Juliana Louceiro Relatório Anual MPO
Juliana Louceiro Relatório Anual MPO
Juliana Louceiro Relatório Anual MPO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
MESTRADO EM PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
2022/2023
Julho de 2023
1
Índice
Índice ................................................................................................................................ 2
Agradecimentos................................................................................................................ 3
Introdução ........................................................................................................................ 4
SHINE 2Europe .................................................................................................................. 5
Modelo de gestão e estrutura hierárquica................................................................... 7
Smart Healthy Age-Friendly Environments (SHAFE) ................................................... 10
Gestão de projetos ..................................................................................................... 13
Investigação aplicada.................................................................................................. 14
Atividades desenvolvidas ............................................................................................... 15
Idadismo ..................................................................................................................... 16
Smart Against Ageism ............................................................................................. 18
DESIgn for all methods to cREate age-friendly housing ......................................... 19
PRIORITY45 ............................................................................................................. 21
Racismo e discurso de ódio ........................................................................................ 24
Prescrição social ......................................................................................................... 26
Comunicação e disseminação .................................................................................... 28
Reflexão crítica/Análise global do estágio...................................................................... 30
Conclusões ...................................................................................................................... 34
Referências bibliográficas ............................................................................................... 38
Anexo 1 ........................................................................................................................... 47
2
Agradecimentos
À Aurora, o meu maior desafio, a minha experiência mais enriquecedora, a minha maior
força e a minha maior fraqueza, a minha maior aprendizagem.
Aos meus pais que me continuam a apoiar nestas, aparentemente, infindáveis loucuras!
Àqueles amigos que dizem “mas ainda não estás farta?” e depois dizem “tu consegues,
não podes desistir”!
À Carina, ao Luís e à SHINE, pela confiança, investimento, apoio e força que me dão
desde o início!
3
Introdução
“A teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira
ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação
criadora e modificadora da realidade” (Freire, 1996, p.25). O presente relatório de
estágio pretende apresentar-se como uma reflexão sobre esta práxis, entendida como
uma unidade entre estas duas dimensões do processo de conhecimento: a teoria e a
ação (Fazenda, 1989, citado por Martins et al., 2020).
4
conta que a SHINE está responsável pela Comunicação e Disseminação em muitos dos
projetos em que participa, esta atividade será apresentada separadamente.
Na reflexão crítica sobre o estágio, será feita uma análise SWOT deste, tendo
também em conta o que foi proposto no Plano de Atividades de Estágio. A conclusão do
relatório abordará também conceitos teóricos apreendidos durante o mestrado e como
eles se conjugam com as tarefas desenvolvidas na SHINE.
SHINE 2Europe
A SHINE 2Europe é uma empresa de Coimbra, fundada em 2019 e que tem como
missão a promoção de comunidades inclusivas para todos. Através do desenvolvimento
de serviços de investigação aplicada e assistência operacional a outras organizações, a
SHINE apoia a implementação de soluções inclusivas, digitais e promotoras de
ambientes saudáveis (tech-Savvy, Healthy and INclusivE solutions – SHINE), fomentando
o crescimento e inclusão sociais, promovendo a inovação, a formação e a capacitação
organizacional (Digital Skills & Jobs Platform, n.d.).
A visão da SHINE é a de uma sociedade em que todos possam ter uma vida mais
feliz e realizada, e isso só é possível através da implementação de soluções holísticas,
que tenham em conta as diferentes necessidades de todos os cidadãos. Como base da
sua atuação, a SHINE adota uma abordagem baseada no conceito de Smart Healthy Age-
Friendly Environments (SHAFE). A SHAFE é uma “abordagem concetual e política que se
refere a ambientes, produtos e serviços inteligentes, adaptáveis e inclusivos que podem
ajudar a melhorar e apoiar a independência e o bem-estar ao longo da vida,
independentemente da idade, género, deficiência, diferenças culturais e escolhas
pessoais” (Dantas, Louceiro, Vieira, et al., 2022).
