aspectos
do cotidiano da cidade do Rio de Janeiro. É uma leitura que amplia o
NA ESCOLA SE BRINCA! Brincadeiras das crianças quilombolas na Educação Infantil 59
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Reúna as crianças em roda, em um local onde haja espaço suficiente para que
brinquem livres do risco de esbarrar em móveis ou objetos. Dialogue com elas sobre
as brincadeiras de pular já conhecidas. Produza um registro das brincadeiras descritas
para ampliar o repertório lúdico do grupo em momento posterior.
Escolha uma criança e demarque o lugar à sua frente, onde ela deve permane-
cer, considerando a distância necessária para o desafio de pular quando o papelão
for lançado. Inicie a brincadeira e, em seguida, proponha que elas brinquem umas
Dicas
• O papelão pode ser colorido pelas crianças com o uso de tintas, canetas e
recortes de papéis coloridos.
• O registro de brincadeiras presentes na cultura lúdica infantil é uma forma
de conhecer os saberes que as crianças possuem a partir de vivências
anteriores. Um projeto envolvendo brincadeiras conhecidas por elas, e
também aquelas existentes na memória de seus familiares e da comuni-
dade, amplia as formas de acolhimento e participação de todos os sujeitos
que compõem o cotidiano da escola.
• O Projeto Território do Brincar (MEIRELLES, 2014) possui um amplo
repertório de brincadeiras existentes em diferentes regiões do Brasil, uma
delas é a brincadeira de pular corda.
CAPÍTULO 7
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Roseli Felix de Santana
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Arrume o local onde será realizada a brincadeira: cubra o chão com um tatame
ou um tapete e ponha as bolas nele. Em seguida, organize o grupo de bebês próximo
às bolas, a fim de que eles se movimentem e brinquem livremente. Durante este
62
Dica
Se na sala houver bebês bem pequenos, faça para eles bolinhas de meias
coloridas preenchidas com guizos. Coloque o guizo dentro da meia, enrole-a for-
Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Brinquedos não estruturados são materiais variados que, através das intervenções
das crianças, podem se transformar numa infinidade de brincadeiras. Esses brinquedos
permitem um brincar livre, sem regras, gerando um ambiente favorável para criar e
construir à vontade, estimulando a criatividade, imaginação e autonomia das crian-
ças. Afinal, elas terão que manter o foco e a atenção para planejar e inventar, o que
proporciona o incremento dos estímulos sensoriais durante o uso dos materiais. Por
isso, é fundamental ampliar a exploração de brinquedos não estruturados ofertados
às crianças, pois eles estimulam o surgimento de diferentes habilidades.
Recursos
apitos; carretéis; sinos; latas; caixas (de diferentes tamanhos); frutas como limão,
maçã, romã.
Desenvolvimento da proposta
Reorganize os móveis para que haja espaço suficiente para a brincadeira. Colo-
que os objetos em cestos e deixe que as crianças mexam neles à vontade, observando
atentamente como elas interagem com os objetos e apresentando-lhes algumas possi-
bilidades, como a de balançar para emitir sons, bater na tampa da panela com algum
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objeto, fazer a lata rolar, etc. É preciso permanecer onde as crianças brincam, mas
guardando uma distância devida, suficiente para acompanhar a brincadeira sem inter-
ferir nela, ação capaz de proporcionar aos pequenos/as a segurança e a autonomia
das quais tanto necessitam.
Observação
Justificativa
Giz.
Desenvolvimento da proposta
Adaptação/inclusão
Será que a criança conhece cada cantinho de onde mora? Esta adaptação propõe
fotografar vários locais da comunidade onde a escola está inserida (tais como ruas,
paisagens, praça, monumentos, instituição e espaços de lazer) e desafiar as crianças a
descobrirem que lugar da sua comunidade está ali, representada naqueles pedacinhos
cheios de história, que precisam ser vistos. Transforme as fotos em adivinhas visuais.
