(5.4) Mensagens12 - DP - (Solucoes QA)

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Soluções

QUESTÕES DE AULA 1.
A primeira estrofe do poema evidencia a recusa do eu em
EDUCAÇÃO LITERÁRIA se deixar dominar pelas emoções e pelas recordações que
a vida possa trazer. Deste modo, está evidenciada uma
Questão de aula 1 – Fernando Pessoa, Poesia do atitude estoica, típica da filosofia defendida por este
ortónimo (p. 341) heterónimo pessoano.
1. 2.
O sujeito poético dirige-se ao «sino», através da O eu perceciona a passagem do tempo como inexorável e
apóstrofe, o que permite uma maior proximidade entre unilateral, tendo também um fim, tal como acontece com
ambos. O toque do sino estimula a memória do sujeito a vida humana. De facto, defende que essa passagem não
poético (v. 4), no sentido em que o faz recordar a sua deve ser racionalizada nem controlada por nós, uma vez
infância, passado distante que se associa a um sonho (vv. que, como refere nos versos 9 e 10, «Se sabê-lo não serve
11-12). É um eco do passado que, longe de alegrá-lo, de sabê-lo / (Pois sem poder que vale conhecermos?)».
desperta nele a saudade de um tempo irrecuperável (vv. 3.
15-16). A.
2. Questão de aula 4 – Fernando Pessoa, Poesia dos
O sujeito poético pretende mostrar a influência que o heterónimos (Álvaro de Campos) (p. 347)
sino, símbolo da dolorosa passagem do tempo, tem no
1.
seu estado de espírito. Começa por afirmar que as
Neste poema, a atitude apática e de desistência por parte
memórias de um passado saudoso assolam a sua alma
do sujeito poético está no conforto de não ter de fazer
tão lentamente como a tristeza da vida (vv. 5-6),
algo associado a um compromisso. Deste modo, sente-se
comparando, deste modo, a lentidão do soar do sino com
apaziguado por não ter de arrumar as malas ou de «fazer
o seu próprio estado de espírito nostálgico. Para além
planos em papel» (v. 3) na véspera de partir para uma
disso, à medida que o sino toca, acentua-se, no sujeito
viagem. Além disso, como não estabelece o compromisso
poético, a saudade de tempos passados e «[…] a primeira
de partir em viagem, declara que «não há que fazer
pancada / Tem o som de repetida.», pois soa tanto no
nada» (v. 6). A sua abulia revela-se também na
espaço exterior como também no espaço interior, na
possibilidade de estar alegre e sossegado por não ter
alma do eu. Deste modo, torna-se evidente a presença da
necessidade de ser sentir assim (vv. 8-12), o que constitui
temática da nostalgia da infância nesta composição
uma «oportunidade virada do avesso» (v. 13). O seu
poética, uma vez que o eu associa o toque do sino a esse
objetivo máximo passa, assim, pelo «repouso» físico e
momento da vida humana.
mental e pelo facto de «ter chegado deliberadamente a
3. nada» (v. 11), como se concretiza no verso 16 («Todos os
B. dias sine linea»), ou seja, todos os dias sem produzir
Questão de aula 2 – Fernando Pessoa, Poesia dos nada.
heterónimos (Alberto Caeiro) (p. 343) 2.
1. Com a reiteração da forma verbal «dormita», o eu
O processo de criação poética é visto como um ato evidencia o adormecimento e a sonolência associados a
involuntário/espontâneo, como é referido no verso 5 e um estado de apatia que o domina. Repetindo a forma
comprovado com as comparações dos versos 7 e 8, nas verbal do verbo dormitar no modo imperativo, o sujeito
quais o sujeito poético menciona que «escrever» é «uma poético aconselha a sua alma a sossegar e a permanecer
coisa» que lhe acontece, como dar-lhe «o sol de dentro», neste estado de descanso, uma vez que é «pouco o
o que confirma a naturalidade com que encara o ato de tempo» (v. 24) que tem para se resignar face à vida e
escrita. A poesia não tem por base o recurso ao considera ser esta a solução plausível para o seu
pensamento, mas apenas às sensações, tal como se desassossego.
constata nos versos 9 e 10, sendo o sensacionismo 3.
reiterado com a comparação «Como se escrever não C.
fosse uma cousa feita de movimento», ou seja, não é algo
premeditado ou pensado.
Questão de aula 5 – Fernando Pessoa, Mensagem
(p. 349)
2.
1.
Ao mencionar que o seu pensamento «só muito devagar
O título do poema faz referência a todos aqueles que,
atravessa o rio a nado», o eu evidencia a sua lentidão,
como Cristóvão Colombo, se inspiraram na ação marítima
logo a sua dificuldade em concretizar o que,
dos portugueses. Deste modo, a anáfora do pronome
comummente, se define como pensamento, o que é
indefinido «Outros », nos versos 1 e 3, evidencia que os
confirmado pela forma metafórica com que se refere ao
portugueses foram precursores das descobertas e agora
pensamento de qualquer ser humano – «lhe pesa o fato
os outros que se lhes seguem nunca irão atingir a mesma
que os homens o fizeram usar». Estes versos destacam a
glória e hegemonia, já que «haverão de ter / O que
recusa caeiriana da abstração e do pensamento como
houvermos de perder.» (vv. 1-2).
forma de apreender a realidade, considerada comum e
convencional pelo ser humano, ou seja, a sua posição 2.
antimetafísica. Os versos 10 a 12 revelam que os outros navegadores
como Cristóvão Colombo nunca conseguirão ter a grande-
3.
za e a «Magia» que tocaram os nautas lusos. De facto, a
C.
«glória» que conseguirem alcançar advém sempre de
Questão de aula 3 – Fernando Pessoa, Poesia dos uma «luz emprestada », ou seja, será apenas um reflexo
heterónimos (Ricardo Reis) (p. 345) da verdadeira luz que é intrínseca aos portugueses.