5
• Desenvolve materiais e ferramentas educativas que promovam o aumento de
competências em diferentes grupos.
• Reforça o papel de organizações que promovem a inclusão, a cidadania ativa e
participativa, os direitos humanos, a saúde, a educação, formação e atividades
culturais.
• Envolve stakeholders (organizações, utilizadores finais e cidadãos) na cocriação,
testagem e validação de serviços e produtos inovadores, potenciando o
envolvimento daqueles nos processos de decisão pública.
• Desenha estratégias, políticas e abordagens participativas visando um melhor
processo democrático, empoderando cidadãos e organizações e respeitando as
diferenças regionais, entre países e sistemas (SHINE 2Europe, n.d.-a).
6
com dois trabalhadores e desde aí, contratou mais de dez pessoas (algumas delas a
tempo parcial e outras a tempo inteiro).
7
organizações novas, pequenas e de ambientes dinâmicos, como é o caso da SHINE, a
coordenação é feita por supervisão direta e a tomada de decisões importantes está
centralizada no CEO – o vértice estratégico. Esta centralização da tomada de decisão
permite que esta seja mais informal, rápida e que a comunicação flua informalmente
pela estrutura (Mintzberg, 1980). No caso específico da SHINE, há poucos meses foi feita
uma contratação de uma Diretora de Projetos, que dá algum apoio à CEO, no entanto,
a tomada de decisão e todo o trabalho continuam a passar por esta.
Figura 1
Estrutura organizacional da SHINE 2Europe
8
(Mintzberg, 1995). Isto aumenta também o comprometimento organizacional, ou seja,
a “ligação entre um trabalhador e a organização em geral" (Lambert et al., 2021, p.185).
O comprometimento organizacional potencia, por parte dos trabalhadores, a adoção
dos valores da empresa, a melhoria das suas atitudes no trabalho, o reforço da cidadania
organizacional, o aumento da satisfação com a vida, e ao mesmo tempo, a adesão às
regras e melhoria do desempenho (Lambert et al., 2021). Além disso, um elevado
comprometimento organizacional está também associado a menores índices de
absentismo, de taxas de rotatividade e de esgotamento no trabalho (Camp, 1994).
Ainda que esta configuração seja a mais natural para a idade, dimensão, sistema
técnico e ambiente das empresas empreendedoras como a SHINE, ela apresenta
também algumas possíveis desvantagens. A estrutura simples, estando muito
centralizada na saúde e vontade um indivíduo apresenta o risco toda a operação poder
ficar comprometida se algo de errado acontecer a esta pessoa (Mintzberg, 1995). O
mesmo fator leva também a que esta forma de organização seja descrita como
paternalista e autocrática, pois pode levar a abuso de poder. Além disso, ela pode
também ser muito restrita, pois os trabalhadores podem sentir que não têm poder de
decisão e que trabalham apenas em benefício de outro (Mintzberg, 1995).
9
projetos, maior diversificação temática dos mesmos, entre outros. É, por isso, provável
que a SHINE se encaminhe para um modelo de estrutura mais híbrido. Para além disso,
e como já previamente referido, está em curso uma reformulação dos procedimentos
da empresa e houve a contratação de uma Diretora de Projetos que apoia os gestores
de projetos, supervisiona o planeamento e execução destes e dá suporte nas atividades
necessárias. Esta contratação também permite diminuir a centralização da tomada de
decisão.
10
(Organização Mundial de Saúde, 2007), mas dá um passo além deste conceito.
Reconhecendo o valor da tecnologia na atualidade, a SHAFE pretende utilizá-la para criar
ambientes mais inclusivos e saudáveis, por exemplo, através do desenvolvimento de
soluções eHealth e mHealth que coloquem o utilizador e as suas necessidades no centro
do processo, não esquecendo a qualidade e o custo-benefício (Dantas et al., 2019).
