TCC - Suele Karolainy Nascimento Lopes - Eng. Civil Cesb Bacabal 2023
TCC - Suele Karolainy Nascimento Lopes - Eng. Civil Cesb Bacabal 2023
TCC - Suele Karolainy Nascimento Lopes - Eng. Civil Cesb Bacabal 2023
Bacabal - MA
2023
SUELE KAROLAINY NASCIMENTO LOPES
Bacabal - MA
2023
N241a Nascimento, Suele Karolainy.
00 f: il.
Monografia (Graduação) – Curso de Engenharia Civil
Bacharelado - Universidade Estadual do Maranhão-UEMA/ Campus
Bacabal-MA, 2023.
Orientador: Prof. Esp. Valéria de Freitas Lima
1.Lixão 2. Aterro Sanitário 3.Saneameto Básico
4. Preservação Ambiental
Aprovado em: / /
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Profª. Esp. Valéria de Freitas Lima (Orientadora)
Universidade Estadual do Maranhão
_____________________________________
Profª. Esp. Natália Barros Falcão Cutrim
Universidade Estadual do Maranhão
____________________________________
Profº. Esp. Denny Gonçalves Dos Santos
Universidade Estadual do Maranhão
AGRADECIMENTOS
Com o crescimento populacional ocorreu a expansão das cidades, fazendo com que
aumente a quantidade de resíduos gerados. Com isso, esses resíduos muitas vezes
são descartados em lixões ou vazadouros, como é o caso da cidade de Bom Jardim,
causando diversos impactos socioambientais. Por esses motivos, a Lei 12.305 de
2010, coloca um Novo Marco Legal Regulatório do Saneamento Básico, determinando
que até agosto de 2024 seja extinto os lixões em cidades com população inferior a 50
mil habitantes. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é fazer o comparativo entre o
lixão a céu aberto e a utilização de aterros sanitários em Bom Jardim – MA. E, para o
levantamento de dados foram realizadas visitas no local, fazendo o registro fotográfico
e analisando as circunstâncias físicas. Além disso, foi realizado o levantamento dos
impactos ambientais observados, utilizando o modelo de check-list e a matriz de
interação, para melhor demonstração desses impactos. Portanto, para solução dos
problemas encontrados e para que exista disposição final ambientalmente adequada
dos resíduos sólidos, foi sugerido a implantação de um aterro sanitário, que deve
considerar as particularidades da região sendo indispensável um Estudo de Impacto
Ambiental (EIA).
With population growth, cities expanded, causing an increase in the amount of waste
generated. As a result, this waste is often discarded in landfills or dumps, as is the
case in the city of Bom Jardim, causing various socio-environmental impacts. For these
reasons, Law 12,305 of 2010 establishes a New Regulatory Legal Framework for Basic
Sanitation, determining that by August 2024, landfills in cities with a population of less
than 50 thousand inhabitants will be abolished. In this sense, the objective of this work
is to make a comparison between the open dump and the use of landfills in Bom Jardim
– MA. And, to collect data, site visits were carried out, taking photographic records and
analyzing the physical circumstances. Furthermore, a survey of the observed
environmental impacts was carried out, using the checklist model and the interaction
matrix, to better demonstrate these impacts. Therefore, to solve the problems
encountered and to ensure that there is an environmentally adequate final disposal of
solid waste, it was suggested the implementation of a sanitary landfill, which must take
into account the particularities of the region, making an Environmental Impact Study
(EIA) essential.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12
1.1 Justificativa ...................................................................................... 13
1.2 Objetivos........................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................... 14
1.2.2 Objetivos Específicos ......................................................................... 14
2 Fundamentação teórica ................................................................................... 14
2.1 Saneamento Básico ......................................................................... 14
2.2 Resíduos sólidos ............................................................................. 16
2.3 Lixão a céu aberto ............................................................................ 18
2.3.1 Impactos socioambientais .................................................................. 20
2.4 Aterro Sanitário ................................................................................ 22
2.4.1 Aterro Controlado x Aterro Sanitário .................................................. 23
2.4.2 Impactos Ambientais .......................................................................... 25
2.4.3 Avaliação de Impacto Ambiental ........................................................ 26
2.4.4 Biogás ................................................................................................ 27
2.4.5 Critérios para funcionamento e instalação ......................................... 29
3 METOLOGIA ................................................................................................... 32
3.1 Procedimentos Metodológicos ....................................................... 32
3.2 Área De Estudo ................................................................................ 32
3.3 Coleta dos resíduos sólidos local .................................................. 33
3.4 Cenário do lixão local ...................................................................... 34
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 37
4.1 Situação do lixão local..................................................................... 37
4.1.1 Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) ............................................ 40
4.1.2 Proposta de mitigação de impactos ................................................... 43
4.2 Proposta de aterro sanitário............................................................ 43
4.2.1 Análise econômica ............................................................................. 47
5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 47
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
Não só isso, mas a transição dos lixões para os aterros sanitários, não
apenas é imperativa para a preservação do meio ambiente, mas também para a
promoção da saúde pública e o estímulo ao desenvolvimento socioeconômico local.
