Insuficiência Cardíaca 1
Insuficiência Cardíaca 1
Insuficiência Cardíaca 1
1) Preferencialmente clínico; Quadro estável: IC provável se ECO: Separa a IC com Fração de Complementares (serve para avaliar a gravidade, identificar etiologia e ajudar no
Critérios de Framingham (9 maiores e 7 menores); BNP > 35 / NT-proBNP > 125 Ejeção Reduzida (ICFeR) da IC estagiamento):
Conclusivo se: 2 MAIORES ou 1 MAIOR + 2 menores; com Fração de Ejeção Preservada 1) Radiografia (analisar cardiomegalia e ver as câmaras acometidas);
Quadro agudo: IC provável se (ICFeP); 2) Holter 24h (se palpitações ou síncope e com suspeita de arritmias);
2) BNP e NT-proBNP, se disponível; BNP > 100 / NT-proBNP > 300 3) Exames laboratoriais (os de Alex + TSH + HB e Ferritina para avaliar anemia);
ECG: Sem alterações específicas 4) Cineangiocoronariografia (se angina de peito, arritmias sintomáticas e pós PCR ->
3) ECO, se BNP e NT-proBNP com IC provável ou não de IC revascularização);
disponíveis; - Alguns achados podem sugerir 5) RNM - eco inadequado, Cardiopatia Congênita, verificar se existe dano miocárdico
etiologia da IC (Ex: presença de isquêmico ou não;
4) Se ECO alterado, determinar etiologia e dar início zonas inativas (coronariopatia)) 6) Biópsia (IC de etiologia indefinida -> doenças de depósito ou inflamatórias);
ao tratamento; - Presença de BRE
Etiologias
• Principal causa: isquêmica miocárdica • Doenças de depósito (infiltração • Distrofias musculares: • Cardiomiopatia periparto (termina o parto e a mulher abre um quadro de insuficiência
do miocárdio): Duchenne e Becker cardíaca; na maioria das vezes é reversível, mas algumas permanecem)
• Doenças valvares - Hemocromatose
- Doença de Fabry • Toxinas: Álcool e Cocaína • Cardiomiopatia hipertrófica (doença genética)
• Causas hipertensivas (2ª maior causa) - Amiloidose
• Cardiomiopatia restritiva: Endomiocardiofibrose e Pericardite constritiva
• Infecciosa • Distúrbios nutricionais
- Kwashiokor anemia grave, com • Cardiomiopatia dilatada (idiopática) = diagnóstico de exclusão
• Inflamatórias: Miocardite ascite
- Anemia
• Doenças do tecido conjuntivo: LES, sarcoidose - Beribéri
Estágios
Tratamento Estágios A e B
Tratamento ICFeR
Tratamentos que modificam Tratamento em pacientes que se • Em paciente com ICFer sintomática faz terapia com IECA e BB (até doses máximas
- Medicamentos utilizados: mortalidade (todos devem ser mantém sintomáticos (prescritos toleradas) e então avalia paciente
* Na doença, ocorre o aumento da ativação do prescritos): em casos selecionados) • Paciente ainda está sintomático e FEVE < 35%
sistema nervoso simpático -> BB (diminui ação do o IECA (BRA nos intolerantes aos o Inibidores dos canais If - Sim: adiciona espirolactona (até dose máxima tolerada)
SN simpático) IECA) (Ivabradina) - Não: sem necessidade de terapias adicionais
* Sistema RAA -> inibidores do SRAA (IECA, BRA, o Betabloqueadores o Associação nitrato/hidralazina • Se persiste sintomático e com FEVE <= 35%:
ARM) o Antagonistas dos receptores - Se tolera IECA ou BRA tenta substitui-lo por INRA (sacubiltril/valsartan)
* Sistema dos peptídeos natriuréticos (aumentar mineralocorticoides (aldosterona) Tratamentos que modificam - Se tem ritmo sinusal e QRS >= 130 ms avalia se beneficiaria com um
seus níveis) -> inibidores de neprilisina o Sacubitril/Valsartan sintomas ou hospitalizações ressincronizador
o Inibidores da SGLT-2 (prescritos em casos - Se tem ritmo sinusal e FC >= 70 bpm candidato a ivabradina
selecionados) • Os tratamentos acima podem ser combinados se indicado
o Diuréticos • Se o paciente ainda se mantém com sintomas persistentes considera digoxina,
o Digoxina hidralazina/nitrato ou transplante cardíaco
- Se não, não há necessidade de terapias adicionais
• Se o paciente tem FEVE <= 35% apesar do tratamento otimizado e tem história de
