TCC - Igor
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Bacabal
2022
IGOR DA SILVA SANTOS FERREIRA
Bacabal
2022
LÍNGUA E ESCRITA: A Influência da Língua Falada sobre a Língua Escrita
Aprovado em: / /
BANCA EXAMINADORA
Orientador
Examinador 1
Examinador 2
Dedicado a Deus e a minha mãe Ivoneide da Silva Santos
AGRADECIMENTOS
This research aims to evaluate, through written texts, the influence that the
spoken language has on the written language, taking into account external means
such as families where the level of study is low, society, level of schooling and the
virtual environments that they directly influence the way people write, so people
have great difficulty in maintaining a balance between speech and writing. Texts
from people of different ages were analyzed, where we found characteristics of
speech in writing and this leads us to conclude that the results obtained
corroborate the idea that the written language has lost its characteristics due to the
influence of the spoken language. In addition to the qualitative approach used, the
methodology used was bibliographic research – looking for articles, books and
documents that address the theme. As a basis, in the studies of linguistics Maria
Tasca who points out that before the student learns writing he needs to understand
how speech works. To understand this relationship between speech and writing,
the present research also points out characteristics of both, for a better
understanding and recognition of why people use the spoken language as a
collection for the production of texts and the degree of aggression that the written
language ends up suffering by the orality. It was also used as a study base, what
the linguist Luiz Antônio Marcushi prescribes, when dealing with human nature,
with regard to speech and writing, as well as the characteristics of these two
forms of expression.
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................9
2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................11
4. A ESCRITA E O LETRAMENTO.............................................................................38
5. METODOLOGIA......................................................................................................43
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................46
REFERÊNCIAS..............................................................................................................48
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1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A Oralidade e a Escrita
FALA ESCRITA
Contextualizada Descontextualizada
Implícita Explícita
Redundante Condensada
Não Planejada Planejada
Predominante do ´modus pragmático` Predominância do ´modus sintático`
Fragmentada Não fragmentada
Incompleta Completa
Pouco elaborada Elaborada
Pouco densidade informacional Densidade informacional
Predominância de frases curtas, Predominância de frases completas
simples ou coordenadas com subordinação abundante
Pequena frequências de passivas Emprego frequente de passivas
Pouca nominalização Abundância de nominalização
Menor densidade lexical Maior densidade lexical
Fonte: Koch (2005, p. 78)
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Para a linguista Maria Tasca (2002, p.31) a visão da escrita do aluno vem da
sua capacidade de fala, por isso ela explica que antes que os alunos nos
primeiros anos comecem a entrar no processo de aquisição da escrita eles
precisam primeiro entender como funciona a língua falada. O aluno quando
escreve o seu texto às vezes não percebe que algumas características da fala
não podem estar presentes no texto, como por exemplos, podemos citar o uso de
gírias que normalmente é mais utilizado em meios informais.
O aluno nas séries iniciais usa a fala como uma fonte de procura no
momento da escrita, e por conta disso que a fala tem uma influência negativa
na hora da escrita, partindo dessa ótica é necessário estudar a língua falada, as
características dos sons, pois o que é reproduzido com letras é o que
escutam, dessa forma a escrita não acontece de forma correta. As crianças
reescrevem o que elas ouvem e consequentemente os signos que conhecem e
reconhecem ao longo do seu aprendizado, sendo muitas vezes representados de
forma errada, é sabido que tanto a fala, quanto a escrita possuem regras e ordens
a serem seguidas.
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para a escrita, isso culmina em uma escrita cada vez mais influenciada pela forma
e pelas características da fala.
Essa grande interferência acontece no processo de vida dos alunos pela
falta de princípios na aprendizagem, os princípios necessários para o ensino
sendo estabelecidos resulta na diminuição dessa violência à escrita, sendo
necessário um olhar mais atendo para esse processo, pois com esse avanço das
informações por meio da tecnologia a escrita passou a sofrer reduções nos signos,
ou seja, as palavras passaram a ser incompletas, em algumas situações são
usadas apenas às siglas ou até mesmo as iniciais das palavras.
O processo de identificação de interferências na escrita não é uma tarefa
tão difícil, uma vez que passamos a ter consciência sobre os tipos de
variações e sua característica seja no meio oral, virtual ou escrita. Assim também
passamos a identificar as interferências na escrita quando se deparamos com
elas, podemos ver se na escrita se encontra caraterística própria da linguagem da
internet ou da fala própria de um indivíduo.
O meio virtual tem grande influência sobre os alunos principalmente do
ensino fundamental e do ensino médio, os alunos persistem em usar as
caraterísticas desse meio de comunicação na hora de produzir seus conteúdos
onde é utilizada a escrita e isso causa uma grande agressão nas normas e
podemos aqui ressaltar que a escrita precisa de normas para poder existir, essas
normas não tem espaço na oralidade, pois são realidades diferentes. Entretanto
também temos consciência que existem palavras que migram da fala para escrita
em produções.
