Chaves para Se Conectar Com A Sua Essência Interior

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Chaves para se conectar com a sua

essência interior
Conectar-se com a sua essência interior faz com que você seja mais completo, mais feliz
e mais consciente.

Especialistas em coaching, como Javier Gimeno e Ubay Serra, convidam as pessoas


que não conseguem encontrar o seu lugar no mundo para se conectar com a sua
essência interior. Infelizmente, muitas pessoas não conseguem sentir que se encaixam
no mundo e não entendem o porquê. Em muitos casos, são pessoas que se identificam
mais com suas as deficiências, medos e inseguranças.

A falta de conexão com a essência interior faz com que as pessoas vivam atuando.
Isto é, elas criam uma máscara, uma espécie de escudo ou concha sob a qual se
protegem dentro de uma realidade que se assemelha a um palco. Uma solução proposta
pelo coaching é destruir essa construção entrando em contato com o seu poder interior.
É assim que você viverá uma existência com mais significado.

Mas esta situação tem uma solução. Para isso, são usadas ferramentas que permitam
alcançar a paz interior através da autodescoberta. Por serem muito variadas, cada
indivíduo pode selecionar aquelas que melhor se ajustam à sua personalidade e modo de
ser.

Ferramentas para se conectar com a sua essência


interior
Embora acreditemos que estamos dormindo há anos, nunca é tarde demais para nos
reconectarmos com nós mesmos. O poder interior que descobriremos nos permitirá
começar uma vida cheia de significado, profundidade e felicidade verdadeira.

Pare de se identificar com o seu ego


A criança nasce como uma espécie de livro aberto no qual todo tipo de informação
é escrito desde o primeiro minuto de vida. Ideias políticas, religião, nome, tipo de
educação, costumes e tradições: tudo isso marcará a nossa vida antes de usarmos a
nossa consciência. Se você olhar bem, quando chegarmos a nossa vida adulta, parte de
nossas rotinas de pensamento já estará programada. Assumimos como nossas uma boa
quantidade de ideias, as mesmas que adotamos sem questionar.

Portanto, essa percepção da realidade nos encheria de medos e deficiências que o


nosso ego tenderia a proteger por meio de uma máscara. Por essa razão, temos que
questionar, analisar e entender. Somente então seremos capazes de ver realmente a
realidade que nos rodeia. Dessa forma, poderemos observar a nossa verdadeira essência,
o nosso potencial e tudo o que podemos contribuir para este mundo.

Conecte-se com a sua essência interior: medite


A meditação é uma ferramenta fantástica para nos conectarmos com a nossa força
interior. Sem dúvida, é uma prática que, embora pareça simples, requer tempo,
dedicação, disciplina e perseverança. Depois de começar a meditar continuamente, você
começará a aproveitar os benefícios de passar um tempinho de tranquilidade por dia.
Assim, concentrados em nossa respiração, deixaremos os pensamentos passarem, os
observando como se fôssemos meros espectadores.

Dessa forma, você poderá se concentrar no que realmente importa no seu dia a dia.
Ou seja, você se concentrará em ações básicas, deixando de se identificar com
pensamentos que não lhe servem de nada, enquanto pensa melhor naquilo que realmente
precisa e deseja.

Expulse a toxicidade
Às vezes, viver no mundo barulhento que nos rodeia nos faz perder o rumo. Você
tem visto as notícias ultimamente? Você verá informações negativas em todas as horas,
brigas em redes sociais e um estado de enorme raiva e polarização.

Como você pode imaginar, uma parte importante da eliminação da toxicidade do


seu ambiente será evitar todo esse tipo de „distração‟. Isso não quer dizer que você
não deve se informar, apenas evite as notícias negativas. Escolha o assunto que interessa
e não se exponha em todos os momentos a notícias negativas que acabam com a sua
tranquilidade e equilíbrio.

Pouco a pouco, você verá como tudo mudará ao seu redor. Escolha sabiamente o que
ver, ler e escutar. Dose a quantidade de informação e evite o ruído excessivo que o
rodeia. Em questão de semanas, a sua força interior florescerá com poder.

