Maria de Ribamar Costa Benicio

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A IMPORTÂNCIA DOS MARCOS LEGAIS NA EDUCAÇÃO:

uma analise critica dos direitos e responsabilidades educacionais


no contexto brasileiro
Maria de Ribamar Costa Benicio1

RESUMO
Este artigo examina a relevância dos marcos legais que definem os direitos e
responsabilidades no contexto da educação brasileira. Ele destaca a importância dessas leis e
disposições como instrumentos fundamentais para garantir a qualidade e a equidade no
sistema educacional do país. Nesse contexto o objetivo geral do presente estudo foi analisar a
implementação das leis educacionais no Brasil, buscando compreender os principais desafios
na educação. O método utilizado foi o de revisão bibliográfica, analisando as informações que
foram coletadas a partir da fundamentação teórica que foi obtido por meio de pesquisas em
livros, periódicos acadêmicos, revistas cientifica. Conclui-se que os marcos legais na
educação brasileira, ao mesmo tempo em que lança um olhar crítico sobre os desafios que o
sistema educacional ainda enfrenta. Ele ressalta a importância de continuar trabalhando para
superar esses desafios e garantir que a educação no Brasil seja realmente inclusiva, equitativa
e de qualidade.

Palavras-chave: Educação. Marcos Legal. Direitos Educacionais. Legislação Educacional.

ABSTRACT
This article examines the relevance of the legal frameworks that define rights and
responsibilities in the context of Brazilian education. He highlights the importance of these
laws and provisions as fundamental instruments to ensure quality and equity in the country's
educational system. In this context, the general objective of this study is to analyze the
implementation of educational laws in Brazil, seeking to understand the main challenges in
education. The method used was bibliographic review, analyzing the information that was
collected from the theoretical foundation that was obtained through research in books,
academic journals, scientific magazines. It is concluded that the legal frameworks in Brazilian
education, while at the same time taking a critical look at the challenges that the educational
system still faces. He highlights the importance of continuing to work to overcome these
challenges and ensure that education in Brazil is truly inclusive, equitable and of quality.

Keywords: Education. Marcos Legal. Educational Rights. Educational Legislation.

1
Graduação. Especialização. Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-
mail.
2

1 Introdução

A educação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de uma nação, e


os marcos legais que a regra tem um impacto significativo na qualidade e no acesso à
educação. No contexto brasileiro, a legislação educacional desempenha um papel crucial na
definição dos direitos e responsabilidades dos diversos atores envolvidos no sistema
educacional. Neste contexto, é essencial realizar uma análise crítica dos marcos legais que
regem a educação no Brasil para compreender como eles afetam a qualidade da educação, o
acesso dos alunos e as responsabilidades das instituições educacionais
O Brasil possui uma complexa legislação educacional que abrange desde o ensino
infantil até o ensino superior. Essa legislação inclui a Constituição Federal de 1988, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), os Planos Nacionais de Educação (PNE) e
diversas outras normas e regulamentos. Esses marcos legais estabelecem os princípios e
diretrizes que devem orientar a educação no país, além de definirem os direitos e
responsabilidades dos estudantes, professores, gestores e demais envolvidos no processo
educacional.
Os marcos legais na educação brasileira são de extrema relevância, pois permite
avaliar se essas normas estão alinhadas com as necessidades da sociedade e se promoverem
uma educação de qualidade e inclusiva. Além disso, esse estudo pode contribuir para
identificar lacunas na legislação e proporcionar melhorias que beneficiem a educação no
Brasil.
A educação é um dos principais pilares para o desenvolvimento social e econômico de
um país. No entanto, o sistema educacional brasileiro enfrenta desafios como a desigualdade
de acesso, a baixa qualidade do ensino e a falta de recursos adequados. Nesse contexto, a
análise crítica dos marcos legais se justifica pela necessidade de compreender como a
legislação atual contribui ou dificulta o enfrentamento desses desafios.
O problema de pesquisa central desta pesquisa é: "Como os marcos legais que regem a
educação no Brasil impactam os direitos e responsabilidades educacionais, e de que forma
eles podem ser aprimorados para promover uma educação de qualidade e inclusivo?"
No objetivo geral do presente estudo é analisar a implementação das leis educacionais
no Brasil, buscando compreender os principais desafios na educação. Além dos objetivos
específicos que são analisar a Constituição Federal, a LDB e outros marcos legais relevantes
que regem a educação no Brasil; avaliar como esses marcos legais impactam o acesso à
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educação e os direitos dos estudantes. E por fim, examinar as responsabilidades das


