Técnicas em TCC
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Técnicas em TCC
TÉCNICAS DA TERAPIA
COGNITIVO -
COMPORTAMENTAL
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de forma adequada, conceituar aquele paciente e planejar o tratamento” (Beck,
2013, p 66). As orientações gerais na sessão de avaliação no modelo da TCC
são:
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clínico, pois os “diagnósticos num geral são ateóricos, oferecendo descrições e
não explicações sobre o quadro clínico” (Andretta; Oliveira, 2011, p 165). É
importante pontuar que a avaliação inicial de um caso clínico em TCC precisa ser
constantemente formulada, pois dela dependerá a estruturação e o progresso no
tratamento (Andretta; Oliveira, 2011). Trataremos do uso da conceitualização
cognitiva na formulação do caso mais para frente.
Ao final do processo de avaliação do quadro clínico do paciente, você
poderá levantar algumas hipóteses, como: Quais eventos negativos levaram o
paciente ao desenvolvimento desse transtorno? Quais crenças nucleares e
centrais esse paciente desenvolveu? Como esse paciente faz as interpretações
do que acontece com ele? Como o pensamento e o comportamento do paciente
contribuem para a manutenção do transtorno? (Beck, 2013).
Dentro do modelo da TCC, o próximo passo no processo de tratamento é
a formulação do caso clínico.
Saiba mais
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Quadro 1 – Formulação de caso clínico
3- Diagnóstico
4- Conceitualização cognitiva
Dados relevantes da história
Tríade cognitiva
Visão de si Visão do mundo Visão de futuro
Incapaz. Povoado de pessoas melhores que Incerto.
Fracassado. eu.
Crenças centrais
Sou anormal.
Sou um fracasso.
Crenças intermediárias
Se não tenho as mesmas realizações que meus amigos, então sou um fracasso.
Se não sou bom, educado e agradável na interação com os outros, então fracassei.
Se me avaliarem, verão que sou anormal.
Estratégias compensatórias
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Ela vai ver que sou um Não conseguirei ter uma vida assim. Eles não devem querer
fracasso. alguém como eu.
Emoções Emoções Emoções
Ansiedade. Tristeza. Ansiedade.
Comportamentos Comportamentos Comportamentos
Gagueira. Não retornar os contatos posteriores Não comparecer à
Sudorese. do amigo. seleção.
Dificuldades para falar de
forma clara.
5- Hipótese de trabalho
Crenças de
inadequação e desvalor
Evitação de situações
sociais.
Pensamentos
relacionados ao
fracasso e inadequação humor ansioso
social
Objetivos e metas: maior habilidade na interação social, ampliação da rede social, colocação
no mercado de trabalho adequado às suas capacidades profissionais.
Intervenções: familiarização com o modelo para possibilitar o trabalho para a reestruturação
cognitiva concomitante ao ensino de técnicas de manejo da ansiedade, após maior familiaridade
com o modelo, início do treino de habilidades sociais, posteriormente algum avanço no treino
de habilidades e na reestruturação cognitiva, início do treino de técnicas de exposição.
Obstáculos: severidade dos sintomas, rede de apoio insuficiente, atividade profissional com
baixa exigência de interação social.
Finalizamos este tema reforçando que a formulação de caso não pode ser
vista como uma verdade absoluta sobre o paciente, mas sim como hipóteses que
vão sendo levantadas sobre o seu perfil de funcionamento, que servirão, como já
dissemos, de guia para o processo de tratamento individualizado,
independentemente do protocolo de tratamento (Andretta; Oliveira, 2011).
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TEMA 3 – CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA
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4.2 Sessão de terapia
1- Avaliar o humor;
2- Breve atualização (medicação, uso de drogas, sintomas do transtorno);
3- Realizar uma ponte com a sessão anterior;
4- Estabelecer a agenda;
5- Revisar a tarefa de casa;
6- Discutir tópicos da agenda e utilizar ferramentas terapêuticas;
7- Estabelecer nova tarefa de casa;
8- Resumir a sessão e dar e solicitar o feedback.
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paciente quanto a terapia; educar o paciente sobre o seu transtorno;
estabelecer tarefa de casa; e resumir a sessão e solicitar o feedback.
(Andretta; Olievira, 2011, p.130)
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Pearson e Linehan, e mais recentemente de Young, Klosko e Weishaar, de 2008.
Essas propostas juntas são base para um método de conceitualização
colaborativa entre terapeuta e paciente:
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iii. Visão do Futuro
b) Diagrama de Conceitualização Cognitiva.
c) Esquemas Iniciais Desadaptativos e Estilos de Enfrentamento (Young)
d) Pontos fortes e recursos
e) Crenças que podem interferir no atendimento
f) Aspectos ambientais relevantes
g) Aspectos familiares ou do estilo de vida que podem prejudicar a terapia.
9. Focos do Tratamento
10. Plano de Tratamento
Leitura Complementar
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REFERÊNCIAS
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