“A vida tem muitas maneiras de testar a vontade de uma pessoa; fazendo com que não
aconteça nada, ou fazendo com que tudo aconteça ao mesmo tempo.”
– Paulo Coelho –

Visualize o seu eu
Em todos nós existe um eu. Ele é um tipo de líder que orienta as nossas ações.
Normalmente, na nossa melhor versão, ele é sábio, confiante, corajoso, otimista e
entusiasta. Ou seja, todos nós temos um „eu‟ cheio de valores e atributos. Agora,
precisamos deixá-lo sair, caso contrário, acabaremos dominados pelo nosso ego e
os nossos medos.

Portanto, os especialistas recomendam esquecer o clássico “o que eles vão dizer” e


agir com coragem, firmeza e segurança. Está em cada um, mas temos que visualizá-
lo. Cada um terá a sua forma. O que para você pode ser um leão, talvez para mim seja
uma entidade abstrata.

De qualquer forma, ele está aí querendo sair para proteger um espaço no qual os nossos
desejos e necessidades se encaixam, habitando-nos da mesma forma para sermos os
líderes das nossas vidas. Aproveite essas ferramentas para se conectar com a sua
essência interior.
https://amenteemaravilhosa.com.br/chaves-para-se-conectar-essencia-interior/

A liderança emocional segundo Daniel


Goleman
Saber liderar é uma das habilidades mais importantes para as pessoas que trabalham em
equipe. Tanto se se trata de ser um diretor de uma empresa, quanto de alguém que
precisa motivar os outros, ter a capacidade de inspirar e dirigir é fundamental para
conseguir alcançar todo tipo de objetivo. Existem muitas formas de fazer isso, e uma
das mais eficazes é a liderança emocional.

Esse conceito foi criado por Daniel Goleman, Richard Boyatzis e Annie Mckee em seu
livro Primal Leadership. No livro, os autores falam dos seis tipos de liderança
emocional. Cada um deles é útil em uma situação determinada, mas a boa notícia é que
todos nós podemos desenvolver a liderança emocional com certa dose de esforço e
dedicação.

A liderança emocional, no entanto, não é a única forma que existe de direcionar e


coordenar uma equipe ou um grupo. Nesse artigo de hoje veremos no que consiste
exatamente e quais são as principais vantagens e desvantagens em comparação com
uma abordagem mais racional da situação.

O que é a liderança emocional?


Os estilos de liderança descritos por Goleman, Boyatziz e Mckee se diferenciam dos
outros descritos por outros autores por seus importantes componentes emocionais, ou
seja, por seus efeitos nas emoções das pessoas que são lideradas. Dessa forma, cada
um dos seis tipos terá um impacto diferente sobre a forma de um grupo ou de uma
equipe se sentir. Desse modo, e por isso, em função dos resultados que quisermos
conseguir, será mais eficaz utilizar um ou outro.

Um dos conceitos mais importantes do livro Primal Leadership é que não há nenhum
estilo de liderança emocional que seja melhor do que os outros. Cada um deles tem
uma série de vantagens e pontos que não se encaixam bem em todas as ocasiões.

É necessário conhecê-los para, na hora da necessidade, decidir qual devemos empregar


para aquele determinado momento. Um bom líder deve ser capaz de dominar todos os
tipos e escolher o mais apropriado para cada situação.

Os seis tipos de liderança emocional são os seguintes:

 Autoritário ou coercitivo
 Coach ou instrutor
 Maternal ou afetivo
 Democrático
 Visionário
 Direcionador
Apesar de cada um deles ter suas características específicas e serem, por isso, bastante
diferenciados, todos eles estão baseados na compreensão das emoções das outras
pessoas. É por isso que o conceito é chamado de liderança emocional. Mas será mesmo
que o mais apropriado é sempre usar esses seis estilos para liderar um grupo? A resposta
depende das circunstâncias que estamos enfrentando.

Vantagens e desvantagens da liderança emocional


A realidade é que, como praticamente qualquer outra habilidade ou pensamento, essa
maneira de ver a liderança tem lados negativos e lados positivos. A seguir veremos
alguns dos mais importantes. Isso nos ajudará a decidir em cada situação se devemos
apelar para as emoções, se isso é o mais apropriado, ou se, pelo contrário, é necessário
utilizarmos um olhar mais baseado na lógica e menos baseado na empatia.

