Saúde Coletiva - Apostila

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SAÚDE COLETIVA

PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO


Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR

Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Diretor de Ensino a Distância:
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Prof. Me. Fábio Oliveira Vaz
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não Diagramação:
vale a pena ser vivida.” Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, Revisão Textual:
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica
Gabriela de Castro Pereira/
e profissional, refletindo diretamente em nossa
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
Mariana Tait Romancini
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente
e busca por tecnologia, informação e conheci-
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta /
mento advindos de profissionais que possuam Heber Acuña Berger/
novas habilidades para liderança e sobrevivên- Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
cia no mercado de trabalho. Márcio Alexandre Júnior Lara
De fato, a tecnologia e a comunicação Gestão da Produção:
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, Kamila Ayumi Costa Yoshimura
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e
nos proporcionando momentos inesquecíveis. Fotos:
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino Shutterstock
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes
atuantes.

Que esta nova caminhada lhes traga


muita experiência, conhecimento e sucesso.

© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
ENSINO A DISTÂNCIA

01
UNIDADE

HISTÓRIA DO BRASIL
NA SAÚDE
PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
HISTÓRIA DA SAÚDE ................................................................................................................................................. 5
OUTRAS CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS E REGIONAIS DE PROMOÇÃO À SAÚDE ................................... 16

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INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo à disciplina sobre Saúde Coletiva. O objetivo desta unidade é de
proporcionar ao acadêmico conceitos, características, legislação vigente, normatizações
direcionadas a saúde coletiva. O aluno deverá ser capaz ao final desta unidade ter desenvolvido
habilidade e competência para identificar e responder as questões, estudo de caso e exercícios
propostos, como também buscar e pesquisar através dos sites referidos, com referência científica
e plataforma ministeriais, leituras complementares, para o melhor aproveitamento do assunto.

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HISTÓRIA DA SAÚDE
Historicamente, nosso país é marcado por uma colonização altamente desproporcional
e fundamentada e acompanhadas de inúmeros problemas, quando os Europeus chegaram ao
Brasil se depararam com uma população desconhecida até então para eles que eram os indígenas,
que na sua ideologia viviam literalmente da terra e seu sustento era baseado na pesca e na terra.
Podemos dividir a história do Brasil em quatro períodos:

Figura 1 – Períodos. Fonte: a autora.

PERÍODO COLONIAL
De 1500 até o primeiro reinado, a história da colonização do Brasil até ser realmente
instalado o império por Portugal, foi basicamente invadido por aventureiros e outros. Portugal,

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que na época estava nesse processo de colonização, não tinha interesse algum e não apresentava
nenhum modelo assistencial a saúde para o nosso país. A atenção à saúde limitava-se aos próprios
recursos da terra (plantas, ervas) e, àqueles que, por conhecimentos empíricos levavam algum
conforto e cura para quem precisasse como por exemplos os curandeiros, pajés e outro. Sabe-se
que, basicamente, o Brasil foi colonizado por degradados e aventureiros; não existia nenhum
planejamento, nem estrutura principalmente na área da saúde. O interesse era altamente político
e comercial, e precisavam resolver, naquele momento, a vinda da família real para o Brasil –
seu deslocamento e sua chegada, a disposição dos portos – com suas particularidades locais e
associando a todo as problematizações; tinha também a questão do comércio realizado.
O segundo período foi marcado por um tempo desproporcional, em que a instalação
do governo se tornou prioridade, mesmo que ainda não tivéssemos nenhum planejamento, o
que de fato acorreu a família Real de Portugal se instalou no Brasil, e determinou mudanças
significativas principalmente na esfera do comércio e a instalação de controle para a região
portuária devido o número de doenças, já o terceiro período vai desde a implantação do governo
até a Independência do Brasil.
A vinda da família real ao Brasil retoma um problema existente na época, a necessidade
de organizar e estruturar a saúde, principalmente da região portuária. O interesse primordial
estava direcionado a um controle sanitário, baseado no controle de possíveis epidemias e doenças
locais.

Vale ressaltar que até 1850 as atividades de saúde pública eram


restritas e baseavam-se em dois aspectos:

1 - Delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais;


2 - Controle de navios e saúde dos portos.

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A organização política, na era do Império, estava baseada nos princípios de um governo


unitário e centralizador, mesmo nesse contexto, a carência de profissionais médicos no Brasil
Colônia e no Brasil Império era assustadora, no Rio de Janeiro, em 1789, só existiam quatro
médicos exercendo a profissão (SALLES, 1971). Foi neste período com a falta de profissionais
capacitados que surge uma prática que são os boticários, que são os farmacêuticos nos dias atuais.

PERÍODO REPUBLICANO
No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro vinha com inúmeros problemas de
epidemias, apresentava pelo contexto social, econômico e estrutural um contexto caótico no que
diz respeito ao quadro sanitário. Graves doenças acometiam a população, como por exemplo, a
varíola, febre amarela, peste e outras.
Lembrando sempre que o Brasil fundamentava seu comércio por meio dos portos e o
Rio de Janeiro fazia parte deste caminho, visto que os navios estrangeiros aportavam na cidade
e consecutivamente estavam à mercê do quadro sanitário local, levando a uma crise significativa
para o nosso país, já que ninguém queria mais fazer negócio com o Brasil, pois não queriam
aportar mais em nossos portos.
O presidente na época era Rodrigues Alves, devido a esses problemas o mesmo, nomeou
Oswaldo Cruz, como Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a
erradicar a epidemia de febre-amarela na cidade do Rio de Janeiro entre outros problemas. Um
modelo de intervenção chamado de Modelo Campanhista foi descrito e colocado em prática,
através de um modelo militar pautado na autoridade, a população recebia as ordens e a mesma

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tinha que exercê-la na sua plenitude. Foi criado setores que eram responsáveis para elaborar
planos de ação, setores da engenharia, criação de laboratórios, tudo direcionado para combater
as epidemias e restaurar a confiança internacional no nosso país.
A ação autoritária causou na população revolta e a mesma desencadeou um fato histórico
que foi a Revolta da Vacina. Em 31 de outubro de 1904, o Congresso aprovou uma lei tornando
obrigatória a vacinação contra a varíola. A população se revolta e sai às ruas, promovendo um
quebra-quebra generalizado, e pondo em prova as ideias do mais brilhante sanitarista brasileiro:
Oswaldo Cruz.

A Revolta da Vacina - Histórias do Brasil

https://www.youtube.com/watch?v=6i6v9f_aWjg

Vacinas e campanhas: as imagens de uma história a ser contada.


http://www.scielo.br/pdf/%0D/hcsm/v10s2/a13v10s2.pdf

A Revolta da Vacina.
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagensartigos/
artigos/11429-a-revolta-da-vacina

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A evolução nas políticas públicas só ocorre quando há um cenário de industrialização.


No século XX, as políticas públicas no Brasil eram baseadas em oligarquias, por exemplo, o café,
a grande maioria dos brasileiros estavam no campo, trabalhava-se muito e ganhava-se pouco.
No início do século XX, surgiu uma estratégia de incorporar a classe média e dos trabalhadores
urbanos ao projeto de modernização do nosso país, o planejamento de políticas sociais é algo
contundente neste momento.
Interessante ressaltar que a criação da previdência social se iniciou em 24 de janeiro
de1923 com a aprovação pelo Congresso Nacional, no qual foi instituída as CAPs – Caixa de
Aposentadoria e Pensões. A primeira CAP criada foi a dos ferroviários, o que pode ser explicado
pela importância que este setor desempenhava e pela capacidade de mobilização que a categoria
possuía. Além das aposentadorias e pensões, os fundos proviam os serviços funerários, socorros
médicos em caso de doença, medicamentos; aposentadoria; pensão para seus herdeiros em
caso de morte e ainda na assistência dos acidentados no trabalho. Na década de 30 a revolução
marcou o fim da hegemonia política da classe dominante ligada à exportação do café. Sendo
que neste período às ações de saúde coletiva, eram correlacionados diretamente ao sanitarismo
campanhista.
Entre 1922 e 1930, sucederam-se crises econômicas e políticas em que se conjugaram
fatores de ordem interna e externa, e que tiveram como efeito a diminuição do poder das
oligarquias agrárias, mas também surgiram os primeiros institutos de Aposentadoria e Pensões.
Neste período, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, desvinculando o mesmo do
Ministério da Justiça.

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A crescente massa assalariada urbana passa a se constituir no ponto de sustentação política
do novo governo de Getúlio Vargas, através de um regime corporativista. São promulgadas as leis
trabalhistas, que procuram estabelecer um contrato capital-trabalho, garantindo direitos sociais
ao trabalhador.
Ao mesmo tempo, cria-se a estrutura sindical do estado. No período 1938/1945 o
Departamento Nacional de Saúde é reestruturado e dinamizado, articulando e centralizando as
atividades sanitárias de todo o País. Em 1942 é criado o Serviço Especial de Saúde Pública - SESP,
com atuação voltada para as áreas não cobertas pelos serviços tradicionais. As antigas CAPs são
substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP).
Em 1949, foi criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU),
mantido por todos os institutos e as caixas ainda remanescentes. Com o maior desenvolvimento
industrial, com a consequente aceleração da urbanização, ocorre maior pressão pela assistência
médica via institutos, e viabiliza-se o crescimento de um complexo médico hospitalar para
prestar atendimento aos previdenciários, em que se privilegiam abertamente a contratação de
serviços de terceiros. Em 1953, foi criado o Ministério da Saúde, sendo que, em 1956, foi criado
o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERU), incorporando os antigos serviços
nacionais de febre amarela, malária, peste. Em 1960, a lei orgânica da previdência social destinado
a abranger todos os trabalhadores sujeitos a CLT, só ocorre com a promulgação da lei 4.2314/1963
que instituiu o Fundo de Assistência ao trabalhador Rural.
O regime militar que se instala a partir de 1964, utiliza-se de forças policiais e do exército
e dos atos de exceção para se impor. Nesta época, o número de contribuintes e consequentemente
de beneficiários aumenta. Desta forma, foram estabelecidos convênios e contratos com a maioria
dos médicos e hospitais existentes no país, pagando-se pelos serviços produzidos. Só tinha
atendimento quem contribuísse e era vinculado significantemente e, era impossível ao sistema
médico previdenciário mantê-lo.

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Em 1966, com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social, pelo governo militar
teve a finalidade de unificar todos os setores que é o INPS. No final da década de 70 e início de
80, sindicatos e partidos exigiram mudanças.
Em 1977, houve um projeto de modernização para o sistema da previdência, que se deu
pela criação do INAMPS, que pretendia organizar e estruturar as ações em saúde, pela primeira
vez a sociedade organizada reivindicou junto ao congresso ocorre o movimento que foi chamado
de Movimento Sanitário, de 1986.
Em 1986 a equidade do atendimento e a integralidade das ações se dá a partir da VIII
Conferência nacional da Saúde.

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Figura 2 - Resumo de datas com fatos descritos nosso país. Fonte: a autora.

Interessante ressaltar que a VIII Conferência Nacional da Saúde teve grande


representatividade e foi pautada num projeto democrático contendo na estrutura a reforma
sanitária, está voltada na equidade, do atendimento, na integralidade da atenção, na unificação,
na descentralização e principalmente na participação da comunidade.

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8º Conferência Nacional de Saúde Sérgio Arouca


https://www.youtube.com/watch?v=dBGQ5q0gdjo

EspaSUS: Reforma Sanitária - 1/3


EspaSUS: Reforma Sanitária - 2/3
EspaSUS: Reforma Sanitária - 3/3
https://www.youtube.com/watch?v=PWRxNVc3lec

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Tabela 1 - Datas dos fatos históricos. Fonte: a autora.