11
estabelecimento de novos ecossistemas locais e regionais, bem como a expansão dos
existentes em cada país envolvido (cidadãos, autoridades públicas,
empresas/Organizações Não Governamentais e academia), promovendo o trabalho em
saúde e bem-estar num mundo digital para todas as idades (NET4Age-Friendly, n.d.).
Todo o trabalho realizado na SHINE tem como pano de fundo esta abordagem.
Durante a realização do estágio curricular, a discente realizou tarefas em projetos
cofinanciados pelos programas Erasmus+, Programa para o Emprego e a Inovação Social
(EaSI) e pelo Comité Económico e Social Europeu (EESC), todos eles seguindo esta
abordagem holística.
12
Gestão de projetos
13
definidos. Para isso, são necessárias competências de organização e gestão, mas
também garantir a motivação dos elementos da equipa (Schmid & Adams, 2008).
Investigação aplicada
14
refere-se à privacidade e consentimento informado: os participantes podem sentir-se
pressionados para participarem no estudo e pode ser mais difícil garantir o anonimato
(Helmchen, 2011).
Atividades desenvolvidas
15
2023). Os projetos Erasmus+ podem focar-se na educação e formação formal e informal,
tendo sempre como finalidade a melhoria das qualificações e das competências, de
forma a promover a participação numa sociedade democrática, a compreensão e o
respeito intercultural e a adaptação a uma sociedade cada vez mais dinâmica,
multicultural e digital (Comissão Europeia, 2023). Para alcançar estes objetivos, apoia a
cooperação internacional entre organizações de diferentes campos, promovendo
avanços na educação ao longo da vida, a (re)qualificação mas também a partilha de
conhecimento e boas práticas (Comissão Europeia, 2023).
Idadismo
16
legislação, procedimentos, práticas e processos que restringem o acesso e colocam em
desvantagem alguns indivíduos devido à sua idade; a nível interpessoal ocorre na
interação entre indivíduos; o idadismo autodirigido refere-se às crenças internalizadas
pelo próprio (Organização Mundial de Saúde, 2021). A nível dos espaços físicos públicos
e privados, estes não são pensados para promover a autonomia de adultos mais velhos,
representando isto uma forma de idadismo.
É provável que o idadismo em relação aos adultos mais velhos afete todos os
indivíduos em algum momento ou em muitos momentos das suas vidas, com efeitos
significativos na sua vida diária, nas interações sociais, nos cuidados de saúde, nos locais
de trabalho, nas oportunidades económicas, na saúde mental e física e na longevidade,
tanto de forma direta como indireta (Levy et al., 2022). O idadismo está ainda associado
17
a saúde física e mental reduzida: maior declínio cognitivo, isolamento social e solidão e
menor qualidade de vida no geral (Organização Mundial de Saúde, 2021). Nos mais
jovens, o idadismo pode refletir-se num menor comprometimento organizacional (OMS,
2021). De acordo com a OMS (2021), na Europa, uma em cada três pessoas indica já ter
sido vítima desta forma de discriminação.
18
situações em que os entrevistados foram vítimas de idadismo e vão usá-las no jogo
educativo. A discente participou na elaboração das histórias, dos diálogos e das
perguntas educativas que vão ser implementadas no jogo. Numa fase seguinte deste
processo, as histórias, perguntas e respostas foram levadas a workshops nos vários
países, para validar junto de idosos e técnicos o que tinha sido criado pela equipa – a
discente foi facilitadora num workshop num lar de idosos em Pombal, onde a
participação dos idosos foi difícil, mas as partilhas foram enriquecedoras. Em oposição,
os técnicos foram bastante participativos e identificaram-se com as histórias criadas.