Primeiro, selecione as melhores fotos e construa o texto das dicas. Depois, una texto
e fotos e monte as sequências de adivinhas.
Explique a atividade aos pequenos/as: conte que, a cada imagem exibida, uma
criança escolhida deve adivinhar onde fica o lugar retratado. Por fim, proponha que
fotografem suas ruas, enviem as fotos para você (que fará a impressão e uma nova
roda de conversa para a exposição) e relatem como foi a experiência.
NA ESCOLA SE BRINCA! Brincadeiras das crianças quilombolas na Educação Infantil 65
Justificativa
Recursos
Bonecas/os negras/os.
Desenvolvimento da proposta
a/o nova/o amiguinha/o, pedindo que sugiram nomes para cada boneca/o. Importa,
aqui, mediar e atentar para as falas e questões suscitadas pela percepção das dife-
renças presentes nas/os bonecas/os, questionando as crianças de forma lúdica, na
perspectiva da diversidade.
Deixe as crianças brincarem livremente, observe-as e pergunte-se: quais atitudes
de cuidado demonstram ter? Elas relacionam, de alguma forma, os cuidados com as/
os bonecas/os consigo e com as/os colegas? Como as crianças expressam gestos e
movimentos da sua cultura ao cuidar do brinquedo? Quais conflitos se dão entre as
crianças durante a brincadeira? Elas utilizam alguma estratégia para resolvê-los de
Dicas
Adaptação/Ampliação
Proponha que as/os pequenas/os levem a/o boneca/o negra/o (que pode ser
chamada/o de sua/seu “nova/o colega”) para casa aos finais de semana, de modo a
aproximar as famílias do debate sobre o preconceito racial e a autoestima das crian-
ças negras. Essa prática pode criar um ambiente propício ao resgate da valorização
da identidade negra, e ampliar as possibilidades que as crianças têm de aprender a
lidar com os outros, respeitar as diferenças e conhecer mais sobre si mesmas e seus
responsáveis. Durante a semana as/os bonecas/os podem ser integradas/os à rotina
da escola e serem chamados pelos nomes dados pelas crianças.
Observações
Os moldes das roupas das/os bonecas/os devem ser feitos por você, e a pintura,
pelas crianças. Durante a confecção do cabelo, supervisione o uso da tesoura pelas
crianças e deixe a escolha dos fios a critério delas.
NA ESCOLA SE BRINCA! Brincadeiras das crianças quilombolas na Educação Infantil 67
CONFECÇÃO DE BONECO
Materiais necessários:
Tesoura; lápis; tintas (marrom, preto, vermelha, branca, azul e verde); galhos secos; lã; pincéis; canetas
coloridas (opcional).
Como fazer um casal de bonecos
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12) Após enrolar a lã, amar- 13) Retire a lã do papelão, passe co- Pode desenhar no próprio papelão ou-
re uma das extremidades. la na cabeça da boneca e cole o ca- tros modelos de cabelo e pintá-los, tam-
belo. bém.
Justificativa
Desenvolvimento da proposta
Para dar início à atividade, conte às crianças a linda história escrita por Edvete
Machado (2012) sobre a lagarta que virou borboleta.
A lagarta
(Edvete da Cruz Machado)
Era uma lagarta,
Que a caminhar,
No verde galhinho
Foi procurar,
72
Um bom lugarzinho
Para descansar.
Dormiu muito tempo
E assim fabricou,
Um fio bem longo
Onde se enrolou...
E quando acordou
Que bela surpresa
Virou borboleta
Foi uma beleza!
Lagarta pintada
(Domínio popular)
Lagarta pintada
Quem te pintou?
Foi uma velhinha
Que por aqui passou
No tempo da areia
Fazia Poeira
Pegue essa lagarta
Pela ponta da o-re-lha
Na última estrofe, a criança que teve a mão tocada deve tocar na orelha da
pessoa ao lado. A brincadeira acaba quando todas as crianças estão segurando as
orelhas umas das outras.