O ensino da língua falada e da escrita vem passando por muitas
transformações, deixando para trás o velusto sistema analítico e sintético, no qual
a aprendizagem consistia em um método rígido de decoração para ensinar aos
educandos as associações entre grafia e fonética. Atualmente propõe aos
magistrados um novo ensino, baseado na construção do conhecimento e
valorizando assim o mundo cultural formado no aluno. A leitura e a escrita, passam
a serem matérias lecionadas não só de forma decodificada, mas, de forma
perceptiva, ou seja, que garanta a criança um entendimento além do gráfico
fazendo com que ela possa elaborar um entendimento crítico acerca do tema
exposto.
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De acordo com Koch (2003, p.16), a leitura pode ser concebida “como
simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo
leitor/ouvinte, bastando a este, portanto, o conhecimento do código”.
Nessa concepção, a língua é vista como um código (conjunto de signos),
desconsiderando os aspectos externos ao sistema. Em oposição a essas
perspectivas, surgem muitas propostas interacionistas, porém, ao falar sobre essa
abordagem acabavam trazendo informações ambíguas, incompletas no que se
referia ás implicações dessa concepção de língua para os componentes
curriculares.
[...] ler como se a leitura fosse um ato mecânico, separado
da compreensão, é um desastre que acontece todos os dias.
Estudar palavras soltas, sílabas isoladas, ler textos idiotas e
repetir sem fim exercícios de cópia, resulta em desinteresse
e rejeição em relação à escrita. (CARVALHO, 2012).
devem ser levadas em consideração a língua materna, pois não se deve excluir os
elementos que são característicos e constitutivos da língua, sendo estes
relacionados entre si, pelo modo das categorias que pertencem e suas
especificidades, que os definem sua originalidade, preservando assim a cultura
relacionada à linguagem.
A forma que o sujeito fala em muitas ocasiões é a forma que ele escreve
isso foi dito por vários autores, é durante o momento em sala de aula que os
professores começam a perceber quais os grupos sociais as crianças pertencem,
isso é possível durante as produções escritas das crianças.
Nos anos iniciais deve ser comum a utilização de diversos tipos de textos,
onde o professor pode utilizá-los em variados momentos, com enfoque
diferente, pois para Solé (1998, p.27) “a leitura pode ser considerada um
processo constante de elaboração e verificação de previsões que levam á
construção de uma interpretação”, onde o aluno pode trabalhar com o mesmo
texto em situações diferentes, para que tenha oportunidade de compreendê-lo e
criar hipóteses a partir dele.
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Para Weisz (1998, p.39) “o conhecimento não é algo que está fora e deve
ser consumido, posto para dentro do aprendiz, e sim algo a ser produzido,
construído pelo aprendiz enquanto sujeito e não objeto do processo de
aprendizagem”, então, faz-se necessário, além da leitura de textos, que o
professor sensibilize os educandos a darem sua opinião sobre os mesmos, pois
para (VYGOTSKY ,1998, P.131).
A compreensão da língua escrita é efetuada primeiramente através da
língua falada:
Onde após a leitura do texto, o mesmo pode ser debatido
entre os alunos, com a intervenção do professor, para depois
deste momento os educandos escreverem um novo texto
baseado em suas ideias, á luz do que foi lido anteriormente,
ampliando suas ideias acerca do tema, pois segundo.
(SMITH,1998, p. 21)
2009, p. 9).
O trabalho sobre a língua em sala de aula deve ser realizado por meio de
conhecimentos teóricos e metodológicos que permitem um entendimento a cerca
da língua em uso e de como ela se estabelece. O professor em sala de aula
deve buscar meios que permitem que seus alunos possam compreender a função
e relação desses textos orais e sua transcrição, a prática é fundamental para esse
processo, pois essa práxis pedagógica proporciona um fazer fazendo.
Levar textos, entrevistas, cartas e demais recursos que venham a
desenvolver o conhecimento dos alunos em sala de aula são importantes no
processo de aprendizagem, o que não se deve fazer é deixar o comodismo tomar
de conta e se deixar desanimar pelo despreparo dos alunos diante de uma
formação precária nas escolas, a teoria e prática caminham juntas na formação do
conhecimento.
Os professores de Língua Portuguesa e Literatura devem estar
preocupados em saber se os alunos compreendem que a linguagem deve estar
adequada a diversas situações do cotidiano, ou seja, a partir do momento que
vários falantes e relacionam os indivíduos do grupo busca adequar-se a
linguagem que esta sendo utilizada no meio em que estão inseridos.
