TCC Rafael Soares de Oliveira
TCC Rafael Soares de Oliveira
TCC Rafael Soares de Oliveira
CAMPOS DO AGRESTE
NÚCLEO DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Caruaru
2022
RAFAEL SOARES DE OLIVEIRA
Caruaru
2022
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do programa de geração automática do SIB/UFPE
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
Prof. Antônio César Cardim Britto
Universidade Federal de Pernambuco
______________________________________________
Prof. Mário Rodrigues dos Anjos Neto
Universidade Federal de Pernambuco
______________________________________________
Prof. Carlos Henrique Michels de Sant’Anna
Universidade de Pernambuco - UPE / Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP
AGRADECIMENTOS
Agradeço a meus pais, Dionilo Martins (in memória) e Regiane Soares, por todo amor
e carinho dispendidos em minha criação e educação, responsáveis diretos pelo o
homem que me tornei.
Agradeço a minhas irmãs, Maria Teresa, Maria Rafaela, Raiane e Raquele, por todo
o apoio incondicional.
Agradeço a minha namorada, Eduarda Marinho, que além de colega de curso, tornou-
se minha melhor amiga, sendo a minha base nesse processo, me apoiando durante
todo esse difícil trajeto até a conclusão do presente projeto e consequentemente
conclusão do curso de administração.
Meu agradecimento em especial ao meu orientador, prof. Antônio César Cardim, que
se tornou também um grande amigo, compartilhando sua experiência e conhecimento
ao longo da elaboração do presente trabalho, tornando possível a sua realização.
“Para sermos mais generosos
diríamos, como não somos gênios,
precisamos de parâmetros para
caminhar no conhecimento. Porém,
ainda que simples mortais, a marca
de criatividade é nossa ‘grife’ em
qualquer trabalho de investigação”.
(MINAYO, 1994, p.17)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 17
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ..................................................................................... 19
1.2 PERGUNTA DE PESQUISA ............................................................................. 20
1.3 OBJETIVOS...................................................................................................... 20
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 20
1.3.2 Objetivo Específicos ..................................................................................... 20
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 20
2 REVISÃO.......................................................................................................... 22
2.1 FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA ELÉTRICA .......................................... 22
2.2 ENERGIA SOLAR ............................................................................................. 25
2.3 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ................................................................ 27
2.4 CÉLULAS FOTOVOLTAICAS ........................................................................... 31
2.4.1 Silício monocristalino ................................................................................... 33
2.4.2 Silício policristalino ...................................................................................... 34
2.4.3 Filmes finos ................................................................................................... 35
2.4.4 Célula solar perc ........................................................................................... 35
2.5 MÓDULOS FOTOVOLTAICOS ......................................................................... 37
2.6 CENÁRIO HISTÓRICO MUNDIAL .................................................................... 38
2.7 CENÁRIO HISTÓRICO BRASILEIRO ............................................................... 43
2.8 FINANCIAMENTO DE ENERGIA SOLAR NO BRASIL ..................................... 52
3 METODOLOGIA ............................................................................................... 54
3.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................ 54
3.2 DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA SOLAR VIA PVSOL ................................ 55
3.2.1 Sistema de Automação PV SOL Premium versão 2021 .............................. 57
4 SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE ....................................... 72
4.1 PLACA FOTOVOLTAICA .................................................................................. 73
4.2 INVERSORES .................................................................................................. 76
4.3 TIPO DE CONEXÃO DOS MÓDULOS ............................................................. 76
4.4 ESTRUTURA DE SUPORTE ............................................................................ 77
4.5 CABEAMENTO ................................................................................................. 78
4.6 PROTEÇÃO ...................................................................................................... 78
4.7 MEDIDOR BIDIRECIONAL ............................................................................... 78
4.8 INTEGRADORES ............................................................................................. 79
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................ 80
5.1 SISTEMA FOTOVOLTAICO ON GRID EM RESIDÊNCIAS .............................. 80
5.2 ANÁLISE TÉCNICA E ECONÔMICA ................................................................ 81
5.2.1 Residência situada no município de São Caitano - Agreste Pernambucano
......................................................................................................................... 82
5.2.2 Residência situada no município de Petrolina - Sertão Pernambucano ... 95
5.2.3 Residência situada no município de Vitória de Santo Antão - Zona da Mata
de Pernambuco ............................................................................................. 109
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 124
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 126
17
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
Claro no âmbito nacional, que têm investido nessa fonte de energia. Em linhas gerais,
esse fato acontece devido à energia solar apresentar vantagens econômicas,
ambientais e técnicas.
Sob o aspecto econômico, o tempo de retorno do investimento em um sistema
fotovoltaico residencial no Brasil se dá em média de 3 a 5 anos, segundo análises da
ABSOLAR. Considera-se assim um investimento com retorno relativamente rápido e
seguro, diante do tempo de vida útil do kit solar que é em média de 25 a 30 anos, de
acordo com estimativas e garantias dos fabricantes. Além disso, a Resolução
Normativa nº 482, de abril de 2012 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica),
permite ao consumidor reduzir o valor da conta de energia ou até mesmo conseguir
créditos suficientes para zerar a sua conta elétrica, pagando assim apenas a tarifa
mínima obrigatória.
