Minuta - Sistema Prisional
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Minuta - Sistema Prisional
Total 29
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Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Justiça Cidadania e Direitos Humanos
da Bahia sobre o número de Unidades do Sistema Prisional, oito estão presentes na
Capital e outras treze no interior apresentando no seu quadro de profissionais a
atuação de psicólogas/os sendo um total de 25 (12 na capital e 13 no interior). No
estado de Sergipe, também através da Secretaria de Justiça, foram identificadas sete
unidades, três na capital e quatro no interior, contudo a presença do profissional de
psicologia está restrita ao Hospital de Custódia e Tratamento num total de dois.
Todas as unidades estão ligadas à administração estadual, às respectivas
Secretarias de Justiça, no entanto, algumas possuem administração terceirizada.
Entre as(os) psicólogas(os) participantes da pesquisa cinco eram vinculados ao
sistema público e sete à co-gestão(Administração privada). São instituições de
natureza diversa:
Penitenciárias que detêm presos apenados;
Presídios com presos esperando sentença (presos provisórios);
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O Georreferenciamento consiste na localização dos profissionais de psicologia na política pública em questão. O encontro
presencial Grupo Focal, onde discutimos o Núcleo da Prática ocorreu no dia 04 de agosto de 2007 e a Reunião Específica na qual
investigamos o Campo da Prática ocorreu no dia 10 de agosto de 2007 e além de psicólogas/os do Sistema Prisional participaram
estudantes, psicólogas/os de outras áreas e outros profissionais. O número apresentado corresponde somente a/os psicólogas/os.
Hospitais de custódia e tratamento.
Instituições que realizam penas privativas de liberdade em regime aberto,
semi-aberto ou fechado, de segurança máxima ou não.
Outras instituições da sociedade civil atuantes neste campo identificadas foram a
Pastoral Carcerária e a Associação dos Agentes Penitenciários.
a) Rede de Referência
Durante a discussão, foram citadas algumas demandas para a atuação da(o) psicóloga(o),
tais como:
d) Teorias e Conceitos:
Recursos humanos
Isolamento dos profissionais nas unidades;
O papel tradicional da(o) psicóloga(o) no campo, restrito à emissão de laudos
e pareceres aos juízes;
A frágil formação da(o) psicóloga(o) para a intervenção neste campo.
Recursos materiais
Ausência de recursos e condições físicas adequadas à realização do trabalho (sala,
computadores, testes atualizados).
Organizacional
Divergência nas atribuições dos profissionais em cada unidade, ou numa
mesma unidade após mudança de gestão;
Inexistência de uma rede de serviços;
Falta de plano de cargos e salários;
Baixos salários.
Outros
O significado da prisão para a sociedade;
O estigma social destinado ao preso;
A idéia de que o campo de trabalho oferece risco à integridade física de seus
trabalhadores;
As dificuldades no diálogo interdisciplinar entre os profissionais de Psicologia,
Medicina e Direito.
Considerações Finais
Na avaliação geral dos participantes existe uma situação crítica neste campo devido à
falta de políticas públicas, resultando na violação dos direitos humanos, bem como na
precarização das condições de trabalho das(os) psicólogas(os).
Estes precisam buscar a construção de novas práticas para que sua atuação no
Sistema Prisional não fique limitada a laudos e exames, estando também aberta para
multi e interdisciplinaridade no fazer, para prestação de um serviço de qualidade ao
usuário do sistema.
Os dados levantados durante a pesquisa apontam para necessidade de uma discussão
sobre a política de segurança pública que vem sendo desenvolvida, incluindo a questão da
privatização e terceirização dos serviços, ou mesmo repensar as contribuições da
psicologia nesta área.
Equipe CREPOP 03 -
Centro de Referência Técnica em Psicologia
e Políticas Públicas – CRP- 03