instituições educacionais e dos profissionais da educação condicionais na legislação.
Quanto à metodologia aplicada neste estudo, é de cunho qualitativo com pesquisa
bibliográfica analisando as informações que foram coletadas a partir da fundamentação
teórica que foi obtido por meio de pesquisas em livros, periódicos acadêmicos, revistas
cientifica. Os dados após serem coletados e consolidados, foram analisados, para confrontar
os aspectos teóricos.
2 Leis que regem o sistema educacional brasileiro

2.1 A educação segundo a Constituição Federal de 1988

A Constituição Federal de 1988 é considerada um marco importante para a educação


no Brasil, pois traz em seu texto uma série de diretrizes e garantias para o acesso à educação
e para a qualidade do ensino oferecido.
De acordo com a Constituição, a educação é um direito de todos e dever do Estado,
devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Além disso, a Carta
Magna estabelece que o ensino deve ser ministrado com base em alguns princípios, como a
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, a liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a pluralidade de ideias e de concepções
pedagógicas, entre outros.
A Constituição Federal prevê a obrigatoriedade do ensino fundamental e o acesso
gratuito à escola pública em todos os níveis de ensino. Além disso, a Carta Magna
estabelece que o ensino deve ser ministrado com base em alguns princípios, como a
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, a liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a pluralidade de ideias e de concepções
pedagógicas, entre outros.
São diversas as Leis que regem o sistema educacional no Brasil, a começar pela
Constituição Federal de 1988, a Carta Magna do país, que destina à educação todo um
capítulo, sendo este composto por 10 artigos repletos de princípios. Mas é a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que regulamenta o sistema educacional brasileiro,
tanto público quanto privado. A LDB é a Lei nº. 9394, sancionada em dezembro de 1996,
mas vale dizer que existiram outras LDBs ao longo da história do país.
Outras leis importantes para a Educação brasileira que podemos citar são: Estatuto
da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069/90; Lei nº 10.098/94 que estabelece normas gerais
e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência
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ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências; Lei nº 10.436 de 2002 que dispõe
sobre a Língua Brasileira de Sinais, Lei nº 7.853 de 1989 sobre apoio às pessoas portadoras
de deficiência, Lei 10.172 de 2001, conhecida como Plano Nacional de Educação,
consoante art. 9º inciso I da LDB e Lei 9131 de 1995 que criou o Conselho Nacional de
Educação (CNE), órgão responsável por auxiliar o Ministério da Educação na formulação e
avaliação da política nacional de educação; entre outras.
Um grande marco para a história do Brasil e da Educação Brasileira. Em 5 de outubro
de 1988, sob a presidência de Sarney, foi promulgada a até então, Carta Magna do país,
Constituição Federal de 1988 (CF/88). Com a queda do Regime Militar, o país em processo
de redemocratização e uma nova Constituição promulgada, a educação ganhou seu devido
destaque como um direito social. É o que está disposto no Art. 6º da CF/1988:

Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015(Brasil,
1988).

Além do acima mencionado, Art. 6º da Constituição Federal de 1988, o capitulo


abrangido pelos artigos 205 a 214 da mesma, trouxe a ideia da educação como um complexo
de direitos de todos, e deveres do Estado e da família a serem promovidos e incentivados por
toda a sociedade:
Ressurgiu também a ideia de uma lei contendo o Plano Nacional de Educação, e uma
divisão de competências prevista no Art. 22, inciso XXIV ( Constituição Federal de 1988) na
qual “cabe privativamente à União legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional
e concorrentemente a ela, aos Estados e ao Distrito Federal, legislar sobre a educação”. Por
outro lado, o art. 211 prevê um regime de colaboração entre os entes da federação de modo
a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
Fica então à União financiar instituições públicas bem como redistribuir e
suplementar, a fim de garantir padrões mínimos de qualidade do ensino e igualdade na
oportunidade de ensino, dando assistência aos Estados e Distrito Federal técnica e
financeiramente, e aos Municípios, que ficaram responsáveis pela atuação preferencial à
educação infantil e fundamental.
Entre os pontos principais relativos a educação, elencados na CF de 1988, podemos
citar o acesso ao ensino público obrigatório e gratuito passa a ser direito público subjetivo, o
que importa responsabilidade da autoridade pública caso o mesmo não seja oferecido ou seja
5