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O nascimento do SUS e suas características começa a criar forma a partir da criação


da Lei Orgânica 8080/90: a Constituição de 1988 determina no seu art. 196 que “A saúde é um
direito de todos e um dever do estado”, focando na redução das doenças e de outros agravos, a
um acesso universal e igualitário às ações e serviços, para promoção, proteção e recuperação da
saúde. Com a fundamentação já determinada pela Constituição de 1988, a sua regulação só foi
descrita e formalizada em 1990 com a aprovação das leis 8080 e 8142 que coloca em prática os
fundamentos e diretrizes do SUS.

Conselho Nacional de saúde:

http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080_190990.htm

Alteração na Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 - 2017


https://www.youtube.com/watch?v=wjfJwXu_cAE

Aula SUS - Lei Nº 8.142 de 1990 -

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https://www.youtube.com/watch?v=0yDeNgd0Vd4

A reforma Sanitária e o SUS


Em 1990, com a aprovação da lei Orgânica da saúde (nº 8.080), que tinha como
fundamentos as atribuições do SUS. Este foi firmado na era do presidente Fernando Collor de
Mello, no entanto, apenas em 1992 foi retomada a Reforma sanitária, que só teve início após a
saída do presidente, ou seja, após o seu impeachment. Durante todo o processo das normativas e
das validações das leis orgânicas da Saúde, era notório que o presidente Fernando Collor de Mello
iria vetar todo e qualquer movimento que incluisse a comunidade. Devido a isso e outros fatos
históricos, houve uma mobilização em cima do poder judiciário para que a Reforma sanitária
fosse incluída nas normativas de lei, e que a comunidade fizesse parte deste processo – que viria
logo após à Lei 8.142, que tinha na sua disposição a partição da comunidade na gestão do SUS.
Por meio de todas essas ações e da mobilização da sociedade como um todo o SUS é
concebido com as suas normas e diretrizes e cabe ao estado fazer valer cada uma delas. O processo
de descentralização e os avanços nas transferências de responsabilidade e recursos federais foi
um dos avanços principais na implementação do SUS. Tendo também definidos as doutrinas
do SUS que são: Universalidade, Equidade, Integralidade, Hierarquização, Participação Popular,
Descentralização.

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Princípios do SUS
http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios-
-do-sus

Sistema Único de Saúde – PARTE 01: Conhecendo melhor o SUS e


suas doutrinas.
http://redehumanizasus.net/94403-sistema-unico-de-saude-parte-
-01-conhecendo-melhor-o-sus-e-suas-doutrinas/

Princípios do SUS - Parte I


https://www.youtube.com/watch?v=L9hk1WRL84s

Princípios do SUS - Parte II


https://www.youtube.com/watch?v=FY06FRCNYgk

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Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde: notas
sobre contextos e autores
http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-h-
csm-21-1-00015.pdf

Foram descritas as Normas Operacionais do SUS que representam um instrumento de


validação do sistema, e, diante disso, foram editadas quatro normas operacionais que iremos
descreve-las no quadro a seguir:

NOB – NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS.


NOB_SUS 01/91 Sistema de informação ambulatorial e hospitalar, definiu a
AIH, formação de conselhos, nova política de financiamento
do SUS.
NOB_SUS 01/92 Financiamento de ações e serviços, piso de atenção básica,
priorizou o PACS e o PSF.
NOB_SUS 01/93 Conselho de saúde, plano de saúde, relatório de gestão, mais
autonomia para os municípios.
NOB_SUS 01/96 Promoveu um avanço no processo de descentralização,
criando novas condições de gestão para os Municípios e
Estados
Quadro 1 – NOB. Fonte: a autora.

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NORMA OPERACIONAL BÁSICA (NOBS) DO SUS

https://vimeo.com/93385168

Os instrumentos normalizadores (NOB), no processo de descentra-


lização da saúde.

http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v10n2/05.pdf

PORTARIA Nº 545, DE 20 DE MAIO DE 1993


h t t p : // b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / s a u d e l e g i s / g m / 1 9 9 3 /
prt0545_20_05_1993.html

NOB - SUS 1996


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nob.pdf

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Mesmo com a normatização das NOB e a sua aplicabilidade, a ineficiência das ações
ficou clara para todos, e surge a partir deste contexto o Pacto pela saúde, com o desafio de
responder algumas questões, dentre ela a organização do sistema, sendo que esta pactuação tem
como finalidade buscar maior eficiência e efetividade na gestão pública. Foram definidos três
dimensões do Pacto:

PACTUAÇÃO

https://www.youtube.com/watch?v=cRtqixwU7I4

PACTO DE GESTÃO

https://www.youtube.com/watch?v=wFAgJlh94WU

Vale ressaltar que os pactos indicados foram discutidos e descritos no CONASS (2006).
A formulação de propostas que visam consolidar um dos maiores processos de inclusão social
já desencadeado no Brasil, uma vez que integra a Comissão Intergestores Tripartite do SUS, o
mesmo vem contribuindo para fortalecer a capacidade de gestão das Secretarias Estaduais de
Saúde de forma que elas ocupem seu espaço.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) apresentou Manifesto aos
candidatos à Presidência da República com propostas que considera prioritárias, a serem
contempladas nos respectivos planos de governo, as mesmas foram descritas a partir de discussões
realizadas nas assembleias.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento


de Apoio à Descentralização. Coordenação-Geral de Apoio à Ges-
tão Descentralizada. Diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida,
em Defesa do SUS e de Gestão / Ministério da Saúde, Secretaria
Executiva, Departamento de Apoio à Descentralização. Coordena-
ção-Geral de Apoio à Gestão Descentralizada. – Brasília: 2006. Dis-
ponível em:
http://www.saude.mppr.mp.br/arquivos/File/volume1.pdf

PACTO EM DEFESA DO SUS


PORTARIA Nº 399, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006
h t t p : // b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / s a u d e l e g i s / g m / 2 0 0 6 /
prt0399_22_02_2006.html
http://sna.saude.gov.br/download/PactospelaSaude_Parte2.pdf

PACTO PELA VIDA


Diretrizes Operacionais para os Pactos pela Vida, em Defesa do
SUS e de Gestão
https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Pac-
tos%20pela%20Vida_SUS.pdf

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http://antigo.enap.gov.br/downloads/ec43ea4fPacto_de_gestao.
pdf

Todas as particularidades, mudanças e projetos na área da saúde, envolvendo o SUS, ou


mecanismos que auxiliem no pacto da saúde ou de qualquer outra legislação e normativas, são
decorrentes de muita exposição, tanto da sociedade, quanto dos profissionais da área específica.
Algumas cartas foram produzidas como um documento legal de referência, entre elas surgiram
inúmeras propostas, e também convergências de pensamentos e ideias. Um desses paradigmas
foi formalizado na Conferência de Alma-Ata (1978), com a proposta de Saúde Para Todos no
Ano 2000 e a Atenção Primária de Saúde, sendo que os tópicos foram discutidos e pautadas na
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde ocorrida na Rússia, que se chamou
de Declaração de Alma-Ata.

As cartas da promoção da saúde.


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf

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Em Brasil (2006, p. 20) há “sinteticamente [...] as propostas apre-


sentadas e detalhadas neste livro:

• Compromisso com os princípios constitucionais do SUS.


• O SUS como política de Estado – mais de que de governos.
• Pacto em defesa do SUS – movimento de repolitização da
Saúde.
• Pacto pela Vida – definição de prioridades e gestão pública
por resultados sanitários.
• O desafio do financiamento – necessidade de aumentar os
gastos públicos em Saúde no Brasil.
• Aumento da eficiência da gestão do SUS – organizar-se em
redes de atenção à saúde.
• Regulamentação da Emenda Constitucional n. 29 – por
mais recursos públicos para a Saúde e para orientar os respectivos
Tribunais de Contas no processo de fiscalização do seu cumpri-
mento.
• Ênfase na atenção primária – como principal porta de en-
trada do SUS.
• Mais recursos para a média complexidade ambulatorial e
hospitalar – cujo financiamento se encontra cada vez mais estran-

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gulado pelo da alta complexidade.
• Redução das desigualdades regionais.
• Novo pacto federativo e reforma tributária.
• Aumento de recursos no orçamento do Ministério da Saú-
de.
• Superação da crise de financiamento do Programa de Me-
dicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional.
• Mudança no modelo de atenção à saúde – regionalização
e redes de atenção à saúde.
• Implementação do Pacto de Gestão – como um novo pac-
to federativo sanitário e que deverá estruturar-se sob a égide da
unidade doutrinária e da diversidade operacional”.

Para mais informações sobre estas propostas, leia SUS: avanços e


desafios. Disponível em:
http://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/Livro_Sus.pdf na pá-
gina 20.

Esta conferência foi, antes de tudo, uma resposta às crescentes expectativas por uma nova
saúde pública, como também direcionar as mudanças locais, à nível municipal, estadual e federal.

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DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA
Primeira conferência internacional sobre cuidados primários de saúde Alma-Ata, em que
a URSS (1978) enfatiza que a saúde é um direito humano fundamental.

Promoção à saúde: trajetória histórica de suas concepções.


http://www.scielo.br/scielo.php?d=S010407072006000200021&s-
cript=sci_abstract&tlng=pt

Desenvolvimento e saúde: a declaração de Alma-Ata e movimen-


tos posteriores:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0104-11692004000300001

Sendo que a Conferência realizada em Ottawa, no Canadá, em novembro de 1986,


apresenta no final de tudo uma Carta de Intenções, priorizando a saúde e direcionando a mesma
como um bem maior, a saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo
de viver. Um estilo de vida saudável, com recursos que enfatizam os recursos sociais e pessoais
focando um sentido positivo e sempre gerando um bem estar. Entre alguns pré-requisitos

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para a saúde, podemos citar a paz, a habitação, alimentação, educação, recursos sustentáveis,
ecossistema, renda, a justiça social e a equidade nas ações.
Segundo Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006), a educação em saúde
integra um conjunto de cinco estratégias sendo elas:

- Políticas públicas saudáveis.


- Ambientes favoráveis à saúde.
- Reorientação dos serviços de saúde.
- Reforço da ação comunitária.
- Desenvolvimento de habilidades pessoais.

Sendo descritos, questionados e levantados os problemas em todas as Conferências


Internacionais, desde a de Ottawa em 1986, a de Adelaide em 1988, a de Sundsval em 1991, a
de Santa Fé em 1992, a de Port of Spain em 1993, a de Jacarta em 1997, a conferência da Rede
de Megapaíses, em 1998, a do México em 2000, e a de Bangkok em 2005. Enfim, a mudança
de comportamento e de estrutura não modifica o bem comum que todos nós devemos realizar
como nação, cita Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006).

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Carta de Ottawa
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf

Promoção à saúde: trajetória histórica de suas concepções.


http://www.scielo.br/scielo.php?pi-
d=S010407072006000200021&script=sci_abstract&tlng=pt

OUTRAS CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS E


REGIONAIS DE PROMOÇÃO À SAÚDE
DECLARAÇÃO DE ADELAIDE
A Segunda Conferência Internacional Sobre Promoção da Saúde ocorreu em Adelaide,
na Austrália, em 1988, e o tema central foi as políticas públicas voltadas para a saúde, reafirmando
as cinco linhas de ação da Carta de Ottawa e da Declaração de Alma Ata. Tendo identificado a
promoção em áreas direcionadas à saúde da mulher; alimentação e nutrição, expõe Heidmann,
Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006).