Observação
ser adaptada. Sendo assim, ouça a criança e apresente a elas outras possibilidades
de participar da brincadeira.
Justificativa
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Inicie com uma sondagem sobre as experiências das crianças com a reutilização
de materiais não biodegradáveis. Faça perguntas como: vocês já ouviram falar sobre
reutilização, reciclagem e redução, ou seja, os três R’s? Conhecem algum objeto
que tenha sido confeccionado com material reciclável? É possível reciclar tudo o
que existe? A partir disso, explique o que são os três Rs e porque as ações que eles
implicam são importantes para a preservação do meio ambiente. Se possível, converse
também acerca da coleta seletiva e de como fazê-la, ensinando que tal coleta facilita
Adaptação/ampliação
Justificativa
A pipa é um brinquedo que pode ser construído com diversos materiais leves e
tem diferentes nomes de norte a sul do país, tais como papagaio, pandorga ou raia.
Empinar pipa é diversão garantida. Estimula a imaginação, desenvolve a criatividade,
promove o desenvolvimento do equilíbrio, noção espacial e consciência corporal,
além de possibilitar a percepção da existência do vento.
Confeccionar e usar esses brinquedos podem oportunizar experiências senso-
riais e motoras às crianças, que aprendem fazendo, sentindo e experimentando com
o corpo e o espaço.
76
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Figura 6 – Montagem do fio
Dicas
• Para que as folhas durem por mais tempo, coloque-as entre duas toalhas
de papel e passe a ferro de cada lado, por alguns minutos, certificando-se
de que a temperatura não esteja muito alta.
• Você pode manter a cor natural das folhas ou tingi-las em tons de
sua preferência.
• Faça uma lista com outras brincadeiras que necessitem da presença do
vento (como o cata-vento, bolinhas de sabão, balão de ar, paraquedas de
plástico e biruta).
ATENÇÃO: Evite acidentes. Brinquem em um local aberto, amplo e livre de
redes elétricas e obstáculos verticais, como árvores e prédios.
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CAPÍTULO 8
PRÁTICA PEDAGÓGICA
Aline Santos
Geisa Geraldez
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Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Pesquisa da história de Isabel Cunha; imagens da artista e da arte por ela pro-
duzida (em vídeo ou impressa); massinha de modelar; palitos de picolé ou outros
que possam dar suporte para a montagem da escultura.
Desenvolvimento da proposta
Em seguida, espalhe sobre uma mesa as imagens de trabalhos feitos por Isabel
Cunha, para que sirvam de fonte de inspiração para a produção de bonecas/os de
massinha pelas crianças.
Dica
Essa atividade pode ser desenvolvida com o uso de argila ou de massa de mode-
lar produzida pelas próprias crianças. Caso queiram produzir a massinha, utilize a
receita abaixo.
Modo de fazer
Em um recipiente, coloque o óleo, a água e o sal. Misture esses ingredientes e
acrescente a farinha de trigo aos poucos, até formar uma massa homogênea. Em
seguida, acrescente o corante. Está pronta sua massinha de modelar.
CAPÍTULO 9
PRÁTICA PEDAGÓGICA
Márcia Anacleto
Roseli Santana
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Objetivos de aprendizagem
Justificativa
Recursos
Para a salada de frutas: frutas diversas; recipiente para a mistura das frutas picadas;
potes ou copos pequenos para uso individual, para servir cada criança; colheres; faca.
Para a coleção de sementes: papel metro; pincel atômico; fita adesiva; sacos
plásticos transparentes; etiquetas; giz de cera; folhas de papel ofício; tesoura.