Vantagens

É inegável que dirigir uma equipe se baseando em uma inteligência emocional


desenvolvida vai nos proporcionar muitos benefícios. Um dos mais importantes é que
fazer isso dessa forma nos ajudará a conseguir um equilíbrio entre o cumprimento
dos nossos objetivos e a criação de boas relações dentro do ambiente de trabalho.

Isso provavelmente implicará sacrificar, em certa medida, a eficiência da empresa, mas


em troca proporcionará um maior bem-estar e felicidade para os trabalhadores.

Por outro lado, um bom líder emocional será capaz de potencializar as características
positivas de toda a sua equipe. Utilizando os ensinamentos desse estilo de direção de
grupo, poderemos ajudar os demais a descobrirem seus próprios talentos e a se
desenvolverem plenamente. Além disso, conseguiremos que os empregados fiquem
mais motivados, algo fundamental para que a empresa caminhe bem.

Desvantagens

Por outro lado, empregar um estilo de liderança emocional pode não ser a melhor das
ideias em todas as circunstâncias. Em algumas ocasiões, fazer isso dessa forma pode
levar a uma série de repercussões negativas, como as que enumeramos a seguir:

 Pode levar um líder a agir de forma impulsiva. Isso pode provocar dano para
a empresa e para os objetivos desta, devido ao fato de que, no geral, a direção de
uma empresa requer um enfoque mais racional.
 Provoca problemas de autocontrole. Em alguns momentos, um líder deve
tomar decisões complicadas, que podem ser bastante duras a nível emocional. Se
temos um excesso de empatia o tempo todo, a execução das decisões pode ser
mais difícil, criando contradições dentro do processo.
 Atrasa ou diminui os resultados. Em certos momentos é necessário que um
líder foque exclusivamente no que a equipe deve alcançar. No entanto, para
alguém que se preocupa em excesso com as emoções dos demais, isso poderá
ser incrivelmente difícil.
 Pode provocar flutuações emocionais. Por último, um excesso de empatia e
conexão com as próprias emoções pode fazer com que elas influenciem
demasiadamente o seu próprio humor. Geralmente, um líder deve ser um
exemplo de solidez e estabilidade. No entanto, isso pode ser muito complicado
quando estamos sob a influência de uma série de sentimentos descontrolados.

Na maioria das vezes poderemos adotar um dos seis tipos de liderança emocional e isso
será muito benéfico para uma empresa ou para uma equipe de trabalho. No entanto, em
algumas ocasiões será necessário examinar se realmente é melhor agir dessa
forma, tanto para os trabalhadores quanto para os objetivos definidos. Como em
quase todos os âmbitos da vida, a resposta não é simples como um sim ou não.

https://amenteemaravilhosa.com.br/lideranca-emocional-segundo-daniel-goleman/

Tipos de liderança de acordo com Daniel


Goleman
Na sociedade de hoje, onde quase tudo é feito em conjunto com outras pessoas, a
liderança se tornou uma habilidade fundamental. Por isso, é importante analisar os
principais tipos de liderança e como eles influenciam os nossos ambientes.

Muitos psicólogos estudaram esse conceito e, entre eles, se destaca a figura de Daniel
Goleman. Este psicólogo é conhecido, acima de tudo, por decifrar o poder da
inteligência emocional para o público em geral. No entanto, ele também escreveu livros
e realizou estudos sobre este assunto tão importante.

Os seis principais tipos de liderança segundo Daniel Goleman são a classificação


mais utilizada em diferentes disciplinas. Por exemplo, no mundo dos negócios,
muitos gerentes estudam o seu material para melhorar as suas habilidades de liderança.
Portanto, neste artigo falaremos mais sobre eles.

Quais são os principais tipos de liderança, de acordo


com Daniel Goleman?
Em seu livro „Leadership that Gets Results„, Daniel Goleman descreveu seis principais
tipos de liderança. Cada um deles é baseado em um componente da inteligência
emocional. No entanto, o que todos eles têm em comum é que as pessoas que os
desenvolvem obtêm resultados.