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Declaração de Adelaide sobre a Saúde em Todas as Políticas.
http://www.who.int/social_determinants/publications/isa/portu-
guese_adelaide_statement_for_web.pdf

As cartas da promoção da Saúde.


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/359080/mod_resource/
content/1/Cartas_Promo%C3%A7%C3%A3odaSa%C3%BAde.pdf

DECLARAÇÃO DE SUNDSVAL
A Terceira Conferência Internacional De Promoção da Saúde Sundsvall, na Suécia, em
1991, descreve, neste encontro, a criação de ambientes favoráveis à saúde, evidenciando a situação
de extrema pobreza e privação, em um ambiente de risco. Propõe a ação diversas e ressalta que,
para promover este ambiente favorável à saúde. Diante disso, é preciso englobar alguns aspectos,
afirma Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006):

- A dimensão social;
- A dimensão política;
- A dimensão econômica.

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As cartas da promoção da Saúde

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/359080/mod_resource/
content/1/Cartas_Promo%C3%A7%C3%A3odaSa%C3%BAde.pdf

DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL

https://www.youtube.com/watch?v=P758JMDoJbc

DECLARAÇÃO DE SANTA FÉ- BOGOTÁ, COLÔMBIA


Esta ocorreu em novembro de 1992, e evidencia estratégias para recriar a promoção
à saúde na América Latina; estimula o compromisso social, o acesso universal, tornando a
saúde como prioridade de ações. O bem estar é o bem maior assumindo a relação entre saúde
e desenvolvimento. A situação da saúde na América Latina, suas particularidades e demandas
locais, geram novas alternativas de ação para a saúde. Tendo como Base o levantamento local, as

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características regionais, as enfermidades descritas, sempre se baseando no panorama do país, de
acordo com Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006).

CARTA DO CARIBE
Realizada no ano de 1993, em Trinidad y Tobago, reforça a importância da promoção à
saúde, propõe seis estratégias fundamentais:

- Elaboração de políticas públicas saudáveis;


- Reorientação dos serviços de saúde;
- “Empoderamento” das comunidades para alcançar o bem estar;
- Criação de ambientes favoráveis à saúde;
- Desenvolvimento/Implementação de habilidades pessoais para a saúde;
- Construção de alianças, especialmente com os meios de comunicação.

DECLARAÇÃO DE JACARTA
A IV Conferência Internacional, na Indonésia, em 1997, a primeira participação do setor
privado se deu nesta conferência, que atualiza a discussão e reforça a ação comunitária como
um empoderamento local e condundente para a melhoria da saúde – expõe a Carta de Ottawa.
Esta destaca a capacidade que a comunidade tem e terá de promover saúde, expõe Heidmann,
Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006).

Declaração de Jacarta sobre a Promoção da Saúde no Século XXI


http://iasaude.pt/attachments/article/154/Declara%C3%83%-
C2%A7%C3%83%C2%A3o_de_Jacarta_Julho_1997.pdf

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REDE DE MEGAPAÍSES
Ocorreu em Genebra, na Suíça, em 1998. Esta previu que a partir do ano 2000, 11 países
terão uma população de 100 milhões ou mais, e juntos constituirão mais de 60% de pessoas no
mundo, afirma Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006).

REDE DE MEGAPAÍSES
https://prezi.com/-7ann2tgzwuw/rede-de-megapaises/

DECLARAÇÃO DO MÉXICO
A V Conferência Internacional foi realizada na cidade do México, no ano 2000. Esta
Reforçou a importância das ações de promoção à saúde nos programas e políticas governamentais,
coloca Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006).

Declaração do México promoção da saúde: Rumo a maior equida-

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de.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_mexi-
co_2000.pdf

CARTA DE BANGKOK
A VI Conferência Mundial realizada na cidade de Bangkok, em 2005. Esta relata e reforça
o contexto de mudanças, incluindo o crescimento das doenças transmissíveis e crônicas, a
degradação do meio ambiente, entre outros. Estes são descritos por Heidmann, Almeida, Boehs,
Wosny e Monticelli (2006) em quatro compromissos:

- Desenvolvimento da agenda global.


- Responsabilidade de todos os governos.
- Meta principal da comunidade e da sociedade civil.
- Necessidade para boa administração prática.

A carta de Bangkok para a promoção da saúde em um mundo glo-


balizado.

http://www.bvsde.paho.org/bvsdeps/fulltext/cartabangkokpor.pdf

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Todos esses encontros internacionais nos remetem à melhoria na qualidade de vida do


planeta e seus os cuidados; e o planejamento das ações, sempre determinadas pelo maior bem
que temos, a vida. Direcionar os esforços internacionais para a qualidade do ar, da água e do
planeta como um todo, é primordial para a qualidade de vida. Estas foram propostas de política
pública, disseminadas pelo OMS, a partir de 1984. Vale ressaltar que a construção e a quebra de
todo paradigma na promoção da saúde se deu a partir do contextos das conferências mundiais,
como a de Ottawa de 1986, pois a qualidade de vida decorre do processo saúde-doença, e como
cada comunidade interpretará essas ações, as possibilidades de adoecimento e morte dependerá
de como se vive, onde se vive. Ou seja, a qualidade de vida será um fator distinto para cada grupo,
cada etnia, cada geração.

Promoção de saúde: concepções, princípios e operacionalização


http://www.scielo.br/pdf/icse/v7n12/v7n12a07.pdf

O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção


http://www.fo.usp.br/wp-content/uploads/AOconceito.pdf

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02
UNIDADE

MODELO DE ATENÇÃO A
SAÚDE – CRIAÇÃO DO SUS
PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 21
O SUS ........................................................................................................................................................................ 22
SUS - PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ......................................................................................................................... 24
LEI 8080 E LEI 8142 ............................................................................................................................................... 26
CONSELHOS DE SAÚDE .......................................................................................................................................... 27
DISTRITOS SANITÁRIOS ......................................................................................................................................... 30
O CONCEITO DE MODELO ASSISTENCIAL NA CONSTRUÇÃO DOS DISTRITOS SANITÁRIOS ........................ 30
NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE / SUS- NOAS-SUS 01/2001 ........................................... 32
NOAS 2002- PORTARIA NO 373, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2002 ...................................................................... 32
NOB ........................................................................................................................................................................... 34
NOAS ......................................................................................................................................................................... 36

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INTRODUÇÃO
Durante toda a história, por meio de todos os avanços e discussões na área da saúde, a
criação do SUS se deu por meio da Constituição de 1998, e a legitimidade por meio da lei orgânica
8.080 que descreve o SUS como um modelo de atenção à saúde, formado pelo conjunto de ações
e serviços de saúde prestados à nível municipal, estadual e federal. Por meio da Constituição de
1988 o SUS surge com as suas diretrizes e normatizações.
Tanto, profissionais da área da saúde, estudantes e outros, pautado na luta da
redemocratização do Brasil, o SUS foi formulado para legitimar as estratégias e reordenar o
sistema de saúde brasileiro, baseando na Seguridade Social a ser garantido pelo Estado brasileiro,
mediante políticas econômicas e sociais de acesso universal e igualitário.
A partir da concepção histórico-estruturalista, as disputas com as teorias divergentes que
descrevia sobre o processo saúde doença, enfatizam a necessidade de desvendar e intervir na área
da saúde em todas as esferas.

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2

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O SUS
Em 1988, a criação definitiva do SUS com os artigos de lei que foram descritos após o
mesmo como por exemplo, o Artigo 196, que descreve que a saúde é direito de todos e dever do
Estado, sendo o mesmo garantido mediante políticas sociais e econômicas, visando sempre à
redução do risco de doença e de outros agravos e principalmente ao acesso universal e igualitário
às ações e serviços focando em três princípios fundamentais que são: promoção, proteção e
recuperação.
A regulamentação e a efetivação do SUS se deu por meio das leis 8080 e 8142 por meio da
sua promulgação. Vale ressaltar que os artigos de lei na área da saúde são do art. 196 ao art. 200.
Compreender a estrutura e o funcionamento do SUS, relacionando com os equipamentos
sociais que o mesmo apresenta é fundamental na área da saúde. Desta forma alguns fatos devem
ser descritos. Como por exemplo:

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Tabela 1 - Fatos datados do processo do SUS. Fonte: Trabalhos Gratuitos (2014).

Vale ressaltar, segundo Sabedoria e Política (s/d.), que dentro deste processo de
normatizações e legislação, foram editados pelo governo federal as Normas Operacionais Básicas
(NOBs) com a finalidade de concretizar os princípios estabelecidos para o SUS promovendo e
consolidando o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal. As
NOBs descritas refere-se:

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Tabela 2 - Norma Operacional Básica. Fonte: Sabedoria e Política (s/d).

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Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde - SUS

http://conselho.saude.gov.br/legislacao/nobsus96.htm

NORMA OPERACIONAL BÁSICA (NOBS) DO SUS

https://vimeo.com/93385168

De acordo com o art. 197, que define a competência do poder público na regulamentação,
fiscalização e controle das ações e serviços de saúde, o mesmo descreve:

São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público


dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou por meio de terceiros e, também,
por pessoa física ou jurídica de direito privado. (BRASIL, 1998).

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Já o art. 198, reitera as ações e serviços públicos de saúde e integram uma rede regionalizada
e hierarquizada constituindo um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
que pode ser dividida em:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade. (BRASIL, 1998)

O Art. 199, sobre a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, franqueia à iniciativa
privada a participação nas atividades de saúde. Já o Art. 200, descreve além de outras atribuições,
as áreas de atuação e competência nos termos da lei: de acordo com o mesmo, este dispositivo tem
por finalidade, controlar, fiscalizar, executar e ordenar as políticas, ações e programas podendo
estes estar vinculados: hemoderivados, saneamento básico e políticas sociais recursos humanos
para a saúde, desenvolvimento científico, entre outras atribuições. Por meio da lei 8.080/90 e
8.142/90, o SUS é discriminado e detalhado, contém dispositivos que relacionam o direito
universal, com relevância pública, com financiamento, único e descentralizado. O conselho e
a conferência de saúde, por meio da lei 8.142/90 dispõe sobre o caráter e as regras, focando na
regularidade de funcionamento.

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Constituição Federal (Artigos 196 a 200)

http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/20anossus/legisla-
cao/constituicaofederal.pdf

O SUS, desde a sua criação, pautado na legislação e na constituição, preconizou alguns


princípios e diretrizes, que iremos discorrer logo abaixo:

SUS - PRINCÍPIOS E DIRETRIZES


• Universalização: A saúde é reconhecida como um direito fundamental do ser humano,
cabendo ao Estado garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o acesso a
atenção e assistência à saúde em todos os níveis de complexidade, independentemente de sexo,
raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.

• Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as


pessoas possuírem direito aos serviços, é um princípio de justiça social equidade significa tratar
desigualmente os desiguais, investindo mais aonde a carência é maior.

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• Integralidade: Significa a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e


contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos. Engloba ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde. Pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas,
para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão
qualidade de vida dos indivíduos.

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

• Regionalização e Hierarquização: organizar os serviços em níveis crescentes de


complexidade, determinado pela área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos,
e com o mapeamento da população. A hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção
e garantir formas de acesso a serviços que estarão disponíveis para cada região.

• Descentralização e Comando Único: Um único gestor responde por toda a rede


assistencial na sua área de abrangência, conduzindo a negociação com os prestadores e assumindo
o comando das políticas de saúde.