Objetivos de aprendizagem
para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros –
navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e
Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles cria-
vam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de
proteção. As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi,
termo que significa ‘Encontro precioso’ em yoruba, uma das maiores etnias do
continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa
do Marfim. Sem costura alguma (apenas nós ou tranças), as bonecas não possuem
demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das
múltiplas etnias africanas (VIEIRA, 2015, não paginado).
Muito embora esta história não possa ser confirmada completamente, Vieira
relata que, para algumas artesãs negras, é a partir dela que começam a produzir a
boneca, em diferentes contextos. Lembremos, ainda, de Lena Martins, educadora
popular e militante do Movimento das Mulheres, que liderou a confecção das bone-
cas no Brasil no fim dos anos 1980, ao mesmo tempo em que o Movimento Negro
organizava uma marcha para lembrar os 100 anos da abolição. Lena afirma que,
apesar de não conhecer a história tal como contam, em 1988 foi criada, no Rio de
Janeiro, a Cooperativa Abayomi, plataforma fundamental para o fortalecimento da
autoestima e reconhecimento da identidade afro-brasileira.
Entendemos que a confecção de bonecas negras a partir destes marcadores histó-
ricos pode colaborar tanto na ampliação de repertório cultural das crianças de Educação
Infantil, quanto na construção de uma autoestima positiva para as crianças negras.
84
Recursos
Desenvolvimento da proposta
Dicas
Adaptação/inclusão
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éticas de valorização da vida, dos direitos humanos e da diversidade”, como bem diz
Patrícia Santana (2010), entendendo que, enquanto se cuida e educa as crianças, a
afetividade precisa fazer morada nos espaços das creches e escolas, compartilhando
patrimônios culturais das matrizes que entraram na formação do povo brasileiro (e
aqui destacamos a matriz africana).
O livro me remeteu à minha própria história enquanto uma criança/mulher
preta, nascida e criada na periferia de Salvador, oriunda de escolas e universidades
públicas. Li o livro rindo e também me emocionando, à medida que minhas memórias
de infância iam sendo acionadas. Lugares, pessoas, cheiros, sensações... Vivenciei
A RODA vai começar. [S. l.: s. n.], 2012. 1 vídeo (1 min 51 s). Publicado pelo canal
Eduardo Gavião. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=d937tDfjfoA.
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
BÂ, Amadou Hampate. A tradução viva. In: KI-ZERBO, Joseph. História geral da
África I: Metodologia e pré-história da África. São Paulo: Cortez, 2010.
BÂ, Amadou Hampate. Amkouell, o Menino Fula. São Paulo: Palas Athena: Casa
das Áfricas, 2003.
CARNEIRO, Fernanda. Nossos passos vêm de longe. In: Werneck, Jurema; MEN-
DONÇA, Maysa; WHITE, Evelyn (orgs.). O livro da saúde das mulheres negras:
nossos passos vêm de longe. Rio de Janeiro, RJ: Pallas: Criola, 2000. p. 22-41
CASULOS. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (3 min 17 s). Publicado pelo canal Ana Flávia
Basso. Disponível em: https://youtu.be/JujndzUNujc/. Acesso em: 30 de abril. de 2022
COMO FAZER boneca Abayomi. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (5 min 11 s). Publicado
pelo canal Contos da Sá com Sabrina Vianna. Disponível em: https://www.youtube.
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA, Capoeira. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (1 min 35 s).
Publicado pelo canal MA VS. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-
TBVJWlrPbto. Acesso em: 30 abr. 2022.
hooks, bell. Vivendo de amor. Geledés, São Paulo. Disponível em: https://www.
geledes.org.br/vivendo-de-amor/. Acesso em: 30 abr. 2022.
JÚNIOR, Otávio. Da minha janela. São Paulo: Cia das Letras, 2019.
KATAKUNTÊ CAPOEIRA Sons dos instrumentos musicais. [S. l.: s. n.], 2017.
1 vídeo (1 min 46 s). Publicado pelo canal Historinhas katakunte. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3zgPETxNIy0. Acesso em: 30 abr. 2022.