Sob a perspectiva ambiental, a importância da energia solar se dá por ser uma
fonte limpa e renovável, contribuindo para a redução dos gases poluentes
responsáveis pelo efeito estufa. Segundo um levantamento realizado pela ABSOLAR,
o uso da energia solar no Brasil, entre 2012 e 2021, evitou que mais de 19,6 milhões
de toneladas de gás carbônico fossem jogadas na atmosfera. Além disso, o Brasil é
um dos países que mais possui potencial para explorar esse tipo de energia no mundo,
uma vez que de acordo com o Atlas Brasileiro de Energia Solar, o país recebe durante
todo o ano uma incidência solar diária que vai de 4.500 a 6.300 Wh/m². Enquanto a
Alemanha, um dos países pioneiros em energia fotovoltaica, recebe 40% menos
irradiação solar em sua região de maior potencial.
Por fim, sob o ponto de vista técnico, o equipamento necessário para gerar
energia solar em uma edificação é considerado de fácil e rápida instalação e
manutenção, por ser formado de pequenas peças portáteis, diferentemente dos
utilizados na energia hidráulica e eólica que requerem uma maior logística de
transporte e instalação, tornando o custo inicial dessas fontes mais onerosos.
Consoante a esses fatos, fica evidenciado o potencial de crescimento da
energia solar, demonstrando sua rentabilidade e durabilidade. Dessa forma, o
presente trabalho tem por fim denotar a viabilidade técnica e financeira do uso dessa
energia, especificamente em edificações residenciais, no intuito de estimular e orientar
as pessoas que desejem ampliar o seu conhecimento sobre a utilização de sistemas
fotovoltaicos em suas residências ou negócios, bem como contribuir para tornar esse
planeta mais limpo, em razão da utilização dessa fonte de energia limpa.
22
2 REVISÃO
como uma alternativa a ser explorada e avaliada a fim de proporcionar uma maior
qualidade e segurança no abastecimento de energia elétrica (SALAMONI;
MONTENEGRO; RÜTHER, 2009).
Nesse sentido, faz-se importante dissertar sobre as principais fontes renováveis
de energia elétrica, dimensionando cada uma delas, para assim evidenciar suas
importâncias perante os cenários das matrizes elétricas mundial e nacional.
Uma das fontes de energia elétrica mais utilizadas no mundo é a hidráulica,
contribuído com cerca de 16,1%, em 2019, da matriz elétrica mundial (IEA, 2021) e
57,3% da brasileira (ANEEL, 2021). Esse percentual justifica-se pelo fato de o Brasil
possuir a maior bacia hidrográfica do mundo, propiciando um grande potencial para
transformação em força motriz e em energia elétrica.
Entre os países com maior capacidade hidrelétrica instalada, destacam-se nas
primeiras posições a China (352 GW), o Brasil (104 GW) e os EUA (103 GW), que
juntamente com Canadá e Rússia somam mais de 50% da capacidade instalada
mundial (EPE, 2021).
Algumas usinas hidrelétricas possuem reservatórios de acumulação que
podem armazenar eletricidade por semanas, meses ou mesmo anos, dependendo de
suas dimensões, permitindo garantir a produção de eletricidade, mesmo em épocas
de mudanças climáticas adversar e em períodos de seca. Esses reservatórios podem
ser utilizados para prover uma série de serviços não energéticos, como controle de
cheias, irrigação, suprimento de água para consumo humano, recreação e serviços
de navegação. Todavia, a maioria das usinas não possuem esses reservatórios, além
disso, os projetos hidrelétricos de grande porte causam impactos socioambientais
negativos, e também exigem elevados custos de investimentos nos anos iniciais de
construção. Somasse a isso, o fato de que os aproveitamentos hidrelétricos estão
cada vez mais distantes dos grandes centros de consumo, como acontece no Brasil,
o que resulta na necessidade de investimentos adicionais em longas linhas de
transmissão para escoamento da produção de eletricidade (EPE, 2018).
O Brasil utiliza as usinas hidrelétricas para gerar a maior parte da energia
elétrica, fato esse que causa uma grande preocupação por parte dos especialistas em
recursos energéticos, uma vez que os reservatórios de água são frágeis aos novos
regimes hidrológicos e isso vai gerar um impacto sobre o potencial hidráulico
(BARBOSA FILHO e PÊSSOA, 2015).
24
A energia eólica, por sua vez, é uma fonte renovável que vem crescendo
exponencialmente e ganhando relevância, representa atualmente 8,2% da matriz
mundial (juntamente com outras renováveis, maré, solar...) e 11,3% da matriz elétrica
nacional, sendo a segunda fonte de geração de energia elétrica no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEolica), o país possui
atualmente 795 usinas de energia eólica instaladas em diversas regiões, mais de
9.000 aerogeradores, acarretando um total de mais de 21 GW de capacidade
instalada e, até 2026, o Brasil terá pelo menos 34 GW de capacidade instalada,
considerando os contratos já assinados. Esses números fizeram o país alcançar o 7º
lugar no mundo em capacidade instalada.
De acordo com o Atlas de Energia Elétrica do Brasil, o território brasileiro é
favorecido em termos de ventos, que se caracterizam por uma presença duas vezes
superior à média mundial e pela volatilidade de 5% (oscilação da velocidade), o que
dá maior previsibilidade ao volume a ser produzido.