TV/FV sintomática
- implantar CDI (cardiodesfibriladores implantáveis)
• Diuréticos devem ser utilizados em qualquer momento em que o paciente tenha
sinais/sintomas de congestão
Efeito colateral:
Ginecomastia
Tratamento ICFeR - DROGAS QUE MELHORAM SINTOMAS (MAS NÃO DIMINUEM MORTALIDADE)
Tratamento ICFeR - DROGAS QUE DEVEM SER EVITADAS (CLASSE III) – TTO PODE SER PREJUDICIAL
Paciente com diabetes não podem usar glitazonas -> não são recomendadas em AINEs ou Inibidores da COX-2 não são recomendados em portadores de Diltiazem ou Verapamil aumentam risco de piora
portadores de IC, pois IC, pois aumentam risco de piora clínica e hospitalização em IC clínica e hospitalização
aumentam risco de piora clínica e hospitalização por IC
- Podem prejudicar a função renal por inibir a síntese de - São inotrópicos negativos e não atuam no SN
- Causam retenção de líquido, que pode piorar a IC prostaglandinas, levando à retenção de água e sódio simpático
- Porém, pode usar anlodipino (BCC
di-hidropiridínicos) – p/ controle da PA, por
exemplo
2) Prevenção primária miocardiopatia isquêmica (FEVE <= 30-35%) e 2) 40 dias iniciais após IAM (ou seja, só é indicado após esses 40 dias iniciais) Fase de
CF II-III NYHA apesar de pelo menos 3 meses de tto clínico otimizado miocárdio atordoado miocárdio pode cair a fração de ejeção logo após o infarto, e após
*Ainda pode-se usar CDI nos pacientes com ICFeR não isquêmica com alguns dias vai se recuperando (então a FE reduzida pode ser temporária; e se não tiver
FE ≤ 35% + classe funcional NYHA II ou III a despeito de tratamento reduzida de forma real, não há benefício do uso do desfibrilador pósinfarto)
farmacológico otimizado por pelo menos 6 meses.
Redução de mortalidade: deve fazer para todos os Redução de mortalidade/hospitalização por IC em pacientes selecionados: IC avançada – Redução de
pacientes: IECA ou sacubitril/valsartana; BB; 1) Hipervolemia = diurético pacientes hospitalização por IC e
espironolactona; e ISGLT2 2) Ritmo sinusal e BRE (QRS >= 150 ms) TRC/D (desfibrilador) selecionados: melhora da qualidade de
o Ritmo sinusal e BRE (QRS 130-149) ou não BRE (QRS <= 150 ms) = TRC/D (porém evidência cai de Classe I - Transplante cardíaco vida:
- Começa com IECA e BB e depois vai colocando os para Classe IIa) - DAV como ponte para - Reabilitação
outros; ou individualiza o paciente 3) Etiologia isquêmica = CDI transplante cardiovascular exercícios
4) Etiologia não isquêmica CDI (porém Classe IIa) de resistência para
5) FA = anticoagulação aumentar a carga
6) FA pode pensar em digoxina (para controle da frequência se estiver elevado mesmo com uso de BB) ou muscular
ablação (nos pacientes refratários)
7) DAC = revascularização miocárdica cirúrgica
Definição menos clara que a reduzida alguns Diuréticos BRA ou IECA Sacubitril+Valsartan não reduziu Não existem evidencia Ainda não está nas
consideram o ponto de corte de FEVE >= 50% - Alívio da congestão, com melhora - Apena Candesartan demonstrou hospitalização/mortalidade de benefício com uso diretrizes, mas mostra-se
• Em termo de sintomas é igual (diagnóstico clínico), de sintomas de IC melhora de classe funcional - Benefício maior no subgrupo de de BB ou ARM eficiente:
a diferença está no Eco pacientes com FEVE menor Empagliflozin
Nenhuma terapia específica demonstrou - Tendencia à benefício no sexo - Uso de Nebivolol em - bom para diabéticos e
consistentemente redução da mortalidade! feminino idosos parece reduzir ICFeP
- Tratamento para alívio de sintomas hospitalização por IC - Reduz hospitalização,
- tratamento consiste basicamente de: controle da (independentemente mas não é significativo
congestão pulmonar, controle da PA, da FEVE) para mortalidade em
prevenção/tratamento da taquicardia e manutenção pacientes com ICFeP
do ritmo sinusal, tratamento das comorbidades geral
associadas.