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3. feminina percorreu o país inteiro descalça, com o único
D. objetivo de voltar a ver Sete-Sóis. Além da busca
incessante, esta expressão textual demonstra a sua
Questão de aula 6 – Manuel da Fonseca, «Sempre perseverança e tenacidade, já que não desistiu do seu
é uma companhia» (p. 351) propósito.
1. 2.
O mendigo recordado por Batola era aquele que, por sair Blimunda acaba por não ingerir o alimento que levava no
da aldeia, lhe contava novidades, trazendo alguma alegria alforge, já que «de cada vez que ia levá-lo à boca, parecia
ao protagonista. Além disso, com os relatos das suas que sobre a sua mão outra mão se pousava» (ll. 14-15).
viagens, fazia com que António Barrasquinho pensasse Tendo em conta os seus poderes sobrenaturais, Blimunda
«que andava a viajar por todo aquele mundo» (ll. 3-4). poderia deduzir que estava a chegar o momento de ver
2. Baltasar e que, nesse momento, o iria olhar por dentro.
A solidão que se evidencia em Alcaria e nos campos 3.
envolventes leva Batola a sentir-se também cada vez mais A.
solitário, sem possibilidade de diálogo com alguém. Além
disso, acaba por se sentir sem um propósito de vida. Questão de aula 10 – José Saramago, O ano da
3. morte de Ricardo Reis (p. 359)
B. 1.
Para Fernando Pessoa, «os vivos», ou seja, os que ainda
Questão de aula 7 – Maria Judite de Carvalho, não morreram, não possuem a capacidade de
«George» (p. 353) compreender que a vida termina, o que sabem é que a
1. dos que morrem acaba e não a sua, levando-os a não
No período em que ainda vivia com os seus pais, George saber tirar partido da sua mortalidade. Deste modo, tudo
não tinha conhecimentos que lhe permitissem saber o que se vivencia é relativizado, uma vez que refere que
quem eram os pintores como Modigliani, uma vez que a «tudo é insignificante visto do lado da morte» (ll. 13-14).
sua família era «gente de trabalho» (l. 4) e, devido às Na perspetiva de Ricardo Reis, quem está vivo tem a
duras circunstâncias da vida, seriam pessoas condenadas certeza da sua efemeridade e considera que o facto de
«à quase ignorância» (l. 4). Não valorizavam a cultura e estar «vivo é significante» (l. 15), evidenciando uma
sorriam se a ouvissem «falar de um livro, de um filme, de opinião contrária à de Fernando Pessoa.
um quadro» (l. 6). 2.
2. Esta frase, proferida por Fernando Pessoa no seu diálogo
A «casa mobilada» (l. 21) permite a George manter a com Reis, revela que os vivos não se conseguem conhecer
liberdade e a autonomia por que tanto lutou. Como é verdadeiramente uns aos outros, que se encontram tão
adepta do desapego, o facto de viver numa casa já distantes como os vivos dos mortos. Neste contexto,
mobilada não a levará a ficar presa aos bens materiais, a Pessoa quer alertar Reis sobre o facto de não conhecer o
não ser a «alguns livros, mas poucos» (l. 25). Por este verdadeiro íntimo de Lídia ou de Marcenda, pois tal é
motivo, metaforiza a casa mobilada como uma «certeza insondável.
de uma porta aberta de par em par» (l. 21). 3.
3. C.
D.
Questão de aula 8 – Poetas contemporâneos GRAMÁTICA
(Miguel Torga) (p. 355) Questão de aula 1 – Fernando Pessoa, Poesia do
1. ortónimo (p. 361)
Ao longo do poema, os diferentes elementos naturais 1. A; 2. C; 3. B; 4. A; 5. A.
surgem personificados como se fossem receber o sujeito
poético, que regressa às suas «fragas». Deste modo, 6.
estabelece-se uma relação de intimidade na forma como os a) Predicativo do sujeito. b) Complemento oblíquo.
carvalhos lhe «acenam», as fontes cantam e o céu se abre c) Complemento direto. d) Complemento do nome.
num sorriso para que este se deite «ao colo dos penedos» 7.
(v. 10) e conte as suas «aventuras e segredos» (v. 11). Dêixis pessoal e temporal.
2. Questão de aula 2 – Fernando Pessoa, Poesia dos
O papel do sujeito poético como poeta está explícito na heterónimos (Alberto Caeiro) (p. 363)
segunda estrofe quando as fontes anunciam «O poeta
1. B; 2. A; 3. C; 4. A; 5. D.
voltou!» (v. 6). Ainda na mesma estrofe, com a referência
à «terra morta / Dos versos» (vv. 7-8), o eu evidencia que 6.
a escrita dos seus poemas foi uma forma de superar um a) Modificador. b) Sujeito. c) Predicativo do sujeito.
desterro avassalador. d) Complemento oblíquo.
3. 7.
B. (Oração subordinada) substantiva completiva.