A energia eólica, assim como a hidrelétrica, possui um alto custo de
implantação, porém, causa um baixo impacto ambiental em sua instalação e
operação. Além disso, outros fatores contribuem para a sua disseminação:
• Parques eólicos não emitem CO2;
• Um dos melhores custo-benefício na tarifa de energia;
• Fonte de renda para proprietários de terras, por meio de arrendamento
para colação das torres, ressalta-se ainda que a produção eólica pode
coexistir com outras atividades, permitindo, por exemplo, ao proprietário
realizar plantações ou criações de animais;
• Os arrendamentos sofrem tributação e contribuem assim
economicamente para a administração pública;
• Além disso, como a velocidade costuma ser maior em períodos de
estiagem, é possível operar as usinas eólicas em sistema complementar
com as usinas hidroelétricas, de forma a preservar a água dos
reservatórios em períodos de poucas chuvas.
Por fim, tema da presente pesquisa, a energia solar também está em evidência
no cenário da geração de energia elétrica e tem se mostrado uma excelente opção de
fonte renovável. De acordo com dados da IRENA, é a fonte renovável que mais cresce
no mundo, sendo considerada a energia do futuro.
25
Perdão), em 1973. Esse fato, fez a indústria, no início no novo século, voltar seu olhar
para as energias renováveis (DIENSTMANN, 2009).
De acordo com Brito (2006), as fontes de energia são derivadas da energia do
sol e o aproveitamento de sua energia, inesgotável na escala terrestre de tempo, tanto
como fonte de calor quanto de luz, é uma das alternativas energéticas mais
promissoras para enfrentarmos os desafios do novo milênio. Um exemplo disso são
as energias geradas por outras fontes que necessitam do sol para se constituir,
hidráulicas, biomassas, eólicas, combustíveis fósseis e energia dos oceanos, são,
portanto, formas indiretas de energia solar (ANEEL, 2005).
A energia solar pode ser utilizada através de sistemas ativos, como os
aquecedores solares de água; de modo passivo, pela absorção do calor pelas
edificações; por sistema termossolares, com aquecimento de fluídos acoplados a
geradores mecânicos, e pela tecnologia fotovoltaica que converte diretamente a
energia solar em energia elétrica (REIS et al., 2005).
A energia solar térmica (também chamada de termossolar, ou fototérmica)
consiste na utilização do calor do sol para aquecer outro meio, um fluido, geralmente
água. Dessa forma, a energia solar é captada, por meio de placas solares ou tubos a
vácuo e transferida para a água ou outros fluidos.
Assim, a radiação solar, captada por meio de coletores solares, aquece a água
que circula pelas tubulações desses coletores, fazendo com que a água que estava
fria alcance uma temperatura elevada, sendo armazenada então em um reservatório
térmico.
Enquanto na energia solar fotovoltaica, há uma conversão direta da energia
solar em energia elétrica. Para isso, são utilizados módulos fotovoltaicos, que
convertem a energia dos fótons da luz solar.
Neste sistema, os módulos são formados por células fotovoltaicas, compostas
por material semicondutor, capazes de transformar a radiação solar em energia
elétrica de corrente contínua para corrente alternada, viabilizando dessa forma a
utilização dessa energia por aparelhos eletrônicos em residências e empresas.
Nesse sentido, utilizando uma residência como referência, percebe-se que a
principal diferença entre esses sistemas é que enquanto o termossolar consiste no
aquecimento de fluidos, sendo usado para aquecer a água do chuveiro, por exemplo,
o fotovoltaico já faz a conversão em energia elétrica, podendo alimentar todos os
equipamentos elétricos dessa mesma residência.
27
VANTAGENS DESVANTAGENS
Reduz a conta de energia elétrica em até 95% Baixa geração de energia, quando comparado a
outros modelos
Valorização imobiliária
Fonte: Neosolar
Fonte: Neosolar
35
Fonte: Neosolar
Fonte: https://www.eco-greenenergy.com/pt-pt/standard-5bb-vs-half-cut-cells-9bb-the-advantage-of-
new-9bb-pv-module/
37
Apesar do efeito fotovoltaico ter sido observado pela primeira vez em 1839 por
Edmond Becquerel, como já citado, foi só a partir de 1956 que a indústria começou a
fabricar células fotovoltaicas para a produção de energia solar. Em um primeiro
momento, voltada para o setor de telecomunicações, posteriormente para o
aeroespacial, uma vez que demonstrava ser o meio mais adequado para prover os
equipamentos eletrônicos durante os longos períodos no espaço.
Em um contexto histórico mundial, alguns eventos foram responsáveis por
impulsionar o interesse na energia solar fotovoltaica, como a crise do petróleo em
1973. Contudo, naquela época, o custo dos módulos fotovoltaicos era
demasiadamente alto, tornando quase inviável o seu investimento.
Os números de produção fotovoltaica só viriam a alcançar maior relevância a
partir de 1978, com os Estados Unidos mantendo a liderança até a maior parte da
década de 90. No final dessa década houve o acordo para redução de CO², previsto
no protocolo de Kyoto, sendo o responsável direto pela alavancagem desse mercado,
principalmente no Japão e na Alemanha.
Desde então, por meio de uma política de subsídio governamental, o Japão tem
realizado a integração da energia gerada por telhados fotovoltaicos, sendo uma das
referências em políticas governamentais desse tipo. Com subsídios de até 70% do
custo do sistema, o país chegou a liderar a produção solar mundial e o mercado
fotovoltaico até 2007, quando foi superado pela Europa e pela Alemanha
respectivamente.
Segundo Espósito e Fuchs (2013) há duas vertentes no mundo que têm como
propósito incentivar a produção de energia solar de forma sustentável: o feed-in tariff
e o net metering. A primeira predomina na Europa e também foi adotada no Japão,
em que ocorre um pagamento de uma tarifa pelas concessionárias locais, para a
geração de energia produzida pelas instalações de energia solar.