A discente participou também nas reuniões mensais (online) deste projeto, onde
foram tomadas decisões sobre as tarefas seguintes e definidas orientações sobre
gestão, qualidade, disseminação e comunicação, entre outras. Em momentos
estratégicos e predefinidos do projeto estão agendadas reuniões presenciais; a próxima
reunião será em junho, em Coimbra e a estagiária ficou responsável pela sua
organização, nomeadamente pela elaboração da agenda, orientação dos parceiros no
que respeita a estadias e viagens, procura de sala apropriada para realização da reunião,
preparação de conteúdos, entre outros.
O idadismo pode também ser verificado nos espaços públicos e privados que não
estão adaptados ao envelhecimento e limitações físicas da população. Se atendermos
às mudanças demográficas que se têm vindo a verificar, como o aumento da esperança
19
média de vida e a diminuição da taxa de natalidade, faz sentido começar a pensar
alterações aos espaços públicos e privados. As nossas capacidades físicas e psicológicas,
essenciais para o bem-estar, são condicionadas pelo ambiente em que vivemos desde
que nascemos, e isso influencia a forma como nos ajustamos à perda de funções e outras
ameaças, especialmente nos últimos anos de vida (Dantas & Louceiro, 2022c).
1
Design4All é uma ferramenta e uma abordagem que pretende proporcionar a todos oportunidades
iguais de participação em todos os aspetos da sociedade. O ambiente construído, os objetos do
quotidiano, os serviços, a cultura e a informação devem ser concebidos e fabricados por pessoas, para
serem utilizados por pessoas - devem ser acessíveis, adequados à utilização por todos os membros da
sociedade e adaptados à evolução da diversidade humana” (European Institute for Design and Disability,
2004).
20
elaboração dos relatórios finais e toda a documentação necessária. A conferência
internacional Age–friendly Environment foi organizada pela Faculdade de Arquitetura e
Design e o Instituto de Etnologia e Antropologia Social de Bratislava, no dia seguinte à
reunião presencial. A estagiária participou como oradora nesta conferência, abordando
o tema “Das alterações demográficas aos ambientes holísticos - Modelos da OMS e
SHAFE” (Dantas & Louceiro, 2022c).
PRIORITY45
21
O idadismo priva as organizações de usar o potencial dos trabalhadores mais
velhos (Posthuma & Guerrero, 2013), diminui a satisfação laboral e o comprometimento
organizacional (Kunze et al., 2011), aumenta o absentismo e a conflitualidade e leva a
uma redução do desempenho e da produtividade geral (Voss et al., 2018).
22
O envelhecimento da população, que resultou no aumento da idade da reforma,
fez com que atualmente existam várias gerações a trabalhar em simultâneo nas mesmas
organizações, verificando-se também uma grande representatividade de adultos mais
velhos. Nos últimos 30 anos, o número de trabalhadores com 24 anos ou menos nos
Estados Unidos diminuiu 45%; no entanto, o número de trabalhadores com 55 anos ou
mais aumentou 64% (US Bureau Statistics, 2019), aumentando a tensão nos locais de
trabalho.
23
workshops foram agrupadas em cinco módulos; a discente participou também na
elaboração do Currículo (conteúdos programáticos, objetivos gerais e específicos, carga
horária, entre outros) de quatro dos submódulos. A estagiária participou ainda nas
reuniões mensais deste projeto que permitem tomar decisões sobre os próximos passos
a ser dados no projeto e discutir assuntos pendentes.
24
pode analisar o racismo apenas como um fenómeno individual ou interpessoal (Cole,
2017) – ao invés disso, é necessário compreender que ele está integrado nas estruturas
sociais, nas instituições, etc.
As pessoas racializadas são afetadas por agressões diárias às quais Essed chamou
“racismo quotidiano” (everyday racismo) (Essed, 1991). Este conceito refere-se às
práticas recorrentes e sistemáticas que afetam as minorias étnicas e as prejudicam, e
que estão integradas na vida coletiva de tal forma que são consideradas normais pelos
seus membros (Essed, 1991). Este conceito procura descrever a forma como a
discriminação racial se combina através de ações individuais e estruturas institucionais,
sendo perpetuada por toda a sociedade (Essed, 1991).