Questão de aula 9 – José Saramago, Memorial do Questão de aula 3 – Fernando Pessoa, Poesia dos
convento (p. 357) heterónimos (Ricardo Reis) (p. 365)
1. 1. C; 2. B; 3. D; 4. B; 5. D.
Esta expressão hiperbólica evidencia o árduo caminho 6.
percorrido por Blimunda em busca de Baltasar. Esta figura

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a) Complemento do nome. b) Complemento do adjetivo. a) Modificador do nome restritivo. b) Complemento
c) Complemento oblíquo. d) Complemento direto. direto. c) Sujeito. d) Modificador do nome apositivo.
7. 7.
A. (Oração subordinada) substantiva relativa.
Questão de aula 4 – Fernando Pessoa, Poesia dos LEITURA
heterónimos (Álvaro de Campos) (p. 367)
Questão de aula 1 – Fernando Pessoa, Poesia do
1. A; 2. B; 3. C; 4. B; 5. D. ortónimo e dos heterónimos (p. 381)
6. 1. C; 2. D; 3. A; 4. B; 5. D.
a) Sujeito. b) Complemento agente da passiva. c) Predi-
cativo do complemento direto. d) Complemento direto. Questão de aula 2 – Fernando Pessoa, Mensagem
(p. 383)
7.
Dêixis pessoal. 1. B; 2. C; 3. D; 4. A; 5. B.
Questão de aula 5 – Fernando Pessoa, Mensagem Questão de aula 3 – Contos (p. 385)
(p. 369) 1. B; 2. C; 3. B; 4. D; 5. A.
1. B; 2. A; 3. D; 4. B; 5. C.
Questão de aula 4 – Poetas contemporâneos (p.
6. 387)
a) Complemento oblíquo. b) Complemento do nome.
1. C; 2. D; 3. C; 4. A; 5. B.
c) Predicativo do sujeito. d) Predicado.
7. Questão de aula 5 – José Saramago (p. 389)
Oração subordinada adverbial final. 1. B; 2. C; 3. A; 4. D; 5. A.
Questão de aula 6 – Manuel da Fonseca, «Sempre
é uma companhia» (p. 371)
1. C; 2. C; 3. D; 4. A; 5. B.
6.
a) Complemento oblíquo. b) Modificador do nome apo-
sitivo.
c) Complemento direto. d) Complemento do nome.
7.
Modalidade epistémica com valor de certeza.
Questão de aula 7 – Maria Judite de Carvalho,
«George» (p. 373)
1. C; 2. A; 3. D; 4. C; 5. D.
6.
a) Complemento direto. b) Complemento do adjetivo.
c) Complemento do nome. d) Complemento oblíquo.
7.
Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
Questão de aula 8 – Poetas contemporâneos
(Ana Luísa Amaral) (p. 375)
1. D; 2. B; 3. A; 4. D; 5. A.
6.
a) Complemento direto. b) Complemento do nome.
c) Complemento do adjetivo. d) Sujeito.
7.
Oração subordinada adverbial comparativa.
Questão de aula 9 – José Saramago, Memorial do
convento (p. 377)
1. A; 2. B; 3. C; 4. A; 5. D.
6.
a) Sujeito. b) Complemento oblíquo. c) Complemento do
adjetivo. d) Complemento do nome.
7.
Oração subordinada adverbial comparativa.
Questão de aula 10 – José Saramago, O ano da
morte de Ricardo Reis (p. 379)
1. D; 2. B; 3. A; 4. C; 5. D.
6.

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