Introdução

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Introdução

A educação para a saúde da criança ao adolescente e a família, é um pilar fundamental na


prestação de cuidados médicos e na gestão de clínicas e consultórios, é um conceito que vai muito
além da capacitação de profissionais da área. Ele engloba aspectos sociais, da relação entre
médico e paciente, bem como outros. Por isso, a percepção da importância desta prática por quem
a experiencia (enfermeiros e pais/família) poderá contribuir fortemente para o seu sucesso que
vamos abordar no presente trabalho.

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Educação em saúde transcende a simples formação de profissionais e pode ser entendida


como um conjunto abrangente de acções que promove não apenas conhecimentos, mas também
comportamentos e práticas saudáveis. Portanto isso, campanhas de conscientização em empresas,
palestras sobre higiene em escolas e orientações médicas para cuidadores. Além disso, no que diz
respeito à prática médica, a educação em saúde também inclui as orientações de boas práticas para
pacientes, como indicação de hábitos saudáveis.

O principal objectivo da educação para saúde no contexto profissional é assegurar a


prestação de serviços de saúde de maneira segura e eficiente. Isso engloba desde o aprimoramento
em primeiros socorros até cuidados intensivos. Também visa a prevenção de doenças e a
promoção do empoderamento dos pacientes, permitindo que participem activamente de suas
jornadas de saúde.

Segundo Silva (2003) a relação escola família tem idade de instituições escolar pôs desde
que á escolas e familiares, sempre houve algum tipo de relação entre eles.

A Promoção da Saúde com um percurso histórico marcado por debates teóricos e


conceituais conseguiu superar o modelo biomédico, passando a ser entendida como uma
intervenção transformadora e com capacidade para melhorar a saúde e as condições de vida do
indivíduo, sendo portanto uma prática transversal e intersectorial na sociedade.

Acções educativas

A educação em saúde abrange vários tipos de acções, voltados para atender às


necessidades específicas de diferentes grupos e situações. Listamos a seguir alguns exemplos:

1. Educação em saúde: é a estratégia de Educação Permanente em Saúde, como a


iniciativa “Caminhos do Cuidado”, que se concentra na formação em saúde mental para agentes
comunitários e técnicos em enfermagem da Atenção Básica. Esta acção demonstra como a
capacitação técnica e a disseminação de conhecimento podem ser alcançando um grande número
de profissionais.

2. Educação em saúde ocupacional: envolve a conscientização sobre a segurança no trabalho,


prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Isso inclui a aderências a normas
regulamentadoras da saúde no trabalho e a promoção de comportamentos seguros entre os
funcionários.

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3. Educação popular em saúde: esta abordagem se concentra na participação activa da
comunidade, combinando esforços de profissionais de saúde, educadores e agentes populares de
saúde. Um exemplo é a utilização de rádios comunitárias para disseminar hábitos saudáveis, uma
estratégia que alcança um amplo público.

4. Campanhas de saúde pública: lançamento de campanhas sobre temas como vacinação,


prevenção de doenças crónicas, e saúde mental, que não apenas informam, mas também engajam
a população em práticas de saúde preventiva.

5. Workshops e seminários: é a organização de eventos educativos para profissionais da


saúde sobre temas emergentes, novos tratamentos, e inovações no cuidado ao paciente.

Planejamento de educação em saúde

O planejamento eficaz de acções educativas em saúde é crucial para atingir os objectivos


desejados e garantir o impacto positivo nas comunidades e profissionais envolvidos, nos quais
destacam-se:

1. Diagnóstico: comece com um diagnóstico detalhado dos problemas de saúde prevalentes na


comunidade ou entre os profissionais da saúde. Utilize dados epidemiológicos, pesquisas e
feedback directo dos interessados para identificar áreas prioritárias.

2. Definição de objectivos: especifique quem será beneficiado pelas acções educativas. Isso pode
incluir profissionais de saúde, pacientes, cuidadores ou a comunidade em geral. Defina objectivos
claros e mensuráveis para cada grupo.

3. Metodologias: dependendo do público-alvo e dos objectivos, escolha as metodologias mais


eficazes. Isso pode variar desde workshops interactivos, seminários online, uso de mídias sociais
para campanhas de saúde pública, até a distribuição de material educativo impresso.

4. Metas e prazos: fraccione os objectivos em metas menores e estabeleça prazos realistas para
cada fase do projecto. Isso facilita o monitoramento do progresso e a avaliação da eficácia das
acções.