Assim, através desta pesquisa busca-se fornecer subsídios e
recomendações embasadas em análises criteriosas, a fim de orientar políticas
públicas e ações efetivas que resultem em uma gestão de resíduos sólidos mais
eficiente, responsável e em conformidade com as demandas atuais e futuras da
cidade de Bom Jardim - MA.
1.2 Objetivos
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
forma, o saneamento básico não se restringe somente à água tratada e resíduos, mas
também, à importância de gerenciar todos os elementos ambientais que podem e
afetam a saúde e o bem-estar da população.
Além disso, a preocupação com o saneamento básico no Brasil tem
crescido cada vez mais, visto que as doenças causadas pela sua ausência têm
aumentado significativamente, principalmente em regiões mais vulneráveis. De
acordo com a Folha Metropolitana (2021), em 2021, o país teve aproximadamente 130
mil internações por doenças relacionadas a falta de saneamento básico.
Não só isso, mas de acordo com Leoneti et al (2011), até o ano de 2000
ocorreu pequenos avanços na área do saneamento básico. Por conseguinte, isso
contribuiu para uma expressiva desigualdade e deficiência, especialmente no que se
refere ao acesso à coleta e tratamento de esgoto. Porém, atualmente o setor tem
recebido maior atenção do governo, com uma considerável quantidade de recursos
destinados a investimentos.
No entanto, o investimento e a atenção recebidos não são o suficiente. E,
segundo Júnior e Saiani (2006), os índices de cobertura de saneamento básico no
Brasil estão abaixo dos registrados em países com níveis semelhantes de
desenvolvimento, além disso, o país carece de uma política coordenada para superar
as deficiências nesse setor.
Isso se deve ao fato de que devido aos impactos na qualidade de vida,
saúde, educação, trabalho e meio ambiente, o saneamento básico requer a
colaboração de diversos agentes em uma extensa rede institucional. No Brasil, essa
área é caracterizada por uma deficiência de acesso, especialmente no que diz
respeito à coleta e tratamento de esgoto (LEONETI, et al, 2011).
Existe ainda uma forte desigualdade regional com relação ao saneamento
básico, uma vez que os estados da região sudeste e sul ultrapassam 90% dos
domicílios com abastecimento de água na zona urbana, em contrapartida, a região
norte não chega nem a 70%. A discrepância é evidenciada também com relação à
instalação da rede de esgoto e fossa séptica, em que os estados da região sudeste
possuem uma média de 86,83% das residências da zona urbana com esses sistemas
enquanto a região norte somente 46.72% (JÚNIOR, SAIANI, 2006).
Com isso, a falta de saneamento básico resulta em vários problemas,
incluindo a propagação de doenças transmitidas pela água, por conseguinte,
representa um desafio comum nos países em desenvolvimento para a saúde pública.
16
Bem como, as crianças e jovens são os mais impactados, enfrentando, entre outros
problemas, comprometimentos no desenvolvimento físico e intelectual devido a
condições endêmicas como diarreia crônica e desnutrição (LEIVAS et al., 2015;
MENDONÇA e MOTTA 2009; ARAÚJO et al., 2009, apud ZIERO et al., 2016).
Portanto, o avanço no saneamento básico é fundamental para reduzir as
desigualdades sociais e proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população.