Por outro lado, os tipos de liderança de acordo com Daniel Goleman não são
incompatíveis. Pelo contrário, os melhores líderes são capazes de tomar elementos de
cada tipo para se adaptar às exigências do momento. Em qualquer caso, para
escolher qual é o mais útil para uma situação, é necessário primeiro conhecê-los.
Conforme descrito por Goleman em seu trabalho, os seis principais tipos de liderança
são os seguintes:

 Coercitivo ou autoritário.
 Democrata
 Maternal
 Visionário ou orientador
 Instrutor
 Direcionador

Vejamos cada um deles:

1- Liderança coercitiva ou autoritária


O primeiro tipo de liderança é baseado na disciplina. Os gerentes que seguem esse
modelo tentam manter a disciplina acima de qualquer outro valor. Para isso, eles
geralmente usam instruções curtas, específicas e precisas. Em geral, além disso, as
consequências de não cumprir a ordem serão duras e, em muitos casos, tentarão
estabelecer um precedente, constituindo uma advertência para aqueles que se sentem
tentados a relaxar ou a não seguir as orientações.

Isso causa, em geral, a desmotivação dos membros do grupo: os trabalhadores sentem


que não têm controle sobre o seu trabalho, que a sua capacidade operacional e de
tomada de decisão não excede a de uma máquina.

Portanto, esta liderança só pode ser usada em situações em que é necessário agir de uma
maneira muito específica ou quando há muitos problemas organizacionais no grupo. Por
exemplo, durante uma emergência ou quando uma tarefa extremamente complexa é
executada, na qual os limites não deixam muito espaço para erros.

2- Liderança democrática
A liderança democrática segue a ideia de que é necessário levar em conta as
opiniões de todo o grupo para tomar uma decisão. Isso geralmente implica uma
infinidade de reuniões, debates e palestras. Portanto, será especialmente útil nos casos
em que há muito tempo para escolher o caminho a seguir, e naqueles em que a formação
de todos os membros do grupo para o objetivo proposto seja semelhante.

Por outro lado, a liderança democrática costuma ser utilizada quando a equipe de
trabalho é multidisciplinar e, portanto, é necessário combinar as diferentes disciplinas
para realizar os projetos. Ou seja, é necessário chegar a acordos naqueles pontos em que
as disciplinas se juntam ou se sobrepõem, de modo que todas as partes se encaixem.

3- Liderança maternal
O terceiro tipo de liderança, segundo Daniel Goleman, baseia-se na criação de
vínculos entre os diferentes membros do grupo. Assim, consegue-se a harmonia e a
colaboração entre eles. Falamos de um tipo de liderança que busca, acima de tudo, que o
ambiente humano seja harmonioso, entendendo que isso é um estímulo para os
trabalhadores.
A principal dificuldade que esse tipo de líder encontra é a falta de disciplina e a
desorganização. Também fica complicado quando surgem conflitos, porque o
envolvimento emocional da equipe será muito maior.

4- Liderança visionária ou orientativa


Os líderes que usam este estilo motivam os seus subordinados através de uma visão
clara e animada. Mostram a cada um deles qual é o seu papel dentro da equipe. A
principal vantagem deste tipo de liderança é que todos sabem qual é o objetivo do
grupo. Por isso, a motivação está mais presente.

Em geral, é um dos estilos de liderança mais exigidos atualmente.

5- Liderança instrutiva
O papel de um líder instrutor é definir uma direção. Ele se coloca como um
exemplo, então procura agir sempre como se fosse um modelo a seguir. Em geral, é
usada por pessoas que gostam de se sentir protagonistas. O maior problema é que isso
impede que a equipe adicione algo ao projeto final além da replicação de um modelo.

Este tipo de liderança é especialmente eficaz quando o líder é um especialista em


determinada área e o restante do grupo tem que assumir um grande segmento – do que
é exigido deles – como aprendizado.

6- Liderança direcionadora
O último tipo de liderança se baseia em ajudar os membros do grupo a encontrar
seus pontos fracos e fortes. Então, os direciona para que cada um deles desenvolva
todo o seu potencial. A filosofia por trás disso é que um bom trabalhador contribuirá
mais para a equipe do que aquele que não alcançou o seu desenvolvimento máximo.