O net metering, por sua vez, tem por finalidade regular a troca de energia entre
concessionária e usuários de energia solar. Ao final de cada mês, é realizada uma
análise do quanto foi gerado de energia e quanto foi despendido para saber se o
consumidor tem um crédito ou um débito perante a concessionária. Esse modelo foi
instituído no Brasil a partir da Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL.
39
ano de 2010, em 2020 essa produção aumentou para cerca de 92% do total da
produção mundial (conforme figura 2.8), sendo a China responsável por cerca de 97
GW, o que corresponde a 67% dessa produção.
Na última década a energia solar fotovoltaica vem ganhando cada vez mais
destaque no cenário mundial, com uma alta taxa de crescimento, que deverá manter-
se devido ao apelo mundial por energias limpas, sendo essa umas das formas de
geração mais eficientes e menos nocivas ao meio ambiente (SILVA, 2015).
42
Esse crescimento acelerado do uso de energia solar pode ser atribuído, entre
outros fatores, ao avanço da tecnologia que propicia cada dia mais um aproveitamento
mais eficaz na captação e conversão da radiação solar em energia elétrica e a queda
vertiginosa do preço dos painéis fotovoltaicos no mundo, principalmente, os praticados
nos mercados Chineses e Indianos, além da política de fortes incentivos concedidos
para a instalação de sistemas fotovoltaicos, fomentada em países desenvolvidos
como Alemanha, Itália, EUA e Japão.
Hoje, é possível notar a presença da energia solar não só nos países mais ricos
e desenvolvidos, como também em países em desenvolvimento. As instalações
podem ser visualizadas nas mais variadas localidades, desde grandes usinas solares
até as edificações residenciais. Estão presentes em grandes metrópoles e em cidades
do interior; nos aeroportos, nas rodovias, estacionamentos de carros; nos edifícios,
condomínios, estabelecimentos comerciais e na zona rural.
O cenário mundial, tendo como pioneiros países europeus e asiáticos, vem se
mostrando favorável a uma menor dependência das fontes de energias não
renováveis e a uma expansão gradual das fontes renováveis, a fim de preservar-se
de eventuais problemas para atender sua demanda por aquelas fontes, como a atual
crise por petróleo e gás, por exemplo, causada pela guerra entre os países da Rússia
e da Ucrânia. Busca-se desse modo, a prevenção de um eventual colapso da matriz
elétrica mundial.
Como pode ser observado por meio dos gráficos abaixo (figuras 2.10 e 2.11),
a matriz elétrica mundial é formada principalmente por combustíveis fósseis como
carvão, óleo e gás natural, em que as fontes não renováveis somam um total de 73%.
Em contraponto, a matriz elétrica brasileira é em sua grande maioria formada por
fontes renováveis, representando um total de 83%. Isso se deve, principalmente, ao
grande potencial hidráulico brasileiro e ao crescimento das energias eólica e solar.
43
Figura 2.11 - Matriz elétrica mundial Figura 2.10 - Matriz elétrica brasileira
Fonte: International Energy Agency (IEA, 2021). Fonte: Balanço Energético Nacional (BEN, 2021).
diferenciados, os quais não se compensam num certo sentido. Então, não vai
adiantar chover mais no Sul e achar que será possível gerar mais energia no
Sul compensando o Norte e o Nordeste, que terão menos energia. Isso
significa que a longo prazo haverá um risco de diminuição de geração de
energia hidrelétrica (MARGULIS 1, 2015, ONLINE)
residenciais, o que justifica tal acontecimento. Fato esse que só piorou no início do
século XXI, com o avanço industrial na fabricação de células e módulos,
principalmente na China, e o aumento de sistemas fotovoltaicos interligados à rede
elétrica.
Esse cenário começou a mudar a partir da criação do Fundo Setorial de Energia
em 2001, resultando em um crescimento nas atividades de P&D em energia solar
fotovoltaica e na formação de grupos de pesquisa e programas de pós-graduação.
O tardio desenvolvimento do sistema solar fotovoltaico brasileiro frente ao
cenário internacional, é explicado pelo fato de seu posicionamento em relação às
políticas públicas de incentivo e regulamentação só terem acontecido recentemente.
Em 2004 foi criado o Centro Brasileiro para Desenvolvimento de Energia Solar
Fotovoltaica (CB-Solar), de qual pode-se destacar entre suas ações, o
desenvolvimento de tecnologias em escala piloto para fabricação células fotovoltaicas
de silício cristalino e de módulos fotovoltaicos, incluindo análise técnica-econômica da
sua produção em escala industrial.