• Resolutividade: É a capacidade de dar uma solução aos problemas do usuário do serviço


de saúde de forma adequada, no local mais próximo de sua residência ou encaminhando-o aonde
suas necessidades possam ser atendidas conforme o nível de complexidade

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


De acordo com a Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990 o Artigo 1° - O Sistema Único de
Saúde (SUS), contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo,
com as seguintes instâncias colegiadas:

I - a Conferência de Saúde; reuniu-se a cada quatro anos com a representação dos


vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes
para a formulação da política de saúde.
II - o Conselho de Saúde, em CARÁTER PERMANENTE E DELIBERATIVO,
atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde.
(BRASIL, 1990).

Já no Art. 2º, a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover
as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
Descrevendo o Art. 7º, as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados
contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos
de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos
seguintes princípios: estes por sua vez:

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Quadro 1 – Princípios. Fonte: Bezerra (2016).

LEI 8080 E LEI 8142


O SUS está detalhado e descrito em duas leis orgânicas, seu conteúdo está pautado na
constituição e contém dispositivos que estão direcionados com o direito universal, descentralização,
financiamento, relevância pública e unificação, todos estes estão na lei 8.080 e 8.142.
As regras que descrevem a lei 8.142 são de caráter de composição, sua regularidade
e seu funcionamento, do conselho e a conferência de saúde, ressaltando a importância das
transferências de recursos. A legislação foi complementada pelas NOBs (Normas Operacionais
Básicas), que determinaram as regras dos repasses dos recursos financeiros á nível federal, vale
descrever que a lei 8.142 é um avanço no SUS pois determina a participação da comunidade por
meio de um grupo de conselheiros a participarem das decisões realizadas, tanto para definir
sobre as transferências de recursos financeiros como também para outras decisões. Isso só foi
possível devido a mobilização da comunidade para que a mesma torna-se Lei.

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CONSELHOS DE SAÚDE
O que é? Órgão colegiado, deliberativo e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS)
em cada esfera de governo. Faz parte da estrutura das secretarias de saúde dos municípios,
dos estados e do governo federal, e os conselhos de saúde são instituídos de participação da
comunidade nas Políticas públicas e na administração da saúde.
Como funciona? Deve funcionar mensalmente, ter ata que registre suas reuniões
e infraestrutura que dê suporte ao seu funcionamento. As três esferas de governo, garantirão
autonomia administrativa para o funcionamento do Conselho da Saúde. Resumindo:

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Figura 1 – Resolução 453 de 10 de Maio de 2012 – CNS. Fonte: Medeiros (2014).

Quem faz parte desse colegiado? Representantes do governo, dos usuários, dos
profissionais de saúde e dos prestadores de serviços. O Conselho de Saúde exerce suas atribuições
mediante o funcionamento do Plenário, que, além das comissões intersetoriais, estabelecidas na
Lei no 8.080/90, se organiza em grupos e fundamentam trabalhos e outros.

CONSELHOS DE SAÚDE

https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/conselhos-de-
-saude/

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Figura 2 - Algumas legislações que pontuam o conselho de Saúde. Fonte: Medeiros (2014).

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Lei nº 8.142/90 e Resolução nº 453/2012 do CNS
O segmento dos usuários deve ser paritário com os demais seg-
mentos. Isso quer dizer que 50% dos integrantes do conselho de
saúde têm que ser usuários, 25% devem ser profissionais de saúde
e os outros 25% devem ser gestores e prestadores de serviço.

COMPETÊNCIA DOS CONSELHOS DE SAÚDE

Figura 3 – Competência dos Conselhos de Saúde. Fonte: Medeiros (2014).

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O conselho analisa e aprova o relatório de gestão, o planejamento da saúde, controla e


executa as políticas de saúde e formula as estratégias para controlar e readequar as ações.

QUALQUER PESSOA PODE PRESIDIR O CONSELHO DESAÚDE, DES-


DE QUE SEJA CONSELHEIRO E PARTICIPE DO PROCESSO DE ELEI-
ÇÃO DESTE COLEGIADO

O Conselho Nacional de Saúde é formado por 48 conselheiros titulares e seus respectivos


primeiro e segundos suplentes, representantes de entidades e movimentos sociais de usuários
do Sistema Único de Saúde (SUS), entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade
científica, entidades de prestadores de serviço, entidades empresariais da área da saúde e governo
federal. De acordo com o Regimento Interno do CNS, a composição do Conselho é definida da
seguinte forma:

I - cinquenta por cento dos membros representantes de entidades e dos


movimentos sociais de usuários do SUS, escolhidos em processo eleitoral direto;
e

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


II - cinquenta por cento dos membros representantes de entidades de profissionais
de saúde, incluída a comunidade científica da área de saúde, entidades de
prestadores de serviços de saúde, entidades empresariais com atividade na
área de saúde, todas eleitas em processo eleitoral direto; os representantes do
governo, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são indicados pelos
seus respectivos dirigentes.

A fim de manter equilíbrio dos interesses envolvidos, a distribuição das vagas é paritária,
ou seja, 50% de usuários, 25% de trabalhadores e 25% de prestadores de serviço e gestores.
Por meio da Portaria n.º 2.056, de 14 de dezembro de 2015, foi designado membros titulares,
primeiros e segundos suplentes para o triênio 2015/2018, os Conselheiros tomaram posse no dia
15 de dezembro de 2015.
Alguns pontos que ainda são um desafio para o Conselhos de Saúde:

apesar dos significativos avanços em sua ação, quanto ao processo de formulação


e controle da política pública de saúde, os conselhos ainda enfrentam obstáculos
importantes, como o não-exercício do seu caráter deliberativo na maior parte dos
municípios e estados; precárias condições operacionais e de infra-estrutura; falta
de regularidade de funcionamento; ausência de outras formas de participação;
falta de transparência nas informações da gestão pública; dificuldade e
desmobilização para a formulação de estratégias e políticas para a construção
do novo modelo de atenção à saúde; e baixa representatividade e legitimidade de
conselheiros nas relações com seus representados (BRASIL, 2009, p. 17).

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DISTRITOS SANITÁRIOS
O Brasil no setor da saúde está em momento peculiar, o Sistema Único de Saúde (SUS)
constitui um moderno modelo de organização, tanto dos serviços de saúde, que tem como
características primordiais valorizar o nível municipal. No entanto o mesmo não está sendo
alcançado, as dificuldades relacionadas com a parte do financiamento, quanto a ineficiência
administrativa, nos remete aos debates sobre os mesmos, principalmente ao aumento do
financiamento do setor público e a melhor utilização dos limites e dos próprios recursos existentes.
As alternativas para novas propostas de modelos de gestão têm como foco primordial a melhoria
da qualidade dos serviços.
Segundo Almeida, Castro e Lisboa (1998, p. 3), a inserção do tema Distrito Sanitário:
Concepção e Organização tem como proposta a implantação dos sistemas de saúde municipais,
visando assegurar melhor atenção à saúde da população. No entanto, a descentralização do SUS
não pode ser algo isolado, mas sim de forma geral. As estratégias utilizadas são consideradas
importantes instrumentos no campo da organização de serviços, com a finalidade de construir e
implementar os novos modelos, ficando reforçada a fundamentação e justificativa da inclusão de
qualquer projeto ou complemento.
Almeida, Castro e Lisboa (1998, p. 15) expõe que a característica preponderante do
modelo assistencial pode ser compreendida como a forma de produção e distribuição dos bens e
serviços de saúde numa dada área e num determinado tempo para uma dada população. Podendo

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


ser considerado ainda em todo o processo, (recursos humanos e equipamentos). A promoção da
saúde, pautada na prevenção da doença, de diagnósticos e tratamentos de reabilitação de ordem
mais complexas, sempre legitimando com a hierarquia entre as atividades, podendo estas ser:

• das menos custosas às mais dispendiosas;


• da promoção e prevenção ao diagnóstico e tratamento precoce e à reabilitação;
• da indicação e pertinência de uma cobertura mais ampla a uma pertinência/necessidade
mais restrita.

O conceito de oferta de serviços implícito na definição de cobertura significa


que tais serviços sejam acessíveis aos membros da comunidade e, desse modo,
satisfaçam às suas necessidades no tocante à saúde. A possibilidade de acesso
aos serviços é, por conseguinte, condição sine qua non para que a cobertura
universal seja alcançada (ALMEIDA, CASTRO & LISBOA, 1998. p. 16).

O CONCEITO DE MODELO ASSISTENCIAL NA


CONSTRUÇÃO DOS DISTRITOS SANITÁRIOS
Quanto ao Território do Distrito Sanitário, é interessante ressaltar que o distrito sanitário
pode abranger duas dimensões: A primeira – a estratégia de construção do SUS num município
e/ou conjunto de municípios, envolvendo alguns elementos conceitual e operacionalmente
importantes; A segunda - se refere à menor unidade de território ou de população, a ser apropriada
para o processo de planejamento e gestão.

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ENSINO A DISTÂNCIA

A construção e a implantação do distrito sanitário em qualquer local deve ser vista como
um processo social, como uma expressão concreta de uma política com dimensão social. Alguns
elementos fazem parte deste processo:

- Território
- Problemas
- Práticas sanitárias
- Processo de trabalho

Almeida, Castro e Lisboa (1998, p. 21) expõe que a construção de um distrito sanitário
é fundamental compreender a área geográfica e suas características, suas necessidades e seus
recursos. Diante disso a realidade pode ser constituída de:

- Vários bairros de um município;


- Vários municípios de uma região.

Uma ferramenta utilizada para mapear e identificar as características de um município


ou distritos é realizar o Mapa Inteligente, que define as micro áreas de um local e as áreas. Permite
a integração de ações e informações sobre o ambiente e saúde do local, iremos rever este conceito
e como realizar o mesmo na unidade seguinte.
Por meio do levantamento e mapeamento de um local, o controle social da saúde

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


doença se torna possível, por meio das ferramentas utilizadas, o controle social é na história da
democratização das políticas de saúde um dos campos que mais se tornam visível para todos,
principalmente nos movimentos da saúde. Este controle pode se dar por meio de denúncias,
ausências ou omissão de serviços, na década de 80 a criação dos conselhos de saúde, a representação
popular se deu presente e ao SUS à partir da Constituição de 1988 o processo de democratização
não apresentava do mesmo modo para todos, mesmo com toda legitimidade. Busca-se avanços
pra novos problemas, a discussão era permanente. Um novo momento democrático, hoje, as
leis, a princípio, amparam a participação da população nas políticas de saúde e são, a princípio,
defensoras dos direitos sociais.
A participação e controle social estão intimamente relacionado, pela participação da
gestão pública, os cidadãos podem intervir na tomada da decisão por meio de medidas que
realmente atendam ao interesse público e exigir do gestor público prestação de contas de sua
atuação, direito assegurado pela Constituição Federal. A Controladoria-Geral da União (CGU)
é um dos órgãos de controle da aplicação dos recursos federais repassados a estados, municípios
e Distrito Federal. É de fundamental importância que cada cidadão assuma o controle social do
gasto do dinheiro público, fiscalizando o uso do mesmo.

Controle social, saúde –doença


https://www.scielosp.org/article/csp/1992.v8n4/366-378/

Controle Social – Conselhos municipais e controle social


http://www.portaldatransparencia.gov.br/controleSocial/Conse-
lhosMunicipaiseControleSocial.asp

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Toda e qualquer participação necessita de instrumentos para o mesmo, por meio das
normatizações e portarias, dentre elas as NOBs e as NOAS darão destaque a tudo que é produzido
e delineado para o SUS, entre outros.

NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE /


SUS- NOAS-SUS 01/2001
A importância da NOAS 01/2001 para o SUS é que o mesmo controla o cadastro nacional
de prestadores de serviços; como também fica responsável na vistoria de serviços quando lhe
couber; defini o acesso para as referências interestaduais, melhoria da qualidade dos serviços
como uma prioridade e reavalia as diferenças regionais de acordo com o serviço prestado, como
também o financiamento de todas as ações. A sua implantação além de promover uma integração
de ações entre as três esferas do governo, descentraliza as ações, transferindo principalmente a
responsabilidade dos recursos para os estados e municípios.

PORTARIA Nº 95, DE 26 DE JANEIRO DE 2001


h t t p : // b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / s a u d e l e g i s / g m / 2 0 0 1 /

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


prt0095_26_01_2001.html

Alguns exemplos são: Assistência à saúde, Atenção Básica, Atenção de Média


Complexidade Ambulatorial e Hospitalar e Atenção de Alta Complexidade/,Custo Assistência
pré-atendimento de infecções , Acompanhamento do natal, parto e agudas de maior crescimento
e puerpério; incidência; desenvolvimento infantil; Cobertura universal -Programa Nacional de
saúde e prevenção de Imunizações, para todas as faixas etárias; doenças; Tratamento das doenças
crônicas de alta na infância; prevalência; tratamento clínico e cirúrgico Tratamento dos distúrbios
mentais e psicossociais Urgências ambulatoriais; Suprimento / dispensação dos medicamentos
da Farmácia Básica.

NOAS 2002- PORTARIA No 373, DE 27 DE FEVEREIRO


DE 2002
Resultado do contínuo movimento de pactuação entre os três níveis de gestão, visando
o aprimoramento do Sistema Único de Saúde. O ministério da saúde, por meio das secretarias
Estaduais de saúde, os CONASS e os CONASEMS, desencadearam atividades de planejamento e
de adequação dos modelos assistenciais e de gestão estabelecidos, algumas unidades de federação
foram identificados e determinados itens na sua operacionalização.

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Restabelecer o comando único sobre os prestadores de serviços ao SUS e assegurar a


gestão municipal é essencial para o processo, a efetivação da gestão estadual e suas referências
intermunicipais também correspondem ao processo.

NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE (NOAS)


DO SUS

https://vimeo.com/93373941

Uma lei que vem para complementar e fundamentar o que já foi descrito anteriormente é
a LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012, que regulamenta por meio do
§ 3o do art. 198 da Constituição Federal, que dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados
anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, focando sempre nas ações e
serviços públicos de saúde; estabelecendo os critérios de divisão dos recursos e da transferências
para a saúde, suas normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três)
esferas de governo.
Houve muitos avanços e desafios durante todo o processo de consolidação do SUS entre

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


outros, a exigência para os gestores é algo pontual e descrito em todos os conselhos e reuniões, a
dificuldade operacional do sistema leva a crer que as mudanças e as reformas se tornam essenciais
para sua manutenção e continuidade do mesmo. A LEI 141 PACTO 2006 - Divulga o Pacto pela
Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto.
Os gestores do SUS, constroem prioridades de atendimento e estes fatos são descritos
e fundamentos no Pacto pela Saúde 2006 que será anualmente revisado, sempre pautado nos
princípios do SUS e na constituição de 1988. A ênfase continua a necessidade de saúde da
população e o exercício simultâneo de prioridades, sempre articuladas em três componentes:
Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS. São descritas no Termo de
Compromisso de Gestão e estão detalhadas no documento Diretrizes Operacionais do Pacto pela
Saúde 2006

O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de compromissos sanitários,


expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da análise da
situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federal,
estaduais e municipais. Significa uma ação prioritária no campo da saúde que
deverá ser executada com foco em resultados e com a explicitação inequívoca
dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados
(BRASIL, 2006, s/p)

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ENSINO A DISTÂNCIA

AS PRIORIDADES DO PACTO PELA VIDA E SEUS OBJETIVOS SÃO:

• SAÚDE DO IDOSO: Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando


a atenção integral.

• CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA: Contribuir para a redução da


mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.

• MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA: Reduzir a mortalidade materna, infantil


neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias.

• DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE,


HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E INFLUENZA: Fortalecer a capacidade de
resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.

• PROMOÇÃO DA SAÚDE: Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da


Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma
a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular alimentação
saudável e combate ao tabagismo.

• ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde
do SUS.

PORTARIA Nº 399, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006. Divulga o Pac-


to pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes
Operacionais do Referido Pacto.

h t t p : // b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / s a u d e l e g i s / g m / 2 0 0 6 /
prt0399_22_02_2006.html

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/LCP/Lcp141.htm

NOB
NOB-SUS 01/91
Norma Operacional Básica do SUS 01/91 (NOB/SUS 01/91) foi editada pela Resolução
do INAMPS nº 258, de 7 de janeiro de 1991, os principais pontos da NOB/SUS 01/91 são:

• Equipara prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de financiamento

• Centraliza a gestão do SUS no nível federal (INAMPS);

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ENSINO A DISTÂNCIA

• Estabelece o instrumento convencional como forma de transferência de recursos do


INAMPS para os Estados, Distrito Federal e Municípios.

• Considera, os municípios que atendam os requisitos básicos da Lei 8.142 (fundos,


conselhos, etc.)

• Muda o sistema de pagamento dos prestadores de serviços com a implantação do


Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS).

NOB – SUS/92
Tem como objetivo normalizar a assistência à saúde no SUS; estimular a implantação, o
desenvolvimento e o funcionamento do sistema; e dar forma concreta e instrumentos operacionais
à efetivação dos preceitos constitucionais da saúde. Estabelece normas e procedimentos
reguladores do processo de descentralização da gestão das ações e serviços de saúde, por meio da
Norma Operacional Básica – como também a questão do financiamento.

SUS 01/93. PORTARIA Nº 545, DE 20 DE MAIO DE 1993


Regulamenta o processo de descentralização da gestão dos serviços e ações no âmbito
do Sistema Único de Saúde e estabelece os mecanismos de financiamento das ações saúde, em
particular da assistência hospitalar e ambulatorial e diretrizes para os investimentos no setor.
Tem como objetivo disciplinar o processo de descentralização da gestão das ações e serviços de

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


saúde na perspectiva de construção do Sistema Único de Saúde

A NOB/SUS 01/96
Promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão
para os Municípios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela
saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios. Os objetivos gerais
da Norma Operacional Básica 01/96 foram:

• Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor,

• Reorganizar o modelo assistencial, descentralizando aos municípios a responsabilidade


pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde;

• Aumentar a participação percentual da transferência regular e automática (fundo a


fundo) dos recursos federais a Estados e Municípios, reduzindo a transferência por remuneração
de serviços produzidos.

Entre as principais características observadas na NOB/SUS 01/96 temos:

• Transfere aos Municípios habilitados como Plena da Atenção Básica, os recursos


financeiros com base per capita relativos a esta responsabilidade, criando o PAB (Piso Assistencial
Básico),

• Reorganiza a gestão dos procedimentos de média complexidade ambulatorial (Fração


Ambulatorial Especializada - FAE);
• Reorganiza a gestão dos procedimentos de alta complexidade ambulatorial com a
criação da Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC);

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ENSINO A DISTÂNCIA

• Incorpora as ações de Vigilância Sanitária, criando o Incentivo para as ações básicas de


Vigilância Sanitária;

• Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de Doenças;

• Promove a reorganização do modelo de atenção, adotando-se como estratégia principal


a ampliação de cobertura do Programa de Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários
de Saúde, com a criação de Incentivo financeiro (PAB variável);

• Aprimora o planejamento e define a elaboração da Programação Pactuada e Integrada


(PPI);

• Define as responsabilidades, prerrogativas e requisitos das Condições de Gestão Plena


da Atenção Básica e Plena de Sistema Municipal de Saúde para os municípios, e Avançada do
Sistema Estadual e Plena de Sistema Estadual para os Estados.

NOAS
O objetivo da NOAS/SUS é promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 2


da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção. Estabelece o processo
de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior
equidade. Institui o Plano Diretor de Regionalização (PDR) como instrumento de ordenamento
do processo de regionalização da assistência em cada Estado e no Distrito Federal.

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ENSINO A DISTÂNCIA

03
UNIDADE

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-


SUS
PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 38
POR QUE UM SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE? ......................................................................................................... 39
O FUTURO DO SUS .................................................................................................................................................. 40

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ENSINO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO
O SUS foi criado pela LEI ORGÂNICA 8080/90, com a finalidade de alterar a situação de
desigualdade, devendo atender a todos, de forma racional, eficaz, descentralizado e democrático.
A gestão deve estar fundamentada na distribuição da União, estados e dos municípios.
A constituição de 1988 passa a oferecer a todo brasileiro o direito universal e integral
à saúde. Diferenciando o atendimento desde algo mais simples até o mais complexo, podendo
variar, por exemplo, de um transplante, cirurgias, consultas, como também um atendimento à
nível primário como um acolhimento na unidade básica de saúde para campanha de vacinação,
e outros atendimentos.
A implantação do SUS representa uma mudança no conceito de atendimento à saúde,
os esforços eram descritos, principalmente para políticas implementadas no tratamento de
ocorrências de enfermidades. O SUS passa a ser promovido a prevenção dos agravos.

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3

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ENSINO A DISTÂNCIA

POR QUE UM SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE?


A inadequação do sistema de saúde, pautado principalmente na excessiva centralização e
na baixa cobertura assistencial, como também a não definição das competências dos órgãos e suas
instâncias políticas, gerou um problema de assistência em todo o país. Com o desenvolvimento
de outros setores, a insatisfação dos profissionais, a não disponibilidade de equipamentos e
instrumentos entre outros pontos, como o gasto público, proporcionou as mudanças ocorridas
e de acordo com a necessidade e a falta de transparência, as mudanças foram requeridas pelo
sistema e pela população. As mudanças foram significativas de acordo com essas ações, e o
sistema único de saúde se torna algo essencial, sua implantação algo coerente e primordial
para o país. Alguns fatores foram determinantes, como, por exemplo: Fatores determinantes e
condicionantes ao meio físico como, por exemplo: condições geográficas, água, alimentação,
habitação, meio sócio-econômico e cultural.
O acesso aos serviços de saúde visa a promoção, proteção e a recuperação da saúde.
Outro ponto importante legitima o direito de todos, às ações de saúde em todos os níveis, a
responsabilidade é do Estado. Por último, o SUS estabelece de caráter público uma rede
regionalizada, descentralizada e hierarquizada, sendo o mesmo controlado pela sociedade, e os
serviços privados são contratados por meio de convênios contidos nas normativas e diretrizes do
SUS.
Segundo o artigo 4º da Lei Federal 8.080/90, o Sistema Único de Saúde

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


é o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições
Públicas Federais, Estaduais e Municipais, da Administração Direta e Indireta
e das Fundações mantidas pelo Poder Público, [e, complementarmente,] ...pela
iniciativa privada.

A organização e a formulação política estão reordenadas aos serviços de saúde dispostos


na legislação que a regulamentam.
Um novo sistema está se construindo. Pautado na constituição de 1988, o SUS não é
sucessor de nenhum outro projeto de saúde e sim um sistema que veio proporcionar melhorias
na qualidade de atendimento com todas as suas doutrinas e diretrizes. Os seus objetivos são
caraterizados principalmente em ofertar a população um modelo da promoção, proteção e
recuperação da saúde. Os objetivos que descrevem as estratégias da saúde estão pautados nos
modelos de atenção à saúde, orientados pelos princípios da organização, descentralização,
regionalização, resolução, a participação social e a hierarquização. Segue para todo o país os
mesmos princípios e doutrinas, a responsabilidade das três esferas são autônomas. Sendo assim,
o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas sim um Sistema.