MART’NÁLIA – Samba para as Crianças – Batuque na cozinha. [S. l.: s. n.], 2011.
1 vídeo (3 min 17 s). Publicado pelo canal Matheus Cardoso. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=eWE4e29axew. Acesso em: 30 abr. 2022.
MENINOS de todas as cores (Adaptação). Luísa Ducla Soares. [S.l.: s.n.], 2022. 1
vídeo (7 min 32 s). Publicado pelo canal Histórias do Salta Letrinhas. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=SXz6IUHx0bg&t=30s. Acesso em: 30 maio 2022.
Edições, 2009.
PROJETO CASINHA com caixa de leite. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (2 min 8 s).
Publicado pelo canal Patrícia Minoti. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=zJWQOFNYi3o. Acesso em: 30 abr. 2022.
RAMOS, Lázaro. Quando Sinto Que Sinto e a incrível história de Asta e Jaser.
São Paulo: Carochinha, 2019.
RODA AFRICANA. [S. l.: s. n.], 2013. 1 vídeo (4 min 34 s). Publicado pelo canal
Palavra Cantada Oficial. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qjl-
mRDk9ktI. Acesso em: 30 abr. 2022.
RODA DE CAPOEIRA. Portal IPHAN, Brasília, DF, 2014. Disponível em: http://
portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/66. Acesso em: 30 abr. 2022.
SAMBA DE RODA recôncavo.autosave. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (45 min 38 s).
Publicado pelo canal Angelo Barreto. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=PD-UEzDDptg. Acesso em: 30 abr. 2022.
92
SANTANA, Patrícia Maria de Souza. Energia Vital – “Um abraço negro”: afeto, cui-
dado e acolhimento na Educação Infantil. In: BRANDÃO, Ana Paula; TRINDADE,
Azoilda Loretto da (org.). Modos de brincar: caderno de atividades, saberes e fazeres.
Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010. p. 17-22. E-book. Disponível em:
MODOSBRINCAR-WEB-CORRIGIDA.pdf. Acesso em: 30 abr. 2022.
UMA PIPOCA NA PANELA, chegou mais uma pra conversar... | Pipoca | Música
Infantil. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (2 min 51 s). Publicado pelo canal Mundo de
Creche. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wXC9ojEtXFw. Acesso
em: 30 abr. 2022.
Mensagem introdutória
Olá!
Antes de tudo, agradecemos a sua colaboração com nossa pesquisa. Nesta fase,
temos como objetivo a realização da pesquisa com crianças das escolas José de
Aragão Bulcão (São Francisco do Conde) e Doutor Dorival Passos (Santo Amaro)
sobre suas brincadeiras favoritas, para a produção de um guia pedagógico acerca de
brincadeiras na/de escola.
Não existem respostas certas ou erradas para este formulário.
Ele ficará aberto até o dia 30 de outubro de 2021.
Obrigada pela sua participação!
Coordenadora – Míghian Danae Ferreira Nunes
Assistente de Pesquisa – Hellen Santos Pinto
_____________________________________
2 Informações pessoais sobre a coordenação da pesquisa que foram disponibilizadas às famílias foram
omitidas nestes anexos.
94
A/o sua/seu filha/filho está sendo convidada/o porque são estudantes das escolas
participantes, e ninguém melhor para falar sobre suas experiências brincantes do que
as próprias crianças!
O/a Sr/a. tem a plena liberdade de recusar a participação da/do sua/seu filha/
filho, ou mesmo de retirar o consentimento dado em qualquer fase da pesquisa, sem
sofrer penalização alguma.
Caso aceite, a participação da/do sua/seu filha/filho consiste em relatar as
suas brincadeiras favoritas, que serão adicionadas ao questionário por vocês, pais
e/ou responsáveis. As crianças também podem desenhar as brincadeiras ou gravar
__________________________________________
projeto, por qualquer motivo, saiba que não haverá problema, basta pedir que seu
responsável ou professora nos comunique.