E, a conscientização sobre a importância do saneamento, juntamente com
investimentos contínuos e esforços coordenados em todos os níveis de governo, são
essenciais para enfrentar os desafios existentes.
origem. Bem como, a Lei 12.305 de 2010, no seu art. 13, classifica os resíduos quanto
a sua origem e quanto a sua periculosidade, que podem ser:
I - quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em
residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os
gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”,
“g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas
atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações
industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde,
conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos
órgãos do Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes
da preparação e escavação de terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e
silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas
atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos,
terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de
fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios;
II - quanto à periculosidade:
a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam
significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo
com lei, regulamento ou norma técnica;
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.
(BRASIL, 2010 [s.p.])
até 2024. No entanto, para cumprir tal objetivo, é necessário alto investimento no
processo de tratamento de resíduos sólidos.
Desse modo, uma das principais diferença entre aterro controlado e aterros
sanitários é que o segundo possui uma impermeabilização do solo de maneira mais
eficiente. Em resumo, o aterro sanitário é uma instalação mais avançada, com
sistemas de proteção ambiental mais eficientes e estrutura para receber uma
variedade maior de resíduos. O aterro controlado, por sua vez, é menos estruturado
e pode representar um estágio de transição entre práticas mais antigas de disposição
de resíduos e métodos mais modernos e controlados.
2.4.4 Biogás
o lençol freático deve ser de pelo menos 1,50 m; e permitir somente a entrada de
pessoal autorizado.
Ainda segundo a norma, nenhum descarte pode ser admitido em um aterro
sem que tenha sido previamente avaliado para identificar suas características físicas
e químicas. Essa medida visa garantir que os resíduos depositados nos aterros sejam
conhecidos antes de sua disposição, evitando possíveis impactos negativos ao meio
ambiente e à saúde pública.
Ademais, a NBR 13896 de 1997, recomenda a construção de aterros com
vida útil mínima de 10 anos. Por outro lado, a CONAMA 404 de 2008, um dos critérios,
condições e diretrizes é que o aterro sanitário garanta pelo menos 15 anos de
operação. Esse prazo mínimo de operação é crucial para garantir a eficiência do
sistema de provisão de resíduos sólidos, promover a proteção ambiental e atender às
necessidades de gestão de resíduos de forma adequada.
Logo após a definição do local, de acordo com Landim e Azevedo (2008)
vem a fase de preparação do terreno. Para isso, é inicialmente feito a drenagem das
nascentes no local, seguida da compactação do solo. Posteriormente, é instalada uma
manta impermeabilizante, que deve ser coberta com pelo menos 50 cm de argila para
garantir a proteção mecânica e impedir que o chorume penetre no solo.
De maneira semelhante, de acordo com Figueredo (2011), inicia-se com o
revestimento do solo por uma geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD)
para prevenir a contaminação. Em seguida, os resíduos são compactados passando
pela redução de volume e cobertos por camadas de terra. O chorume é coletado e
direcionado para estações de tratamento de efluentes. Simultaneamente, o biogás
capturado pode ser utilizado como fonte de energia por meio de geração elétrica ou
submetido à queima controlada.
Quando o resíduo solido é recebido no aterro sanitário, ele é disposto em
células, que podem ser de 3 a 4 metros. O resíduo é espalhado e com a ajuda de um
trator, ele é compactado até alcançar a altura da célula. Logo após, é coberto com
uma camada de solo de aproximadamente 40 cm de altura e compactado, finalizando
mais uma célula (MENDONÇA; MOREIRA, 2023).
Na figura 3, é ilustrado um modelo de aterro sanitário, onde estão dispostas
as três fases do projeto, que são o setor que já está concluído, o em execução e o
setor em preparação. No esquema é possível visualizar os drenos para o chorume,
31
assim como para as águas superficiais. Além disso, existem também os drenos de
gás, onde é captado o biogás.
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 10 – Comparativo da população total atendida pela coleta de resíduos domiciliares de Bom
Jardim em relação ao Maranhão e ao Brasil
Não só isso, mas em relação a zona urbana, 90,86% (16.018 pessoas) têm
acesso ao serviço de coleta de resíduos (Figura 11), enquanto na zona rural, essa
porcentagem diminui significativamente para apenas 25,13% (6.128 habitantes) da
população atendida (SNIS, 2021).