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ENSINO A DISTÂNCIA

O FUTURO DO SUS
Como já descrito na Constituição 1988, saúde é um direito de todos e dever do Estado,
a dinâmica das políticas de saúde permitiu um avanço e uma crescente Universalização, no
entanto, foi discriminatória e excludente, de acordo, principalmente, com a distribuição dos
serviços de saúde. Levando em consideração um sistema pautado na doença sem equidade, ou
seja, socialmente injusto.
O Estado brasileiro, apesar de toda a reforma sanitária e toda mudança na legislação,
ainda tem o modelo de assistência seguindo a lógica corporativista e patrimonialista, que ainda
norteiam a saúde, fazem parte do nosso país e consecutivamente do sistema de saúde.
O modelo de reforma do SUS deve ser contemplado e inserido em todas as esferas de
governo. A PEC 169 “prevê recursos orçamentários a nível da União, Estados e Municípios para
a manutenção do Sistema Único de Saúde com o financiamento das redes públicas, filantrópicas
e conveniadas”, que regulamenta de forma definitiva o financiamento do SUS.
As diretrizes do SUS têm propostas avançadas de política de saúde, fundamentadas de
forma técnica, científica e econômica, sendo essenciais para o processo. A implantação e seus
resultados são inquestionáveis.

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


Sugestão de leitura: PEC 169/1993 -Proposta de Emenda à Cons-
tituição

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?i-
dProposicao=24979

Por meio das Normas Operacionais Básicas (NOBs), os municípios devem assumir o
papel de gestor, visto que a necessidade de construir uma política com recursos humanos de
forma equivalente fez-se necessária – uma ferramenta que pode auxiliar nesse processo são os
conselhos de saúde. De acordo com as normatizações e as mudanças na legislação, o SUS está
distribuído o atendimento à saúde em três tipos:

• Atenção Básica-Atendimento Primário - UBS (PACS, ACS, ESF, NASF);


• Atendimento Secundário;
• Rede Hospitalar Especializadas, Atendimento Terciário.

ATENÇÃO BÁSICA- ATENDIMENTO PRIMÁRIO

Segundo os dados da Fundação Oswaldo Cruz, a Atenção básica descreve suas funções e
particularidades, descrita como a porta de entrada da saúde pelos usuários. A atenção básica ou
a atenção primária tem como objetivo principal ofertar para todos uma assistência preconizada
na prevenção, que é de total importância, pois a atenção básica realiza o atendimento do usuário
e é capaz de filtrar e direcionar o atendimento para outras instâncias.

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ENSINO A DISTÂNCIA

No Brasil, devido aos programas governamentais como, por exemplo, a estratégia saúde
da família, o usuário dispõe de um atendimento que possui uma equipe multidisciplinar e níveis
de atendimento que vão desde o atendimento na UBS, focado na prevenção como também a
nível especializado e hospitalar. A UBS pode ofertar para os usuários alguns serviços como por
exemplo: Consultas, exames, vacinas entre outros.
A Fundação Oswaldo cruz cita na sua página que a atenção básica também envolve
outras iniciativas, como: as Equipes de Consultórios de Rua, o Programa Melhor em Casa, de
atendimento domiciliar; o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; o Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (PACS), entre outros.

Legislação. Disponível em:

h t t p : // w w w. s c i e l o . b r / p d f / c s p / v 3 2 n 3 / 0 1 0 2 - 3 1 1 X - c s p -
-32-03-e00181314.pdf

Níveis de atenção primária

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3

Figura 1 - Atenção Básica- Fundamentos e diretrizes. Fonte: Andrioni (2016).

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ENSINO A DISTÂNCIA

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


Figura 2 - Atenção Básica. Fonte: Castelhano (2014).

O SUS e os Avanços na Atenção Primária à Saúde.


Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DbFHBaorDaM

Equipe de Atenção Primária - Conecta SUS?


Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=52H9_zFNtso

Aula SUS - Portaria 2488.


Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=09xr9UlsoSM&t=569s

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Agente Comunitário de Saúde

O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) teve início em 1991. Esta foi
uma iniciativa de alguns locais do Nordeste, Distrito Federal e São Paulo, onde sua implantação
buscou alternativas para melhorar as condições de saúde local de suas comunidades, com uma
visão de trabalho diferenciada, utilizando ferramentas ofertadas pela própria comunidade.
O ACS é uma profissão que tramita todos os espaços, governo e comunidade. Tem um
papel muito importante e único no que diz respeito ao acolhimento. O contato com a equipe e
os vínculos são diretos e proporcionam um melhor atendimento. O programa foi inspirado em
experiências de prevenção de doenças por meio de informações e orientações à saúde. As ações
são descritas, fundamentadas e realizadas pelos agentes comunitários de saúde. Estas deverão
ser contempladas por um número mínimo de pessoas que pode variar de 400 a 750 pessoas, as
ações determinantes para cada localidade deverão ser levantadas e descritas de acordo com a
necessidade local por meio de um levantamento dos dados da comunidade e suas particularidades.
O ACS deverá realizar visitas domiciliares pelo menos uma vez por mês em cada
família; identificar as situações de risco; programas relacionados à amamentação e puericultura;
realização de atividades educacionais; realização de cadastramento e diagnóstico, como também
mapeamento local. Todas essas outras atividades são atribuições do ACS. A seguir, estão descritas
algumas delas:

• CADASTRAMENTO/ DIAGNÓSTICO - Consiste em registrar a ficha de cadastro do

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB).

• MAPEAMENTO - Mapa de registro da localidade, suas particularidades e acessórios


sociais.

• IDENTIFICAÇÃO DE MICROÁREAS DE RISCO - Identificar os locais de riscos,


vulnerabilidade

• REALIZAÇÃO DE VISITAS DOMICILIARES - Visitas no domicílio, verificar


condições de saúde doença na família, particularidades e manutenção da assistência à saúde.

• AÇÕES COLETIVAS - Promover reuniões, encontros específicos, grupos de educação


permanente, grupos de gestantes, levantamentos sociais.

• AÇÕES INTERSETORIAIS - Ações diversas, podendo ser na educação, ações


comunitárias.

• O PACS - Programa de Agentes Comunitários de saúde, pelo ministério da Saúde


tem algumas responsabilidades entre elas: definir normas, e diretrizes, regulamentar e regular o
cadastro das famílias, reorientar o modelo assistencial, assessoria técnica, regular o cadastro do
ACS, entre outros.

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ENSINO A DISTÂNCIA

Seguindo um organograma de datas, a criação oficial do PACS pelo Ministério da Saúde


se deu por meio de algumas datas:

• 1994 - Criação oficial do PSF e dos procedimentos vinculados ao PSF e PACS na Tabela
do SIA/SUS;
• 1996 - NOB 01/96, define novo modelo de financiamento para a atenção básica à saúde;
• 1997 - PAB, portaria 1886, criação dos Polos de Capacitação;
• 1998 - SIAB, PAB variável para o PSF e PACS;
• 1999 - Incentivo por faixa de cobertura;
• 2000 - Criação do Departamento de Atenção Básica;
• 2001 – Estudo sobre Monitoramento das equipes de Saúde da Família;
• 2003 – Início da execução do PROESF.

Programa Agentes Comunitários de saúde- PACS.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pacs01.pdf

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


http://slideplayer.com.br/slide/45435/

Por meio da PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 (ANEXO I ), é


estabelecida a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a
Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
De acordo com a portaria citada, esta descreve “A Atenção Básica caracterizando-se por um
conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção
da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos
e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na
situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das
coletividades”. PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011.

Aula SUS-Portaria 2488

https://www.youtube.com/watch?v=09xr9UlsoSM

WWW.UNINGA.BR 44
ENSINO A DISTÂNCIA

Outra particularidade da Atenção básica é a inserção de um programa que prioriza o


atendimento da comunidade. Após o PACS, com os ACS, surge a implantação da Programa
saúde da família que hoje está descrito como Estratégia Saúde da família. O PSF surgiu devido à
indignação do atendimento à saúde; e pela falta de acesso da população ao sistema de saúde, em
1993, surge o acesso dos municípios brasileiros à saúde de qualidade, que era algo degradante e
precário.

Memórias da saúde da família no Brasil.

http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/livro_15.pdf

O PSF refere-se a uma estratégia de reorientação do modelo assistencial. É operacionalizado


com equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Sua criação se deu em 1994, sendo
um elo de entrada para os usuários do SUS em toda a sua complexidade, podendo este ser de
caráter individual e ou coletivo.
A Implantação do PSF tem como característica utilizar o histórico do PACS, o levantamento
dos dados da população, e a sua implementação e Implantação dentro do PSF, como entre outras

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


coisas. As ações da saúde podem ser planejadas em, por exemplo: ações de Saúde, Promoção e
Vigilância.
O PSF surgiu como uma possível alternativa ao modelo predominante na atenção básica,
tendo a família como foco do cuidado, incluindo o indivíduo, a comunidade e o ambiente.
Resumindo: O modelo assistencial baseado primeiramente na atenção básica.
A mudança decorre de um momento histórico em que o modelo hospitalocêntrico não
consegue atender à demanda. A maneira de realizar as intervenções e as necessidades estão
pautadas na atenção primária. De modo que o PSF vem com um novo olhar, tendo a família
e a comunidade inserida no processo do cuidado. A prevenção está diretamente ligada ao
atendimento e à concretização das ações pautadas em diretrizes e dialogo.
Os princípios éticos, morais, jurídicos são respeitados em todas as instâncias. O que muda
é o modelo de atenção, o viver saudável é algo pontual nesta mudança de atendimento. A
proposta de mudança do PSF salienta a família, a equipe e a importância de todos neste processo.
As políticas de atenção estão pautadas para a melhoria na qualidade de vida entre outros.

A construção de um novo modelo de assistência1-

http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n6/v13n6a16.pdf

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ENSINO A DISTÂNCIA

A atenção básica, por meio da PSF, prioriza um atendimento de qualidade, sendo


contemplado com a inserção da tecnologia em todo o contexto do atendimento, permitindo uma
melhoria no atendimento, e na democratização do seu uso. Esta está pautada e legitimada nas
normatizações e na legislação vigente. Vale a pena ressaltar que o uso indiscriminado também
desta tecnologia, poderá acarretar inúmeros problemas para os gestores.
A alta complexidade não é isolada pelo PSF, que interage com todos. Interessante ressaltar
que cada município irá organizar as suas ações e padronizar o atendimento. Por exemplo, a
vigilância em saúde cada município poderá elaborar planejamentos próprios, utilizando todas
as ferramentas do SUS. Como, por exemplo, realizar um planejamento das ações pautados no
levantamento realizado pela vigilância da saúde e que deverá – através de todas as ferramentas de
ação, elaborar um planejamento de saúde – como, por exemplo, a figura a seguir, um organograma
de ação.

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


Figura 3 – Vigilância da Saúde. Fonte: Google Images (2018).

Com o passar doa anos, desde a sua implantação o PSF, este passou por uma mudança na
sua nomenclatura – de Programa Saúde da Família, passa a se chamar Estratégia Saúde da família.
Esta mudança tem a ver que o nome programa, que é descrito como algo que irá se acabar – algo
descrito sem prazo para finalizar –, por isso, essa mudança na forma de descrever o programa.