É importante que você saiba que sua participação irá ajudar na melhoria da
educação, pois vamos fazer um livro com as brincadeiras que vocês mais gostam e
brincam nas escolas, para que outras crianças conheçam e possam brincar, também.
Se você tiver alguma dúvida, pode nos perguntar ou pedir que seu responsável
entre em contato pelo seguinte endereço ou telefone: Av. Juvenal Eugênio Queiroz,
s/n – Centro, São Francisco do Conde – BA, 43900-000, Telefone: (71) 991121178.
Também pode contatar o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desi-
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______________________________________
Perguntas do formulário
Esta seção é muito importante, nela estão as perguntas que devem ser feitas
diretamente às crianças. Pedimos, então, que leia as questões para elas. Reserve
algo entre 20-30 minutos para esse momento, você realmente precisará de algum
tempo. Se quiser ler, voltar e responder depois, tudo bem! Se quiser escrever em
outro arquivo e, depois, copiar para este formulário, fique à vontade também. Saiba
que você não conseguirá voltar ao formulário se deixá-lo pela metade; sendo assim,
pedimos que responda a todas às perguntas em um único acesso. Caso você necessite
de mais espaço para escrever, notifique-nos por e-mail (escreva para mighiandanae@
unilab.edu.br ou para [email protected]), para que possamos te atender.
Lembramos que você é livre para responder apenas às perguntas de seu interesse.
Obrigada pela sua participação!
Mensagem introdutória
Olá!
Antes de tudo, agradecemos pela sua colaboração com nossa pesquisa. Nesta
fase, temos o objetivo de realizar a pesquisa com professoras de Educação Infantil
das escolas José de Aragão Bulcão (São Francisco do Conde) e Doutor Dorival
Passos (Santo Amaro), sobre suas brincadeiras favoritas, para produção de um guia
pedagógico sobre brincadeiras na/de escola.
Não existe resposta certa ou errada neste formulário. Ele ficará aberto até o dia
24 de agosto de 2021.
Obrigada pela sua participação!
Coordenadora – Míghian Danae Ferreira Nunes
Assistente de Pesquisa – Helen Pinto
_______________________________________________
3 Informações pessoais sobre a coordenação da pesquisa que foram disponibilizadas às professoras e gestoras
foram omitidas nestes anexos.
98
________________________________________
Perguntas do Formulário
Esta seção é muito importante. Reserve algo entre 20-30 minutos para respon-
dê-la, porque você precisará de algum tempo para acessar sua memória da época de
escola, de quando era criança. Se quiser ler, voltar e responder depois, tudo bem!
Se quiser escrever em outro arquivo e, depois, copiar para este formulário, fique à
vontade também. Saiba que você não conseguirá voltar ao formulário se deixá-lo
pela metade; sendo assim, pedimos que responda a todas às perguntas em um único
acesso. Caso você necessite de mais espaço para escrever, notifique-nos por e-mail
(escreva para [email protected] ou para [email protected]),
para que possamos te atender. Lembramos que você é livre para responder apenas
às perguntas de seu interesse. Obrigada pela sua participação!
NA ESCOLA SE BRINCA! Brincadeiras das crianças quilombolas na Educação Infantil 99
1. Você lembra das brincadeiras que você mais gostava de brincar quando
era criança?
2. Você poderia explicar as brincadeiras que você brincava? Se algumas delas
tiverem regras, escreva-as aqui!
3. Dessas brincadeiras, quais delas você vê as crianças brincando nos dias
de hoje na escola e/ou fora dela?
4. Você acha que, na Educação Infantil, é importante as crianças brincarem?
5. Você se recorda de brincadeiras que envolviam um maior contato com
a natureza e que você costumava brincar? Poderia descrevê-las? Elas
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não precisam ter regras ou ordem, podem ser brincadeiras como “contar
estrelas”, ou coisas parecidas.
