TCC R2 PEDAGOGIA Atual

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IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais

ALEXSANDER PEREIRA

TÍTULO
A INCLUSÃO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO ÚLTIMO CICLO DO ENSINO
FUNDAMENTAL É POSSIVEL?

BELO HORIZONTE – MG
2022
ALEXSANDER PEREIRA

TÍTULO
A INCLUSÃO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO ÚLTIMO CICLO DO ENSINO
FUNDAMENTAL É POSSIVEL?

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a IPEMIG - Instituto Pedagógico
de Minas Gerais (Instituição de Ensino
Superior) como pré-requisito para obtenção
do título de FORMAÇÃO DE
PROFESSORES/R2 MATEMÁTICA.

BELO HORIZONTE – MG
2022
PEREIRA, Alexsander. A inclusão da matemática financeira no último ciclo do ensino
fundamental é possível? Belo
Horizonte: IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais, 2022. FORMAÇÃO DE
PROFESSORES/R2 MATEMÁTICA

RESUMO

Com as atuais mudanças na reforma da previdência e o novo cenário que


vive o trabalhador brasileiro. Os jovens se viram a necessidade de cada dia mais
cedo entrar no mercado de trabalho, através dos programas como de jovem
aprendiz. Com a possibilidade destes jovens já chegam a esta fase de suas vidas
aptas em discernir contas que tem base, a matemática financeira, como percentual,
juros, troco, entre outras contas como fazer uma compra. Propõe se analisar a
viabilidade do uso do mesmo no ensino da matemática financeira, respondendo o
seguinte questionamento: a inclusão da matemática financeira do último ciclo do
ensino fundamental é possível? Acrescentará algo positivo para esses jovens?

Palavras-chave: ensino fundamental – matemática financeira – preparação


dos jovens.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................5

2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................7

3. CONCLUSÃO....................................................................................................11

4. REFERÊNCIAS..................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO

Com as atuais mudanças na reforma da previdência e o novo cenário que


vive o trabalhador brasileiro. Os jovens se viram a necessidade de cada dia mais
cedo entrar no mercado de trabalho através dos programas de jovem aprendiz. A
juventude e as relações que estabelece com o trabalho, o ensino da matemática
financeira no segundo ciclo do ensino básico é o tema deste estudo de caso que
visam não apenas compreender as relações do jovem com o mundo do trabalho,
mas também propor alternativas que possam mitigar as dificuldades por eles
encontradas na inserção, permanência e valorização no trabalho.
Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua
(PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do
período do primeiro trimestre de 2012 ao primeiro trimestre de 2019,
complementados pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais), da Secretaria
de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, de 2012 a 2017. Nos últimos
anos, ouve uma tendência de inserção dos jovens no mercado de trabalho brasileiro.
Segundo, estudos de Constanzi (2009) e Corseuil e Franca (2015), ambos
comissionados pelo escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no
Brasil. A atual conjuntura econômica mudou radicalmente após 2015, com a taxa de
desemprego saltando de 7,9% para 13,7% entre os primeiros trimestres de 2015 e
2017. Além disso, entre 2017 e 2018, implementou uma série de importantes
alterações na legislação trabalhista, no sentido de incrementar o grau de
flexibilização das relações trabalhistas.
Segundo a consolidação das Leis do Trabalho, aos 14 anos o adolescente
pode ser contratado como aprendiz nos termos da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Trata-se da única política pública de primeiro emprego existente no
País e tem avançado alcance social, na medida em que, para ser aprendiz, o jovem
deve estar matriculado na escola regular, reduzindo-se a evasão escolar e
aumentando a escolaridade da população.
De acordo com Rafael do site vagas.com, os dois segmentos que mais
contratam jovem aprendiz atualmente são Indústria e Varejo. “Empresas de médio e
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grande porte são obrigadas a ter entre 5% e 15% da mão de obra composta por
aprendizes”. Entre elas, as grandes empresas de vendas costumam ser o berço das
oportunidades para esses jovens.
Entretanto, com a possibilidade destes jovens já chegam a esta fase de suas
vidas aptas em discernir contas que tem base, a matemática financeira, como
percentual, juros, troco, entre outras contas como fazer uma compra. Por certo,
minimizará seus danos nesta nova fase de vida.
Através de um estudo de caso com base a uma pesquisa qualitativa. Que
busca analisar os dados. Pretende se estudar o referencial com intuito de visualizar
a viabilidade de inclusão da matemática financeira no último ciclo do ensino
fundamental. e obter o máximo de informações relevantes para a execução do
trabalho de conclusão de curso R2 complementação pedagógica.
Ponte (1994: 3) caracteriza o estudo de caso da seguinte maneira:
“Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de
uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema
educativo, uma pessoa ou uma unidade social. Visa conhecer em
profundidade o seu “como” e os seus “porquês” evidenciando a sua unidade e
identidade próprias. É uma investigação que se assume como particularista,
isto é, debruça-se deliberadamente sobre uma situação específica que se
supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de