Cada um desses tipos de liderança tem as suas vantagens e desvantagens. Portanto, é


essencial escolher em cada momento o que melhor se adapte ao grupo e às suas
circunstâncias. Nesse sentido, acreditamos que o desenvolvimento das habilidades de
liderança será útil tanto para os gerentes de empresas quanto para todos aqueles que
precisam trabalhar em equipe para atingir algum objetivo específico.

https://amenteemaravilhosa.com.br/principais-tipos-de-lideranca-daniel-goleman/

Quatro ensinamentos do Tao para lidar


com pessoas difíceis
Dentro dos ensinamentos do Tao estão alguns sábios conselhos para lidar e
conviver com pessoas difíceis, aquelas presenças que sugam nossa energia e que
muitas vezes colocam uma cerca nos nossos caminhos. De acordo com os princípios de
Lao-Tse, nestes casos a melhor coisa é manter a serenidade, afastar as emoções
negativas e não dar poder a quem gosta de nos tirar a calma.

Se examinarmos as últimas publicações sobre como melhorar nosso estilo de


comunicação e como alcançar o sucesso no trabalho, há um tema recorrente: a
necessidade de aprender a gerenciar pessoas difíceis. Bem, agora estamos conscientes
de que este rótulo dá nome a uma pequena caixa de desastres, e, portanto é conveniente
definirmos, antes de tudo, o que entendemos por personalidades difíceis.

No mundo dos negócios e do coaching, temos a prova de que, para sobreviver em


nossos contextos sociais, devemos coexistir energicamente com perfis de personalidade
muito específicos. Nos referimos a pessoas passivas e agressivas e pessoas narcisistas.
São pessoas que estão presentes em todo e quase qualquer cenário, que abusam do
seu poder verbal, são manipuladoras e, às vezes, sua mera presença já apaga nosso
ânimo.

Nos últimos anos, muitas das publicações que visam nos ensinar a lidar com esse tipo
de situações foram alimentadas pelos ensinamentos do Tao por vários motivos. Primeiro
pelo bom gerenciamento das emoções, segundo para a boa gestão dos estados com os
quais podemos, em última instância, enfrentar o abuso de poder, estabelecer limites e
melhorar nossos estilos de comunicação.

Não importa que os textos de Lao-Tse tenham tantos séculos de idade. Seu legado
continua sendo muito útil.

Ensinamentos do Tao que vale a pena conhecer


1 – Controlar pessoas difíceis sem ter que lutar com elas

“Controlar o inimigo sem lutar com ele é a mais alta habilidade”.


-Gichin Funakoshi-

Dentro dos ensinamentos do taoísmo é exaltada a semelhança de que viver é como fluir
através de um rio. Deixar-nos liderar pelo seu canal sem resistência é parte da
harmonia que todos devemos desfrutar.

No entanto, conceitos como luta, confronto ou resistência são a antítese dessa ideia,
desse conceito que simplesmente nos encoraja a avançar com ânimo e flexibilidade.
Assim, quem escolhe, por exemplo, fazer uso da discussão, da constante afronta com
pessoas difíceis, só terá mais desânimo e frustração tremenda.

Optar por “não lutar” não significa desistir ou se deixar dominar. Significa, acima
de tudo, não dar poder a quem não merece, escolher a sabedoria antes da violência e
optar pela calma antes de abrir as comportas, de modo que a ansiedade nos inunde.

2 – Esvazie sua xícara de emoções negativas


“O vazio é o melhor ponto de partida … Portanto, abandone todos os seus preconceitos
e seja neutro. Você sabe por que esse copo é tão útil? Porque está vazio.”
-Bruce Lee-

Pessoas difíceis muitas vezes estragam nosso dia com uma única palavra ou um
comentário. Não importa quão irracional seja sua mensagem, a inadequação de suas
ações sempre nos afeta. Uma das dicas dos ensinamentos do Tao é que quanto menos
reativos formos, mais espaço teremos para fazer uso do julgamento.

Vamos, portanto, tentar controlar a angústia, as emoções negativas. Uma vez que a
pessoa difícil tenha realizado sua manobra, contaremos até 10 e respiraremos
profundamente. Ninguém tem o direito de estragar o nosso dia, então vamos nos
esvaziar da raiva e do e mau humor.

A mente deve permanecer como uma sala clara, onde o vento contaminado entra através
de um portal e desaparece em um segundo através de outro.

