Direito Natural
Direito Natural
Direito Natural
01/12/2011
Abstract: Natural Law has always influenced the civilizations in their decision making.
Historically, natural law has always been present in the citizens lives and it is still
present. Were scholars of natural law: the Sophists, Aristotle, the roman jurists, Thomas
de Aquino, Michel Foucault, Javier Hervada, among others. Natural law was seen as a
right inherent in human nature that must be respected regardless of their positivation in
the domestic legal order. Respect for the natural lae does not depend of territorial or
temporal boundaries.
INTRODUÇÃO
1.1) Sofistas
1.2) Aristóteles
Aristóteles foi o primeiro autor conhecido que falou da divisão do direito natural e
positivo. A terminologia “direito natural” não é original dele, pois já havia sido utilizada
pelos sofistas[2].
Na visão aristotélica, o direito natural tem duas características: não se baseia nas
opiniões humanas e em qualquer lugar tem a mesma força. Junto com o direito natural
aparece o justo legal, direito positivo. É próprio desse direito provir da convenção
humana, tendo como característica própria ser variável[3].
Javier Hervada[4] comenta Aristóteles:
“[…] o direito natural e o direito positivo são verdadeiros direitos. Tanto o justo natural
como o justo positivo são espécies ou tipos de direito. Ambos fazem parte igualmente
do direito vigente de uma polis (politikón díkaion). É, então, claro que para Aristóteles o
direito natural é um direito verdadeiro, um tipo de direito vigente, junto com outro tipo,
que é o direito positivo. O direito natural não é, portanto, um principio abstrato, uma
idéia ou ideal, um valor ou coisa semelhante; é simplesmente um direito (uma coisa
devida em justiça), uma espécie ou tipo particular de direito.”
Nesse contexto histórico, o direito natural era o direito comum (ius commune), que a
razão natural implanta entre todos os homens e entre todos os povos. Por outro lado,
esse direito, enquanto razão natural, devia ser respeitado pelo ius civile. O direito
natural funcionou como humanizador do direito positivo, como elemento civilizador, de
modo que o direto civil não pode alterar os direitos naturais[7].
“Na teoria tomista, a lei natural é aquele conjunto de ditames da razão com retidão que
prescrevem aquelas condutas adequadas à natureza do homem e proíbem as contrarias.
Essa lei é natural porque é produto da razão natural, isto é, da razão enquanto
naturalmente capta as condutas exigidas pela natureza do homem e as que são contrárias
a ela. Porém, não é uma lei imanente à razão, cuja origem primeira seja a natureza do
homem; dada a condição de criatura do homem e entendidos os seres criados como uma
participação criada do Ser Subsistente, a lei natural é, para o Aquinate, uma lei divina,
naturalmente impressa no homem por via da participação da lei eterna (a lei divina
enquanto está na essência de Deus). Por isso, descreve a lei natural como uma
participação da lei eterna na criatura racional, isto é, no homem.”
1.6) Neo-escolásticos