A oralidade faz parte da vida do ser humano como parte da ação de
transmissão de conhecimento, sendo que a oralidade esta ligada a aspectos
biológicos dos indivíduos, como a dedicação, visão, tato, pois para que o homem
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e de fácil compreensão, pois quanto mais complexa for à linguagem do texto mais
dificuldades será para iniciar o processo de oralidade. Devido ao
desenvolvimento da fala, ser um processo que depende do trabalho realizado e do
ritmo da criança é importante que a linguagem seja estimulada desde cedo, para
que assim venham se tornar bons leitores e escritores.
ata, etc), apresentam intenções específicas para que se tenha comunicação tanto
para quem fala ou escreve. De acordo com Azeredo (2005, p.40), os gêneros
textuais, configuram-se nas diferentes formas de comunicação verbal e suas
práticas sociais, pois o que se entende é que há gêneros para as diferentes
práticas sociais e dessa forma o gênero não pode ser alterado.
Narrativa de enigma,
Novela,
Fantástica e Conto
parodiado
Documentação e RELATAR Representação Relato de experiência
memorização de ações pelo discurso de vivida, Relato de
humanas experiências vividas, situadas viagem, Testemunho,
no tempo. Curriculum vitae,
Notícia Reportagem,
Crônica, esportiva e
Ensaio
biográfico.
Discussão de problemas ARGUMENTAR Texto de opinião,
sociais controversos Sustentação, refutação e Diálogo argumentativo,
negociação de tomadas de Carta do leitor, Carta
posição. de reclamação,
Deliberação informal,
Debate regrado,
Discurso de defesa
(adv.) e Discurso de
acusação
(adv.)
Transmissão e construção EXPOR Apresentação Seminário, Conferência
de saberes textual de diferentes formas Artigo ou verbete de
dos saberes. enciclopédia, Entrevista
de especialista Tomada
de notas, Resumo de
textos “expositivos” ou
explicativos, Relatório
cientifico e Relato de
experiência cientifica.
Instruções e prescrições DESCREVER AÇÕES Instruções de
Regulação mútua de montagem, Receita ,
comportamentos. regulamento, Regras de
jogo e Instruções de
uso.
Fonte: Dolz e Schneuwly (2004, p. 121).
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4 A ESCRITA E O LETRAMENTO.
Desse modo, o autor afirma que cabe ao professor despertar interesse nos
alunos, criando assim estratégias e chamando atenção para que o momento
pedagógico torna-se prazeroso e interessante para o aluno, que a ideia de
alfabetizar vá além da sala de aula, tornando-se a linguagem uma conquista
constante. Por tanto, ser alfabetizado vai além de juntar letras para formar sílabas
ou juntar sílabas para formar palavras e palavras para formar frases e frases para
formar textos, e sim ter conhecimento do que está escrevendo, ter noção de
concordância saber se o que está escrevendo tem coerência dizer que um sujeito
é alfabetizado não é tão simples como parece.
5 METODOLOGIA
Maria Tasca (2002 ), Favero (2005) entre outros que fundamentaram este
trabalho.
As estratégias utilizadas para escolha do tema abordado deu-se por meio
de levantamento bibliográfico, sendo este muito importante e necessário para a
elaboração deste estudo contribuindo para a área de conhecimento estudada.
Segundo Vergara (2005, p. 48), a pesquisa bibliográfica é o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas,
jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público geral.
Utilizou-se o método experimental a fim de adquirir um número
significativo de informações necessárias para a fundamentação deste trabalho.
Esta pesquisa foi tornando forma diante de cada leitura realizada e aos
poucos foram se construindo significados diferentes sobre o entendimento
linguístico, favorecendo uma reflexão sobre a linguagem falada e a escrita
analisando o quando são importantes no processo de aprendizagem dos
discentes, pois o desenvolvimento da aprendizagem e compreensão que os alunos
possam entender e diferenciar os aspectos linguísticos da fala e da escrita.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOTELHO, José Mario. A natureza das modalidades oral e escrita. In: Filologia,
linguística e ensino. Tomo 2, V. IX, n. 03. CiFEFIL: Rio de Janeiro, 2005, p. 30-
42. BORTONI-RICARDO, S. M. 2006. O estatuto do erro na língua oral e na língua
escrita.
GERALDI, João Wanderley. (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática,
2006.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo, SP: Ática, 2003.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São
Paulo: Parábola Editorial, 2008. da fala para a escrita.Atividades de retextualização.6
ed.São Paulo:Cortez.2005.
MURRIE, Zuleika de Felice; LOPES, Harry Vieira Lopes; LOUZADA, Maria Silvia
Olivi. O ensino de português: do primeiro grau à universidade. 5. Ed.- São
Paulo: Contexto, 2001.Disponivel em:<
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/linguagem-escrita-
influencia- fala-meio-social-na-utilizacao.htm>.Acesso em 12 de jul.de 2022.