Como referido previamente, o racismo não está apenas nas atitudes individuais
e por isso, não se resolve apenas com intervenções a um nível individual e de aquisição
de conhecimentos e competências; é importante implementar mudanças estruturais,
institucionais e na sociedade. Para isso, foi elaborado um Manual de Recomendações
Políticas (“Luta contra o racismo e a discriminação: recomendações para decisores
políticos, associações e grupos de lobby”) (Smart for Democracy and Diversity, 2023); a
discente participou na pesquisa bibliográfica e redação deste manual.
25
Além das reuniões mensais, a aluna participou também numa Reunião
Transnacional do Projeto em Frankfurt (Alemanha), com os restantes parceiros. Nesta
reunião definiu-se a estratégia para a elaboração do Manual de Boas Práticas e também
as tarefas para o final do projeto, que vai terminar com Eventos Multiplicadores em
todos os países parceiros e um Internacional em Bruxelas durante o mês de junho.
Prescrição social
26
visitas aos serviços de urgência (24%) e nas consultas hospitalares (64%) (Polley et al.,
2017).
27
Numa primeira fase, foi desenvolvido o Compêndio “Promoção da Saúde Através
de Experiências de Aprendizagem Cultural” (White & O’Kelly, 2022), que teve por base
os relatórios nacionais dos seis países de onde são originárias as organizações que
compõem o consorcio. A discente participou na elaboração do Relatório Nacional de
Portugal (Dantas, Machado, & Louceiro, 2022) e na revisão por pares feita aos outros
relatórios. Para além disso, também participou na planificação do curso de Teatro que
está a ser implementado em Portugal.
Comunicação e disseminação
28
desenvolvidos e ter em conta o modelo de estrutura de hélice quádrupla 2 (four-helix
model) (Gertrudix et al., 2021).
29
definido que a plataforma educativa vai ser utilizada (em parte) na Universidade de
Design e Arquitetura de Bratislava, nalgumas Unidades Curriculares.
30
(coordenado pela SHINE) lidera as reuniões. Lentamente, a discente também se sente
mais confiante nas suas ações e opiniões, o que também contribui para esta autonomia.
31
Competências de liderança forma também aprimoradas através de projetos que
estavam a ser liderados pela SHINE, ou em situações de reuniões em que eram
necessário tomar decisões.
32
momentos de grande nervosismo para a estagiária e isso acaba por dificultar os
primeiros momentos de trabalho. Este ponto fraco só é ultrapassado através da
exposição à situação, assim, a discente participou nas reuniões mensais dos projetos em
que esteve envolvida, deslocou-se a reuniões presenciais Coimbra, Bratislava, Frankfurt
e Gouda, foi oradora em conferências online e presenciais, e facilitadora em workshops.
Outra fraqueza, está relacionada com o medo de errar que trouxe momentos de
ansiedade e atrasou a produção de trabalho. Esta fraqueza foi mitigada através da
pesquisa ou pedindo aos restantes colegas por orientações ou templates para as
atividades e também partilhando os documentos com os colegas para estes darem
feedback e contributos antes de apresentar os resultados às restantes organizações
envolvidas nos projetos.
As ameaças são situações que põe em risco a realização de uma atividade (Gürel,
2017). A SHINE, como já referido, desenvolve a maioria do seu trabalho remotamente.
Isto foi uma dificuldade em alguns momentos em que havia muitas dúvidas sobre as
tarefas pedidas. Para além disso, por vezes é um pouco solitário passar o dia todo em
trabalho remoto. Para ultrapassar esta dificuldade, a aluna passou a ir uma vez por
semana para Coimbra, para espaços públicos onde é possível trabalhar. Ainda que não
seja com os colegas de trabalho, o facto de não estar sozinha traz benefícios.
