Carne e Osso - Resenha Critica

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA
CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAO
RESENHA CRTICA DO
DOCUMENTRIO CARNE E OSSO
JAINNY FERREIRA DE LIMA

MATRICULA: 11402992
JOO PESSOA
ABRIL 2014
Carne e Osso
O documentrio aborda como a produo em srie nos frigorficos exige do trabalhador,

onde ele imposto a fazer movimentos extremamente rpidos para cumprir o que a
empresa exige dele, movimentos esses, repetitivos e realizados 8 horas por dia. O
empresrio exige muito do trabalhador que se sujeita a condies estressantes,
ambientes inadequados e a presso de encarregados sobre ele onde a exigncia de
produzir mais causava danos ao psicolgico do trabalhador, onde eles chegavam a
tremer e ficar nervosos apenas com a aproximao dos supervisores.
Os trabalhadores chegam a ter medo de pedirem atestados mdicos pelas leses sofridas
devido ao trabalho, a presso do supervisor de impedir qualquer mnima interao do
trabalho, a falta de liberdade do funcionrio de ir ao banheiro e quando permitido ainda
assim um tempo curto e que se o funcionrio ultrapassar esse tempo estar sujeito a
punies e o controle rgido das pausas quando essas existem e o funcionrio se prope
a aceitar tais normas pelo medo de perder o emprego.
Os transtornos psicolgicos tambm aparecem em consequncia das leses fsicas e
relacionados ao trabalho geradas pela exigncia de alta produtividade e competitividade
intensa. No so difceis de encontrar nesse meio, alm desses transtornos, as leses por
esforo repetitivo (LER). De acordo com depoimentos dos funcionrios a fiscalizao
em nada impende o abuso dos funcionrios pela empresa, as visitas ocorrem entretanto
na hora da visita h uma maquiagem da situao dos trabalhadores. Acidentes de
trabalho so muito comuns nesses ambientes onde os trabalhadores so expostos
constantemente a facas, serras e outros objetos cortantes alm do ambiente frio e as
jornadas exaustivas de trabalho.
Concluso e Apreciao critica

Henry Ford se baseou em frigorficos para criar o sistema de produo em srie para os
carros, onde cada operrio ficava responsvel por uma fase do processo produtivo
repetindo essa mesma etapa durante todo o dia. Concluindo com isso que se cada
funcionrio permanecer imvel durante o trabalho o carro seria construdo muito mais
rapidamente.
O trabalho repetitivo, fatigante e corrido, nos moldes do modelo de fordista, onde o

trabalhador imposto a adequar o seu corpo ao ritmo das esteiras mecnicas e ao ritmo
alucinante proposto por esse ambiente de trabalho podendo levar o trabalhador a loucura
com o passar dos anos que quando ele sente o choque dessa atividade sobre seu corpo
e mente e ai que ele simplesmente descartado como uma pea defeituosa de uma
mquina.
Ao longo dos anos o trabalhado j est to afetado pelo trabalho, to doentes que sabem
que a nica opo deles permanecer no frigorifico porque no vo conseguir emprego
em outro lugar com as doenas adquiridas pela rotina exaustiva a que foram expostos. O
trabalho exige perfeio nos cortes da carne de aves e bovinos demanda muito esforo
fsico dos funcionrios por ser um trabalho rduo e realizado em ambientes muito frios,
que porem em troca recebe-se pouco, trabalhando horas a fio e geralmente sem
descanso. Onde deveria ser um lugar onde o ser humano busca sua sobrevivncia
entretanto o que se v chegam a ser condies de escravido impostas pelas indstrias
que condicionam seus funcionrios a quase mquinas que no possuem sentimentos ou
direito a descanso.
O desenvolvimento de doenas psicolgicas como a depresso entre funcionrios de
frigorficos de aves segundo o documentrio Carne e Osso trs vezes maior que que
a mdia da PEA do Brasil e porqu isso acontece? A presso imposta por um supervisor
para que a produo seja mais rpida, pra que no se demore no banheiro, a
desumanizao da pessoa como ser social e alm do prprio descaso da empresa para
com eles.
A realidade dessas pessoas ainda obscura e o Brasil um pas que ainda vai demorar
para levar a srio os problemas desses trabalhadores e enquanto isso fica claro que para
as empresas que o importante garantir o aumento de seu lucro e to pouco h
preocupao com a que preo esse aumento est tendo sobre a massa de mo de obra
empregada.

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