Mas apenas no ano de 2012 foi estabelecida a Resolução Normativa 482/12,
definindo regras pela primeira vez sobre o tema de geração distribuída e trazendo
mecanismos que serviram para impulsionar o uso dessa geração de energia solar no
Brasil. Entre as quais: o direito à utilização dos créditos por excedente de energia
injetada na rede; a definição da potência instalada para micro (75 KW) e minigeração
(5 MW); possibilitou a geração compartilhada, na qual um grupo de unidades
consumidoras é responsável por uma única unidade de geração; a possibilidade de
autoconsumo remoto, na qual existe a geração em uma unidade e o consumo em
outra unidade de mesmo titular; e, também estabeleceu prazos para processos,
padronização de formulários para solicitação de conexão e definição de
responsabilidades atribuídas aos clientes, à empresa responsável pela implantação
do sistema e à distribuidora
No dia 1 de março de 2016, entrou em vigor, a Resolução Normativa 687/15, a
qual realizou grandes atualizações na resolução 482/12, propiciando melhores
estímulos para o mercado da geração distribuída, desburocratizando o processo de
inserção da energia gerada na rede elétrica. As principais melhorias e pontos positivos
dessa nova resolução foram: diminuiu o prazo de aprovação dos sistemas
fotovoltaicos e ampliou-se o tempo para utilização dos créditos decorrentes do
excedente gerado para 60 meses, podendo ser utilizados em local diferente de onde
46
Essa nova lei somada à crise provocada pela pandemia da covid-19 traz
consigo incertezas sobre o futuro da geração distribuída. Diante disso, o PDE 2031
fez projeções considerando alguns cenários. Em um primeiro mais otimista, em que
as regras sejam mantidas como atualmente, com paridade total entre créditos de
energia e tarifa de energia, a Geração Distribuída poderá chegar a 41,6 GW no
período, com R$ 138 bilhões em investimentos. Em um outro cenário mais pessimista,
no qual são removidos os incentivos existentes no Sistema de Compensação de
Energia e passa a aplicar a tarifa binômia, essa estimativa de crescimento da
modalidade seria reduzida em cerca de 50%, chegando em 2031 com 22,8 GW de
capacidade acumulada e R$ 56 bilhões em investimentos.
A grande potência de geração de energia solar no Brasil acontece devido a sua
proximidade da linha do equador, que possibilita que até mesmo no inverno haja luz
solar em todo seu território. De acordo com o Atlas Brasileiro de Energia Solar, o Brasil
recebe durante todo o ano, mais de 3.000 horas de brilho de sol, correspondendo a
uma incidência solar diária que vai de 4.500 a 6.300 Wh/m². Enquanto a Alemanha,
um dos países que mais explora a energia fotovoltaica, recebe 40% menos irradiação
solar em sua região de maior potencial se comparado à incidência brasileira. Esse fato
fica evidenciado no mapa (figura 2.12) a seguir, o qual demonstra a irradiação média
anual e diária no mundo.
48
Fonte: NASA.
O Brasil é um dos países com maior potencial para geração de energia solar
fotovoltaica, isso por que a maior parte de seu território é localizado próximo a linha
do equador o que faz com que o tempo de incidência de luz solar não varie muito e a
média anual pode variar entre 5 a 8 horas diárias (ANEEL, 2005).
A EPE, de acordo com a Nota Técnica DEA 19/14 de 2015, estima uma
produção de 287.5 milhões de MW por ano de energia fotovoltaica, caso todo o
potencial solar fotovoltaico residencial seja aproveitado. A potência gerada seria
suficiente para abastecer mais de duas vezes o atual consumo doméstico de 124,8
milhões de MW por ano do país.
Os dados expressos no gráfico abaixo (figura 2.13) demonstram o crescimento
substancial da energia fotovoltaica no Brasil a partir do ano de 2017 corroborando com
a já citada expansão desse tipo de energia em solo nacional. Podemos observar que
o país praticamente dobra a sua capacidade anualmente.
49
3 METODOLOGIA
3,26 KWp (Quilowatt pico) é a potência do sistema solar, a partir dela pode-se
determinar o Inversor, Micro inversor e a quantidade de placas utilizadas, no processo
de implantação de um sistema fotovoltaico em uma residência.
Sobre o IRR, vale ressaltar que o programa SunData destina-se ao cálculo da
irradiação solar diária média mensal em qualquer ponto do território nacional e
constitui-se em uma tentativa do CRESESB de oferecer uma ferramenta de apoio ao
dimensionamento de sistemas fotovoltaicos. A primeira versão do programa foi
elabora em 1995 com a finalidade de auxiliar o dimensionamento dos sistemas nas
diversas fases do PRODEEM e foi adaptado, no ano seguinte, para consulta via web.
A primeira e a segunda versão do SunData utilizaram dados do Valores Medios de
Irradiacion Solar Sobre Suelo Horizontal do Centro de Estudos de la Energia Solar
(CENSOLAR, 1993) contendo valores de irradiação solar diária média mensal no
plano horizontal para cerca de 350 pontos no Brasil e em países limítrofes. Após a
publicação da 2ª Edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar em 2017, o Cresesb
obteve autorização para utilizá-lo na atualização da base de dados do SunData.
Produzido a partir de um total de 17 anos de imagens de satélite e com informações
de mais de 72.000 pontos em todo o território brasileiro, o Atlas Brasileiro de Energia
Solar - 2ª Edição é o que se tem de mais moderno em informações de irradiação solar
no Brasil. Vale lembrar que as informações apresentadas são indicativas e possuem
as limitações dos modelos utilizados. Para avaliações mais precisas recomenda-se a
medição da irradiação no local de interesse (CRESESB, 2022).
É importante salientar que o sistema de busca de localidades próximas é feito
por meio da coordenada geográficas (latitude e longitude) do ponto de interesse. Caso
a cidade de seu interesse não seja listada sugiro selecionar a localidade mais próxima
sugerida pela busca ou a localidade com características mais semelhantes à da
localidade de interesse. O formato numérico de entrada da coordenada geográfica
pode ser em graus decimais (00.00°) ou graus, minutos e segundos (00°00'00"),
conforme a opção selecionada no formulário. (CRESESB, 2022).