6. Quais são as brincadeiras mais comuns no lugar onde vocês moram?
7. Quais os materiais e objetos costumava utilizar nas brincadeiras, ou para
a construção de brinquedos?
8. Você acha que as brincadeiras são importantes no processo de desenvol-
vimento das crianças? Por quê?
9. Você acha que os jogos e brincadeiras podem ser utilizados de forma
interdisciplinar no cotidiano da escola?
Brincadeiras preferidas
• Adivinhas
• Amarelinha
• Balanço
• Barquinho de papel
• Bicicleta
• Bola
• Boneco
• Brincar com animais
• Brincar com mamãe e papai
• Brincar de boneca
• Brincar de skate
• Brincar na rua
• Brinquedos
• Caminhão
• Carro
• Casinha
• Cavalo de pau
• Construir casa
• Correr na areia da praia
• Correr na praça
• Corrida
102
• Cozinhar
• Empinar pipa
• Esconde-esconde
• Fantoche
• Fazer comidinha
• Jogar avião
• Jogar com os coleguinhas
• Jogar no celular
• Jogo da velha
• Bloquinhos
• Bola
• Boliche
• Boneca
• Brincar de roda
• Brinquedos
• Cantar músicas
• Cavalinhos de brinquedo
• Contar historinhas
• Correr
• Dançar
• Desenhar
• Esconde-esconde
• Fazer bolhas de sabão
• Massinha
• Morto vivo
• Peteca
• Pintar
NA ESCOLA SE BRINCA! Brincadeiras das crianças quilombolas na Educação Infantil 103
• Recreio
• Roda de canto
• Barbante
• Barquinho de papel (usou papel, sucatas, materiais diversos para construir
um baú dos tesouros)
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• Blocos
• Bola
• Brincar de casinha ou tenda (usamos cobertas)
• Brinquedos de montar
• Cabo de vassoura que simula um cavalo
• Caderno de desenho
• Canetas coloridas
• Carrinho
• Cola
• Colherzinha
• Copo descartáveis
• Dinossauro
• Fantoche de caixas de remédio
• Fogãozinho
• Folhas
• Garrafa PET
• Gude
• Lápis de cor
• Livros
• Massinha
• Materiais disponíveis em casa
• Materiais recicláveis
• Na construção das casinhas (costuma-se usar água, areia, pedaços de
madeira, pedaços de blocos e pedras)
• No jogo da velha: usou tampas de refrigerante e um pedaço de madeira
• Panelinha
• Panelinha
• Papel
• Papel higiênico
• Papelão
• Pedrinhas
• Pião feito com CD
• Pincel
• Pipa
• Quilos de alimentos para montar torres
104
• Som
• Tampa de refrigerante
• Tampinha
• Tesoura
• Tintas
Explicando as brincadeiras
ESCOLAS Doutor Dorival Passos (São Braz, Santo Amaro, BA) e José de
Aragão Bulcão (Monte Recôncavo, São Francisco do Conde, BA).