33
Conclusões
34
A Formação e Desenvolvimento são a base para melhorar a competência dos
trabalhadores e o desempenho das organizações (Mondy & Martocchio, 2015). A
formação refere-se à aquisição sistemática de conhecimentos, competências e aptidões
que, em conjunto, conduzem a um melhor desempenho num ambiente específico (Salas
et al., 2006, citado por Grossman & Salas, 2011). As formações caracterizam-se por ter
prazos curtos baseiam-se em objetivos de aprendizagem específicos e têm um tempo
previsto para os empregados aprenderem e aplicarem essas competências (Mondy &
Martocchio, 2015).
35
permite direcioná-las para tarefas diferentes, mais enquadradas nos seus gostos e
interesses pessoais; isto, por sua vez, aumenta a satisfação laboral e a eficácia dos
elementos da equipa.
A nível pessoal, este mestrado foi um desafio pois obrigou-me a ter de coordenar
muitas variáveis: a vida pessoal e uma filha bebé, trabalho, faculdade, vida social. No
final deste cansativo, mas compensativo percurso, sinto que melhorei as minhas
competências de gestão de tempo e organização, bem como definição de prioridades.
36
Para além disso, melhorei também as competências no que se refere à gestão de stress
e autoconfiança.
37
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46
Anexo 1
Folheto Informativo – Idadismo em Contexto Laboral (páginas seguintes).
47
A sua organização é inclusiva?
Seja um dos bons exemplos
a combater o idaismo
O idadismo afeta todas as esferas da sociedade, desde a vida social à comunicação social, passando
pelo trabalho e as relações laborais. Nas empresas e organizações, o idadismo traz consequências
negativas para os trabalhadores, estando associado a níveis mais elevados de depressão e doenças de
longa duração [2], mas também para o próprio funcionamento das organizações, já que está relacionado
com taxas mais altas de absentismo, diminuição da produtividade, entre outros [1].
Apesar disso, há poucas iniciativas para lidar com este fenómeno, seja ao nível da sociedade civil,
organizações ou até dos órgãos de soberania.
Contexto laboral
O envelhecimento da população, que resultou no aumento da idade da reforma, fez com que atualmente
existam várias gerações a trabalhar em simultâneo nas mesmas organizações.
Desde 1983, em Portugal, o número de trabalhadores com 24 anos ou menos diminui 23.6%; no entanto,
o número de pessoas ativas entre os 55 e os 64 anos aumentou 16,5% [5].
• Afeta as pessoas mais velhas e as mais novas – p. ex. um supervisor assume que um
trabalhador não consegue desempenhar uma função por ser demasiado jovem, ou não o inclui
numa formação sobre uma nova tarefa relacionada com tecnologia, por causa da sua idade
avançada.
O idadismo priva as organizações de usar o potencial dos trabalhadores mais velhos [7], diminui a
satisfação laboral e o comprometimento organizacional [8], aumenta o absentismo e a conflitualidade e
leva a uma redução do desempenho e da produtividade geral [9]!
Se sim, lembre-se que o idadismo no local de trabalho é preditor de pior estado de saúde global e
estados depressivos, bem como doença prolongada, que pode ser provocada ou aumentada pelo
stress associado à discriminação, resultando em períodos longos de ausência [1].
Estratégias para reduzir a
discriminação ligada à idade
nas empresas e organizações.
A não discriminação em função da idade é garantida por lei, nomeadamente na Declaração Universal
dos Direitos Humanos, Constituição da República Portuguesa e Código de Trabalho.
• Recrutamento
da idade
• Educação, formação e aprendizagem ao
Segurança no
longo da vida trabalho e gestão Desenvolvimento
da saúde da carreira
• Desenvolvimento da carreira
• Práticas flexíveis de horário de trabalho
Promoção da saúde no Práticas de trabalho
• Promoção da saúde no local de trabalho local de trabalho com horários flexíveis
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