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DOI: 10.12957/rep.2021.56080
Feminismo e mulheres na
resistência à ditadura
brasileira de 1964-1985
Introdução
com êxito, desafiaram regras autoritárias durante os anos 1970 e início dos
1980 (ALVAREZ, 1998).
Com a redemocratização dos anos 1980, o feminismo no Brasil
avança com a organização de inúmeros grupos e coletivos em todas as re-
giões, com objetivo de tratar sobre amplos temas: debate e lutas sobre
aborto, violência, sexualidade, direito ao trabalho, igualdade no casamento,
direito à terra, direito à saúde materno-infantil, luta contra o racismo, orien-
tação sexual, entre outros. Os grupos se organizavam, algumas vezes, muito
próximos dos movimentos populares de mulheres que estavam nos bairros
pobres e favelas. Estes movimentos particulares lutavam por educação, sa-
neamento, habitação e saúde e eram fortemente influenciados pelas comu-
nidades eclesiais de base da Igreja Católica.
Outras mulheres, por sua vez, ampliaram a militância no espaço
partidário e foram se construindo e se desenvolvendo no campo do pensa-
mento de esquerda. Neste campo, o feminismo enfrentava o tensionamento
com a própria esquerda e, para manter a convivência, exigia-se uma visão
crítica da própria relação. De fato, é possível afirmar que a resistência
política na luta específica das mulheres desafiou e continua a desafiar as
organizações de feministas no interior dos partidos de esquerda. Isto é, a
construção de um programa estratégico que considere não apenas a classe,
mas também as relações patriarcais, divisão sexual do trabalho entre homens
e mulheres, raça/etnia, participação da mulher na política, é importante
porque, em realidade, é constitutiva das lutas mais amplas pela igualdade
e liberdade.
Considerações finais
Referências
DOI: 10.12957/rep.2021.56080
Recebido em 09 de março de 2020.
Aprovado para publicação em 15 de maio de 2020.
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