Brincadeiras preferidas
• Anelzinho
• Arraia (pipa)
• Balanço
• Baleado
• Bambolê
• Barra manteiga
• Bate lata
• Brincadeiras de roda
• Brincar de boneca
• Cama de gato
• Cantigas de roda
• Casinha
• Chicotinho queimado
• Corrida de saco
• Cozinhado
• Dono da rua
• Esconde-esconde
• Fazendinha
• Fazer comidinhas
• Forca
• Garrafão
• Jogar gude
• Jogo da velha
• Lagarta pintada
• Macaco ou amarelinha
• Melancia
• Pé-de-lata
• Pega-pega
106
• Perna de lata
• Peteca
• Picula
• Pular corda
• Pular elástico
• Sete pedras
• Seu lobo
• Três marinheiros
• Vídeo game
• Amarelinha
• Balanço
• Bola
• Chicotinho queimado
• Esconde-esconde
• Forca
• Passa anel
• Pega-pega
• Pegar “picula”
• Peteca
• Pular corda
• Sete pedrinhas
• Seu Lobo
NA ESCOLA SE BRINCA! Brincadeiras das crianças quilombolas na Educação Infantil 107
• Amarelinha
• Baleado
• Corda
• Esconde-esconde
• Faz de conta
• Futebol
• Garrafão
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
• Gude
• Pega-pega
• Pegar “picula”
• Peteca
• Polícia e ladrão
• Pula corda
• Anel
• Arame
• Barbantes
• Bolas
• Boneca de espiga de milho
• Boneca de pano
• Botão
• Carvão
• Chinelo
• Corda
• Corda
• Cordão
• Elástico
• Flores
• Folhas
• Garrafas pet
• Gude
• Lã
• Latas
• Massa de modelar
• Panelas
• Pano
• Pedras
• Saco de pano
108
• Sacos
• Sementes
• Vasilhas plásticas
Explicando as brincadeiras:
Pular Elástico: “Pulávamos com os dois pés e se errasse na hora de pular perdia
a vez e dava a oportunidade para outra pessoa. O elástico ia subindo o corpo das duas
pessoas que estavam segurando (primeiro nos pés, depois no joelho, na cintura, no
pescoço e às vezes tinha o céu, que era elevar uma mão acima da cabeça e segurar
o elástico para a pessoa pular).”
Vídeo game: “Se você perdesse voltava ao início da fase ou do jogo.”
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ÍNDICE REMISSIVO
A
Autonomia 20, 41, 49, 51, 52, 59, 61, 62, 63
B
Bola 61, 62, 101, 102, 103, 104, 106, 108
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
Brincadeira 3, 4, 11, 12, 15, 16, 17, 20, 29, 30, 35, 36, 39, 40, 43, 45, 46, 47,
49, 50, 51, 52, 53, 54, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 71, 72, 73, 77, 79, 81, 82,
87, 88, 89, 90, 93, 94, 95, 97, 98, 99, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108
Brincadeiras africanas 15, 20, 29, 93, 94, 97, 98
Brinquedo 39, 45, 46, 51, 52, 53, 61, 62, 65, 66, 73, 74, 75, 77, 95, 99, 101,
102, 103, 107
C
Capoeira 43, 45, 50, 54, 55, 56, 88, 90, 91
Confiança 21, 49, 51, 52, 53, 59
Contação 31, 32, 33, 43, 56, 71, 90
E
Educação Infantil 3, 4, 11, 15, 16, 17, 19, 20, 21, 22, 25, 27, 29, 30, 31, 32,
36, 37, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 57, 83, 87, 88, 90, 92, 93, 94, 97, 98, 99
H
História 19, 21, 31, 32, 33, 34, 41, 43, 50, 53, 55, 56, 57, 63, 64, 71, 79, 83,
84, 88, 89, 90, 91, 92
Histórias 22, 31, 40, 50, 51, 71, 87, 88, 91, 92
L
Lúdico 11, 43, 50, 51, 52, 60, 81
N
Nô bá brinca 15, 20, 29, 93, 94, 97
P
Pré-escola 21, 22
112
Q
Quilombo 19, 20, 22, 35, 44, 52, 53, 55, 59, 82
Quilombola 4, 19, 20, 21, 22, 25, 50, 92
S
Salvador 12, 19, 20, 25, 88, 91, 92
Samba 5, 19, 32, 33, 50, 51, 88, 89, 90, 91, 104
SOBRE O LIVRO
Tiragem não comecializado
Formato: 16 x 23 cm
Mancha: 12,3 x 19,3 cm
Tipologia: Times New Roman 10,5/11,5/13/16/18
Arial 8/8,5
Papel: Pólen 80 g (miolo)
Royal Supremo 250 g (capa)