WWW.UNINGA.BR 46
ENSINO A DISTÂNCIA

Estratégia Saúde da Família

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


Figura 4 – ESF. Fonte: Marchioli (2014).

Pelo Ministério da Saúde, a Estratégia Saúde da Família é descrita como precursora da


reorganização da atenção básica. Esta visa na expansão, na qualificação e na consolidação das
normas e das leis com um potencial de reorientação do processo de trabalho, sempre melhorando
e aprofundando os princípios e diretrizes, ampliando a resolutividade e impactando a situação
de saúde das pessoas e da comunidade. A equipe deverá ser composta, pelo menos, por agentes
comunitários de saúde, um enfermeiro generalista ou um especialista em Saúde da Família, um
médico generalista ou um especialista em Saúde da Família, um técnico de enfermagem; também
podem ser acrescidos outros profissionais como, por exemplo, os da saúde bucal, entre outros.
Cada ACS deverá no máximo ter cadastrado para acompanhar 750 pessoas e ter no
mínimo 12 ACS por equipe ESF, sendo que cada equipe deverá ser responsável por no máximo
4.000 pessoas, por uma determinada área. A equipe deverá ter um território de referência no que
diz respeito à responsabilidade sanitária. Os dias de funcionamento são previstos pelo contrato
de trabalho já pré-estabelecidos.

WWW.UNINGA.BR 47
ENSINO A DISTÂNCIA

Estratégia Saúde da Família (ESF)

http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/saude-da-fami-
lia/sobre-o-programa

PNAB - POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA

A atenção básica no nosso país é desenvolvida com base na descentralização, pois os


usuários, trabalhadores e gestores são consolidados pelo SUS. A política Nacional de Atenção
Básica é composta pelo conjunto de atores que historicamente estão envolvidos em todo o
sistema de saúde. É fundamental que todos estejam orientados e guiados pelo princípio da
universalidade, acessibilidade, integralidade, continuidade do cuidado, equidade e outros. A
expansão e o desenvolvimento não deve ser problema para a assistência à saúde. A missão é
ofertar uma infraestrutura para todos. A estratégia do desenvolvimento está pautada em dotar as
unidades com tudo o que for necessário.

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3

Figura 5 - Evolução da PNAB. Fonte: Google Images (2018).

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ENSINO A DISTÂNCIA

Ministério da Saúde. Caminhos da revisão da Política Nacional de


Atenção Básica.

Disponível em:
http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&-
cod=2276

NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA

Importante salientar que a ESF possui sua equipe fixa, mas pode contar com outros
profissionais, descritos pela criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). A
incorporação de outros profissionais no contexto da saúde tem como função melhorar a assistência
ofertada para toda a população, elevando a abrangência das ações e dos atendimentos em saúde.
O NASF está vinculado ao território, os profissionais estão integrados ao perfil da
comunidade, e o trabalho deverá ser desenvolvido de acordo com o mesmo e suas necessidades.
Devido às diferenças sazonais e geográficas do nosso país, algumas estratégias saúde da família,
juntamente com o NASF, precisarão utilizar outros tipos de equipes como, por exemplo: as
equipes Fluviais, equipes ribeirinhas entre outras particularidades, cabe ao gestor e as equipes
realizar planejamentos direcionados a cada uma delas. Outros pontos específicos, dependerão da
demanda identificada no trabalho, que poderão, por exemplo, estar relacionados à saúde mental,

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


à ambulatorial e ao especializado.

Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF)


http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php

PORTARIA Nº 3.124, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012


h t t p : // b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / s a u d e l e g i s / g m / 2 0 1 2 /
prt3124_28_12_2012.html

Toda a atividade desenvolvida deverá buscar dentro do SUS a integralidade do cuidado,


principalmente ampliando a assistência clínica. O NASF – por meio da educação permanente,
das ações de prevenção e do tratamento – deverão proporcionar a todos uma inserção em saúde,
melhorando a qualidade de todos, as discussões de casos, as consultas, as referências e as contra
referências, que são determinantes para a qualidade do atendimento.

Equipes de Atenção Básica para Populações Específicas

Ações, programas e estratégias, de acordo com os manuais e protocolos ministeriais –


por exemplo, PMAQ, NutriSUS, NASF, Consultório na rua, Rede Cegonha, Unidade Básica de
Saúde Fluvial (UBSF), a rede de atenção, entre outros –, fazem parte desta equipe que busca a
excelência no atendimento.

WWW.UNINGA.BR 49
ENSINO A DISTÂNCIA

Elementos constitutivos da rede de Atenção à Saúde


http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_ras.php?conteudo=ele-
mentos_ras

As Redes de Atenção à Saúde


http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_ras.php

Redes de Atenção à Saúde no Sistema Único de Saúde. Curso de


autoaprendizado.
Fonte:https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4175045/mod_re-
source/content/1/Apostila%20MS%20-%20RAS_curso%20comple-
to-M%C3%B3dulo%202-APS%20nas%20RAS%20-%20Pg%2031-45.
pdf

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3

Figura 6 – Portaria 3.088. Fonte: Anes (2014).

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ENSINO A DISTÂNCIA

Figura 7 - Distribuição dos setores por nível de atendimento. Fonte: Google Images (2018).

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3

Figura 8 – Pré-natal. Fonte: Garrau (2017).

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ENSINO A DISTÂNCIA

ATENDIMENTO SECUNDÁRIO

Os serviços descritos como secundário são formados pelos atendimentos especializados


em nível ambulatorial e também hospitalar – está inserido em um contexto entre o atendimento
primário e o atendimento terciário. É considerado de média complexidade e tem como função
descrita por exemplo em fornecer serviços complementares, como execução de exames,
atendimentos de urgência e emergência.

A atenção secundária em saúde: melhores práticas na rede de


serviços.

http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21nspe/pt_17.pdf

Redes de Atenção à Saúde

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3

Figura 9 – Redes de Atenção à Saúde. Fonte: Lima (2016).

Os Centros de Saúde que oferecem assistência ambulatorial de nível secundário são


diferentes da ofertada nos prestadores de serviços especializados. Isso é ofertado de acordo com
os especialistas e os generalistas, e a sua gestão dependerá do fluxo da equipe e número de pessoa.
A mudança no planejamento de saúde está vinculada ao planejamento e no número de ofertas
para disponibilizar para a população uma quantidade diária de assistência de nível secundária.

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ENSINO A DISTÂNCIA

Já a rede de atenção de nível hospitalar requer um desempenho um pouco diferente de


outros atendimentos. Na RASs, a poligarquia é descrita como um atendimento hospitalocêntrico
e deve estar inserido de forma integral e sistemática, no atendimento à saúde. Este, por sua vez,
deverá cumprir todas as condições de forma aguda ou crônica, sempre determinando de forma
incomparável uma base tecnológica e sistemática do exercício da função. A qualidade em todas
as instâncias do atendimento deverá ser sempre preconizada e padronizada na excelência.

Organização dos Serviços de saúde

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


Figura 10 – Hierarquização dos níveis de complexidade de atenção. Fonte: Geremias (2015).

Organograma de uma estrutura de organização das práticas de atenção

Figura 11 – Organização das práticas de saúde na rede de atenção no nível secundário. Fonte: Google
Images (2018).

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REDE HOSPITALAR ESPECIALIZADA, ATENDIMENTO TERCIÁRIO

A atenção terciária, ou de alta complexidade, é baseada no conjunto de procedimentos,


exames e terapias que usam tecnologias de alta complexidade e que são realizadas no ambiente
hospitalar. Vale ressaltar que a dinâmica do atendimento terciário requer uma equipe mais
especializada. O custo do atendimento é mais caro do que qualquer outro, e o número, na sua
grande maioria, é insuficiente para o município. A atenção terciária deverá estar disponível
quando houver necessidade ser utilizada.

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 3


Figura 12 – Organização Local de Saúde. Fonte: Caberlon (2006).

Vale ressaltar que a Atenção Terciária ou alta complexidade envolve todas as terapias e
procedimentos que englobam algum tipo de especialidade. Seu procedimento requer uma maior
organização do sistema de saúde. Além de envolver maior tecnologia, o custo é mais elevado,
como, por exemplo, transplantes, parto de alto risco, traumas e partes ortopédicas, diálises,
neurocirurgias, tratamento de doenças no aparelho auditivo, oncologia, cardiologia, cirurgias
reparadoras (mutilações, queimaduras graves, enxertos, entre outros.
Como também estão descritos no atendimento de nível terciário procedimentos
ambulatoriais como: exames que envolvam a medicina nuclear, medicamentos excepcionais,
prótese, marca passo, stand cardíaco, ressonância magnética, hemoterapia, quimioterapia,
radioterapia entre outros. Todos estes procedimentos e exames envolvem um nível de atenção
terciário do SUS.

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Rede de atenção: Terciário

Figura 13 – Redes Regionais de Atenção à Saúde no SUS. Fonte: Maduro e Masalskas (2017).

Um exemplo que podemos citar sobre a atenção terciária pode se basear, por exemplo,
na classificação de risco – lembrando que esta está descrita em cores, é atendimento secundário
e terciário, podendo dar início ao atendimento primário, este esquema se chama classificação de

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risco.

Classificação de risco: Nível terciário de atendimento na coloração amarelo e vermelho

Figura 14 – Triagem de Manchester. Fonte: Azzo (2016).

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O contexto do atendimento da atenção terciária ou de alta complexidade refere-se a


procedimentos que, no contexto do SUS, envolvem serviços de alta tecnologia e alto custo, por
exemplo, assistência ao paciente, oncológico, renal crônico, cardíaco, procedimentos do sistema
nervoso, assistência a queimados, entre outros.

PORTARIA Nº 2048, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2002

h t t p : // b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / s a u d e l e g i s / g m / 2 0 0 2 /
prt2048_05_11_2002.html

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04
UNIDADE

REDE DE ATENÇÃO
PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 58
HISTÓRICO E CONCEITO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE ........................................................................... 59
HISTÓRICO DA APS – ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNDO ................................................................... 60

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INTRODUÇÃO
De acordo com a Portaria 4.279 de 30/12/2010, as ações que buscam garantir a
integralidade do cuidado nos serviços de saúde são sistematizadas e específicas de saúde; e
implicam na continuidade e na integralidade da atenção nos diversos níveis de Atenção, podendo
ser primária, secundária e terciária.

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HISTÓRICO E CONCEITO DAS REDES DE


ATENÇÃO À SAÚDE
A rede de atenção à saúde tem como característica garantir a universalidade, integralidade
e equidade da atenção à saúde, de forma que o estímulo e a organização estejam distribuídas
pelo sistema municipal e estadual. No final de 1990, este aparentava estar fundamentado com a
publicação da Portaria GM nº 4.279 de dezembro de 2010.
Vale ressaltar que a mudança de atendimento se dá a partir de 1920, especificamente no
Reino Unido, por meio de um relatório, em que Dawson descreve a importância da proteção social
do país após a I Guerra Mundial. Nos documentos levantados, a proposta era de organizar os
sistemas de forma regionalizados, e cujos os serviços de saúde deveriam acontecer por intermédio
de uma organização ampliada e que tornasse o atendimento – à população – adequado e eficaz.
Além disso, os serviços deveriam fornecer cuidados preventivos e curativos, ser acessíveis para
todos e, quando houver necessidade, estarem vinculados a hospitais de referência.
Se buscarmos na história da saúde, as mudanças se deram segundo a lógica do momento
e devido uma reestruturação do sistema de saúde. A RAS surgiu depois da reunião de Alma-Ata
em 1978. Na década de 90, uma discussão foi levantada e ocorre um esforço para superar os
problemas sofridos pelo sistema de saúde.
A oferta para a população continua, no entanto, o território estaria mais limitado. A

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atenção primária à saúde (APS) foi desenvolvido de forma interdisciplinar e com a integração
entre os serviços de saúde, para melhorar a assistência. Este pensamento de atenção está sendo
adotadas por diversos países, no Brasil é possível identificar avanços significativos, as experiências
no modelo de atenção estão sendo aprofundadas na legislação e na prática brasileira.