irregular a sua oferta (CF, 1988, Art. 208, 1º e 2º), a obrigação da União a investir anualmente
na educação, um mínimo de 18% da receita resultante de impostos, bem como um mínimo de
25% aos estados e municípios; a fixação de conteúdos mínimos ao ensino fundamental em
âmbito nacional (CF, 1988, Art. 210); a educação como um direito de todos, dever do estado e
da família, devendo ainda contar com a colaboração de toda a sociedade (CF, 1988, Art. 205);
a atuação dos municípios no ensino fundamental e na educação infantil; o ensino de 1º grau
passa a denominar-se ensino fundamental e o ensino de 2º grau, ensino médio.
A chamada Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei nº 9.394/96, ou como
também é conhecida “Lei Darcy Ribeiro”, em homenagem ao educador político brasileiro que
atuou efetivamente na construção da mesma, é a lei que define e regula as diretrizes da
educação e do sistema educacional brasileiro. Nela estão contidos princípios relativos a
educação e os deveres do Estado para com esta.
Com o objetivo de corrigir os problemas apontados e de caracterizar a proposição
como realmente de diretrizes e bases da educação, está sendo apresentado Substitutivo ao
Projeto em análise. É preciso registrar que, apesar das alterações propostas, o Substitutivo
mantém a concepção e a estrutura básica do projeto original (Saviani, 1997, p. 150).
Atualmente, esta é uma das leis mais importantes no que diz respeito a educação no
Brasil, pois exibe com detalhes os direitos educacionais e sistematiza aspectos gerais da
educação. Como anteriormente sucintamente demonstrado, já existiram três LDBs no país,
sendo a primeira promulgada em 1961, a segunda dez anos depois, em 1971 e a terceira em
1996, que ainda está em vigência.
A Lei nº. 9.394/96 avança nos quesitos sociais e civilizatórios da educação ao
reconhecer não somente o papel do Estado com a mesma, mas também a educação que vem
da família, da convivência humana.
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa,
nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais (Brasil, 1996, p.76).

No total são 92 artigos presentes da LDB, responsáveis por organizar onde começa e
onde termina a educação nacional, destruição de competências dos entes da federação,
divisão dos níveis escolares, grade curricular, regulamentação dos profissionais da
educação, formação dos mesmos, e distribuição de recursos financeiros educacionais.
A referida lei veio para estabelecer a coordenação do Ministério da Educação sobre a
educação básica brasileira, bem como a colaboração entre a União, Estados e Municípios. A
6

LDB definiu também a elaboração, pela União, de diretrizes ou princípios nos quais toda a
educação nacional deverá se basear, assim como os conteúdos a serem trabalhados, ou seja, o
currículo básico nacional da educação.

São alguns pontos principais da Lei 9394 de 1996: a competência da União para
elaboração de um Plano Nacional de Educação (PNE); a elaboração de Diretrizes para a
educação básica, feita em colaboração entre os entes federativos; a criação de um processo
nacional do rendimento escolar; entre outros.
Apesar de as Diretrizes e princípios da educação básica deverem ser aplicados em todo
o território nacional, não desobedecendo às bases norteadoras estabelecidas pelos entes
federativos, pela LDB as escolas possuem certa autonomia, ao contrário do que se via na LDB
anterior, Lei 5692 de 1971. É o que podemos ver nos artigos 12 e 13, a seguir dispostos, onde
cada escola é responsável por criar um projeto pedagógico.