O programa fornece os dados de irradiação solar para no mínimo 3 localidades
disponíveis próximas do ponto de interesse. São fornecidos os valores de irradiação
57
O PV*SOL foi desenvolvido pela empresa alemã Valentin Software GmbH, que
efetua a venda direta. No Brasil, a Solarize é sua parceira oficial para promoção,
treinamento e suporte.
O Serviço Nacional da Industrial (SENAI) juntamente com a Universidade
Federal de Pernambuco, Departamento de Energia Nuclear e o Departamento de
Engenharia Elétrica, na UFPE, promovem treinamento nesse segmento.
Abaixo mostra-se a tela de abertura do Software PV Sol Premium, desenvolvido
na Alemanha e comercializado no Brasil.
A 4ª. Tela nos mostra dados sobre o consumo mensal ou anual. Em um mesmo
CPF o limite é de 100 contas de energia. Inclusive apresenta o Gráfico, considerando
os índices IRR, por mês.
Nessa tela são apresentadas as previsões dos resultados que poderão ser
obtidos por meio do desempenho do sistema adotado.
Nessa subtela são apresentados gráficos da irradiação emitida por área dos
módulos.
66
Nessa subtela são apresentados gráficos da irradiação emitida por área dos
módulos.
Nessa subtela são apresentados gráficos da irradiação emitida por área dos
módulos.
67
10.7 - Configuração
Nessa subtela são apresentados gráficos da economia com energia que será
alcançada.
70
Nessa última tela o projetista pode gerar um relatório com opção de impressão
para entrega à Concessionária e ao Cliente.
72
Esse capítulo tem por fim explanar como se dá o uso da tecnologia fotovoltaica
interligada à rede e quais os equipamentos necessários para esse tipo de instalação
em residências.
Ao realizar uma instalação de um sistema fotovoltaico, deve-se levar em
consideração qual o tipo que mais se adequa àquele ambiente. Para o presente
trabalho, vamos utilizar o sistema on grid, visto que ele é o mais indicado para
residências urbanas, onde há acesso à rede de distribuição e cujo o principal motivo
que enseja a sua instalação é pagar menos na conta de energia elétrica. Logo, o
sistema de créditos e o preço mais barato de instalação são os principais argumentos
para essa escolha.
Após escolhido o tipo de sistema, deve-se observar o ambiente e escolher o
local de maior incidência solar durante a maior parte do dia. Esse local deve ser livre
de sombras de outras estruturas. A orientação deve ser para o norte com inclinação
igual à latitude do local para assim obter a melhor produtividade possível.
Como pode ser observado na figura 4.1, o sistema on grid requer a utilização
de menos materiais que o off grid, pois dispensa o uso de baterias e controlador de
carga, uma vez que toda a energia gerada é direcionada diretamente para a rede. Isso
torna o custo do sistema conectado à rede menor que o do sistema autônomo.
Figura 4.4 - Evolução do preço do polissilício Figura 4.3 - Evolução do preço dos módulos fv
não seria utilizada para outro fim, eles também podem ser instalados em diversos
outros locais como terrenos, tetos de veículos, postes, estacionamentos abertos,
fachadas, varandas ou coberturas de prédios, quintais de condomínios, entre outros,
desde que a área possua uma boa incidência solar e não seja um local com
sombreamentos. Há também um novo conceito surgindo, em que os módulos já se
integram diretamente na estrutura das edificações. Nas figuras 4.5 e 4.6 podem ser
visualizados exemplos de painéis instalados no teto e na fachada de prédios.
4.2 INVERSORES
Fonte: CRESESB-CEPEL
78
4.5 CABEAMENTO
4.6 PROTEÇÃO
distribuição, para que ao final de cada mês seja feito o cálculo dos créditos sobre a
conta de energia elétrica que o consumidor eventualmente tenha direito.
Desse modo, a cada instante, apenas o registro em um dos sentidos será
realizado, dependendo da diferença instantânea entre a demanda e a potência gerada
pelo sistema fotovoltaico. Este é o tipo de registro requerido pela Aneel na
regulamentação em vigor. A Aneel estipulou ainda, pela resolução normativa no 569,
de 23 de julho de 2013, que as unidades consumidoras do grupo B, onde os
consumidores residenciais estão incluídos, não podem ser cobradas pelo excedente
de reativos devido ao baixo fator de potência (CRESESB-CEPEL, 2014).
4.8 INTEGRADORES
dados, módulos, baterias, inversores, e grupos geradores. Por fim, ele também é
capaz de gerar relatórios, retornando os custos de implantação, o valor que será
economizado na conta de energia, o tempo de retorno do investimento, entre outras
várias informações bastante úteis ao usuário.
Assim, realizou-se a análise utilizando três residências com diferentes
consumos de energia elétrica e situadas em diferentes mesorregiões do estado de
Pernambuco. Desse modo, foram escolhidas residências localizadas nas cidades de
São Caitano, Petrolina e Vitória de Santo Antão, localizadas respectivamente nas
mesorregiões do agreste, sertão e zona da mata.
ARQUIVO: (PV SOL Premium 2021) Projeto de TCC – São Caitano versão 2
a) Município de São Caitano; Latitude: -8,3689522; Longitude: -36.1716502
Visando atender a produção de 1560 KWh + 1000 KWh = 2.560 KWh anual-
183,33 𝐾𝑊ℎ
𝑃𝑓𝑣 = ⩭ 1,53 𝐾𝑊𝑝
120,375
1995 𝐾𝑊ℎ𝑎 𝑛𝑜
𝐼𝑅𝑅 = ⩭ 5,46 𝐾𝑊𝑝𝑑
365𝑑𝑖𝑎𝑠
Como no site do CRESESB encontramos 5,35 KWp, verificamos que esse valor
está mais atualizado, pois é de 2022, e o IRR acima calculado é do ano de 2015,
adotou-se o valor do site supramencionado.