Figura 1 - Organização de uma Rede de atenção. Fonte: Monteiro (2015).

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HISTÓRICO DA APS – ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


NO MUNDO
Em 1920, Abrahan Flexner e Bertrand Dawson descreveram o APS da seguinte forma:

Quadro 1 – APS. Fonte: Remondi (2013).

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Conceito de Redes de Atenção à Saúde

Na Portaria nº4.279/2010, a RAS institui no SUS que, no âmbito da saúde, todos os aspectos
devem focar a população, de forma integral, por meio de serviços contínuos e de cuidados que
promovam exclusivamente o bem-estar e a promoção à saúde. Diante disso, a Portaria GM nº
4.279 de 30 de dezembro de 2010 descreve que

arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades


tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e
de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.

No âmbito do SUS, a RAS tem como objetivo integrar os serviços e ações da saúde,
promovendo de forma contínua, responsável, humanizada, integral e com qualidade os serviços
de saúde à consolidação dos princípios e diretrizes do SUS, assim as RAS podem ser caraterizadas
principalmente:

• Ofertar atenção contínua e integral;


• Cuidado multiprofissional;
• Formar relações horizontais entre os diferentes pontos de atenção;
• Planejar e organizar as ações segundo as necessidades de saúde de uma população
específica;
• Atenção Primária à Saúde como centro de comunicação;
• Compartilhar objetivos e compromissos com os resultados, em termos sanitários e
econômicos.

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Algumas atribuições são descritas na Redes de Atenção à Saúde como, por exemplo,
a questão da médio de longo prazo, os custos fixos, a otimização dos resultados e os insumos
tecnológicos ou humanos. Se fizermos um comparativo, os serviços de menor densidade
tecnológica – as Unidades Básicas de Saúde – são ofertadas de forma dispersa, por outro lado,
os serviços de maior densidade concentram a parte de tecnologia e serviços mais especializados,
que necessitam de uma maior verba e consecutivamente de uma economia condizente com o
mesmo, portanto, por exemplo, hospitais de referência geralmente estão concentrados em centros
específicos e grandes. Outro ponto importante está relacionado com a qualidade e a eficiência. O
manejo das condições de saúde será identificado em nível local, recursos financeiros, tecnológicos
e humanos. A demanda deverá ser atendida em toda a sua plenitude e expectativa preconizada
pelo Ministério da Saúde.
O acesso deve ser para todos. O sistema não exclui a acessibilidade que deverá ser
transpassada, nem o atendimento realizado, assim como a disponibilidade de recursos. Ter o
recurso é importante e determinará o seu uso e a maneira que o mesmo está alocado.
A área de abrangência da RAS é determinada, normalmente, por distritos regiões
sanitárias e territórios. Agregar os aspectos socioculturais e ou epidemiológicos são espaços de
responsabilização sanitária de uma equipe ou de um serviço de saúde. Dependendo do nível de
atenção, é fundamental o uso racional de recursos e economia. O APS pode variar devido o nível
de menor ou maior intensidade.
Alguns tributos são descritos na implementação e no planejamento, dentre eles: População
e territórios; serviços especializados, participação social, APS, inúmeros estabelecimentos,

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atenção à saúde direcionado na comunidade, no indivíduo e comunidade, assistência integral
entre outros.
O Conceito da RAS está pautado em 5 pontos: a Rede de atenção à saúde deve ser
organizada, construída, integrada, objetiva e voltada para a necessidade

Figura 2 – Redes de atenção à saúde. Fonte: Lima (2016).

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A implantação da RAS no Brasil descreve os serviços especializados possuem os resultados


satisfatórios, as agendas de saúde tanto a nível federal, estadual e municipal como por exemplo:
Rede Cegonha, Rede de Atenção Psicossocial e Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, Rede
de Atenção à Urgência e Emergência.

Rede de Atenção à Urgência e Emergência

O acesso humanizado e integral a todos os usuários em situação de urgência e emergência


tem como objetivo de articular e integrar, no âmbito do SUS. PORTARIA Nº 1.600, DE 7 DE
JULHO DE 2011 descreve no Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes
componentes:

I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde


II - Atenção Básica em Saúde;
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de
Regulação Médica das Urgências;
IV - Sala de Estabilização;
V - Força Nacional de Saúde do SUS;
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de
urgência 24 horas;
VII - Hospitalar; e
VIII - Atenção Domiciliar.

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 4


Para conhecer melhor esta Rede, leia a portaria que a instituiu: e
também http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/
prt1600_07_07_2011.html http://dab.saude.gov.br/portaldab/
smp_ras.php?conteudo=rede_emergencias

Figura 3 – Rede de Urgência e Emergência. Fonte: Rede de Promoção da Saúde (2014).

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Rede Cegonha

É uma estratégia do Ministério da Saúde. Está fundamentada nos princípios da


humanização e assistência, visando implementar uma rede de cuidados para assegurar às
mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e
ao puerpério; e às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento
saudáveis – esta estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-
infantil.

Para conhecer melhor esta Rede, leia a portaria que a instituiu:

h t t p : // b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / s a u d e l e g i s / g m / 2 0 1 1 /
prt1459_24_06_2011.html

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 4


Figura 4 – Componentes da Rede Cegonha. Fonte: Silva (2016).

Rede de Atenção Psicossocial

O Ministério da Saúde adotou a estratégia da organização do SUS, que buscou uma


proposta de ampliação e qualificação ao acesso a ações de tratamento, e a reabilitação para usuários
de crack, álcool e outras drogas, como também indivíduos com o sofrimento ou transtornos
mentais.
Por meio do Decreto Presidencial nº 7508 de 28 de junho de 2011, a rede de atenção à
saúde é definida na legislação como “o conjunto de ações e serviços de saúde articulados em
níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à
saúde”. Assim como o acesso à atenção psicossocial da população em geral deve ser garantida, e
a sua articulação e integração dos pontos de atenção de saúde devem estar pautados no cuidado,
no acolhimento e no acompanhamento contínuo da atenção às urgências.

Para conhecer melhor esta Rede, leia a portaria que a instituiu:

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prt3088_23_12_2011_rep.html

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A divisão dos serviços de saúde são, Unidade Básica de Saúde e NASF, Consultório na
rua, CAPS (Centro de Assistência Psicossocial). Estes possuem tais modalidades: Residência
terapêutica, Equipe de Abordagem de apoio às Residências Terapêuticas, Samu, Emergência em
saúde mental e Hospitais Gerais:

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Figura 5 – Modalidades. Fonte: Soares e Cruz (2016).

Divisão dos atendimentos por setores de saúde

Figura 6 – Divisão. Fonte: Ministério da Saúde (2017).

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Exemplo de um Planejamento e Gestão na Atenção Psicossocial

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Figura 7 – GAP. Fonte: UNASUS2 (s/d.).

PORTARIA Nº 793, DE 24 DE ABRIL DE 2012 -Institui a Rede de


Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único
de Saúde.

h t t p : // b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / s a u d e l e g i s / g m / 2 0 1 2 /
prt0793_24_04_2012.html

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Redes temáticas de Atenção à Saúde no SUS e seus objetivos principais

SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 4

Tabela 1 – SUS. Fonte: a autora.

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Rede de Atenção às Urgências.


https://www.youtube.com/watch?v=rr86dqQ5mx4

Curso Políticas Públicas de Saúde - PNAB


https://www.youtube.com/watch?v=amg3Fv5LVZg

Rede de atenção - características

A situação da saúde brasileira vem mudando, e hoje, é marcada por uma transição
demográfica acelerada que se expressa por uma situação de tripla carga de doenças, distribuídas
em:

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Figura 8 – Predominância de Condições Crônicas. Fonte: a autora.

De acordo com a Rede, a equipe consegue levantar e planejar ações de acordo com a
necessidade local. De acordo com o nível de atendimento, segue, a seguir, as suas características:

Atenção Primária à Saúde como centro de comunicação

De acordo com a Portaria nº 2.488 do Ministério da Saúde que aprova a PNAB (Política
Nacional de Atenção Básica), a Atenção Primária à Saúde se refere a um conjunto de ações em
saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção
de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da
saúde.

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A figura a seguir ilustra a APS como centro de comunicação da RAS:

Figura 9 - Mudança dos sistemas piramidais e hierárquicos para Redes de Atenção à Saúde. Fonte: Mendes
(2011).

Planejar e organizar as ações segundo as necessidades de saúde de uma população

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específica, os serviços são baseados nas programações locais e realizados a partir de um
diagnóstico realizado pela equipe de saúde, considerando sempre fatores de relevância. A tripla
carga de doenças possui uma situação epidemiológica característica e deve ser avaliada de
maneira individual. No entanto, a oferta deverá continuar íntegra e contínua.
As ações e serviços deverão ser capazes de atender ao usuário aproximadamente em
80% das suas necessidades e proporcionar a sua resolutividade. Os cuidados ofertados pelos
profissionais necessitam de diferentes olhares, uma equipe multiprofissional, pautada no cuidado
é essencial para o bem-estar da população. Faz-se necessária a composição de multiprofissionais
em qualquer atendimento de saúde, sendo o mesmo simples ou complexo. Em termos econômicos
e sanitários, a equipe deverá contemplar todos eles, desde o mais simples atendimento como, por
exemplo, a implantação de um atendimento de educação para mães sobre aleitamento materno,
ou um mais complexo como por exemplo câncer de mama.
Uma rede de atenção possui elementos fundamentais, onde a sua estrutura deverá ser
operacional e ter um modelo de atenção à saúde. Primeiramente, a rede deverá conhecer a sua
população, a área geográfica, o que possui de acessórios sociais dentro da área de abrangência,
quais são os fatores de riscos do local, entre outras particularidades. Cada local elaborará um
modelo de assistência. As particularidades são pontuais e cabe a cada gestor elaborar o seu
planejamento de ação à saúde.

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Fluxograma de atendimento

Figura 10 – Atendimento. Fonte: Dinis (2016). SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 4

Cada município deverá ter um centro de comunicação com o número da população,


a sua rede de atenção, os lugares institucionais para os serviços de saúde com um sistema de
informação à saúde, uma assistência farmacêutica, um diagnóstico e tratamento específico como
também, as soluções ofertadas na área da tecnologia estão fortemente ancoradas nas redes de
informações e cabe a cada gestor disponibilizá-la.

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Exemplo de pontos de atenção secundários e terciários na Rede de Atenção à Saúde

Figura 11 – Exemplo. Fonte: Enfermagem Online (2014).

Rede integrada com prontuário eletrônico e outros atendimentos

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Figura 12 – Prontuário Eletrônico. Fonte: Enfermagem Online (2014).

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Figura 13 – A Estrutura Operacional das Redes de Atenção à Saúde. Fonte: Mendes (2014).

Modelo de gestão e planejamento

Figura 14 – Gestão de Saúde Pública. Fonte: Soares (2018).

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conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2011/img/07_jan_porta-
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http://www.unasus.ufma.br/site/files/livros_isbn/isbn_redes01.
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http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_
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SAÚDE COLETIVA | UNIDADE 4

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ENSINO A DISTÂNCIA

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