Figura 11 – Comparativo da população urbana atendida pela coleta de resíduos domiciliares de Bom
Jardim em relação ao Maranhão e ao Brasil
Figura 12 – Comparativo da população rural atendida pela coleta de resíduos domiciliares de Bom
Jardim em relação ao Maranhão e ao Brasil
Tendo como base essas estimativas, pode-se deduzir que o lixão local
recebe 22,58 toneladas de rejeitos todos os dias. Além disso é comum a prática de
descartar animais mortos ou restos de animais no local destinado ao lixão, uma ação
realizada até mesmo pelos próprios moradores.
Durante as visitas no local, pode-se perceber que não existe nenhum
controle de entrada e saída, como também pessoa para controlar o recebimento do
resíduo, o que permite livre acesso a qualquer indivíduo. Isso evidencia uma falta de
regulamentação e supervisão no acesso ao local de descarte de resíduos. Por
conseguinte, não apenas coloca em risco a segurança e a gestão apropriada dos
resíduos, mas também permite que qualquer pessoa descarte materiais sem
considerar as normas ou procedimentos adequados para o descarte
Alguns parâmetros não foram possíveis analisar com maior precisão, como
a permeabilidade do solo e a profundidade do lençol freático, por falta de
equipamentos adequados. Entretando, percebe-se que a presença do lixão impacta
todos os sistemas (físico, bipotico e antrópicos), sendo o solo o principal afetado.
Vale destacar também os terrenos vizinhos que sofrem com a presença do
lixão. O lixo levado pelo vento ou por animais, espalha-se pela proximidade, e há
relatos de engasgamento de animais com sacolas plásticas.
Além do check-list, foi elaborada também a matriz de interação, que tenta
suprir as necessidades do procedimento anterior, ou seja, é uma forma mais
atualizada para fazer o levantamento dos impactos ambientais.
Dito isso, no quadro 2, é disposto a matriz de interação que foi preenchida
com base em observações no lixão de Bom Jardim – MA.
42
ATRIBUTOS
MEIOS/IMPACTOS TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA DURAÇÃO
+ - +/- P M G 1 2 3 4 5 6
MEIO FÍSICO
Aumento dos processos x x x x
erosivos
Alteração na
capacidade de uso da x x x x
terra
Dano ao relevo x x x x
Poluição do solo x x x x
Emissão de odores x x x x
Queima de lixo x x x x
MEIO BIÓTICO
Redução da capacidade
de sustentação da x x x x
fauna
Redução da biota do
solo
x x x x
Redução da x x x x
biodiversidade nativa
MEIO ANTRÓPICO
Alteração na paisagem x x x x
Desvalorização de
terrenos vizinhos x x x x
Fonte: Adaptado de Sobral apud Araújo (2015)
Por meio da matriz de interação, pode-se perceber que no meio físico foram
listados 6 tipos de impactos negativos, onde 4 foram de grande magnitude, 3 de
grande importância e 4 de longa duração. Já no meio biótico foram dispostos 3
impactos negativos, em que um foi de grande magnitude, todos de alta importância e
um de longa duração. E para finalizar, no meio antrópico, foram listados dois tipos de
impactos, em que todos foram de grande magnitude, assim como de alta importância
e longa duração.
Portanto, pode-se afirmar que assim como no modelo de check-list, a matriz
de interação trouxe que o meio mais afetado foi o meio físico, principalmente pelo
grande impacto negativo causado no solo.
43
Como medida para reduzir os impactos causados por conta do lixão a céu
aberto, é recomendado primeiramente a redução, reutilização, reciclagem e
tratamento dos resíduos sólidos, como já disposto pela Lei 12.305 de 2010.
Entretando, como esses parâmetros nem sempre são alcançados, é sugerido que
ocorra a coleta seletiva na cidade.
Segundo dados do SNIS (2021), no município de bom jardim possui coleta
seletiva, entretanto, não é eficiente, visto que recupera somente 0,24% dos resíduos
totais gerados (Tabela 2).
Nesse sentido, essa política deve ter incentivos, por parte do município,
para que ocorra essa reutilização e reciclagem de materiais, reduzindo a quantidade
que são despejados como rejeitos.