mais essencial e característico.”

Propõe se analisar a viabilidade do uso do mesmo no ensino da matemática


financeira, respondendo o seguinte questionamento: a inclusão da matemática
financeira do último ciclo do ensino fundamental é possível? Acrescentará algo
positivo para esses jovens?
Este trabalho divide se em introdução, desenvolvimento e conclusão. Para
responder a possibilidade de introduzir.
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2. DESENVOLVIMENTO

Ao longo do Ensino Fundamental, especialmente nos anos Finais, os


estudantes se deparam com desafios de maior complexidade, sobretudo devido à
necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas de organização dos
conhecimentos relacionados às áreas. Os estudantes dessa fase inserem-se em
uma faixa etária que corresponde à transição entre infância e adolescência, marcada
por intensas mudanças decorrentes de transformações biológicas, psicológicas,
sociais e emocionais. Nesse período de vida, como bem aponta o Parecer CNE/CEB
nº 11/2010, ampliam-se os vínculos sociais e os laços afetivos, as possibilidades
intelectuais e a capacidade de raciocínios mais abstratos. Os estudantes tornam-se
mais capazes de ver e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro, exercendo a
capacidade de descentralização, “importante na construção da autonomia e na
aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL, 2010).
. A escola e a família devem preparar o aluno para trabalhar com a economia
independente da classe social, o que muitas vezes fica a cargo exclusivamente da
escola. Esse ponto de vista é reforçado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais:
A sobrevivência numa sociedade que, a cada dia, torna-se mais
complexa, exigindo novos padrões de produtividade, depende cada vez mais
de conhecimento.” (BRASIL, 1997. p. 25)

Pais (2001) argumenta que as próprias representações sobre o trabalho estão


atualmente marcadas por instabilidades naquilo que se apresenta como turbulência,
flexibilidade e impermanência nas trajetórias juvenis. Desse modo, é visível a própria
diversidade e a heterogeneidade que caracterizam o mercado de trabalho
atualmente no Brasil, consequentemente, levando a diferentes situações vividas por
jovens trabalhadores. Conforme Pais (2001), os jovens portugueses, intitulado
Ganchos, Tachos e Biscates: Jovens, Trabalho e Futuro, vêm reafirmar sua tese de
que, embora o trabalho continue mantendo o significado de obrigação, de esforço e
até de sofrimento, o certo é que alguns diagnósticos recentes mostram uma outra
realidade, a atitude dos jovens em relação ao emprego e trabalho aparece de forma
ambivalente, revelando diversos sentidos sobre o trabalho.
O que se percebe hoje em dia; e que o jovem chega ao mercado de trabalho
com pouco conhecimento em relação a educação financeira. Pouco se sabe de
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juros, descontos, empréstimos, montante, acréscimos, investimentos, troco, entre