2.2 Marcos legais impactam o acesso à educação e os direitos dos estudantes

Os marcos legais são extremamente importantes na área da educação, pois eles


estabelecem direitos e responsabilidades para os diferentes agentes envolvidos no processo
educacional. No contexto brasileiro, a Constituição Federal de 1988 é considerada um marco
importante para a educação, pois traz em seu texto uma série de diretrizes e garantias para o
acesso à educação e para a qualidade do ensino oferecido.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, é outro marco
legal relevante no contexto brasileiro. Ela estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, definindo as responsabilidades dos diferentes entes federativos (União, estados e
municípios) na oferta e manutenção do ensino.
Outro marco legal importante é o Plano Nacional de Educação (PNE), que define
metas e estratégias para o desenvolvimento da educação no país. Instrumento fundamental
para a promoção da qualidade da educação, pois estabelece objetivos e prazos para a melhoria
dos indicadores educacionais do país.
Porém, é importante fazer uma análise crítica dos marcos legais na área da educação,
pois muitas vezes eles não são devidamente implementados ou cumpridos. É fundamental que
haja um monitoramento constante e uma fiscalização efetiva para garantir que esses direitos e
responsabilidades sejam efetivamente cumpridos.
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Os marcos legais são fundamentais para a educação no contexto brasileiro, pois


estabelecem direitos e responsabilidades para os diferentes agentes envolvidos no processo
educacional. Porém, é necessário fazer uma análise crítica e garantir que esses marcos sejam
efetivamente cumpridos para promover a qualidade da educação brasileira.
Os marcos legais que regem a educação no Brasil têm um impacto significativo no
acesso à educação e nos direitos dos estudantes. Em primeiro lugar, a Constituição Federal e a
LDB estabelecem que a educação é um direito de todos e um dever do Estado. Isso significa
que o Estado deve garantir o acesso à educação para todos os cidadãos, independentemente de
sua condição socioeconômica, e promover a igualdade de oportunidades na educação.
A LDB estabelece a obrigatoriedade da educação básica dos 4 aos 17 anos, o que
significa que todos os estudantes na faixa etária devem estar matriculados em escolas públicas
ou privadas. A lei também garante o direito à educação inclusiva, assegurando o acesso e a
permanência de estudantes com deficiência em escolas regulares (Dewey, 2013).
Existem leis específicas que garantem direitos aos estudantes, como a Lei de Inclusão
da Pessoa com Deficiência, que assegura o acesso de pessoas com deficiência à educação, e o
Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece que toda criança e adolescente tem
direito à educação de qualidade.
No entanto, apesar da existência desses marcos legais, ainda existem desafios na
garantia do acesso à educação e dos direitos dos estudantes. Por exemplo, a falta de recursos e
investimentos na educação, a desigualdade de acesso à educação entre diferentes regiões e
grupos sociais, a discriminação e o preconceito, entre outros fatores, podem dificultar a
efetivação desses direitos.
Outros marcos legais importantes incluem a Convenção sobre os Direitos das
Crianças, adotada pela ONU em 1989, que estabelece que toda criança tem direito à educação,
e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que estabelece que todo ser humano tem
direito à educação. Esses tratados internacionais foram ratificados pelo Brasil e têm força de
lei no país.
Outros marcos legais, como a Lei do Piso Salarial dos Professores e o FUNDEB, têm
um impacto direto na qualidade da educação oferecida aos estudantes. A Lei do Piso Salarial
dos Professores garante um salário mínimo nacional para os professores da educação básica, o
que contribui para a valorização desses profissionais e para a melhoria da qualidade do
ensino. O FUNDEB, por sua vez, é um fundo que financia a educação básica no país e tem
como objetivo garantir recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino (Alves,
2001).
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Os marcos legais que regem a educação no Brasil são fundamentais para garantir o
acesso à educação e os direitos dos estudantes. Eles estabelecem as diretrizes e bases da
educação no país, definindo as obrigações do Estado e assegurando a igualdade de
oportunidades na educação.

2.3 As responsabilidades das instituições educacionais e dos profissionais da educação


condicionais na legislação.