Além disso, pode existir ainda a criação de uma cooperativa com o objetivo
de realizar a coleta seletiva, reduzindo os impactos ambientais causados, podendo
gerar renda e emprego dentro da cidade. E, outra alternativa somada a esta, é a
utilização de aterro sanitário para minimizar os impactos causados pelo descarte
irregular do lixo.
visto que promete ser uma alternativa eficaz para a destinação final de resíduos
sólidos.
O aterro sanitário foi proposto no mesmo local do atual lixão (figura 13),
visto que possui aproximadamente 13,58 ha e perímetro de 1842,17 metros, espaço
suficiente para a sua instalação e operação.
Além da área do lixão, existem áreas próximas que, de acordo com a
gestão atual, será utilizada futuramente como deposito de lixo.
Além destas normas, a Lei 12.305 de 2010, que institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, foi também empregada como referência para abordar as
soluções dos problemas identificados nos lixões.
Assim, tendo como base as normas supracitadas, foi realizado uma
verificação com o objetivo de determinar se o local do atual lixão se enquadra para a
construção de um aterro sanitário.
Desse modo, o local deve satisfazer alguns critérios trazidos, como:
suportar até 10 anos de operação, distância até corpos d’água de pelo menos 200
metros, distância até o núcleo urbano de no mínimo 500 metros, entre outros fatores
que devem ser obedecidos e respeitados.
O ideal seria que nenhum resíduo fosse dado como rejeito, porém, como
isso ainda não é possível, desse modo, o aterro sanitário faz-se necessário. Este, vem
como uma sugestão para a minimização dos impactos negativos causados pelo lixão.
Diante disso, vale destacar que quando um aterro sanitário é mal
gerenciado, ele pode gerar prejuízos também ao meio ambiente. É comum os casos
de despejo de resíduos fora das valas, mal compactado, entrada de pessoas sem
autorização e a contaminação do solo e das águas, gerando problemas nos
ecossistemas locais e colocando em risco a saúde pública.
Isso se verifica no aterro sanitário de Marituba – PA, o único no estado, e
que segundo Passos e Martins (2023), o aterro sanitário, está gerando revolta na
população por conta dos impactos causados. Em uma das paralisações, foi apontado
que ele não está de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O aterro
tinha um tempo estimado de operação de 15 anos, porém terá que encerrar já em
2023. Na figura 14, é possível observar uma imagem área do aterro sanitário.
5 CONCLUSÃO
Outro fato constatado é que não existe um projeto geral de aterro sanitário,
cada caso existe uma particularidade que deve ser respeita, o que faz com que os
gastos variem de região para região. Uma vez que, uma das maiores preocupações é
com relação a poluição das águas próximo do aterro, pois quando contamina o lençol
freático, os danos não ficam limitados apenas aquele local.
Portanto, a transição dos lixões para aterros sanitários é crucial para reduzir
os impactos no meio ambiente e na saúde pública. Essa transição não se resume
apenas à instalação de aterros sanitários protegidos, mas também envolve educar a
população sobre a separação e o descarte adequado de resíduos sólidos. Além disso,
é fundamental o respaldo e a implementação de políticas públicas voltadas para a
gestão sustentável de resíduos, atualização, melhoria da preservação ambiental e do
bem-estar coletivo.
49
REFERÊNCIA
BRASIL teve cerca de 130 mil internações por doenças associadas à falta de
saneamento, em 2021. Folha metropolitana. 2023. Disponível em: < https://
www.fmetropolitana.com.br/brasil-teve-cerca-de-130-mil-internacoes-por-doencas-as
sociadas-a-falta-de-saneamento-em-2021/>. Acessado em: 12 de novembro de 2023.
ECO RESPONSE. Lixão, aterro controlado ou aterro sanitário: para onde vão os
nossos resíduos? Disponível em: <https://www.ecoresponse.com.br/blog/noticia-
interna/lixao-e-aterro-255#:~:text=Aterro%20controlado%20%E2%80%93%20%C3%
A9%20uma%20forma,nocivos%20ou%20impermeabiliza%C3%A7%C3%A3o%20do
%20solo>. Acessado em: 13 de novembro de 2023.