3 – Seja proativo, não reativo

As pessoas difíceis às vezes nos fazem vítimas de suas atitudes pouco saudáveis.
Pouco a pouco, acumulamos tanto ódio, desconforto e frustração que corremos o risco
de reagir da pior maneira. Não é adequado. Mais cedo ou mais tarde nos
arrependeremos dessa reação e, especialmente, nos arrependeremos de não termos
estabelecido limites previamente.

“Não seja escravo de nada ou de ninguém, alcance a verdadeira liberdade”.


-Jeet Kune Do-

O Tao nos recomenda aprender a ser proativos. O que isso significa exatamente? Isso
significa que devemos aprender a assumir o controle dos acontecimentos em vez de
ver as coisas acontecerem.

Um conselho que Tao nos ensina é que toda vez que vemos uma pessoa difícil, vamos
tentar nos colocar em seu lugar usando a seguinte frase: “Não deve ser fácil”.

 Esta frase pode nos ajudar a entender muitas coisas: “Não deve ser fácil para
meu colega de trabalho incomodar a todos, ter tão pouca paciência e tão pouco
controle de suas emoções”. “Não deve ser fácil para meu irmão estar sem
trabalho, com uma dívida e ainda ter essa personalidade complicada¨.

Compreender a perspectiva dos outros nos permitirá estar preparados para


controlar melhor a situação. Faremos isso quando estivermos prontos para dar ajuda.
Isso é mais oportuno quando fazemos uma crítica construtiva, precisa e motivadora.

4 – A força do bambu

“Há momentos em que, quando todo o resto falhar, não há escolha senão ser
contundente. Como o bambu que toma força depois de ser curvado “.
– O Tao de Liderança –
Às vezes acontece: algumas circunstâncias com pessoas difíceis atingem nosso limite e
não estamos apenas encurralados, mas nos sentimos dobrados, até completamente
humilhados. Nesses momentos, o Tao nos recomenda visualizar um bambu.

Eles também se dobram, eles também recebem o impacto do vento feroz que quer
controlá-los e tê-los sob seu poder. No entanto, isso nunca acontece, porque o bambu
obtém a força de sua flexibilidade. O fato de se curvar faz com que ele seja mais forte
para raciocinar.

Também podemos fazê-lo. Quando sentirmos que atingimos o limite, é hora de


aumentar a força para gerar uma mudança. Não usaremos violência, porque a força
não é violência, é capacidade de resposta, é saber posicionar-nos com coragem
diante daqueles que se atrevem a querer nos transformar em algo que não somos:
pessoas fracas.

Para concluir, os ensinamentos do Tao contêm maravilhosas bases de conhecimento


que continuam a estimular a nossa capacidade de aprender, iluminando-nos com sua
força moderada para lidar com mais sabedoria com as complexidades do mundo de
hoje.

Vamos aprender com eles e aplicá-los sempre que possível.

https://amenteemaravilhosa.com.br/ensinamentos-do-tao-pessoas-dificeis/

Ter felicidade no trabalho: ingenuidade


ou realidade?
Há ainda um grande preconceito quando se fala sobre felicidade no trabalho, sobre
“fazer o que se gosta pra ganhar dinheiro”. Como se houvesse algo de totalmente
inconsequente e utópico nessas afirmações. Pendi pra ambos os lados: primeiro achei
que era um discurso de mimados irresponsáveis com um tolo idealismo; depois passei a
crer como uma verdade absoluta.

Hoje, depois de um processo de transição de carreira que durou anos, entendi que, na
realidade, há um matiz nessa gama de cores. De fato, precisamos suprir nossas
necessidades básicas. Alimentar-nos, ter um teto sobre nossas cabeças, garantir o
existencial de uma vida digna, coisa que, infelizmente, grande parte da população não
tem resguardada. Isso é o núcleo vital, questão de sobrevivência. Não há espaço pra
pensar em qualquer outra coisa quando não se tem garantida uma existência em
condições dignas.

Ou seja: de fato, o discurso não é tão simples quanto o que a frase “faça o que você
ama” aparenta passar. Mas excetuando essa situação específica, o que os
desconfiados da felicidade no trabalho não entendem é que há um caminho do meio
entre se massacrar e se iludir.
Hoje percebo que “buscar uma vida com propósito” (o que engloba, mas não se limita,
ao assunto profissional), não é ser irresponsável. Pelo contrário: é uma grande
responsabilidade consigo mesmo e com sua própria felicidade.