conhecimentos da matemática que usa no dia a dia. Como por exemplo: o valor da
passagem, mercado e outros. Observa se que a Matemática possui diversas
aplicações e a Matemática Financeira está presente em nosso cotidiano e é de
suma importância para o sistema econômico atual do nosso país. Sobretudo, nesta
fase da vida.
Diante desta explanação e de acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais:
A matemática precisa estar ao alcance de todos e a democratização
do seu ensino deve ser meta prioritária do trabalho docente. A atividade
matemática escolar não é “olhar para coisas prontas e definitivas”, mas a
construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá
dele para compreender e transformar sua realidade. No ensino de
matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em relacionar
observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas,
figuras); outro consiste em relacionar essas representações com princípios e
conceitos matemáticos (PCN’s, 2000, p.19).

O Estudo da Matemática Financeira está relacionado ao cotidiano dos alunos.


Necessita que seja abordado nas instituições de ensino brasileiro o estudo da
matemática financeira correlacionado com o meio social vivenciado pelos alunos de
modo a desenvolver neles uma compreensão de forma prática, proporcionando aos
mesmos uma formação do aluno-cidadão que seja capaz de administrar sua renda e
de orientar no gerenciamento da renda de seus familiares, estando assim mais
capacitado para o mercado de trabalho. Com a inserção do estudo de matemática
financeira através de desenvolvimento de trabalhos relacionados a situações do
cotidiano do aluno, podemos formar cidadãos capazes de tomar decisões
financeiras sábias. Segundo Theodoro (2008), o professor deve ser criativo, ao
trabalhar em sala de aula a educação financeira, de modo que esse conhecimento
seja absorvido e passado adiante por parte do aluno
. Consciente da dimensão dos problemas que a falta da Educação
Financeira acarreta, o professor deve se empenhar em usar o máximo da sua
criatividade, para transmitir a seus alunos conceitos suficientes para que eles
atinjam o objetivo proposto, de forma a serem multiplicadores desses
conceitos, começando por suas próprias casas. (THEODORO, 2008, p. 5).

Assim, a escola é muito importante na conscientização em torno do uso da


matemática financeira, e esse processo de conscientização deve ser realizado
desde os primeiros passos do aluno na instituição escolar. Segundo Oliveira (2007),
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a escola tem a função de disponibilizar para o aluno ferramentas adequadas a sua


inserção no meio social, orientando-os para a vida. Isto é:
É papel da escola, dar ao aluno condições para se inserir no meio
social. É preciso atentar para a evolução do mundo e orientar o estudante
para a vida. Em função das necessidades financeiras da família, com pais
que passam o dia todo trabalhando, e também considerando a idade precoce
das crianças que 13 chegam à escola, torna-se mais importante o papel
desta na formação do indivíduo facilitando sua inserção no meio social.
Importante o papel desta na formação do indivíduo facilitando sua inserção
no meio social. (OLIVEIRA, 2007, p. 09

Para Martins (2004), os alunos desconhecem noções do comércio,


economia, finanças ou impostos. O atual sistema educacional ignora tais assuntos,
o que é incompreensível, já que a alfabetização financeira é fundamental para o
crescimento de uma região e nação. Ainda segundo Peretti (2007) a falta de
capacidade do jovem de administrar seus próprios recursos é o resultado do
analfabetismo financeiro. O objetivo da educação financeira é orientar, capacitar e
delinear os jovens do ensino médio a fim de que atinjam a maturidade financeira. A
educação financeira na escola pode contribuir para a formação do caráter e a
maturidade, pois mostra a necessidade de não agir por impulsos consumistas e
refletir sobre os desejos imediatos de consumo em função da tomada de uma
melhor decisão para o bolso. A matemática financeira auxilia na tomada da decisão
final proporcionando as ferramentas necessárias para a análise quantitativa.
Aos 14 anos, o adolescente pode ser contratado como aprendiz nos termos
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Trata-se da única política pública de
primeiro emprego existente no País e tem avançado alcance social, na medida em
que, para ser aprendiz, o jovem deve estar matriculado na escola regular,
reduzindo-se a evasão escolar e aumentando a escolaridade da população.
Segundo o artigo 428 da CLT:
O art. 428 da CLT determina que o contrato de aprendizagem é o contrato
de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o
empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos (salvo
jovem com deficiência, que não tem idade máxima) inscrito em programa de
aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu
desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e
diligência as tarefas necessárias a essa formação.