A partir daí, passou-se ao dimensionamento dos módulos: a) identificando o
fabricante (Canadian Solar Inc.) e a quantidade de Módulos adequado à Potência
Fotovoltaica calculada de 1,53 KWp, no caso o “CS3U-385MS”, o PV Sol dimensionou
04 módulos = 1,54KWp; com a direção norte (orientação 0) e inclinação paralela ao
telhado cerâmico e com boa ventilação traseira de 10o (dez graus).
84
a) Vista geral:
87
b) Simulação:
c) Balanço Energético:
d) Análise Financeira:
Parâmetros econômicos
Taxa interna de retorno 62,24 %
Fluxo de caixa acumulado 29.935,28 R$
Prazo de amortização 1,7 Anos
Custos de geração da energia 0,05 R$/kWh
Remuneração e Economia
Remuneração total no primeiro ano 0,00 R$/Ano
Economia no primeiro ano 1.404,00 R$/Ano
Mono R$/KWh: 0,9 (NEOENERGIA-PE)
Tarifa da energia 0,90 R$/kWh
Base de preço 27,00 R$/Mês
Remuneração por excedente 0,00 R$/kWh
Inflação da tarifa de energia 2 %/Ano
1,7 anos, representado pelo prazo de amortização, além um fluxo positivo acumulado
de caixa na ordem de R$ 29.935,28, ao final do projeto, somando-se a essa, uma taxa
de retorno do capital investido de 62,24%.
Nome Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Soma
Consumo 132,49 119,67 132,49 128,22 132,49 128,22 132,49 132,49 128,22 132,49 128,22 132,49 1560,00
Produção de energia 230,08 202,96 231,38 214,86 196,71 170,41 180,31 207,25 217,70 230,83 240,13 233,38 2555,99
Produção de energia
(inclusive. Degradação 230,08 202,96 231,38 214,86 196,71 170,41 180,31 207,25 217,70 230,83 240,13 233,38 2555,99
do módulo)
Saldo -97,59 -83,29 -98,89 -86,64 -64,21 -42,19 -47,81 -74,76 -89,48 -98,33 -111,91 -100,89 -995,99
Crédito utilizado 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Novo crédito 97,59 83,29 98,89 86,64 64,21 42,19 47,81 74,76 89,48 98,33 111,91 100,89 995,99
Conta de crédito 97,59 180,88 279,77 366,41 430,62 472,81 520,62 595,38 684,86 783,19 895,11 995,99 995,99
Fatura 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Perda devido à
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
quantidade mínima
Economia
132,49 119,67 132,49 128,22 132,49 128,22 132,49 132,49 128,22 132,49 128,22 132,49 1560,00
Valores em kWh
Custos sem sistema
119,24 107,70 119,24 115,40 119,24 115,40 119,24 119,24 115,40 119,24 115,40 119,24 1404,00
fotovoltaico
Custos com sistema
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
fotovoltaico
Economia 119,24 107,70 119,24 115,40 119,24 115,40 119,24 119,24 115,40 119,24 115,40 119,24 1404,00
Valores em R$
Obs.: As taxas de degradação e aumento de preço são aplicadas mensalmente sobre todo o prazo do projeto,
começando logo no primeiro ano.
152,00 𝐾𝑊ℎ
𝑃𝑓𝑣 = ⩭ 1,17𝐾𝑊𝑝
120,825
Como no site do CRESESB encontramos 5,77 KWp, verificamos que esse valor
está mais atualizado, pois é de 2022, e o IRR acima calculado é do ano de 2015,
adotou-se o valor do site supramencionado.
97
a) Vista geral:
b) Simulação:
c) Balanço Energético:
d) Análise Financeira:
Dados do sistema
Energia do gerador fotovoltaico (rede c.a.) 2.649 kWh/Ano
Potência do gerador fotovoltaico 1,5 kWp
Início da operação do sistema 08/05/2022
Prazo do projeto 20 Anos
Juro do capital 1 %
Parâmetros econômicos
Taxa interna de retorno 85,10 %
Fluxo de caixa acumulado 42.213,27 R$
Prazo de amortização 1,2 Anos
Custos de geração da energia 0,05 R$/kWh
Remuneração e Economia
Remuneração total no primeiro ano 0,00 R$/Ano
Economia no primeiro ano 1.938,60 R$/Ano
Mono_R$/KEh :0,9 (NEOENERGIA-PE)
Tarifa da energia R$/kWh
Base de preço 0,90 R$/Mês
Remuneração por excedente 27,00 R$/kWh
Inflação da tarifa de energia 0,00 %/Ano
2
Nome Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Soma
Consumo 182,94 165,24 182,94 177,04 182,94 177,04 182,94 182,94 177,04 182,94 177,04 182,94 2154,00
Produção de
223,29 195,27 231,63 212,90 203,29 188,70 203,16 234,80 240,87 246,29 234,70 225,78 2640,68
energia
Produção de
energia (incl.