A legislação brasileira estabelece algumas responsabilidades específicas para as


instituições educacionais e os profissionais da educação. As instituições educacionais, sejam
elas públicas ou privadas, têm a responsabilidade de oferecer uma educação de qualidade que
promova o desenvolvimento integral dos estudantes (Bertrand, 2014).
A legislação educacional estabelece diretrizes, normas e padrões que devem ser
seguidos por todos os envolvidos no sistema educacional, desde os gestores e professores até
os pais e alunos.
Entre as suas responsabilidades, Barbosa (2008) cita que
- Oferecer um ambiente escolar seguro e saudável, que promova o bem-estar dos
estudantes e dos profissionais da educação;
- Garantir uma infraestrutura adequada, com salas de aula, laboratórios, biblioteca e
demais espaços que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem;
- Oferecer um currículo diversificado e adaptado às necessidades dos estudantes, que
contemple as diferentes áreas do conhecimento e as competências e habilidades
necessárias para o mundo atual;
- Promover a inclusão educacional, garantindo o acesso e a permanência dos
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação;
- Estabelecer uma gestão democrática, com participação da comunidade escolar na
tomada de decisões e na gestão dos recursos.
Já os profissionais da educação, que incluem professores, gestores escolares e
demais funcionários, têm a responsabilidade de promover a aprendizagem e o
desenvolvimento dos estudantes. Entre as suas responsabilidades, podemos citar:
- Planejar e desenvolver atividades pedagógicas que promovam o desenvolvimento
integral dos estudantes;
- Utilizar metodologias e estratégias de ensino que favoreçam a aprendizagem dos
estudantes, considerando as suas características individuais;
- Avaliar o desempenho dos estudantes de forma formativa e somativa, utilizando
diferentes instrumentos e critérios;
- Promover a educação inclusiva, garantindo o acesso e a participação dos
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação;
-Estabelecer uma relação respeitosa e ética com os estudantes, as famílias e a
comunidade escolar (Barbosa, 2008, p.56).
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É importante destacar que essas responsabilidades são condicionais e estão previstas


na legislação brasileira, sendo de extrema importância para garantir a qualidade da educação
no país.
Entende-se que o interesse social na educação cumpre importante papel Constitucional
ao instruir o cidadão para uma sociedade democrática, plural e livre. O papel da escola,
deveria ser por excelência a escola da comunidade, para melhor servir os múltiplos e
complexos interesses de cada uma delas, com organizações locais e o máximo de autonomia e
independência, para torna-las representativas do meio em que se inserem.
Na grande sociedade democrática, a escola deve ensinar ao cidadão a pensar com
segurança, precisão e visão, em meio a uma civilização impessoal, dinâmica e extremamente
complexa. Assim a função da educação é senão a criação de sujeitos da história, adaptados a
suas respectivas conjunturas sociopolítica e cultural, para satisfação (social) do bem comum.

3 Considerações Finais

A importância dos marcos legais na educação é inegável, pois eles estabelecem


direitos e responsabilidades que moldam o sistema educacional de um país e afetam
diretamente a qualidade da educação oferecida às gerações futuras. No contexto brasileiro, a
legislação educacional desempenha um papel fundamental na garantia do acesso à educação
de qualidade e na promoção da igualdade de oportunidades.
O Brasil é um país vasto e diversificado, e as desigualdades regionais têm um impacto
significativo na distribuição de recursos e na qualidade da educação. Apesar dos avanços
legislativos, muitas áreas rurais e comunidades vulneráveis ainda têm acesso limitado a
recursos educacionais adequados. A Constituição Federal estabelece que uma parcela
significativa dos recursos públicos deve ser destinada à educação, mas a realidade muitas
vezes mostra um subfinanciamento das escolas públicas, o que prejudica a infraestrutura, a
capacitação de professores e outros aspectos críticos da educação.

4 Referências Bibliográficas

Alves, G. L. A. (2001). Produção da Escola Pública Contemporânea. Campo Grande: Ed.

UFMS; Campinas: Autores Associados.


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Barbosa, Maria Carmem Silveira (2008). Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto

Alegre: Artmed.

Bertrand, Yves(1994) Paradígmas educasionais. Lisboa, Horizontes Pedagógicos, p.083-121.

Brasil. (1996). Conselho Nacional de Educação. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial [da] República

Federativa do Brasil. Brasília, DF, dez.

Brasil (1990). Congresso Nacional. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o

Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF, dez.

Dewey, J. (2013). Experiência e educação. Tradução Anísio Teixeira. São Paulo: Nacional

(Coleção Cultura, Sociedade e Educação, v. 15).

Saviani, J E R. (1997). Diretrizes e bases da educação: ensino e liberdade. Pioneira, São

Paulo, 1969.

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