A felicidade no trabalho e o propósito


Todos nós, dentro dessa singularidade rica que faz da humanidade tão interessante,
temos nossas diversas aptidões, talentos, dons, inclinações, habilidades inatas. E cada
um também tem um conjunto de valores, de elementos essenciais que nos movem, que
dão sentido à vida e norteiam nosso existir (e tudo isso é muito pessoal).

Trabalhar com propósito é exercer uma atividade que permita o desenvolvimento e


evolução das nossas aptidões e talentos de forma compatível com nossos valores,
estimulados por uma dose adequada e saudável de desafios (e não esforços que resultem
numa “mortificação diária do eu”). E sim, dá pra encontrar mais de uma atividade
que respeite essas premissas e ainda assim retornem financeiramente.

Nesse momento me vem a noção de “FLOW” do Mihaly Csikszentmihalyi, aquele


estado de transcendência, de imersão total no que estamos fazemos, perdendo até a
noção de tempo, de espaço e de si: ele não surge de uma “vida fácil” em que você
utiliza suas habilidades já totalmente dominadas pra fazer coisas sem empenho. Buscar
o flow não é fugir do sofrimento, mas um equilíbrio entre suas habilidades e os
obstáculos que você tem a vencer, saber que está evoluindo e lapidando suas
potencialidades e talentos, por meio do enfrentamento de desafios proporcionais.

Trabalhar é sofrer?
A noção de que “trabalhar é sofrer” (como se permanecer num trabalho que viola
nossa essência nos dignificasse e exorcizasse o dinheiro ganho) tem um tanto desse
imaginário cristão que impinge a noção da culpa, da penitência, do sacrifício como
algo nobre e purificador. Por outro lado, há também um interesse muito grande,
economicamente falando, de que a grande maioria simplesmente cale a boca (e os
sonhos) e faça o que deve ser feito, para movimentar essa grande máquina de gerar
dinheiro (para poucos), sem questionar se aquilo tudo faz sentido (para a natureza, para
a sociedade, para sua comunidade ou mesmo para a sua vida).

Não posso e não quero crer que o trabalho se resume a suportar, resignado, uma
verdadeira agressão à nossa essência.

Quem vive alinhado com seu propósito tem uma serenidade mesmo nos momentos de
dificuldades. As batalhas e sacrifícios existem, mas não nos agridem, porque se sabe
exatamente o porquê de estar naquele lugar, daquela forma, fazendo o que se está
fazendo. Não há um piloto automático, um robô sem consciência, que age baseado no
que vem do mundo externo e confortavelmente culpa esse mesmo mundo pela sua
infelicidade e seus problemas. Há uma presença plena em cada prática e atividade
do seu dia, há uma intencionalidade lúcida.

Isso torna a trajetória um processo que se curte enquanto se caminha, e não


simplesmente uma espera do prêmio de alegria e liberdade no fim do percurso. Isso não
é viver. Isso é tocar os dias como quem tenta não deixar morrer a alma até o momento
do ápice, da iluminação, em que todo o sacrifício será recompensado no final.

É cliché mas é verdade: viver no futuro não traz alegria, traz ansiedade, traz
sofrimento. Até porque o futuro não existe (e sabe-se lá se existirá). Esperar pra ser
feliz amanhã é colocar nas mãos duvidosas do futuro um bem tão precioso.

A vida tem que ser uma batalha em que a gente acredita. Querer trazer propósito no
trabalho não é ter uma visão ingênua de quem só quer ter vantagens e lados positivos na
profissão. É estar ciente dos percalços todos, mas senti-los mais leves porque se crê nos
caminhos escolhidos. É uma paz de quem já está feliz por viver em sintonia com o que é
verdadeiro e, portanto, o resultado em si é mera consequência. Querer ter felicidade no
trabalho é uma das grandes provas de cuidado consigo mesmo.

Saiba mais sobre o trabalho de Marian Koshiba, autora deste artigo, em sua página
Sentimentos Errantes.

https://amenteemaravilhosa.com.br/felicidade-no-trabalho/

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