223,29 195,27 231,63 212,90 203,29 188,70 203,16 234,80 240,87 246,29 234,70 225,78 2640,68
Degradação do
módulo)
Saldo -40,35 -30,03 -48,69 -35,86 -20,35 -11,66 -20,22 -51,86 -63,83 -63,34 -57,66 -42,84 -486,68
Crédito utilizado 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Novo crédito 40,35 30,03 48,69 35,86 20,35 11,66 20,22 51,86 63,83 63,34 57,66 42,84 486,68
Conta de crédito 40,35 70,38 119,07 154,93 175,28 186,93 207,15 259,01 322,84 386,18 443,84 486,68 486,68
Fatura 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Perda devido à
quantidade 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
mínima
Economia
182,94 165,24 182,94 177,04 182,94 177,04 182,94 182,94 177,04 182,94 177,04 182,94 2154,00
Valores em kWh
Custos sem
sistema 164,65 148,71 164,65 159,34 164,65 159,34 164,65 164,65 159,34 164,65 159,34 164,65 1938,60
fotovoltaico
Custos com
sistema 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
fotovoltaico
Economia
164,65 148,71 164,65 159,34 164,65 159,34 164,65 164,65 159,34 164,65 159,34 164,65 1938,60
Valores em R$
Obs.: As taxas de degradação e aumento de preço são aplicadas mensalmente sobre todo o prazo do projeto, começando
logo no primeiro ano.
Fonte: Elaborado pelo Autor - PV* SOL Premium 2021 (R8)
ARQUIVO: (PV SOL Premium 2021) Projeto de TCC - Vitória de santo Antão -
versão 2
a) Município de Vitória de Santo Antão; Latitude: -8.1318060; Longitude: -35.2926850
116 𝐾𝑊ℎ
𝑃𝑓𝑣 = ⩭ 0,9801𝐾𝑊𝑝
118,35
1996 𝐾𝑊ℎ𝑎 𝑛𝑜
𝐼𝑅𝑅 = ⩭ 5,46 𝐾𝑊𝑝𝑑
365𝑑𝑖𝑎𝑠
Como no site do CRESESB encontramos 5,26 KWp, verificamos que esse valor
está mais atualizado, pois é de 2022, e o IRR acima calculado é do ano de 2015,
adotou-se o valor do site supramencionado.
A partir daí, passou-se ao dimensionamento dos módulos: a) identificando o
fabricante (Canadian Solar Inc.) e a quantidade de Módulos adequado à Potência
Fotovoltaica calculada de 1,53 KWp, no caso o “CS3U-385MS”, o PV Sol dimensionou
111
a) Vista geral:
114
b) Simulação:
c) Balanço Energético:
118
d) Análise Financeira:
Parâmetros econômicos
Taxa interna de retorno 69,14 %
Fluxo de caixa acumulado 33.875,22 R$
Prazo de amortização 1,5 Anos
Custos de geração da energia 0,05 R$/kWh
Remuneração e Economia
Remuneração total no primeiro ano 0,00 R$/Ano
Economia no primeiro ano 1.576,80 R$/Ano
Mono R$/KWh :0,9 (NEOENERGIA-PE)
Tarifa da energia 0,90 R$/kWh
Base de preço 27,00 R$/Mês
Remuneração por excedente 0,00 R$/kWh
Inflação da tarifa de energia 2 %/Ano
Nome Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Soma
Consumo 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 1752,00
Produção de energia 221,03 198,06 228,57 208,17 197,41 171,93 182,03 202,36 210,60 227,71 230,44 223,62 2501,93
Produção de energia
(inclusive. Degradação 221,03 198,06 228,57 208,17 197,41 171,93 182,03 202,36 210,60 227,71 230,44 223,62 2501,93
do módulo)
Saldo -75,03 -52,06 -82,57 -62,17 -51,41 -25,93 -36,03 -56,36 -64,60 -81,71 -84,44 -77,62 -749,93
Crédito utilizado 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Novo crédito 75,03 52,06 82,57 62,17 51,41 25,93 36,03 56,36 64,60 81,71 84,44 77,62 749,93
Conta de crédito 75,03 127,09 209,66 271,83 323,24 349,17 385,02 441,56 506,16 587,87 672,31 749,93 749,93
Fatura 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Perda devido à 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
quantidade mínima
Economia 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 1752,00
Valores em kWh
Custos sem sistema 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 1576,80
fotovoltaico
Custos com sistema 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
fotovoltaico
Economia 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 131,40 1576,80
Valores em R$
As taxas de degradação e aumento de preço são aplicadas mensalmente sobre todo o prazo do projeto, começando
logo no primeiro ano.
Fonte: Elaborado pelo Autor - PV* SOL Premium 2021 (R8)
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, E., et al. (2016) "Energia solar fotovoltaica: revisão bibliográfica", Artigo
científico, in: http://revista.fumec.br/index.php/eol/article/download/3574/1911
DIAS, C. T. C. et al. Energia Solar no Brasil. Artigo Científico in: INTER SCIENTIA.
São Paulo, Vol.5, Nº.1, p. 153-165, 2017. Disponível em:
https://periodicos.unipe.br/index.php/interscientia/article/download/463/416/. Acesso
em 18 de março de 2022.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
PORTAL SOLAR. Célula fotovoltaica: tudo o que você precisa saber. Disponível em:
https: https://www.portalsolar.com.br/celula-fotovoltaica.html. Acesso em 06 de abril
de 2022.
SILVA, R. M. Energia Solar no Brasil: dos incentivos aos desafios. Brasília: Núcleo
de Estudos e Pesquisas/CONLEG/Senado, fevereiro, 2015 (Texto para Discussão nº
166). Disponível em: www.senado.leg.br/estudos. Acesso em: 24 de março de 2022.