5. Comunicação: desenvolva uma estratégia de comunicação clara para divulgar as acções


educativas, alcançar o público-alvo e manter os participantes engajados. Utilize múltiplos canais,
como e-mails, redes sociais, e parcerias com organizações locais.

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Como a telemedicina ajuda na prática

A integração de tecnologias como a telemedicina contribui para ampliar o alcance e a


eficácia das acções educativas. Isso é especialmente relevante para a formação contínua de
profissionais da saúde e para alcançar comunidades remotas.

A telemedicina facilita o acesso a informações actualizadas, oferece flexibilidade para


treinamentos e capacitações, e possibilita a troca de experiências e conhecimentos entre
profissionais de diferentes regiões, enriquecendo a prática médica e a gestão da saúde.

Práticas de educação em saúde desenvolvidas com adolescentes

Para o desenvolvimento da educação em saúde é necessário conhecer o contexto


vivenciado pelo adolescente e sua família. Assim, a visita domiciliar configura-se como um
momento relevante para as práticas educativas:

Apreendemos que, no domicílio, o ACS está em contacto directo com a realidade do


adolescente e sua família, podendo, então, reconhecer vulnerabilidades e desenvolver práticas
educativas.

Os ACS ressaltaram que as práticas educativas têm o intuito de prevenção de doenças e


agravos: Então, o adolescente tem mais essa parte de prevenção mesmo, principalmente para as
meninas, a prevenção de gravidez, o uso de preservativo, essas coisas.

Apesar dos ACS enfatizarem a prevenção de doenças e agravos, salientamos que a


educação em saúde também deve ser direccionada para a promoção da saúde, aumentando o
pensamento crítico e a autonomia do adolescente.

Ao trabalhar questões referentes à sexualidade com adolescentes a equipe de Saúde da


família deve estar atenta aos conhecimentos e experiências prévias desses sujeitos. Um diálogo
aberto, sem julgamentos e preconceitos, favorece a comunicação e a construção da confiança.

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Conclusão

A presente pesquisa permitiu construir e validar um instrumento de avaliação da Educação


em Saúde, realizada pelos enfermeiros, à criança/adolescente/família, podemos concluir que a
educação em saúde para adolescentes, na visão dos agentes comunitários de saúde (ACS) que
actuam na Estratégia Saúde da Família (ESF), está centrada na prevenção de doenças e agravos,
com pequena ênfase na promoção da saúde e trabalhos em grupos de discussão, que favoreçam a
construção do conhecimento e o protagonismo do adolescente.

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Referências Bibliograficas

1. Moreira TMM, Viana DS, Queiroz MVO, Jorge MSB. Confl itos vivenciados pelas
adolescentes com a descoberta da gravidez. Rev Esc Enferm USP. 2008;42(2):312-20.

2. Unicef. Fundo das Nações Unidas para a Infância. Situação Mundial da Infância 2011.
Adolescência – uma fase de oportunidades. New York: Unicef; 2011.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e
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4. Machado MFAS, Monteiro EMLM, Queiroz DT, Vieira NFC, Barroso MGT.
Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS - uma revisão
conceitual. Ciênc Saúde Coletiva. 2007;12(2):335-42.

5. Roecker S, Budó MLD, Marcon SS. Trabalho educativo do enfermeiro na Estratégia


Saúde da Família: difi culdades e perspectivas de mudanças. Rev Esc Enferm USP.
2012;46(3):641-9.

6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Política Nacional de Atenção Básica. 4ª. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2007.

7. Santos AAG, Silva RM, Machado MFAS, Vieira LJES, Catrib AMF, Jorge HMF.
Sentidos atribuídos por profi ssionais à promoção da saúde do adolescente. Ciênc Saúde Coletiva.
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8. Roecker S, Nunes EFPA, Marcon SS. O trabalho educativo do enfermeiro na Estratégia


Saúde da Família. Texto & contexto enferm. 2013;22(1):157-65.

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Índice

Introdução .......................................................................................................................................... 1
FUNDAMENTOS TEÓRICOS ........................................................................................................ 2
Acções educativas.............................................................................................................................. 2
Planejamento de educação em saúde ................................................................................................. 3
Como a telemedicina ajuda na prática ............................................................................................... 4
Práticas de educação em saúde desenvolvidas com adolescentes ..................................................... 4
Conclusão .......................................................................................................................................... 5
Referências Bibliograficas ................................................................................................................. 6

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