Em 2018, de acordo com o extinto Ministério de Trabalho, foram admitidos


443.667 aprendizes entre 14 e 24 anos. Os maiores índices de contratação foram
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em empresas dos setores de indústrias de transformação, com 90.471 aprendizes


(25,80%) e comércio, com 86.851 aprendizes (24,77%). A maioria dos aprendiz
contratados são do sexo masculino 52,15%.
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3. CONCLUSÃO

Através do estudo de caso, que teve como suporte a uma pesquisa


qualitativa. Buscou se analisar os dados, amparado a um referencial teórico, com
citações bibliográficas de autores diferentes objetivando visualizar a viabilidade de
inclusão da matemática financeira no último ciclo do ensino fundamental.
Com as ultimas mudanças na previdência social e tempo de trabalho para se
aposentar maior. Os jovens iniciam suas jornadas de trabalho cada dia mais cedo,
através dos programas de jovem aprendiz bem como os estágios. Conclui-se viável
a inclusão da matemática financeira no último ciclo do ensino fundamental.
A partir do desenvolvimento das atividades deste trabalho, analisando a fundo
os dados, surgiram informações que possibilitam defender a inclusão da
matemática financeira de forma a contribuir positivamente na preparação dos jovem
antes do primeiro emprego. Segundo Oliveira (2007), a escola tem a função de
disponibilizar para o aluno ferramentas adequadas a sua inserção no meio social,
orientando-os para a vida. Por isso se vê necessário incluir a matemática financeira
no ciclo final do ensino fundamental, para que o adolescente assim termine o ensino
fundamental sabendo a base da matemática financeira.
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4. REFERÊNCIAS

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT (Aprendizagem)


IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (tabelas). Disponível em:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-
amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=resultados. Acesso em: 26 de Abril de 2022.
Costanzi, Rogério Nagamine. Trabalho decente e juventude no Brasil. [Brasília]:
Organização Internacional do Trabalho, 200
CORSEUIL, Carlos Henrique, FRANCA, Maíra A.P. Inserção dos jovens no mercado de trabalho
brasileiro: evolução e desigualdades no período 2006-2013. Brasília: OIT, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Ensino de 5ª a 8ª Séries. Brasília-
DF: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica.
Resolução no 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica. Diário Oficial da União, DF, 14 jul. 2010a
Pais, J. M. (2001). Ganchos, tachos e biscates: jovens, trabalho e futuro
Porto: Âmbar.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica,
Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino
Médio. Brasília: MEC/SEB, 2006.

THEODORO, Flavio Roberto Faciolla. O uso da matemática para educação


financeira a partir do ensino fundamental. 2008. 21 f. TCC (Graduação) - Curso de
Licenciatura em Matemática, Unesp, Taubaté, 2008
OLIVEIRA, Roger Samuel Onofrillo. Educação financeira em sala de aula na
perspectiva da etnomatemática. 2007. 46 f. Tese (Doutorado) - Curso de
Pedagogia.
PERETTI, Luis Carlos. Educação financeira na escola e na família. 2. ed. Dois
Vizinhos, PR.Impressul, 2007.
MARTINS, José Pio. Educação financeira ao alcance de todos. 1. ed. São
Paulo, SP. Fundamento, 2004.
BOLETIM DA APRENDIZAGEM PROFISSIONAL – jan. a set. 2018.
Disponível em: http://trabalho.gov.br/aprendizagem. Acesso em: 04 de maio de 2022
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. Grupo atua para melhorar


aprendizagem profissional, MPT Notícias, 19.01.2019. Disponível em:
(http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/sala-imprensa/mpt-noticias/
144c21a7-04d7-4395-93be-d7c8c3009169). Acesso em: 04 de maio de 2022.

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